O PAPEL DA BIBLIOTECA NO INCENTIVO A LEITURA Monique da Costa Martins * - Famec

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1 O PAPEL DA BIBLIOTECA NO INCENTIVO A LEITURA Monique da Costa Martins * - Famec Resumo Discorre sobre a importância da interação e cooperação do bibliotecário com o corpo docente, visando integrar a biblioteca ao ambiente escolar como um espaço motivador e mediador da leitura, numa parceria livre de repressões, visando o sucesso do grupo, pois o incentivo a leitura deve ser tratado em conjunto com as etapas de aprendizagem. Retrata um panorama do baixo índice de leitura no Brasil, descrevendo seus números, fonte inspiradora para essa relação de integração. Analisa ainda, a perfil e uso da biblioteca no ambiente escolar e a necessidade de diálogos constantes e permanentes entre bibliotecários, pedagogos e professores. Considerada como um meio, a biblioteca torna disponível a informação, os livros infantis, subsídios para a promoção da leitura. Uma biblioteca, no processo educativo, poderá ser um facilitador dos programas curriculares, integrando-se a eles como parte dinamizadora do ensino formal, enquanto espaço onde poderão ser realizadas atividades diversas, como a hora do conto, oficinas de leitura e de fabricação de jornais e livros (de pano, de recortes etc.); semana do livro (infantil, juvenil, poesia etc.), rodas de leitura; dramatização; encontro com escritores; montagem de murais temáticos; teatro de fantoches; exposições, entre outras. Quando se tem como meta a promoção da leitura e da cultura entre as crianças, o que se pretende é a formação do leitor e pesquisador do futuro. Se desde crianças aprende-se a importância dos livros e da biblioteca como fonte primordial de informação, o estudante de amanhã terá chances muito maiores de ser um ávido leitor e muito mais subsídios para pesquisar e desenvolver-se cultural e academicamente, com um senso crítico muito mais apurado. Palavras-chave: Leitura; Biblioteca; Professor, Formação de leitores; Hora do conto Introdução A falta de políticas de leitura e acesso à informação, a pobreza e a exclusão social e digital contribuem para que o Brasil seja um país onde o índice de leitores é extremamente baixo. O ano de 2005 como Ano Ibero-americano da leitura, está sendo comemorado em 21 países da Europa e das Américas. No Brasil ele recebeu o nome de VIVALEITURA, iniciativa que pretende mobilizar o país buscando discutir a

2 1389 relação entre a leitura e sua influência no exercício da cidadania. O desenvolvimento das noções de cidadania deve ser iniciado durante a infância e adolescência e a leitura tem papel fundamental neste processo porque, entre outras coisas, ela desenvolve o senso crítico. Portanto, fomentar ações e projetos de leitura para servirem indistintamente a diferentes interesses e classes sociais deve ser prioritário em nossas comunidades. Uma boa proposta é utilizar espaços já existentes, como as bibliotecas, que são locais onde se acumulam informações e conhecimento. Esses espaços devem ser ocupados para suprir as necessidades culturais da sua comunidade e proporcionar-lhes um clima favorável à implementação de programas de pesquisa, cultura e lazer, independentemente das limitações de ordem econômica e social. A preocupação com a cultura e lazer de uma comunidade também deve existir em uma instituição de ensino que reflete e agrega valores nos serviços prestados as pessoas que diariamente circulam em suas instalações. Panorama da leitura no Brasil Dados do III Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional - INAF 2003 mostram que o Brasil é um país com alto índice de analfabetos absolutos - cerca de 8%, na faixa de 15 a 64 anos (INSTITUTO..., 2003). As pessoas alfabetizadas, por sua vez, foram classificadas em três níveis: a) Nível 1 - habilidade muito baixa: só são capazes de localizar informações simples em enunciados com uma só frase, num anúncio ou chamadas de capa de revista. O teste identificou que 30% da população brasileira entre 15 e 64 anos encontram-se nessa condição. b) Nível 2 - habilidade básica: são capazes de localizar informações em textos curtos (carta ou notícia curta, por exemplo). O INAF 2003 revelou que 37% da população brasileira encontram-se nesse grau de alfabetização. c) Nível 3 - habilidade plena: são capazes de ler textos mais longos, localizar mais de uma informação, comparar a informação contida em * Bibliotecária Responsável da Faculdade Metropolitana de Curitiba monique@famec.com.br

3 1390 diferentes textos e estabelecer relações diversas entre eles. Entretanto, o Mapa do analfabetismo no Brasil, estudo produzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INSTITUTO..., 2001), a partir de dados levantados em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNDU), indica que 35% dos analfabetos brasileiros já freqüentaram a escola. A principal causa do elevado índice de alfabetismo funcional e das dificuldades generalizadas para compreensão da informação escrita, segundo especialistas, se localiza na falta de contato com a leitura, sobretudo entre as populações mais pobres. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil¹, citada no Programa Fome do Livro (BRASIL..., 2005), revelou dados alarmantes e contraditórios. Demonstrou, por exemplo, que apesar do país ser o oitavo maior produtor de livros do mundo, os brasileiros lêem, apenas, cerca de 2 livros por ano. E mais, constatou que: a) das 26 milhões de pessoas acima de 14 anos que dizem ter o hábito de ler, 47% têm, no máximo, 10 livros em casa; b) a compra per capita anual de livros não-didáticos no Brasil é de 0,66% por adulto alfabetizado; c) 61% dos brasileiros adultos alfabetizados têm muito pouco ou nenhum contato com os livros; d) 6,5 milhões de pessoas das camadas mais pobres da população dizem não ter nenhuma condição de adquirir um livro; e) de cada 10 não-leitores, 7 têm baixo poder aquisitivo; f) 73% dos livros estão concentrados nas mãos de apenas 16% da população; g) o Brasil possui livrarias (o ideal seriam ); h) não existem livrarias em 89% dos municípios brasileiros. O baixo índice de leitura não só influi negativamente no desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas como também, e até por isso, contribui decisivamente para ampliar a disparidade social existente no Brasil, promovendo mais exclusão social e menos cidadania. Analisando este cenário, torna-se imprescindível desenvolver projetos e

4 1391 campanhas em prol da leitura, visando contribuir para a formação de um leitor crítico, seletivo e criativo, desenvolvendo simultaneamente sua motivação pela leitura e sua habilidade de obter experiências gratificantes com essa atividade, capacitando assim o indivíduo para exercer um papel ativo na sociedade. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 2000, p. 53), analisam que o trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, conseqüentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modelizadoras. Aborda ainda, que a leitura é um processo pelo qual o leitor constrói o significado do texto, a partir do seu referencial pessoal (seus objetivos; seus conhecimentos sobre o assunto, o autor e a língua). Não basta apenas decodificar as letras, é preciso antes compreender o que se lê. Se a leitura como prática social é sempre um meio, nunca um fim, percebese que ler é a resposta a uma necessidade ou objetivo pessoal. Neste sentido, mais do que nunca, as instituições de ensino têm o compromisso educacional e social de incentivar e promover ações que visem a formação cultural dos estudantes. O papel da biblioteca A biblioteca desempenha um papel educador quando incentiva o gosto pela leitura, considerada a porta de entrada para o conhecimento. Portanto, esta deve funcionar como um espaço motivador para que crianças e adolescentes descubram o prazer de ler. É preciso resgatar o gosto pela leitura nas escolas e valorizar os livros, através de ações que visem torná-los atraentes aos estudantes. E as bibliotecas são os locais mais indicados para o desenvolvimento e suporte à estas ações, já que nelas que estão os livros. Estimular o gosto pela leitura requer estratégias desafiadoras e principalmente parceria entre o bibliotecário e o professor. As visitas ao ambiente biblioteca não devem ser vistas como penalidade e sim como um momento motivador, de curiosidade e investigação. O bibliotecário quando aliado ao pedagogo e, conseqüentemente ao professor, pode promover o incentivo a leitura por meio de atividades integradas. Esta parceria deve ser livre de repressões, visando o sucesso

5 1392 do grupo, pois o incentivo a leitura deve ser tratado em conjunto com as etapas de aprendizagem. Faz-se necessário que haja essa integração para que se construa uma geração que saiba investigar e construir conhecimento por meio de seus próprios conceitos, formados pela leitura estimulada já na escola. Versando sobre esse tema, Côrrea e Souza (2004) ressaltam: A necessidade de uma parceria educador/bibliotecário através, de um trabalho conjunto, visando o fortalecimento da biblioteca escolar e a construção de novos caminhos para esta importante instituição, fica também evidenciada na declaração encontrada no Manifesto da UNESCO sobre as bibliotecas escolares: está comprovado que quando bibliotecários e professores trabalham em conjunto, os estudantes alcançam níveis mais elevados de literacia, leitura, aprendizagem, resolução de problemas e competências no domínio das tecnologias de informação e comunicação. Uma parceria, entretanto, não se constrói da noite para o dia. Historicamente não se reconhece, no Brasil, uma unidade entre educadores e bibliotecários, e talvez esta seja uma das principais causas do abandono a que estão confinadas as bibliotecas escolares. Por outro lado, a construção desta parceria parece ser possível através de um trabalho a longo prazo, com início na base formativa destes profissionais, isto é, dentro das universidades. Andrade (2003), relata que uma pesquisa realizada pela Universidade de Denver, nos Estados Unidos, observou que os estudantes de escolas que mantêm programas de bibliotecas eficientes aprendem mais e obtêm melhores resultados do que alunos de escolas com bibliotecas deficientes. Outros resultados favoráveis que foram identificados referem-se ao tempo de permanência do aluno na escola, à diminuição do número de alunos por classe, às avaliações mais freqüentes e, principalmente, ao melhor aproveitamento dos estudantes, independentemente da classe social e econômica da comunidade onde a escola está inserida. Outra questão relevante é a necessidade informacional por parte da comunidade acadêmica. Segundo Mota (2004), o aumento das necessidades de informação por parte de alunos e professores, é sentido diariamente. Portanto, a presença de um profissional de informação qualificado - o bibliotecário é imprescindível, para atuar como mediador e dar suporte na busca e recuperação das informações. Entretanto, não basta recuperar informações, é preciso que essas informações façam sentido para os usuários e possam lhes proporcionar uma visão clara da sociedade e do mundo no qual estão inseridos. Essa contextualização vai depender do nível de leitura e interpretação de cada usuário. Analisando este cenário, pode-se elaborar maneiras de dinamizar as

6 1393 bibliotecas escolares através de atividades que integrem conceitos multidisciplinares, relacionadas ao currículo escolar, que proporcionem interação e cooperação entre bibliotecários, professores e estudantes. Como objetivos fundamentais para o efetivo desenvolvimento dessas atividades, levanta-se: a) estimular o gosto e o interesse pela leitura como fonte de informação e recreação; b) fortalecer o gosto pela leitura e escrita como fonte de desenvolvimento pessoal e social; c) estimular as artes como forma aglutinadora para familiarizar o público infantil com a biblioteca; d) aumentar o gosto pela leitura nas crianças; e) ampliar o público leitor; f) integrar as atividades culturais nas ações do ensino formal. Algumas atividades que podem ser implantadas, sempre pensando na interação entre biblioteca e corpo docente, são: sessões de contação de histórias; oficinas de leitura, oficinas de fabricação de jornais e livros (de pano, de recortes etc.); semana do livro (infantil, juvenil, poesia etc.), rodas de leitura; dramatização; encontro com escritores; montagem de murais temáticos; teatro de fantoches; exposições, entre outras. Destas, considera-se a contação de histórias uma atividade natural e das mais antigas, pois ouvir e contar faz parte do desenvolvimento do ser humano. Os adultos contam histórias para as crianças desde tempos pré-históricos. Isto porque permite a expansão da linguagem infantil, estimula a inteligência e amplia o vocabulário. Quando acontece em grupo, proporciona a integração da criança ao ambiente, manifesta as diferenças individuais e promove a interação. Discorrendo sobre o tema, Abramovich (1997) destaca: Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias (...) Escutá-las é o início da aprendizagem para ser leitor, e ser leitor é ter caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo (...) É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bemestar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as houve com toda a amplitude, significância e verdade que cada

7 1394 uma delas fez (ou não) brotar... Pois é ouvir, sentir e enxergar com olhos do imaginário. Essa é a razão primordial de se ler historias para crianças desde sua iniciação no processo formal de ensino, visto que este é o primeiro contato real que elas terão com a biblioteca e conseqüentemente com os livros. Sendo assim, é vital que este contato seja prazeroso e amigável, para que registre-se na sua formação uma imagem clara e satisfatória da biblioteca, internalizando os recursos importantes para o desenvolvimento de sua fantasia e criatividade. Percebe-se que cultivar o hábito de contar histórias desde cedo para as crianças, seja em casa com os filhos ou na escola com os alunos, contribui para que a criança aprenda a identificar e vivenciar sentimentos; ajudando-as a desenvolver um senso crítico que as acompanhará para o resto de suas vidas. Segundo Neves (2005), formar bons leitores significa encantar as crianças, enfeitiçá-las com o poder que vem dos livros. Assim, as atividades de leitura não se desenvolvem com obrigações ou através de trabalhos sistemáticos de interpretação mecânica de texto. Se as histórias puderem servir de incentivo à auto-estima, ao amor ao próximo e à integração e desenvolvimento social, elas serão biblioterapêuticas e serão responsáveis por um caminho mais feliz. Histórias contadas servem de elo de afeto, emoção, ludismo e prazer. Para Rauen (2004), o foco da contação de histórias, ou narrativa, deve ser o texto e não o narrador. Se foco está em quem lê, com suas fantasias e pinturas ele é um espetáculo, enquanto o texto e sua importância fica em segundo plano. Atingir a qualidade de quem conta e do que se conta exige empenho, treino e experiência. Outro aspecto que merece destaque, é o nível de leitura do contador, pois é preciso que ele seja um leitor entusiasta, para transpor ao texto narrado todas as emoções e sentimentos necessários através da sua voz. Acrescenta ainda que: Quando o contador se coloca como veículo do texto e faz uso somente da voz para dar-lhe vida, o ouvinte tem a possibilidade de, através de suas próprias imagens mentais, atuar como co-criador, segundo a estética da recepção, preenchendo as lacunas do texto através de configurações, representações, que lhe são próprias, implicando-se no texto e, dessa forma, participando do ato de leitura, pois ouvir contos é uma forma de ler. (RAUEN, 2004) Fica claro então, que o encontro com os contadores de histórias, propicia a

8 1395 magia e a fantasia. Por ele, as histórias poderão conduzir as crianças, tornando-as protagonistas em mundos encantados que as histórias favorecem. Considerações finais Praticar a parceria e cooperação entre biblioteca e corpo docente torna-se ferramenta imprescindível para estimular o hábito da leitura desde a escola, mostrando as possibilidades de trabalho em conjunto, além da promoção da biblioteca e a divulgação de seus produtos e serviços. A biblioteca deve ser um ambiente agradável, que promova a leitura por prazer e motivação, não por obrigação ou punição. O bibliotecário deve atuar como educador, ensinando aos seus usuários não somente como buscar informações, mas também a melhor forma de utiliza-las. Quando se tem como meta a promoção da leitura e da cultura entre as crianças, o que se pretende é a formação do leitor e pesquisador de amanhã. Se desde crianças aprende-se a importância dos livros e da biblioteca como fonte primordial de informação, o estudante do futuro terá chances muito maiores de ser um ávido leitor e muito mais subsídios para pesquisar e desenvolver-se cultural e academicamente, com um senso crítico muito mais apurado. Espera-se que os ponto abordados sejam somente um caminho para uma discussão mais aprofundada e que as atividades aqui sugeridas sirvam de base para implantação e desenvolvimento de muitas outras, adaptáveis ao perfil de cada instituição de ensino e às mudanças comportamentais do seu público-alvo. Nota 1 Realizada em 10 de dezembro de 2000 a 25 de janeiro 2001, encomendada pela Câmara Brasileira do Livro, Sindicato Nacional de Editores de Livros, Bracelpa e Abrelivros. Referências ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.

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