NOTA À DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "NOTA À DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO"

Transcrição

1 NOTA À DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO A elaboração desta edição fez-se necessária, essencialmente, em razão de duas mudanças havidas em nosso ordenamento constitucional, as quais, embora pontuais, são bastante relevantes. A primeira delas foi a promulgação da Emenda Constitucional 72, de 2 de abril de 2013, que alterou a redação do parágrafo único do art. 7.º da Constituição Federal, para atribuir aos trabalhadores domésticos grande parte dos direitos constitucionais trabalhistas previstos nos incisos do mesmo artigo, aplicáveis aos demais trabalhadores urbanos e rurais. A outra alteração decorreu da declaração de inconstitucionalidade, ocorrida em 14 de março de 2013, no julgamento das ADI 4.357/DF e ADI 4.425/DF, de diversas das disposições que haviam sido trazidas ao texto constitucional pela Emenda Constitucional 62, de 9 de dezembro de 2009, relativas ao regime de precatórios judiciários. Os Autores PONTOS DO LIVRO DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO QUE FORAM MODIFICADOS NA 11ª EDIÇÃO DA OBRA, EM COMPARAÇÃO COM A 10ª EDIÇÃO. OS TEXTOS EM VERMELHO REPRESENTAM SUPRESSÕES E OS TEXTOS EM AZUL CORRESPONDEM A INCLUSÕES. OS TEXTOS EM FONTE PRETA NÃO SOFRERAM ALTERAÇÃO E SERVEM APENAS PARA FACILITAR A LOCALIZAÇÃO DOS TRECHOS MODIFICADOS, ACRESCENTADOS OU SUPRIMIDOS. CAPITULO 3 1) No item 4.9, ao final, foi acrescentado o texto abaixo: 4.9. Inviolabilidade das correspondências e comunicações (art. 5.º, XII)... Por último, resta-nos esclarecer que a doutrina processualista distingue, para o fim de exame da licitude de prova nos autos de processo, os conceitos de interceptação telefônica, escuta telefônica e gravação telefônica. A interceptação telefônica é a captação de conversa feita por um terceiro, sem o

2 conhecimento dos interlocutores, situação que depende, sempre, de ordem judicial prévia, por força do art. 5º, XII, da Constituição Federal. Por exemplo: no curso de uma instrução processual penal, a pedido do Ministério Público, o magistrado autoriza a captação do conteúdo da conversa entre dois traficantes de drogas ilícitas, sem o conhecimento destes. A escuta telefônica é a captação de conversa feita por um terceiro, com o conhecimento de apenas um dos interlocutores. Por exemplo: João e Maria conversam e Pedro grava o conteúdo do diálogo, com o consentimento de Maria, mas sem que João saiba. A gravação telefônica é feita por um dos interlocutores do diálogo, sem o consentimento ou a ciência do outro. Por exemplo: Maria e João conversam e ela grava o conteúdo desse diálogo, sem que João saiba. A relevância de tal distinção é que a escuta e a gravação telefônicas por não constituírem interceptação telefônica em sentido estrito não se sujeitam à inarredável necessidade de ordem judicial prévia e podem, a depender do caso concreto (situação de legítima defesa, por exemplo), ser utilizadas licitamente como prova no processo. 2) O item 5.2 passou a ter a seguinte redação (transcrição integral do item, com a indicação, conforme a cor da fonte, dos acréscimos, das supressões e das partes do texto que foram mantidas): 5.2. Enumeração constitucional dos direitos sociais individuais dos trabalhadores (art. 7.º) A enumeração constitucional dos direitos sociais dos trabalhadores não é exaustiva; outros poderão ser reconhecidos por meio de normas subconstitucionais, visando à melhoria da condição social dos brasileiros (CF, art. 7.º, caput). Do capítulo constitucional dos direitos fundamentais sociais, entendemos oportuno transcrever a íntegra do art. 7.º, dispositivo que, conforme referido anteriormente, enumera alguns dos mais importantes direitos sociais individuais dos trabalhadores. A leitura direta do artigo permite a obtenção de uma visão geral que consideramos útil, neste passo. Logo em seguida, reforçaremos aqueles preceitos que pensamos serem de maior relevância, ou que entendamos merecerem algum comentário adicional. É esta a redação, literal, do art. 7.º da Constituição vigente: Art. 7.º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III fundo de garantia do tempo de serviço;

3 IV salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XIII duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; XVII gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV aposentadoria; XXV assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré--escolas;

4 XXVI reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; XXX proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXIV igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. A Constituição equiparou os direitos do trabalhador rural aos direitos do trabalhador urbano (CF, art. 7.º, caput). Lei complementar deverá prever a indenização compensatória para o trabalhador que vier a ser dispensado sem justa causa ou arbitrariamente. Enquanto não for publicada a lei complementar, a indenização está restrita ao pagamento da indenização de 40% sobre os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS realizados em favor do empregado (CF, art. 7.º, I, conjugado com o art. 10, I, do ADCT). Até que seja publicada a lei complementar a que se refere o art. 7.º, inciso I, da Constituição fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa (ADCT, art. 10): a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. O seguro-desemprego só é devido no desemprego involuntário. Se o empregado

5 voluntariamente pede dispensa, não há que se falar em direito ao seguro-desemprego (CF, art. 7.º, II). O seguro-desemprego é um benefício de natureza previdenciária, custeado com parte da arrecadação da Contribuição para o PIS/PASEP, nos termos do art. 239 da Carta da República. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS é devido ao empregado rural e urbano, e não é direito dos servidores públicos estatutários. Não é uma garantia constitucional outorgada aos domésticos (CF, art. 7.º, parágrafo único), embora a lei faculte ao empregador do doméstico a inscrição de seu empregado no FGTS, caso em que passará a estar obrigado a efetuar mensalmente os respectivos depósitos em favor deste. Ao disciplinar os direitos sociais, a Constituição Federal equiparou os direitos do trabalhador rural aos direitos do trabalhador urbano (art. 7.º, caput), bem como estabeleceu a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso (CF, art. 7.º, XXXIV). De outro lado, os trabalhadores domésticos e os servidores ocupantes de cargo público receberam tratamento diferenciado no tocante aos direitos sociais. Com efeito, apenas determinados direitos sociais foram outorgados aos trabalhadores domésticos (art. 7º, parágrafo único) e aos servidores ocupantes de cargo público (art. 39, 3º). Lei complementar deverá prever a indenização compensatória para o trabalhador que vier a ser dispensado sem justa causa ou arbitrariamente. Enquanto não for publicada essa lei complementar, a indenização está restrita ao pagamento da indenização de 40% sobre os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS realizados em favor do empregado (CF, art. 7.º, I, conjugado com o art. 10, I, do ADCT). Até que seja publicada a lei complementar a que se refere o art. 7.º, inciso I, da Constituição fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa (ADCT, art. 10): a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. O seguro-desemprego só é devido no desemprego involuntário. Se o empregado voluntariamente pede dispensa, não há que se falar em direito ao seguro-desemprego (CF, art. 7.º, II). O seguro-desemprego é devido ao empregado urbano e rural e, nos termos em que estabelecido em lei, também ao trabalhador doméstico (CF, art. 7º, parágrafo único). Constitui benefício de natureza previdenciária, custeado com parte da arrecadação da Contribuição para o PIS/PASEP, nos termos do art. 239 da Carta da República. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS é devido ao empregado rural e urbano e, nos temos em que estabelecido em lei, ao trabalhador doméstico (CF, art. 7º, parágrafo único). O FGTS não é direito dos servidores públicos estatutários. Estabelece a Constituição Federal que o salário mínimo é fixado por lei, em valor nacionalmente unificado (art. 7.º, IV). Entretanto, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, pode a lei prever que a mera declaração do valor do salário mínimo seja feita por decreto do Presidente da República, desde que a lei estabeleça critérios e

6 parâmetros objetivos e bem definidos a serem observados para o cálculo desse valor. Segundo a Corte Suprema, em tal hipótese, ocorre mera aplicação aritmética, nos termos legalmente previstos, dos índices, fórmulas e periodicidade fixados pelo Congresso Nacional, a serem expostos por meio de decreto presidencial, o qual não estará inovando a ordem jurídica. Não resta caracterizada, dessa forma, delegação para que o Presidente da República fixe o valor do salário mínimo, o que, caso ocorresse, seria inconstitucional. O que a lei pode fazer é atribuir ao Presidente da República, sem qualquer margem de discricionariedade, apenas a divulgação do montante a que corresponderá o salário mínimo, obtido pelo valor reajustado e aumentado consoante os índices fixados pelo Congresso Nacional na própria lei. Nas palavras de nosso Tribunal Maior, não resulta violada a exigência constitucional de lei formal para fixação do valor do salário mínimo quando a lei atribui ao Presidente da República, exclusivamente, competência para aplicar os índices nela definidos para reajuste e aumento, divulgando o valor nominal do salário mínimo por meio de decreto, hipótese em que não há inovação da ordem jurídica nem nova fixação de valor. 1 A jornada normal máxima de trabalho permitida é de oito horas por dia e quarenta e quatro semanais. Poderá ser prestado mais trabalho, mas será em jornada extraordinária, o que implica o pagamento do adicional de hora-extra, de no mínimo 50%, ou compensação. Essa jornada constitucional poderá ser reduzida, mediante negociação coletiva (CF, art. 7.º, XIII). Se o trabalho é prestado em turnos ininterruptos de revezamento, caracterizado pela realização, de forma alternada, de atividades nos períodos diurno e noturno, com frequência diária, semanal, quinzenal ou mensal, a jornada será de seis horas diárias; mas essa jornada poderá ser alterada (para mais ou para menos), mediante negociação coletiva (CF, art. 7.º, XIV). Nos termos da Súmula 423 do Tribunal Superior do Trabalho, no caso de ser a jornada aumentada, até o máximo de oito horas, mediante negociação coletiva, o empregado não fará jus ao pagamento da 7..ª e 8..ª horas com o adicional de serviço extraordinário (de, no mínimo, 50%). Segundo o STF, os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito de incidência do art. 7.º, XIV, da Constituição (Súmula 675). Se o trabalho é prestado em turnos ininterruptos de revezamento, caracterizado pela realização, de forma alternada, de atividades nos períodos diurno e noturno, com frequência diária, semanal, quinzenal ou mensal, a jornada será de seis horas diárias; mas essa jornada poderá ser alterada (para mais ou para menos), mediante negociação coletiva (CF, art. 7.º, XIV). Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito de incidência do art. 7.º, XIV, da Constituição (Súmula 675 do STF). O inciso XXI do art. 7.º do Texto Magno assegura aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei. Observe-se que esse dispositivo constitucional evidencia duas regras distintas a respeito da duração do aviso prévio: a proporcionalidade do aviso prévio ao tempo de serviço do empregado e a duração mínima 1 ADI 4.568/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, (Informativos 646 e 660 do STF).

7 do aviso prévio, que é fixada em trinta dias, independentemente do tempo de serviço do empregado. A duração mínima do aviso prévio é regra constitucional de eficácia plena, de imediata aplicação aos contratos de trabalho firmados a partir da promulgação da Carta Política, e também àqueles em curso na data de sua promulgação. Enfim, desde a promulgação da Constituição Federal, nenhum aviso prévio pôde mais ser concedido com duração inferior a trinta dias. A proporcionalidade da duração do aviso prévio ao tempo de serviço do empregado, porém, não foi prevista em regra constitucional de eficácia plena. Trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de regulamentação pelo legislador ordinário. Pois bem, somente 23 anos após a promulgação da Constituição Federal a proporcionalidade do aviso prévio foi, enfim, estabelecida pelo legislador ordinário, por meio da Lei , de 11 de outubro de 2011! De acordo com a lei, o empregado com até um ano de serviço na mesma empresa terá direito a trinta dias de aviso prévio. Para os empregados com mais tempo de serviço na mesma empresa, serão acrescidos três dias por ano de serviço prestado, até o máximo de sessenta dias, perfazendo, portanto, um limite máximo de noventa dias. Desse modo, além dos trinta dias mínimos assegurados pela Constituição Federal, o empregado fará jus a outros três dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, isto é: dois anos de serviço geram direito a 33 dias de aviso prévio; três anos de serviço dão direito a 36 dias de aviso prévio e assim sucessivamente, até atingir a duração máxima de noventa dias (aos 21 anos de serviço). Atingida a duração máxima de noventa dias, o aviso prévio será, daí por diante, invariavelmente, de noventa dias. De acordo com a lei, o empregado com menos de um ano de serviço na mesma empresa terá direito a trinta dias de aviso prévio. Uma vez completado um ano de serviço na mesma empresa, serão acrescidos três dias por ano de serviço prestado, até o atingimento de sessenta dias, perfazendo, portanto, um limite máximo de noventa dias. Desse modo, além dos trinta dias mínimos assegurados pela Constituição Federal, o empregado fará jus a outros três dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, isto é: um ano completo de serviço gera 33 dias de aviso prévio; dois anos de serviço geram direito a 36 dias de aviso prévio; três anos de serviço dão direito a 39 dias de aviso prévio e assim sucessivamente, até atingir a duração máxima de noventa dias (aos 20 anos de serviço). Atingida a duração máxima de noventa dias, o aviso prévio será, daí por diante, invariavelmente, de noventa dias. A prescrição quanto a créditos resultantes das relações de trabalho é a mesma para os trabalhadores urbanos e rurais: cinco anos durante o contrato de trabalho, até o limite de dois anos após a extinção do contrato (CF, art. 7.º, XXIX). Assim, durante o vínculo de emprego, se o empregado ajuizar uma reclamação trabalhista contra seu empregador, poderá requerer os créditos trabalhistas relativos aos últimos cinco anos do contrato de trabalho. Quando é extinto o contrato de trabalho, ele também poderá pleitear na Justiça do Trabalho os direitos dos últimos cinco anos, mas só poderá ingressar com a reclamação trabalhista até dois anos após a extinção do contrato de trabalho. A partir da cessação do contrato de trabalho, o prazo começa a correr contra o empregado: cada dia em que permanece inerte, ele perde um dia de direito (se ele ingressar com a ação no último dia dos dois anos, só poderá pleitear direitos relativos aos

8 últimos três anos do contrato de trabalho). Direito Constitucional Descomplicado Os trabalhadores domésticos têm direito ao salário mínimo; à irredutibilidade do salário; ao décimo terceiro salário; ao repouso semanal remunerado; às férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço mais do que o salário normal; à licença à gestante de cento e vinte dias, sem prejuízo do emprego e do salário; ao aviso prévio; à aposentadoria e a integração à previdência social (CF, art. 7.º, parágrafo único). A Constituição estabeleceu a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso (CF, art. 7.º, XXXIV). Com a promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, foram conferidos ao trabalhador doméstico os seguintes direitos sociais (CF, art. 7º, parágrafo único, em sua redação originária): salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; licença-paternidade, nos termos fixados em lei; aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; aposentadoria; integração à previdência social. Posteriormente, em abril de 2013, os direitos sociais do trabalhador doméstico foram significativamente ampliados pela EC 72/2013, a qual deu nova redação ao parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal, que passou a ser a seguinte: Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e

9 XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. Como se vê, a EC 72/2013 acrescentou ao rol dos direitos que foram originalmente assegurados pela Constituição de 1988 ao trabalhador doméstico diversos outros direitos, enumerados em grande parte dos incisos do art. 7º da Carta Política. Entretanto, ao efetivar esse acréscimo, a EC 72/2013 classificou os novos direitos, por ela reconhecidos ao doméstico, em dois grupos, a saber: (a) direitos de exercício imediato (eficácia plena) e (b) direitos de exercício diferido (eficácia limitada), dependente do atendimento de condições estabelecidas em lei, bem como da observância à simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades. Foram os seguintes os direitos reconhecidos ao trabalhador doméstico pela EC 72/2013: a) de exercício imediato: garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. b) de exercício diferido, condicionado ao atendimento de condições estabelecidas em lei, e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades: relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

10 fundo de garantia do tempo de serviço; Direito Constitucional Descomplicado remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. É importante esclarecer que, mesmo depois da EC 72/2013, não é correto afirmar que o empregado doméstico tenha todos os direitos sociais previstos no art. 7º da Constituição. De fato, não estão na lista do parágrafo único desse artigo, com a redação dada pela EC 72/2013, os incisos V, XI, XIV, XX, XXIII, XXVII, XXIX, XXXII e XXXIV; vale dizer, as normas do art. 7º da Constituição estabelecidas em tais incisos continuam não se aplicando ao trabalhador doméstico. CAPITULO 6 1) No item 4, foram feitas as substituições abaixo indicadas: 4. NORMAS CONSTITUCIONAIS SOBRE INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO... Ainda sobre esse ponto, vale mencionar a Súmula 683 do STF, segundo a qual o limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7.º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. Importante orientação jurisprudencial de nossos tribunais diz respeito à impossibilidade de impedir a participação em concurso, ou mesmo a nomeação de candidato aprovado, com base em alegação de inidoneidade moral, ou não atendimento a requisito de bons antecedentes, ou ausência de capacitação moral, ou reprovabilidade da vida pregressa, fundada exclusivamente no fato de o candidato estar respondendo a ação penal, ainda não transitada em julgado. Entendem o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça que esse procedimento da administração pública fere o princípio da presunção de inocência ou presunção da não culpabilidade ( ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória CF, art. 5.º, LVII), o qual não se restringe ao âmbito exclusivamente penal, devendo também ser observado na esfera

11 administrativa. 2 Direito Constitucional Descomplicado Conforme outra relevante orientação do STF, não é legítimo que a administração pública impeça a participação em concurso público, ou mesmo a nomeação de candidato aprovado, com base em alegação de inidoneidade moral, ou de não atendimento a requisito de bons antecedentes, ou de ausência de capacitação moral, fundada exclusivamente no fato de o candidato estar respondendo a ação penal, ainda não transitada em julgado. Restrição dessa natureza, sob tal fundamento, violaria o princípio da presunção de inocência ou presunção da não culpabilidade ( ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória CF, art. 5º, LVII), o qual não se restringe ao âmbito exclusivamente penal, devendo também ser observado na esfera administrativa. 3 A Constituição de 1988 tornou obrigatória a aprovação prévia em concurso público que deve ser de provas, ou de provas e títulos para o provimento de quaisquer cargos efetivos ou empregos permanentes na Administração Direta e Indireta, inclusive para o preenchimento de empregos nas empresas públicas e sociedades de economia mista (CF, art. 37, II).... As pessoas portadoras de deficiência devem ter reservado para si, por lei, um percentual dos cargos e empregos públicos oferecidos nos concursos públicos (CF, art. 37, VIII). Essas pessoas estão sujeitas ao concurso, mas há vagas específicas para elas reservadas. A Constituição determina que a lei estabeleça os critérios de sua admissão. Às pessoas com deficiência deve ser reservado, por lei, um percentual dos cargos e empregos públicos oferecidos nos certames públicos (CF, art. 37, VIII). Esses candidatos estão sujeitos ao concurso, mas haverá vagas específicas reservadas para eles. A Constituição determina que a lei estabeleça os critérios de sua admissão. É importante saber que o Supremo Tribunal Federal, mais de uma vez, já considerou haver afronta ao inciso VIII do art. 37 da Constituição quando o edital de concurso público para determinado cargo (dos quadros da Polícia Federal ou das polícias civis, por exemplo) não reserva vaga alguma para candidatos com deficiência, fundado no raciocínio apriorístico de que a atividade respectiva não é compatível com nenhum tipo de deficiência. No dizer de nossa Corte Maior, deve a administração pública reservar vagas para candidatos que tenham deficiências e, depois de realizado o concurso, examinar, com critérios objetivos, se a deficiência apresentada é, ou não, compatível com o exercício do cargo ou da função oferecidos no edital, assegurando a ampla defesa e o contraditório ao candidato, sem restringir a participação no certame de todos e de quaisquer 2 3 Do STF: RE /RS, rel. Min. Marco Aurélio, ; RE-AgR /MS, rel. Min. Gilmar Mendes, ; RE /DF, rel. Min. Celso de Mello, ; RE /DF, rel. Min. Celso de Mello, Do STJ: RMS /PR, rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, ; RMS /MA, rel. Min. Og Fernandes, RE /RS, rel. Min. Marco Aurélio, ; RE /DF, rel. Min. Celso de Mello, Deve ficar claro que esse entendimento do STF não conflita em nada com o inciso V do art. 47 do Código Penal, que estabelece como uma das possíveis penas de interdição temporária de direitos a proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos. Afinal, a aplicação dessa e de qualquer outra sanção penal só pode ocorrer quando houver condenação criminal transitada em julgado, isto é, não cabe, nesse caso, falar em presunção de inocência.

12 candidatos portadores de deficiência. 4 Direito Constitucional Descomplicado Por outras palavras, o STF não tem admitido, mesmo em cargos dos quadros das polícias civis e da Polícia Federal, que o edital deixe de reservar vaga para pessoas com deficiência, com base na presunção implícita de que o exercício daquele cargo não seria compatível com deficiência de espécie alguma. A exigência de concurso público não abrange a nomeação para cargos em comissão, os quais, por definição, são de livre nomeação e exoneração com base exclusiva em critérios subjetivos de confiança da autoridade competente. Não há obrigatoriedade de aprovação em concurso público, também, nos casos de contratação temporária previstos no inciso IX do art. 37 da Constituição. Cabe mencionar que os 4.º, 5.º e 6.º do art. 198 da Constituição (artigo que trata do Sistema Único de Saúde), com a redação dada pelas EC 51/2006 e EC 63/2010, disciplinam a contratação de agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, estabelecendo que esses profissionais devem ser admitidos por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação (art. 198, 4.º). Como se vê, essa contratação de agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias mediante processo seletivo público configura mais uma possibilidade de exceção à exigência de concurso público para o acesso a cargos e empregos públicos. Preceitua o 2.º do art. 37 que a inobservância da exigência de concurso público, bem como o desrespeito a seu prazo de validade, implicará a nulidade do ato (ato de nomeação e posse, no caso de cargos públicos, ou a celebração do contrato de trabalho, no caso de empregos públicos) e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período (CF, art. 37, III). A fixação do prazo de validade, em cada caso, é feita pelo edital do concurso. O prazo de validade, que é contado a partir da homologação do concurso público, é o período durante o qual a Administração poderá nomear ou contratar os aprovados para o provimento ou preenchimento do cargo ou emprego público a que se destinava o concurso. O 2º do art. 37 da Carta Magna estabelece, de forma categórica, que o desrespeito à exigência de concurso público ou ao seu prazo de validade implicará a nulidade do ato (o ato de nomeação, no caso de cargos públicos, ou a celebração do contrato de trabalho, quando se tratar de empregos públicos) e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. Dessa forma, sob a Constituição de 1988, não é possível a convalidação de ato de nomeação ou contratação para cargo ou emprego efetivo que não tenha sido precedido de aprovação em concurso público, em hipótese nenhuma. Nem mesmo a estabilização da relação jurídica por decurso de tempo é possível, uma vez que o Supremo Tribunal Federal entende que não ocorre jamais a decadência quando se trata de anulação de ato que contrarie frontalmente exigência expressa na Constituição Federal. 5 Vale observar que a pessoa nomeada ou contratada sem concurso público, quando ele fosse exigido, será obrigatoriamente desligada do serviço público, mas a 4 RE-AgR /DF, rel. Min. Cármen Lúcia, ; RE /MG, rel. Min. Cármen Lúcia, ; Rcl /MG, rel. Min. Cármen Lúcia, MS /DF, rel. Min. Ellen Gracie,

13 remuneração que tiver recebido pelo trabalho efetivamente prestado não será devolvida, para não proporcionar ao Estado enriquecimento sem causa. O STF já decidiu, também, com repercussão geral, que é compatível com a Constituição de 1988 o art. 19-A da Lei 8.036/1990, que assegura o direito ao FGTS, desde que reconhecido o direito ao salário, à pessoa que tenha indevidamente ingressado no serviço público sem concurso. 6 O prazo de validade dos concursos públicos será de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. Cabe à administração pública, discricionariamente, estabelecer a validade de cada concurso público que promova, a qual constará do respectivo edital. 7 É também discricionária a decisão da administração quanto a prorrogar ou não o prazo de validade do concurso. 8 Note-se que, segundo o Supremo Tribunal Federal, o ato de prorrogação, se houver, deve obrigatoriamente ser editado enquanto o prazo inicial de validade ainda não tiver expirado, vale dizer, não é possível prorrogar o prazo de validade do concurso depois que ele já expirou. 9 O prazo de validade de um concurso corresponde ao período que a administração tem para nomear ou contratar os aprovados para o cargo ou emprego público a que o certame se destinava. O prazo de validade é contado da homologação do concurso. Homologação é o ato administrativo mediante o qual a autoridade competente certifica que o procedimento do concurso foi válida e regularmente concluído. A nomeação ou a contratação dos aprovados somente pode ocorrer após a homologação do concurso e durante o período de validade deste. Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira (CF, art. 37, IV).... Essa decisão consolidou uma virada jurisprudencial no âmbito da Corte Suprema. Antes, o Tribunal Maior só reconhecia pacificamente a existência de direito adquirido à nomeação no caso do candidato que fosse preterido em razão de desrespeito, por parte da administração pública, à ordem de classificação dos aprovados em concurso. É o que consta da Súmula 15 do STF, aprovada em 13 de dezembro de 1963: 15 Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação. Portanto, surge direito adquirido à nomeação para o candidato mais bem classificado se a administração nomear antes dele outro candidato que tenha obtido colocação inferior no certame. Vale notar que essa vetusta orientação do Supremo Tribunal Federal não ficou 6 RE /RR, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, (vide Informativo 670 do STF). 7 RMS /RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, RMS /RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, RE /BA, rel. Min. Ilmar Galvão, ; RE /BA, rel. Min. Ellen Gracie,

14 prejudicada pela jurisprudência firmada no julgamento do RE /MS, ocorrido em 10 de agosto de 2011, segundo a qual têm direito subjetivo à nomeação todos os candidatos aprovados dentro do número de vagas especificado no edital do concurso público. Com efeito, os dois entendimentos jurisprudenciais coexistem, uma vez que a Súmula 15 do STF tem aplicação em qualquer caso, haja ou não vagas certas definidas no edital, tenham ou não as nomeações ocorrido dentro do número inicialmente previsto de vagas (se houver). Uma discussão importante concerne à possibilidade de impugnação judicial dos gabaritos divulgados em um determinado concurso público (se estão ou não corretos, se deveriam ser alterados, se a questão deveria ser anulada), bem como dos critérios de correção das questões e de atribuição de notas adotados pela respectiva banca examinadora. Tradicionalmente, a doutrina e o Poder Judiciário costumam defender que a apreciação do ato administrativo que divulga os gabaritos finais do concurso, com as respectivas alterações ou mesmo anulações de questões, configura controle do mérito administrativo desse ato, e não controle de legalidade. Por essa razão, o Poder Judiciário de um modo geral, inclusive o Supremo Tribunal Federal, entende que é incabível a propositura de ações judiciais que impugnem a correção dos gabaritos apresentados para as questões ou a adequação dos critérios de avaliação das questões ou de atribuição de notas. Conforme muitas vezes reiterou o Pretório Excelso, não cabe ao Poder Judiciário, no controle jurisdicional da legalidade, substituirse à banca examinadora do concurso público para reexaminar os critérios de correção das provas e o conteúdo das questões formuladas. 10 Muito embora seja essa, realmente, a orientação ortodoxa existente até hoje em nossos meios jurídicos, julgamos muito importante registrar que se vislumbra uma razoável possibilidade de que o Supremo Tribunal Federal modifique sua jurisprudência e passe a admitir a anulação de questões, pelo Poder Judiciário, quando, na ação judicial, se comprove, por exemplo, que determinado gabarito divulgado estava objetivamente incorreto, ou que duas assertivas distintas estavam igualmente corretas em uma questão de múltipla escolha do tipo marque a alternativa certa. A repercussão geral desse tema foi reconhecida pela nossa Corte Suprema no âmbito do RE /CE, rel. Min. Gilmar Mendes, e, na decisão que reconheceu a repercussão geral, proferida em , o Supremo Tribunal Federal não reafirmou a jurisprudência dominante sobre a matéria, que será submetida a posterior julgamento. Em suma, somente quando ocorrer o julgamento definitivo de mérito do RE /CE é que poderemos afirmar, com segurança, a jurisprudência pacificada acerca desse relevante assunto. Outra situação, relacionada à que acabamos de expor mas não igual, concerne à possibilidade de ser verificado se o conteúdo cobrado em determinada questão está incluído entre os assuntos enumerados no programa de disciplinas constante do edital do concurso. Nesse caso, o Supremo Tribunal Federal já definiu que a análise se enquadra no campo do controle de legalidade e não de mérito administrativo, sendo passível, 10 Citamos, dentre muitos outros, os seguintes julgados em que essa orientação foi reiterada: RE-AgR /CE, rel. Min. Ellen Gracie, ; RE-AgR /RS, rel. Min. Eros Grau, ; MS /DF, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, ; AO 1.627/BA, rel. Min. Cármen Lúcia,

15 portanto, de ser realizada pelo Poder Judiciário, para o fim de anular as questões do concurso em que sejam cobradas matérias não previstas no respectivo edital. É mister transcrever, nessa linha, exemplificativamente, a ementa do RE /RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgado em (grifamos): 11 Concurso público: controle jurisdicional admissível, quando não se cuida de aferir da correção dos critérios da banca examinadora, na formulação das questões ou na avaliação das respostas, mas apenas de verificar que as questões formuladas não se continham no programa do certame, dado que o edital nele incluído o programa é a lei do concurso. Portanto, surge direito adquirido à nomeação para o candidato mais bem classificado se a administração nomear antes dele outro candidato que tenha obtido colocação inferior no certame. Exemplificando, se a administração nomeia o quinto colocado em um concurso, sem haver nomeado o quarto, este passa a ter direito subjetivo à nomeação, porque o descumprimento da ordem de classificação acarretou a sua preterição indevida. Vale notar que essa orientação do Supremo Tribunal Federal é muito mais antiga do que a jurisprudência firmada no julgamento do RE /MS, ocorrido em 10 de agosto de 2011, segundo a qual têm direito subjetivo à nomeação todos os candidatos aprovados dentro do número de vagas especificado no edital do concurso público e aquela não ficou prejudicada por esta. Com efeito, os dois entendimentos jurisprudenciais coexistem, uma vez que a Súmula 15 do STF tem aplicação em qualquer caso, haja ou não vagas certas definidas no edital, tenham ou não as nomeações ocorrido dentro do número inicialmente previsto de vagas (se houver). Por exemplo, se um edital fixou em vinte o número de vagas, mas a administração resolveu nomear trinta aprovados, tendo, entretanto, preterido o vigésimo sexto colocado, surgirá para este o direito de ser nomeado, pelo simples fato de ter sido indevidamente pulado, com violação da ordem de classificação. Finalizando, é muito importante registrar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme quanto ao entendimento de que, havendo vaga para provimento de cargo efetivo, configura preterição a nomeação ou a contratação de pessoal a título precário (por exemplo, como comissionados, temporários ou terceirizados) para exercício de atribuições do cargo em questão, quando existirem candidatos aprovados e não nomeados em concurso público, ainda dentro do prazo de validade, destinado àquele provimento efetivo. A consequência é o surgimento de direito adquirido à nomeação para os candidatos preteridos. Por exemplo, se foram contratados trinta temporários, e há trinta ou mais cargos efetivos vagos, e trinta candidatos aprovados não nomeados no concurso vigente, esses candidatos terão direito subjetivo de ser nomeados. 11 A mesma posição foi sustentada, entre outros, no RE-AgR /SP, rel. Min. Sepúlveda Pertence, , e no RE-AgR /RS, rel. Min. Eros Grau,

16 Enfatizamos que, nesse caso, não importa perquirir se havia, ou não, número certo de vagas a serem preenchidas previsto no edital. Basta que exista cargo efetivo vago e nomeação precária para exercício de funções próprias do cargo, com candidatos aprovados e ainda não nomeados, estando o concurso dentro do prazo de validade. Veja-se esta ilustrativa ementa de julgado do STF (grifamos): É posição pacífica desta Suprema Corte que, havendo vaga e candidatos aprovados em concurso público vigente, o exercício precário, por comissão ou terceirização, de atribuições próprias de servidor de cargo efetivo faz nascer para os concursados o direito à nomeação, por imposição do art. 37, inciso IV, da Constituição Federal. 2. O direito subjetivo à nomeação de candidato aprovado em concurso vigente somente surge quando, além de constatada a contratação em comissão ou a terceirização das respectivas atribuições, restar comprovada a existência de cargo efetivo vago. Precedentes. Uma discussão importante concerne à possibilidade de impugnação judicial dos gabaritos oficiais divulgados em um determinado concurso público se estão ou não corretos, se deveriam ser alterados, se uma ou outra questão deveria ser anulada, bem como dos critérios de correção das questões e de atribuição de notas adotados pela respectiva banca examinadora. A jurisprudência tradicional do Supremo Tribunal Federal, até hoje, considera que a apreciação do ato administrativo que divulga os gabaritos finais do concurso, com as respectivas alterações ou mesmo anulações de questões, configura controle do mérito administrativo desse ato, e não controle de legalidade. Por essa razão, nossa Corte Maior entende que não podem ser acolhidas demandas judiciais que pretendam impugnar os gabaritos oficiais indicados para as questões objetivas sob a alegação, por exemplo, de que foi considerada verdadeira uma assertiva que seria falsa, ou de que determinada questão deveria ter sido anulada por não conter alternativa que a torne correta, tampouco ações que tencionem contestar os critérios de avaliação de questões subjetivas, ou de atribuição de notas, entre outras que envolvam discussões semelhantes. Conforme muitas vezes reiterou o Pretório Excelso, não cabe ao Poder Judiciário, no controle jurisdicional da legalidade, substituir-se à banca examinadora do concurso público para reexaminar os critérios de correção das provas. 13 Tal entendimento só é atenuado pelo STF pelo menos uma vez isso ocorreu na hipótese de questão objetiva de concurso público com erro grosseiro no gabarito apresentado, porquanto 12 RMS-AgR /DF, rel. Min. Dias Toffoli, Idêntica orientação já fora adotada em muitos outros julgados, de que são exemplos: AI-AgR /GO, rel. Min. Dias Toffoli, ; AI-AgR /GO, rel. Min. Rosa Weber, Citamos, dentre muitos outros, os seguintes julgados em que essa orientação foi reiterada: RE-AgR /CE, rel. Min. Ellen Gracie, ; AI-AgR /ES, rel. Min. Gilmar Mendes, ; RE-AgR /RS, rel. Min. Eros Grau, ; MS /DF, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, ; AO 1.627/BA, rel. Min. Cármen Lúcia, ; AI-AgR , rel. Min. Cármen Lúcia,

17 caracterizada a ilegalidade do ato praticado pela Administração Pública, fato que possibilita a anulação judicial da questão. 14 Pois bem, muito embora seja essa, realmente, a orientação existente até hoje no âmbito do Supremo Tribunal Federal, é possível que ela venha a ser modificada. Isso porque a repercussão geral desse tema foi reconhecida (RE /CE, rel. Min. Gilmar Mendes) e, na decisão que a reconheceu, proferida em , nossa Corte Suprema não reafirmou a jurisprudência dominante sobre a matéria, que será submetida a posterior julgamento. Em suma, somente com o julgamento definitivo de mérito do RE /CE (não ocorrido até o fechamento desta edição) é que poderemos afirmar, com segurança, a jurisprudência pacificada acerca desse relevante assunto. Outra situação, relacionada à que acabamos de expor mas não igual, concerne à possibilidade de o Poder Judiciário verificar se o conteúdo cobrado em determinada questão está incluído entre os assuntos enumerados no programa de disciplinas constante do edital do concurso. Nesse caso, o Supremo Tribunal Federal já definiu que a análise se insere no campo do controle de legalidade e não de mérito administrativo, sendo possível, portanto, a anulação judicial de questões de concurso nas quais tenham sido cobradas matérias não previstas no respectivo edital. Ilustra bem essa posição a ementa do RE /RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgado em , abaixo reproduzida (grifamos): 15 Concurso público: controle jurisdicional admissível, quando não se cuida de aferir da correção dos critérios da banca examinadora, na formulação das questões ou na avaliação das respostas, mas apenas de verificar que as questões formuladas não se continham no programa do certame, dado que o edital nele incluído o programa é a lei do concurso. Entretanto, é necessário ressaltar, a respeito desse último entendimento, que o STF não exige que sejam exaustivamente enumerados, no edital, todas as normas e todos os casos julgados que poderão ser cobrados nas questões do certame. Uma vez previsto no edital determinado tema, o esperado é que o candidato estude e procure conhecer, de forma global, todos os aspectos relacionados àquele assunto, pois eles podem vir a ser perguntados nas provas. Não é cabível a anulação judicial de uma questão de concurso quando ela guarda pertinência com assunto que se encontra expresso no programa do edital, mesmo que neste não esteja citado explicitamente o julgado ou o ato normativo que porventura tenha servido de base direta à elaboração da questão. 16 Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal já deixou assente, mais de uma vez, que, embora o edital seja a lei do concurso, é legítimo que a administração pública modifique condições de um concurso que estivessem originalmente previstas no respectivo edital, quando isso for necessário para adequação a eventuais novidades surgidas na legislação, 14 MS /DF, rel. Min. Luiz Fux, (vide Informativos 677 e 685 do STF). 15 A mesma posição foi sustentada, entre outros, no RE-AgR /SP, rel. Min. Sepúlveda Pertence, , no RE-AgR /RS, rel. Min. Eros Grau, , e no MS /DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, (vide Informativo 665 do STF). 16 MS /DF, rel. Min. Luiz Fux,

18 posteriormente à publicação do edital, contanto que o concurso público ainda não esteja concluído e homologado A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. É importante ressalvar embora não esteja explicitado no texto da Súmula Vinculante 13 que, em um dos precedentes que a ela deram origem (o RE /RN), afirmou o Supremo Tribunal Federal que, em regra, a vedação ao nepotismo não alcança a nomeação para cargos políticos. Essa orientação foi reiterada, mais tarde, no julgamento de medida cautelar na Rcl 6.650/PR ( ). Exemplificando, um prefeito de município, em princípio, pode nomear o seu sobrinho para o cargo político de secretário municipal; um governador de estado, em regra, pode nomear o seu filho para o cargo político de secretário estadual. Entretanto ainda a título ilustrativo, o mesmo governador não pode nomear parentes (até o terceiro grau) para o cargo meramente administrativo de assessor jurídico do gabinete do secretário de fazenda do estado. Não obstante esses dois julgados, ao apreciar pedido de medida cautelar na Rcl /RJ, em , o Ministro Joaquim Barbosa, em decisão monocrática, afastou do cargo o Secretário de Educação do Município de Queimados (RJ), nomeado pelo seu irmão, o prefeito municipal. Segundo o Ministro Joaquim Barbosa, o entendimento firmado pelo STF nos dois julgados antes mencionados (RE /RN e Rcl 6.650/PR) foi de que a nomeação de parentes para cargos políticos nem sempre descaracteriza o nepotismo. Seria necessária a verificação das particularidades de cada caso concreto. Por exemplo, se restasse demonstrado que a nomeação se deu exclusivamente por causa do parentesco (o nomeado não possui qualquer qualificação profissional, curricular ou técnica que justifique a sua escolha), ou como uma troca de favores, ela seria ilícita, configurando o nepotismo, com violação da Súmula Vinculante 13. Enfim, parece-nos acertado afirmar que a regra geral é não configurar nepotismo a nomeação de parentes para cargos políticos, mas, dependendo das circunstâncias do caso concreto, poderá a nomeação ser assim considerada, hipótese em que será ilícita, por afronta à Súmula Vinculante 13. Vejamos como serão as futuras decisões do STF sobre esse ponto. É importante ressalvar embora não esteja explicitado no texto da Súmula Vinculante 13 que, em um dos precedentes que a ela deram origem (o RE /RN), afirmou o Supremo Tribunal Federal que a vedação ao nepotismo não alcança, em regra, a nomeação para cargos políticos. Essa orientação foi reiterada, mais tarde, no 17 RE /RN, rel. Min. Ellen Gracie, ; MS /DF, /DF e /DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski,

19 julgamento de medida cautelar na Rcl 6.650/PR ( ). Exemplificando, um prefeito de município, em princípio, pode nomear o seu sobrinho para o cargo político de secretário municipal; um governador de estado, em regra, pode nomear o seu filho para o cargo político de secretário estadual. Entretanto ainda a título ilustrativo, o mesmo governador não pode, em hipótese nenhuma, nomear parentes (até o terceiro grau) para o cargo meramente administrativo de assessor jurídico do gabinete do secretário de fazenda do estado. Faz-se necessário frisar que, em julgados posteriores ao RE /RN e à Rcl-MC 6.650/PR, os ministros do Supremo Tribunal Federal têm procurado deixar claro que a inaplicabilidade da Súmula Vinculante 13 à nomeação para cargos políticos é mera regra geral. 18 Devem ser analisadas as particularidades de cada caso concreto. Por exemplo, mesmo sendo para um cargo político, a nomeação será ilícita, configurando o nepotismo, com violação da Súmula Vinculante 13, se ficar demonstrado que ela se deu exclusivamente por causa do parentesco (o nomeado não possui qualquer qualificação profissional, curricular ou técnica que justifique a sua escolha), ou como uma troca de favores, ou para burlar uma situação anterior irregular, na qual aquele mesmo parente havia sido nomeado para um cargo meramente administrativo, entre outras possibilidades em que fique patentemente caracterizada a afronta aos princípios da moralidade e da impessoalidade administrativas. Em suma, a regra geral é não configurar nepotismo a nomeação de parentes para cargos políticos; mas, excepcionalmente, dependendo das circunstâncias do caso concreto, poderá, sim, a nomeação ser caracterizada como nepotismo, hipótese em que será ilícita, por afronta à Súmula Vinculante 13. O inciso IX do art. 37 da CF/1988 prevê uma outra forma de admissão de pessoal pela Administração Pública, diversa do preenchimento de cargos efetivos e empregos públicos mediante concurso público, e diversa da nomeação para cargos em comissão. Trata-se da contratação por tempo determinado, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público.... 2) No item 5.3, foi feita a substituição abaixo indicada: 5.3. Direito de greve dos servidores públicos... Um ponto relevante esclarecido por nossa Corte Suprema quanto à aplicação da Lei 7.783/1989 às greves realizadas por servidores públicos diz respeito à possibilidade de a administração pública proceder, mediante ato próprio, ao desconto da remuneração correspondente aos dias de paralisação. Em diversas oportunidades, asseverou o STF que é aplicável à greve no serviço público o art. 7.º da Lei 7.783/1989, segundo o qual a adesão do trabalhador ao movimento, em princípio, acarreta a suspensão do seu contrato de trabalho. Embora servidores públicos estatutários não tenham contrato de trabalho, nosso Tribunal Excelso firmou a orientação de que o citado artigo legal deve ser aplicado para o efeito de determinar, como regra geral, o desconto da remuneração dos dias não trabalhados pelos 18 Rcl-MC 6.938/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, ; Rcl-MC /DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, ; Rcl- MC , rel. Min. Ayres Britto, ; Rcl-MC /DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski,

20 servidores grevistas, procedimento passível de ser levado a cabo pela própria administração. 19 Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal entende que ferem a Carta de 1988 disposições normativas que estabeleçam sanções administrativas diferenciadas para o servidor que esteja em estágio probatório, pelo simples fato de ele haver aderido à greve. Entende o Pretório Excelso que não existe, na Constituição Federal, base para que se faça distinção entre servidores em estágio probatório e os demais, em função de participação em movimentos grevistas. 20 Vale anotar que, consoante já se posicionou nossa Corte Suprema, são incompatíveis com a Carta de 1988 disposições normativas que estabeleçam sanções administrativas diferenciadas para o servidor que esteja em estágio probatório, pelo simples fato de ele haver aderido a uma greve. Entende o STF que não existe, na Constituição Federal, base para que se faça distinção entre servidores em estágio probatório e os demais, em função de participação em movimentos grevistas. E que tal discriminação viola, ainda, em um plano mais genérico, o princípio da isonomia. 21 Por outro lado, algumas decisões de nosso Tribunal Maior reconheceram à administração pública o direito de descontar, por ato próprio, a remuneração de seus servidores correspondente aos dias em que eles tenham feito greve. 22 É importante enfatizar, todavia, que esse assunto ainda não está pacificado no âmbito do STF. Somente poderemos falar em jurisprudência sedimentada sobre a matéria quando for julgado o RE /RJ, rel. Min. Dias Toffoli, no qual foi reconhecida a repercussão geral da questão constitucional suscitada ( ) ainda sem julgamento de mérito até o fechamento desta edição.... 3) No item 5.6, foi feita a substituição abaixo indicada: 5.6. Disposições constitucionais relativas aos servidores em exercício de mandatos eletivos... b) o servidor público investido no mandato de prefeito será, obrigatoriamente, afastado de seu cargo, emprego ou função pública. Nesse caso, o servidor poderá optar entre a remuneração do cargo de prefeito e a remuneração do cargo, emprego ou função de que foi afastado; Rcl-MC 6.200/RN, rel. Min. Cezar Peluso, ; RE /DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, ; RE /SC, rel. Min. Joaquim Barbosa, ; AI /MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, ADI 3.235/AL, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, ADI 3.235/AL, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, Rcl-MC 6.200/RN, rel. Min. Cezar Peluso, ; RE /DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, ; RE /SC, rel. Min. Joaquim Barbosa, ; AI /MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski,

DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS. art. 7º da Constituição Federal

DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS. art. 7º da Constituição Federal DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS art. 7º da Constituição Federal ASPECTOS GERAIS 1) Os direitos trabalhistas previstos no art. 7º da CF, abrangem os trabalhadores urbanos e rurais; 2) A

Leia mais

Direito Constitucional. Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda

Direito Constitucional. Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda Direito Constitucional Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda Direitos fundamentais de segunda geração Surgimento: necessidade de intervenção estatal em

Leia mais

AS MUDANÇAS NO ESTATUTO JURÍDICO DOS DOMÉSTICOS EC 72/13 Gáudio R. de Paula e José Gervásio Meireles

AS MUDANÇAS NO ESTATUTO JURÍDICO DOS DOMÉSTICOS EC 72/13 Gáudio R. de Paula e José Gervásio Meireles AS MUDANÇAS NO ESTATUTO JURÍDICO DOS DOMÉSTICOS EC 72/13 Gáudio R. de Paula e José Gervásio Meireles A aprovação do projeto de Emenda Constitucional 66/2012, e a subsequente edição da EC 72/13, relativo

Leia mais

PONTO CERTO OAB por ISADORA ATHAYDE E THIAGO ATHAYDE

PONTO CERTO OAB por ISADORA ATHAYDE E THIAGO ATHAYDE PONTO CERTO OAB por ISADORA ATHAYDE E THIAGO ATHAYDE O nosso item do edital de hoje será: EMPREGADO DOMÉSTICO Algo que devemos atentar de início é ao fato de não aplicarmos a CLT ao empregado doméstico,

Leia mais

Decreto Nº 13.840 de 21/09/2009

Decreto Nº 13.840 de 21/09/2009 Decreto Nº 13.840 de 21/09/2009 Dispõe sobre estágios no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta do Estado do Piauí para estudantes regularmente matriculados e com frequência efetiva, vinculados

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal CONCURSO PÚBLICO, NOMEAÇÃO E POSSE

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal CONCURSO PÚBLICO, NOMEAÇÃO E POSSE DEFINIÇÕES CONCURSO PÚBLICO, NOMEAÇÃO E POSSE Cód.: CNP Nº: - Versão: 02 Data: 22/02/2016 Concurso público Processo de seleção de natureza competitiva, aberto ao público geral, para provimento de cargo

Leia mais

PROFESSORA: Déborah Paiva. Prova: (FCC TST Analista Judiciário 2012)

PROFESSORA: Déborah Paiva. Prova: (FCC TST Analista Judiciário 2012) Direito do Trabalho: 41. A descaracterização de uma pactuada relação civil de prestação de serviços, desde que no cumprimento do contrato se verifiquem os elementos fáticos e jurídicos da relação de emprego,

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL Agravo de Instrumento nº 0052654-08.2013.8.19.0000 Agravante: Município de Armação de Búzios Agravado: Lidiany da Silva Mello

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 2.804, DE 2011

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 2.804, DE 2011 COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 2.804, DE 2011 (Apenso: Projeto de Lei nº 3.768, de 2012) Altera o art. 103 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos

Leia mais

Questões fundamentadas Art. 6º ao 11 da CF

Questões fundamentadas Art. 6º ao 11 da CF 1 Para adquirir a apostila de 200 Questões Fundamentadas Dos Direitos Sociais Art. 6º a 11 da CF acesse o site: www.odiferencialconcursos.com.br ESSA APOSTILA SERÁ ATUALIZADA ATÉ A DATA DO ENVIO. S U M

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERAÇÃO N 0 53, DE 30 DE ABRIL DE 2014 O CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ GABINETE DA PRESIDÊNCIA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ GABINETE DA PRESIDÊNCIA RESOLUÇÃO Nº 055/2005- TJAP PODER JUDICIÁRIO Institui regulamento para fins de promoção por merecimento de Serventuário da Justiça, e dá outras providências. O, no uso de suas atribuições legais e, tendo

Leia mais

CARTILHA DO SUBSÍDIO

CARTILHA DO SUBSÍDIO CARTILHA DO SUBSÍDIO Cléa da Rosa Pinheiro Vera Mirna Schmorantz A Direção do SINAL atenta às questões que dizem com a possibilidade de alteração da estrutura remuneratória das carreiras de Especialista

Leia mais

EDITAL DE ABERTURA DO 14º CONCURSO PARA ESTÁGIO REMUNERADO NA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM PORTO ALEGRE/RS

EDITAL DE ABERTURA DO 14º CONCURSO PARA ESTÁGIO REMUNERADO NA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM PORTO ALEGRE/RS EDITAL DE ABERTURA DO 14º CONCURSO PARA ESTÁGIO REMUNERADO NA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM PORTO ALEGRE/RS A Defensora Pública-Chefe da de Porto Alegre - Rio Grande do Sul, no uso de suas atribuições

Leia mais

LEI Nº 21.710, DE 30 DE JUNHO DE

LEI Nº 21.710, DE 30 DE JUNHO DE LEI Nº 21.710, DE 30 DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre a política remuneratória das carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo, altera a estrutura da carreira de Professor de Educação

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2007 / 2008 2008 / 2009. Enfermeiros

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2007 / 2008 2008 / 2009. Enfermeiros CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2007 / 2008 2008 / 2009 Enfermeiros O SINDICATO DOS ENFERMEIROS DO ESTADO DE MINAS GERAIS, CNPJ nº 21.854.005/0001-51, portador de Carta Sindical expedida pelo MTb (cópia

Leia mais

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal:

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal: Hoje, continuaremos com os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público

Leia mais

PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. 27/99 De 12 de Novembro de 1999 Aprova o Plano de Cargos dos Servidores do Poder Executivo Municipal e contém providências

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002 ANTAQ, DE 14 DE OUTUBRO DE 2008.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002 ANTAQ, DE 14 DE OUTUBRO DE 2008. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002 ANTAQ, DE 14 DE OUTUBRO DE 2008. Fixa os critérios e procedimentos para a realização de concursos públicos de provas e títulos, destinados ao provimento dos cargos efetivos do

Leia mais

PONTOS DO LIVRO DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO QUE FORAM OBJETO DE ATUALIZAÇÃO NA 6ª EDIÇÃO DA OBRA.

PONTOS DO LIVRO DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO QUE FORAM OBJETO DE ATUALIZAÇÃO NA 6ª EDIÇÃO DA OBRA. Nota à 6ª edição Nesta edição, concentramos nossa atenção na atualização do Capítulo 17 Ordem Social, em razão da recente promulgação pelo Congresso Nacional de duas emendas à Constituição Federal. A EC

Leia mais

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

DIREITO PREVIDENCIÁRIO 1. Da Previdência Social DIREITO PREVIDENCIÁRIO Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem

Leia mais

APELAÇÃO CÍVEL nº 458566/AL (2006.80.00.003230-6)

APELAÇÃO CÍVEL nº 458566/AL (2006.80.00.003230-6) APTE : UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS REPTE : PROCURADORIA REPRESENTANTE DA ENTIDADE APDO : ROBSON ANTÔNIO AMORIM CARNEIRO ADV/PROC : FELIPE REBELO DE LIMA ORIGEM : 4ª VARA FEDERAL DE ALAGOAS (COMPETENTE

Leia mais

REGULAMENTO FINANCEIRO DA FITO

REGULAMENTO FINANCEIRO DA FITO REGULAMENTO FINANCEIRO DA FITO DOS CONTRATANTES Art. 1º - Pela matrícula, a Fundação Instituto Tecnológico de Osasco, doravante denominada FITO e o Aluno e/ou Responsável Financeiro estabelecem recíprocos

Leia mais

Conselho Nacional de Justiça

Conselho Nacional de Justiça Conselho Nacional de Justiça Autos: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS - 0006845-87.2014.2.00.0000 Requerente: ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS - AMB Requerido: CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ Ementa: PEDIDO

Leia mais

2ª VARA DO TRABALHO DE BRASÍLIA - DF TERMO DE AUDIÊNCIA. Processo nº 0000307-61.2011.5.10.0002

2ª VARA DO TRABALHO DE BRASÍLIA - DF TERMO DE AUDIÊNCIA. Processo nº 0000307-61.2011.5.10.0002 2ª VARA DO TRABALHO DE BRASÍLIA - DF TERMO DE AUDIÊNCIA Processo nº 0000307-61.2011.5.10.0002 Aos seis dias do mês de maio do ano de 2.011, às 17h10min, na sala de audiências desta Vara, por ordem da MMª.

Leia mais

LEI COMPLEMENTAR N. 13, DE 8 DE DEZEMBRO DE 1987

LEI COMPLEMENTAR N. 13, DE 8 DE DEZEMBRO DE 1987 LEI COMPLEMENTAR N. 13, DE 8 DE DEZEMBRO DE 1987 Dá nova redação aos artigos que menciona, entre outras providências, da Lei Complementar n. 3, de 12 de janeiro de 1981, que dispõe sobre a Organização

Leia mais

Atualizações Jurisprudenciais 2012 Professoras Ana Paula Alvares e Simone Belfort

Atualizações Jurisprudenciais 2012 Professoras Ana Paula Alvares e Simone Belfort Na 2ª Semana do TST realizada no início do mês de setembro de 2012, algumas súmulas e orientações jurisprudências sofreram alterações e cancelamentos. Abaixo as alterações separadas por assunto em direito

Leia mais

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE PIRACICABA Estado de São Paulo Procuradoria Geral

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE PIRACICABA Estado de São Paulo Procuradoria Geral PROJETO DE LEI No. 104/08 Dispõe sobre a criação de empregos de Agente Comunitário de Saúde, junto ao Quadro de Pessoal da Prefeitura do Município de Piracicaba, nos termos da Lei Federal nº 11.350/06

Leia mais

ORIENTAÇÕES ACERCA DA APLICAÇÃO DA LEI 12.994 DE 2014

ORIENTAÇÕES ACERCA DA APLICAÇÃO DA LEI 12.994 DE 2014 ORIENTAÇÕES ACERCA DA APLICAÇÃO DA LEI 12.994 DE 2014 Consultam-nos as secretarias municipais de saúde acerca da aplicabilidade imediata da Lei 12.994/14 que altera a Lei 11.350/06 para instituir o piso

Leia mais

A Coordenação de Estágios informa:

A Coordenação de Estágios informa: A Coordenação de Estágios informa: I Informações gerais e Dúvidas frequentes sobre o Estágio: Tudo que você precisa saber sobre a nova lei de estágio 1. O que é o estágio? A Lei nº 11.788, de 25 de setembro

Leia mais

Professor André Vieira. Direitos Sociais. Curso de Oficial de Justiça de 1º Instância 1

Professor André Vieira. Direitos Sociais. Curso de Oficial de Justiça de 1º Instância 1 Direitos Sociais 01. NÃO é considerado um direito social, expressamente previsto na Constituição Federal Brasileira de 1988, a: a) Segurança; b) Educação; c) Livre concorrência; d) Saúde. 02. Os que percebem

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL

RESOLUÇÃO Nº CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL Relator: Ministro Gilmar Mendes Interessado: Tribunal Superior Eleitoral Dispõe sobre pesquisas eleitorais para as eleições de 2016. O Tribunal

Leia mais

PONTO 1: Contrato Individual de Trabalho: 1. Conceito. 2. Sujeitos. 3. Características. 4. Requisitos.

PONTO 1: Contrato Individual de Trabalho: 1. Conceito. 2. Sujeitos. 3. Características. 4. Requisitos. 1 DIREITO DO TRABALHO PONTO 1: Contrato Individual de Trabalho: 1. Conceito. 2. Sujeitos. 3. Características. 4. Requisitos. 1. Contrato Individual de Trabalho arts. 442 a 456 da CLT: 1. Conceito: É o

Leia mais

Elaborado por RHUMO CONSULTORIA EMPRESARIAL

Elaborado por RHUMO CONSULTORIA EMPRESARIAL Elaborado por RHUMO CONSULTORIA EMPRESARIAL Página 2 de 14 1 INTRODUÇÃO O Plano de Cargos e Salários do CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DE MINAS GERAIS CRA-MG, cuja última versão data de maio/2014,

Leia mais

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO CELEBRADA ENTRE O SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE CONGONHAS E A FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, CONFORME AS SEGUINTES CLÁUSULAS E CONDIÇÕES:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS COLÉGIO DE APLICAÇÃO. EDITAL Nº 238 - ADMISSÃO DE ALUNOS AO CAp 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS COLÉGIO DE APLICAÇÃO. EDITAL Nº 238 - ADMISSÃO DE ALUNOS AO CAp 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS COLÉGIO DE APLICAÇÃO EDITAL Nº 238 - ADMISSÃO DE ALUNOS AO CAp 2016 A Diretora do Colégio de Aplicação da UFRJ, no uso de suas

Leia mais

GRUPO III ESPELHO DE CORREÇÃO CRITÉRIO GERAL:

GRUPO III ESPELHO DE CORREÇÃO CRITÉRIO GERAL: GRUPO III ESPELHO DE CORREÇÃO CRITÉRIO GERAL: Nos termos do art. 20 do Regulamento do Concurso para Ingresso na Carreira do Ministério Público, na correção da prova escrita levar-se-á em conta o saber

Leia mais

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010 Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010 * Rodrigo Corrêa da Costa Oliveira 1. INTRODUÇÃO A contratação de Agências de Propaganda pela Administração Pública sempre se pautou pela Lei Geral

Leia mais

Aspectos Gerais sobre a Aplicação da Lei 11.738/08 a. Ericksen Prätzel Ellwanger Assessor jurídico da FECAM

Aspectos Gerais sobre a Aplicação da Lei 11.738/08 a. Ericksen Prätzel Ellwanger Assessor jurídico da FECAM Aspectos Gerais sobre a Aplicação da Lei 11.738/08 a partir da ADI 4167 Ericksen Prätzel Ellwanger Assessor jurídico da FECAM A Lei 11.738/2008 A Lei nº 11.738, de 17/7/2008, instituiu o piso salarial

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ RESOLUÇÃO Nº 17/CEPE, DE 03 DE MAIO DE 2006 Aprova normas para os cursos de especialização da Universidade Federal do Ceará. O Reitor da UNIVERSIDADE

Leia mais

CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO

CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO LEI N.º 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS COLÉGIO DE APLICAÇÃO. EDITAL Nº 184 - ADMISSÃO DE ALUNOS AO CAp 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS COLÉGIO DE APLICAÇÃO. EDITAL Nº 184 - ADMISSÃO DE ALUNOS AO CAp 2015 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS COLÉGIO DE APLICAÇÃO EDITAL Nº 184 - ADMISSÃO DE ALUNOS AO CAp 2015 A Diretora do Colégio de Aplicação da UFRJ, no uso de suas

Leia mais

MINUTA DA RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DAS 30 HORAS SEMANAIS DO CEFET-MG

MINUTA DA RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DAS 30 HORAS SEMANAIS DO CEFET-MG MINUTA DA RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DAS 30 HORAS SEMANAIS DO CEFET-MG Regulamenta o processo de implementação e avaliação da flexibilização da jornada de trabalho dos servidores técnico-administrativos

Leia mais

Neste comentário analisaremos as regras acerca do adicional de insalubridade, dispostas no art. 189 e seguintes da CLT.

Neste comentário analisaremos as regras acerca do adicional de insalubridade, dispostas no art. 189 e seguintes da CLT. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - Considerações Matéria atualizada com base na legislação vigente em: 02/05/2013. Sumário: 1 - Introdução 2 - Atividades e Operações Insalubres 3 - Adicional de Insalubridade

Leia mais

Prova: Base prova Administração Disciplina: Recurso Prova de Noções de Direito Previdenciário

Prova: Base prova Administração Disciplina: Recurso Prova de Noções de Direito Previdenciário Prova: Base prova Administração Disciplina: Recurso Prova de Noções de Direito Previdenciário Professor (a): Miriam ATENÇÃO: RECURSOS IGUAIS SÃO INADMITIDOS, PORTANTO, FAVOR FAZER ALTERAÇÕES DE ESCRITA.

Leia mais

3. O que é estágio não obrigatório? É uma atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. ( 2º do art. 2º da Lei nº 11.

3. O que é estágio não obrigatório? É uma atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. ( 2º do art. 2º da Lei nº 11. 1. O que é o estágio? A Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, define o estágio como o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho

Leia mais

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 590/DILEP.CIF.SEGPES.GDGSET.GP, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 590/DILEP.CIF.SEGPES.GDGSET.GP, DE 30 DE AGOSTO DE 2013 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 590/DILEP.CIF.SEGPES.GDGSET.GP, DE 30 DE AGOSTO DE 2013 Dispõe sobre as regras e procedimentos adotados para concessão, indenização, parcelamento e pagamento

Leia mais

IMPLANTANDO O ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO

IMPLANTANDO O ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO ORIENTAÇÕES PARA A GARANTIA DO PERCURSO ESCOLAR DO ALUNO NA CONVIVÊNCIA DOS DOIS REGIMES DE ENSINO: ENSINO FUNDAMENTAL COM DURAÇÃO DE OITO ANOS E ENSINO FUNDAMENTAL COM DURAÇÃO DE NOVE ANOS. IMPLANTANDO

Leia mais

Art. 2º O horário de funcionamento da AGU, de segunda a sexta feira, é de 07:00 horas às 20:00 horas, ininterruptamente.

Art. 2º O horário de funcionamento da AGU, de segunda a sexta feira, é de 07:00 horas às 20:00 horas, ininterruptamente. PORTARIA Nº 1.519, DE 21 DE OUTUBRO DE 2009 Dispõe sobre o horário de funcionamento da Advocacia Geral da União, a jornada de trabalho e o controle de freqüência dos servidores técnico administrativos

Leia mais

RESOLUÇÃO 203,DE 23 DE JUNHO DE 2015

RESOLUÇÃO 203,DE 23 DE JUNHO DE 2015 RESOLUÇÃO 203,DE 23 DE JUNHO DE 2015 Dispõe sobre a reserva aos negros, no âmbito do Poder Judiciário, de 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos

Leia mais

Trabalho Doméstico: as mudanças e os impactos da nova lei. Zilma Aparecida da Silva Ribeiro Abril de 2013

Trabalho Doméstico: as mudanças e os impactos da nova lei. Zilma Aparecida da Silva Ribeiro Abril de 2013 Trabalho Doméstico: as mudanças e os impactos da nova lei Zilma Aparecida da Silva Ribeiro Abril de 2013 Legislação Aplicável * LEI Nº 5.859, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1972 * CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 7º, PARÁGRAFO

Leia mais

:: SEI / TRF4-2022554 - Edital :: https://sei.trf4.jus.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_...

:: SEI / TRF4-2022554 - Edital :: https://sei.trf4.jus.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_... 1 de 6 10/07/2014 11:03 Diário Eletrônico Administrativo nº 152 Disponibilização: 10/07/2014 Publicação: 11/07/2014 SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO SUL Rua Antônio Araújo, nº 1110 - CEP 99.010-220 -

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº 539-35.2015.6.00.0000 CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL

RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº 539-35.2015.6.00.0000 CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº 539-35.2015.6.00.0000 CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL Relator: Ministro Gilmar Mendes Interessado: Tribunal Superior Eleitoral Dispõe sobre pesquisas eleitorais para o pleito

Leia mais

PAUTA DE REIVINDICAÇÃO PESSOAL DA CS BRASIL DATA-BASE 01.07.2011 VIGÊNCIA 01.07.2011 A 30.06.2012

PAUTA DE REIVINDICAÇÃO PESSOAL DA CS BRASIL DATA-BASE 01.07.2011 VIGÊNCIA 01.07.2011 A 30.06.2012 PAUTA DE REIVINDICAÇÃO PESSOAL DA CS BRASIL DATA-BASE 01.07.2011 VIGÊNCIA 01.07.2011 A 30.06.2012 CLÁUSULA 1ª - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência do presente Acordo Coletivo de Trabalho no

Leia mais

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR » Cacildo Baptista Palhares Júnior Advogado em Araçatuba (SP) Questões comentadas de direito previdenciário da prova objetiva do concurso de 2010 para Defensor da União Com base no direito previdenciário,

Leia mais

EDITAL N.º 009/2016 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA PROFESSOR SUBSTITUTO

EDITAL N.º 009/2016 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA PROFESSOR SUBSTITUTO PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA PROFESSOR SUBSTITUTO O REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, considerando o Decreto nº 7.485, de 18 de maio de 21,

Leia mais

- Jornada de trabalho máxima de trinta horas semanais, seis horas diárias, em turno de revezamento, atendendo à comunidade às 24 horas do dia...

- Jornada de trabalho máxima de trinta horas semanais, seis horas diárias, em turno de revezamento, atendendo à comunidade às 24 horas do dia... Parecer Coletivo Lei 14.691/15. Agentes Municipais de Fiscalização de Trânsito. Servidores Locais. Competência Constitucional do Município. Cláusula Pétrea da CF/88. Lei Estadual Inconstitucional. Interposição

Leia mais

PORTARIA NORMATIVA N 119, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2010

PORTARIA NORMATIVA N 119, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2010 INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE PORTARIA NORMATIVA N 119, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2010 Dispõe sobre o horário de funcionamento do Instituto Chico Mendes, jornada de trabalho e controle

Leia mais

APOSENTADORIA ESPECIAL

APOSENTADORIA ESPECIAL APOSENTADORIA ESPECIAL LC 144/2014 garante novas regras de aposentadoria especial para as servidoras policiais da Constituição Federal. Trata-se da Lei Complementar n.º 144/2014, que dispõe sobre a aposentadoria

Leia mais

PARECER Nº, DE 2009. RELATOR: Senador EDUARDO AZEREDO RELATOR ad hoc: Senador TASSO JEREISSATI I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2009. RELATOR: Senador EDUARDO AZEREDO RELATOR ad hoc: Senador TASSO JEREISSATI I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2009 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, em caráter terminativo, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 147, de 2006, que altera a Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de 1966, que

Leia mais

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO INSTRUÇÃO NORMATIVA GP N. 2, DE 12 DE MARÇO DE 2013

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO INSTRUÇÃO NORMATIVA GP N. 2, DE 12 DE MARÇO DE 2013 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO INSTRUÇÃO NORMATIVA GP N. 2, DE 12 DE MARÇO DE 2013 Dispõe sobre o Adicional de Qualificação - AQ, instituído pela Lei n. 11.416, de 15 de dezembro de 2006, no

Leia mais

Fundatec Estágios. Veículo: Site da Casa Civil Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm

Fundatec Estágios. Veículo: Site da Casa Civil Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm Fundatec Estágios A Fundatec informa seus clientes sobre a sanção da Lei de Estágios, aprovada ontem pelo Presidente da República. Seguem as principais notícias veiculadas hoje nas mídias nacionais. Segue

Leia mais

BR MALLS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ nº 06.977.745/0001-91 PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES

BR MALLS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ nº 06.977.745/0001-91 PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES 1. OBJETIVOS DO PLANO BR MALLS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ nº 06.977.745/0001-91 PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES 1.1. Os objetivos do Plano de Opção de Compra de Ações da BR Malls Participações S.A. ( Companhia

Leia mais

AVALIADOR PARA CURSO

AVALIADOR PARA CURSO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA-UFSM FUNDAÇÃO DE APOIO À TECNOLOGIA E CIÊNCIA EDITAL DE PROCESSO SELETIVO PÚBLICO N 2015/3050033-02 INSCRIÇÕES PARA SELEÇÃO DE AVALIADOR PARA CURSO A FUNDAÇÃO DE APOIO

Leia mais

LEI 10.073. Parágrafo único - São consideradas atividades do Agente Comunitário

LEI 10.073. Parágrafo único - São consideradas atividades do Agente Comunitário LEI 10.073 Regulamenta o exercício das atividades de Agente Comunitário de Saúde e de Agente de Combate às Endemias no âmbito do Município e dá outras providências. O Povo do Município de Uberaba, Estado

Leia mais

EDITAL Nº. 09/2015 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONTRATAÇÃO, POR TEMPO DETERMINADO, DE CUIDADOR EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

EDITAL Nº. 09/2015 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONTRATAÇÃO, POR TEMPO DETERMINADO, DE CUIDADOR EM EDUCAÇÃO ESPECIAL EDITAL Nº. 09/2015 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONTRATAÇÃO, POR TEMPO DETERMINADO, DE CUIDADOR EM EDUCAÇÃO ESPECIAL O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE TAUÁ-CEARÁ, Prof. João Álcimo

Leia mais

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DOS CURSOS E PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DOS CURSOS E PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DOS CURSOS E PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO

Leia mais

REGIMENTO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

REGIMENTO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍCAS E ECONÔMICAS REGIMENTO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA Adaptado às normas do Regulamento Geral da Pós-Graduação da UFES

Leia mais

DECRETO Nº 034/2013. O Prefeito do Município de Sertanópolis, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais e considerando:

DECRETO Nº 034/2013. O Prefeito do Município de Sertanópolis, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais e considerando: DECRETO Nº 034/2013 SÚMULA: Dispõe sobre a jornada de trabalho em Regime de Trabalho em Turnos RTT e Regime de Trabalho de Sobreaviso RPS no âmbito da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo

Leia mais

Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948

Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 PARTE A Módulo I Acordos/Convenções Internacionais 1. Declaração Universal dos Direitos Humanos Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de

Leia mais

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE É sabido - e isso está a dispensar considerações complementares - que a pessoa jurídica tem vida distinta da dos seus sócios e administradores.

Leia mais

ORDEM DE SERVIÇO Nº 08/2014

ORDEM DE SERVIÇO Nº 08/2014 ORDEM DE SERVIÇO Nº 08/2014 O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no exercício de suas atribuições legais, de conformidade com o art. 57, inciso XVIII, da Lei Orgânica do Município de Porto

Leia mais

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Federação)

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Federação) PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Federação) CLÁUSULAS PARA DISCUSSÃO CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 1º

Leia mais

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL.

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. Por Osvaldo Feitosa de Lima, Advogado e mail: drfeitosalima@hotmail.com Em razão do princípio da supremacia do interesse

Leia mais

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO José Afonso da Silva 1. A controvérsia 1. A condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, de alguns deputados federais tem suscitado dúvidas relativamente

Leia mais

Constituição Federal - CF - 1988 Título VIII Da Ordem Social Capítulo III Da Educação, da Cultura e do Desporto Seção I Da Educação

Constituição Federal - CF - 1988 Título VIII Da Ordem Social Capítulo III Da Educação, da Cultura e do Desporto Seção I Da Educação Constituição Federal - CF - 1988 Título VIII Da Ordem Social Capítulo III Da Educação, da Cultura e do Desporto Seção I Da Educação Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,

Leia mais

PLANO DE OPÇÕES DE COMPRA DE AÇÕES DA WEG S.A.

PLANO DE OPÇÕES DE COMPRA DE AÇÕES DA WEG S.A. PLANO DE OPÇÕES DE COMPRA DE AÇÕES DA WEG S.A. 1. OBJETIVO DO PLANO O Plano de Opções de Compra de Ações ( Plano ) tem por objetivo a outorga de Opções de compra de ações de emissão da WEG S.A. ( Companhia

Leia mais

LEI Nº 2.581/2009. O Prefeito Municipal de Caeté, Minas Gerais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

LEI Nº 2.581/2009. O Prefeito Municipal de Caeté, Minas Gerais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei: LEI Nº 2.581/2009 DISPÕE SOBRE O PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE CAETÉ. O Prefeito Municipal de Caeté, Minas Gerais, faz saber que a Câmara Municipal

Leia mais

DECRETO Nº 29.290, DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de 23.07.2008

DECRETO Nº 29.290, DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de 23.07.2008 DECRETO Nº 29.290, DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de 23.07.2008 Dispõe sobre o afastamento para estudo, congressos, seminários ou reuniões similares de servidor e empregado da Administração Pública Distrital

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 169/2015 Deputado(a) Regina Becker Fortunati

PROJETO DE LEI Nº 169/2015 Deputado(a) Regina Becker Fortunati DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, quarta-feira, 12 de agosto de 2015. PRO 1 PROJETO DE LEI Nº 169/2015 Deputado(a) Regina Becker Fortunati Altera Lei nº 10.576, de 14 de novembro de

Leia mais

Em revisão 15/05/2013 PLENÁRIO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.609 ACRE VOTO

Em revisão 15/05/2013 PLENÁRIO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.609 ACRE VOTO 15/05/2013 PLENÁRIO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.609 ACRE VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Procurador-Geral da República em face da Emenda

Leia mais

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO 1 2 Conceituação: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a

Leia mais

MANUAL DE NORMAS CCI CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO ÍNDICE

MANUAL DE NORMAS CCI CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO ÍNDICE 2 / 14 MANUAL DE NORMAS CCI CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO ÍNDICE CAPÍTULO PRIMEIRO DO OBJETIVO 3 CAPÍTULO SEGUNDO DAS DEFINIÇÕES 3 CAPÍTULO TERCEIRO DAS ATIVIDADES DISPONIBILIZADAS PELA CETIP _6 CAPÍTULO

Leia mais

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Fetquim)

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Fetquim) PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Fetquim) CLÁUSULAS PARA DISCUSSÃO CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 1º

Leia mais

Conselho da Justiça Federal

Conselho da Justiça Federal RESOLUÇÃO Nº 058, DE 25 DE MAIO DE 2009 Estabelece diretrizes para membros do Poder Judiciário e integrantes da Polícia Federal no que concerne ao tratamento de processos e procedimentos de investigação

Leia mais

INSTRUÇÃO Nº 1161-56.2011.6.00.0000 CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL

INSTRUÇÃO Nº 1161-56.2011.6.00.0000 CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL RESOLUÇÃO Nº 23.364 INSTRUÇÃO Nº 1161-56.2011.6.00.0000 CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL Relator: Ministro Arnaldo Versiani Interessado: Tribunal Superior Eleitoral Ementa: Dispõe sobre pesquisas eleitorais

Leia mais

CAPÍTULO I - VIGÊNCIA E ABRANGÊNCIA CAPÍTULO II - REMUNERAÇÃO E PAGAMENTO

CAPÍTULO I - VIGÊNCIA E ABRANGÊNCIA CAPÍTULO II - REMUNERAÇÃO E PAGAMENTO CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, QUE ENTRE SI FAZEM, DE UM LADO O SINDICATO DOS CONDUTORES DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS E TRABALHADORES EM TRANSPORTES DE CARGAS EM GERAL E PASSAGEIROS NO MUNICÍPIO DO RIO DE

Leia mais

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS 1. Que entidades conseguiram no Supremo Tribunal Federal

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2014/2015

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2014/2015 C O N V E N Ç Ã O C O L E T I V A D E T R A B A L H O 2014/2015 SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DE RIO DO SUL E REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ SINTIAVI SINDICATO DAS INDÚSTRIAS

Leia mais

O empregado doméstico deverá apresentar, por ocasião da sua admissão, os seguintes documentos:

O empregado doméstico deverá apresentar, por ocasião da sua admissão, os seguintes documentos: Empregado Doméstico- Aspectos Gerais 1. Introdução A Lei nº 5.859/72, no seu art. 1o, define empregado doméstico como aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa

Leia mais

Estabilidade e Garantia de Emprego:

Estabilidade e Garantia de Emprego: AULA 9 Estabilidade e Garantia de Emprego: A CLT inicialmente previa o pagamento de uma indenização ao empregado sempre que este fosse despedido sem justa causa, sendo que após dez anos de serviço a empresa,

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DE PERNAMBUCO

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DE PERNAMBUCO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DE PERNAMBUCO Resolução nº 004, de 25 de março de 2015 Estabelece requisitos a serem observados para obtenção de apoio financeiro ou institucional junto ao CRMV-PE.

Leia mais

RESOLUÇÃO 23.190 INSTRUÇÃO Nº 127 CLASSE 19ª BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL. Relator: Ministro Arnaldo Versiani. Interessado: Tribunal Superior Eleitoral.

RESOLUÇÃO 23.190 INSTRUÇÃO Nº 127 CLASSE 19ª BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL. Relator: Ministro Arnaldo Versiani. Interessado: Tribunal Superior Eleitoral. RESOLUÇÃO 23.190 INSTRUÇÃO Nº 127 CLASSE 19ª BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL. Relator: Ministro Arnaldo Versiani. Interessado: Tribunal Superior Eleitoral. Dispõe sobre pesquisas eleitorais (Eleições de 2010).

Leia mais

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2007/2008

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2007/2008 CODESC Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2007/2008 Pelo presente instrumento, de um lado a COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DE SANTA CATARINA CODESC,

Leia mais

Regulamento de Estágios ORIENTAÇÕES GERAIS

Regulamento de Estágios ORIENTAÇÕES GERAIS Regulamento de Estágios ORIENTAÇÕES GERAIS Versão 1.0 2015 I. Introdução Consistirá o estágio em um período de trabalho, realizado pelo aluno, sob o controle de uma autoridade docente, em um estabelecimento

Leia mais

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41/03

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41/03 EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41/03 1. NOVAS REGRAS PARA OS SERVIDORES QUE INGRESSAREM NO SERVIÇO PÚBLICO APÓS A PROMULGAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA EC Nº 41/03. a) Principais Características. - fim da paridade

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL A sociedade empresária XYZ Ltda., citada em execução fiscal promovida pelo município para a cobrança de crédito tributário de ISSQN, realizou depósito integral e

Leia mais

CNPJ nº 78.876.950/0001-71 NIRE nº 42300020401 Companhia Aberta de Capital Autorizado

CNPJ nº 78.876.950/0001-71 NIRE nº 42300020401 Companhia Aberta de Capital Autorizado CNPJ nº 78.876.950/0001-71 NIRE nº 42300020401 Companhia Aberta de Capital Autorizado ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 10 DE ABRIL DE 2008 (Lavrada sob a forma sumária, conforme

Leia mais