Método Antes de iniciar 1. Todos os reagentes e amostras devem encontrar-se à temperatura ambiente (20-26 ºC) e ser bem misturados.

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1 QUANTA Lite RNP ELISA Para utilização em diagnóstico In Vitro Complexidade CLIA: Elevada Aplicação Diagnóstica O Q U A N T A L i t RNP e é um ensaio imunoenzimático (ELISA) para a detecção semi-quantitativa de anticorpos RNP no soro humano. A presença de anticorpos RNP pode ser utilizada em conjunto com as conclusões clínicas e outros testes de laboratório para ajudar no diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistémico (SLE) e de doenças relacionadas com o tecido conjuntivo. Resumo e Explicação do teste Os anticorpos antinucleares (ANA) podem ser encontrados numa grande variedade de doenças do tecido conjuntivo e representam um ensaio sensível de rastreio. 1 Embora o teste ANA seja um excelente teste de rastreio para o SLE (um resultado negativo elimina virtualmente a possibilidade do SLE activo) 2, não é de modo algum um teste específico. Os anticorpos anti antigénio RNP são encontrados em cerca de 45% dos doentes com SLE e também em algumas outras doenças do tecido conjuntivo. 1,3 Os auto-anticorpos RNP são associados a um percurso relativamente benigno da doença, com menor incidência de doenças renais e doença do SNC. 4 O antigénio RNP contém epítopos ou pontos de ligação de anticorpos, únicos para o RNP, mas também contém epítopos que são imunologicamente idênticos ao Sm livre. 1 Uma vez que o antigénio RNP, revestido na fase sólida deste teste, contém epítopos antigénicos Sm, é necessário considerar a resposta do doente aos anticorpos Sm quando do relatório dos resultados RNP. Foram utilizados uma variedade de métodos para detectar os anticorpos anti RNP, incluindo a dupla difusão de Ouchterlony e a aglutinação passiva. Também foram desenvolvidos testes ELISA para a detecção de anticorpos anti- RNP, uteis clinicamente. A técnica ELISA aplicada nestes ensaios é objectiva, semi-quantitativa e pode ser convenientemente empregue para testar um grande número de doentes. Princípio do método O complexo de antigénio RNP/Sm purificado, é ligado aos poços de uma placa de micropoços de poliestireno sob condições que vão preservar o antigénio no seu estado nativo. Os controlos pré-diluídos e o soro diluído dos doentes são adicionados aos diferentes poços, permitindo que os anticorpos RNP ou Sm presentes se liguem ao antigénio imobilizado. A amostra não ligada é lavada e adiciona-se um conjugado IgG anti-humano marcado a cada poço. Uma segunda incubação permite ao conjugado enzimático ligar-se a quaisquer anticorpos de doentes que tenham ficado agarrados aos micropoços. Depois da segunda lavagem para retirar o excesso de conjugado, a restante actividade das enzimas é medida adicionando um substrato cromogénico e medindo a intensidade da cor que se desenvolve. O ensaio pode ser avaliado por espectrofotometria, medindo e comparando a intensidade da cor desenvolvida nos poços do doente com a cor dos poços de controlo. Ao reportar os anticorpos RNP, é necessário considerar o contributo dos anticorpos Sm para a reactividade global do sistema de ensaio. Os resultados desde ensaio indicam a reactividade do complexo RNP/Sm e não necessariamente apenas do RNP. Reagentes 1. Placa de micropoços de poliestireno ELISA, revestida com um complexo de antigénios RNP/Sm purificados (12-1 x 8 poços), com suporte dentro de uma embalagem de alumínio com dessecantes 2. Controlo Negativo ELISA, 1 frasco de solução tampão com conservante e soro humano sem anticorpos humanos anti RNP pré-diluído, 1,2 ml 3. Positivo baixo RNP ELISA, 1 frasco de solução tampão com conservantes e soro humano com anticorpos anti RNP, pré-diluído, 1,2 ml 4. Positivo alto RNP ELISA, 1 frasco de solução tampão com conservantes e soro humano com anticorpos anti RNP, pré-diluído, 1,2 ml 5. Diluente da amostra HRP, 1 frasco cor de rosa, contém solução tampão salina Tris, Tween 20, estabilizadores proteicos e conservante, 50 ml 6. Solução de lavagem HRP, 1 frasco 40x concentrado, de cor vermelha com solução tampão salina Tris e Tween 20, 25 ml. As instruções de diluição encontram-se na Secção Método. 7. Conjugado HRP IgG, (de cabra), IgG anti-humana, 1 frasco de cor azul com solução tampão, estabilizadores proteicos e conservante, 10 ml 8. Cromogénio TMB, 1 frasco com estabilizadores, 10 ml 9. Solução de paragem HRP, ácido sulfúrico 0,344M, 1 frasco incolor, 10 ml Advertências 1. ADVERTÊNCIA: Este produto contém um químico (0,02% cloranfenicol) no diluente da amostra, nos controlos e no conjugado, considerado como cancerígeno no Estado da Califórnia. 2. Todo o material de origem humana utilizado na preparação dos controlos deste produto foi testado e deu resultados negativos para métodos aprovados pela FDA para anticorpos anti HIV, HBsAg e HCV. Contudo, nenhum teste pode garantir com certeza absoluta a ausência de HIV, HBV, HCV ou outros agentes infecciosos. Assim, o Positivo baixo RNP ELISA, o Positivo alto RNP ELISA e o Controlo Negativo devem ser manipulados como se fossem material potencialmente infeccioso A azida de sódio é utilizada como conservante. Este produto é venenoso e pode ser tóxico se for ingerido ou absorvido pela pele ou pelos olhos. A azida de sódio pode reagir com componentes de chumbo ou cobre das canalizações formando azidas metálicas explosivas. Por esta razão, ao deitar fora os restos de reagentes é necessário deixar correr água em quantidade abundante para evitar a formação destas substâncias. 4. O conjugado HRP contém um químico diluído venenoso/corrosivo, que pode ser tóxico quando ingerido em grandes quantidades. Evitar o contacto com a pele e os olhos para prevenir a ocorrência de queimaduras químicas. 5. O cromogénio TMB contém um produto irritante, que pode ser prejudicial quando inalado, ingerido ou absorvido pela pele. De modo a evitar lesões, evitar inalar, ingerir ou o contacto com a pele ou olhos. 6. A solução de paragem HRP consiste numa solução de ácido sulfúrico diluído. Evitar a exposição a bases, metais ou outros componentes que possam reagir com ácidos. O ácido sulfúrico é venenoso e corrosivo e pode ser tóxico se ingerido. Evitar o contacto com a pele ou os olhos para prevenir a ocorrência de queimaduras químicas. 1

2 7. Usar equipamento de protecção apropriado para trabalhar com os reagentes. 8. Os salpicos de reagentes devem ser limpos imediatamente. Observar todas as regulamentações ambientais nacionais e locais relativas à eliminação de resíduos. Precauções 1. Utilizar somente para diagnóstico In Vitro. 2. A substituição de componentes do dispositivo por outros que não pertençam a este sistema pode originar resultados inconsistentes. 3. Uma lavagem incompleta ou inadequada e a aspiração insuficiente dos líquidos dos poços ELISA pode dar origem a imprecisão e/ou a uma elevada interferência de fundo. 4. A adaptação, total ou parcial, deste teste para processadores automatizados e outros aparelhos de processamento de líquidos pode dar origem a diferenças nos resultados obtidos nos testes por técnica manual. É da responsabilidade de cada laboratório garantir que o seu procedimento automático dá origem a resultados dentro dos limites aceitáveis. 5. Uma grande variedade de factores influencia a qualidade dos resultados obtidos. Entre eles devemos considerar a temperatura inicial dos reagentes, a temperatura ambiente, a precisão e a reprodutibilidade da técnica de pipetagem, a eficácia da lavagem e aspiração dos poços ELISA, o fotómetro utilizado na leitura dos resultados e a duração das incubações dos testes durante o ensaio. Deve ser dada atenção especial à consistência, necessária para obter resultados precisos e reprodutíveis. 6. O protocolo deve ser criteriosamente respeitado. 7. Uma selagem inadequada da saqueta com tiras de micropoços e dessecantes pode provocar a degradação do antigénio e baixa precisão dos resultados. 8. Absorvâncias demasiado baixas podem ser observadas depois de duas ou mais utilizações do mesmo frasco de conjugado HRP num determinado período de tempo. É importante cumprir todas as recomendações de preparação e manipulação do conjugado HRP para evitar estas ocorrências. 9. A contaminação química do conjugado HRP pode surgir por limpeza insuficiente dos equipamentos e instrumentos utilizados. Resíduos dos agentes químicos comuns em laboratórios, tais como a formalina, lixívia, etanol ou detergentes provocam a degradação do conjugado HRP. Lavar bem todo o equipamento ou instrumentos após o uso de detergentes/desinfectantes químicos. Precauções particulares de conservação 1. Conservar todos os reagentes a 2-8º C. Não congelar. Os reagentes permanecem estáveis até à data de validade indicada, quando armazenados e manipulados conforme descrito no protocolo. 2. As tiras dos micropoços que não forem logo utilizadas, devem ser seladas na embalagem protectora original com dessecantes e conservadas a 2-8º C. 3. O tampão de lavagem depois de diluído é estável durante uma semana a 2-8º C. Colheita da amostra Este procedimento deve ser efectuado com uma amostra de soro. A adição de azida ou de outros conservantes às amostras do teste pode interferir negativamente nos resultados. As amostras de soro com contaminação bacteriana, que sofreram tratamento térmico ou contendo partículas visíveis não devem ser utilizadas. Amostras ou soro muito hemolizados ou lipémicos devem ser evitados. Após a colheita, o soro deve ser separado do coágulo. O documento H18-A2 da NCCLS recomenda as seguintes condições de armazenamento para as amostras: 1) Não armazenar as amostras à temperatura ambiente durante mais de 8 horas. 2) Se o teste não for concluído num prazo de 8 horas, guardar a amostra a 2-8º C. 3) Se o teste não for concluído num prazo de 48 horas, ou se houver transporte da amostra, congelar a 20º C ou a uma temperatura inferior. As amostras congeladas devem ser bem agitadas depois de descongelarem e antes de serem testadas. Procedimento Material fornecido 1 Placa de micropoços RNP ELISA (12-1 x 8 poços), com suporte 1 1,2 ml Controlo Negativo ELISA, pré-diluído 1 1,2 ml Positivo baixo RNP ELISA, pré-diluído. 1 1,2 ml Positivo alto RNP ELISA, pré-diluído 1 50 ml Diluente da amostra HRP 1 25 ml Solução de lavagem HRP, 40x concentrado 1 10 ml Conjugado HRP IgG, (de cabra), IgG anti-humano 1 10 ml Cromogénio TMB 1 10 ml Solução de paragem HRP, ácido sulfúrico 0,344 M Material adicional necessário mas não fornecido Micropipetas de 5, 100, e 500 µl Pontas descartáveis para as micropipetas Tubos de teste para diluições de amostras de doentes, volume de 4 ml Água destilada ou desionizada Recipiente de 1 L para concentrado de lavagem HRP diluído Fotómetro para leitura da placa de micropoços, com capacidade de medição da densidade óptica de 450 nm (e 620 nm para leituras duplas de comprimento de onda) Método Antes de iniciar 1. Todos os reagentes e amostras devem encontrar-se à temperatura ambiente (20-26 ºC) e ser bem misturados. 2. Diluir a solução de lavagem HRP 1:40, adicionando o conteúdo do frasco da solução de lavagem HRP a 975 ml de água destilada ou desionizada. Se não for utilizada a placa toda durante este período, podem ser preparadas quantidades inferiores, adicionando 2,0 ml de concentrado a 78 ml de água destilada ou desionizada por cada 16 poços utilizados. A solução tampão diluída mantém-se estável durante uma semana a 2-8º C. 2

3 3. Preparar uma diluição de 1:101 de cada amostra de doente, adicionando 5 µl de amostra a 500 µl de diluente de amostras HRP. As amostras diluídas devem ser usadas num prazo de 8 horas após a sua preparação. N Ã O DILUIR o Positivo baixo RNP ELISA, o Positivo alto RNP ELISA e o Controlo Negativo ELISA. 4. A determinação da presença ou ausência de RNP utilizando unidades arbitrárias requer o uso de dois poços para cada um dos três controlos, e um ou dois poços para cada amostra. Recomenda-se que as amostras sejam testadas em duplicado. Técnica 1. ANTES DE INICIAR O TESTE, TODOS OS COMPONENTES DEVEM ENCONTRA R -SE À TEMPERATURA AMBIENTE (20-26º C). Coloque o número de tiras/micropoços necessários no suporte. Guarde imediatamente as tiras que não foram utilizadas na saqueta com dessecante, selando-a para minimizar a exposição ao vapor de água. 2. Adicione 100 µl de Positivo baixo RNP ELISA, de Positivo alto RNP ELISA, de Controlo negativo ELISA prédiluídos e as amostras diluídas dos doentes aos respectivos poços. Tape os poços e efectue, numa superfície nivelada, a incubação durante 30 minutos à temperatura ambiente. A incubação inicia-se após a adição da última amostra. 3. Lavagem: Aspire bem o conteúdo de cada poço. Adicione µl de solução de lavagem HRP diluída a todos os poços e, em seguida, aspire. Repita esta sequência mais duas vezes num total de três lavagens. Depois da última lavagem, inverta a placa e coloque-a sobre papel absorvente para retirar qualquer líquido residual. É imprescindível esvaziar completamente os poços após cada passo do procedimento de lavagem. Mantenha a mesma sequência para a aspiração como aplicada na adição das amostras. 4. Adicione 100 µl do Conjugado HRP IgG a cada poço. O conjugado deve ser removido dos frascos, usando condições padrão assépticas e boas práticas de laboratório. Retire do frasco apenas a quantidade necessária para o ensaio. P AR A E V I T AR U M A P O T ENCIAL CONTAMINAÇÃO MICROBIANA E/OU QUÍMICA, NUNCA DEVE VOLTAR A COLOCAR O CONJUGADO NÃO USADO NO FRASCO. Faça a incubação dos poços durante 30 minutos, como descrito no passo Lavagem: Repita o passo Adicione 100 µl do Cromogénio TMB a cada poço e faça a incubação durante 30 min., no escuro e à temperatura ambiente. 7. Adicione 100 µl de Solução de paragem HRP a cada poço. Mantenha a mesma sequência e contagem de tempo na adição da solução de paragem HRP, tal como efectuado para o cromogénio TMB. Bata suavemente na placa para obter uma mistura homogénea nos poços. 8. Determine a densidade óptica (DO) de cada poço a 450 nm num prazo de 1 hora após a paragem da reacção. Se desejar uma leitura bicromática, pode usar como referência um comprimento de onda de 620 nm. Controlo de qualidade 1. O Positivo baixo RNP ELISA, o Positivo alto RNP ELISA e o Controlo Negativo ELISA devem ser processados com cada lote de amostras para garantir que todos os reagentes e procedimentos actuam correctamente. 2. Note que uma vez que o Positivo baixo RNP ELISA, o Positivo alto RNP ELISA, e o Controlo Negativo ELISA se encontram pré-diluídos, estes não controlam o procedimento associado à diluição das amostras. 3. Outros controlos podem ser testados de acordo com as directivas ou requerimentos locais e/ou nacionais ou de acordo com as disposições de organizações acreditadas. Outros soros de controlo adequados podem ser preparados efectuando alíquotas de amostras de soro humano e conservando a < -20ºC. 4. Para que os resultados dos testes possam ser considerados válidos, devem ser cumpridos todos os critérios a seguir definidos. Se algum não for cumprido, o teste deve ser considerado inválido e o ensaio repetido. a. A absorvância do Positivo alto RNP ELISA pré-diluído deve ser superior à absorvância do Positivo baixo RNP ELISA pré-diluído, que deve ser superior à absorvância do Controlo negativo ELISA prédiluído. b. O Positivo alto RNP ELISA pré-diluído deve ter uma absorvância superior a 1,0, enquanto que o Controlo negativo ELISA pré-diluído não pode ter uma absorvância superior a 0,2. c. A absorvância do Positivo baixo RNP ELISA deve ser mais do dobro da absorvância do Controlo Negativo ELISA ou superior a 0,25. d. O Controlo Negativo ELISA e o Positivo alto RNP ELISA servem para monitorizar falhas substanciais dos reagentes. O Positivo alto RNP ELISA não consegue assegurar a precisão no ponto de decisão do teste. e. O utilizador deve recorrer ao documento C24-A da CLSI NCCLS) ( para obter instruções suplementares sobre as práticas do Controlo de Qualidade apropriadas. Cálculo dos resultados Em primeiro lugar é determinada a densidade óptica média (DO) para cada conjunto de duplicados. A reactividade de cada amostra pode ser calculada dividindo a DO média da amostra pela DO média do Positivo baixo RNP ELISA. O resultado é multiplicado pelo número de unidades do Positivo baixo RNP ELISA que se encontra no rótulo. Densidade óptica da amostra Valor da amostra = x Positivo baixo RNP ELISA (unidades) DO do Positivo baixo RNP ELISA (unidades) A relação entre a reactividade e a quantidade de anticorpos presentes é não linear. Apesar de o aumento ou a diminuição das concentrações de anticorpos no doente se reflectirem num respectivo aumento ou diminuição da reactividade, a alteração não é proporcional (ou seja, a duplicação da concentração de anticorpos não duplica a reactividade). Se for requerida uma quantificação mais exacta dos anticorpos do doente, será necessário efectuar diluições em série das amostras do doente, e a última diluição com resultado positivo no ensaio deve ser reportada como sendo o título de anticorpos do doente. 3

4 Interpretação dos resultados O teste ELISA é muito sensível à técnica aplicada e é capaz de detectar até pequenas diferenças em populações de doentes. Os valores abaixo indicados são apenas valores sugeridos. Cada laboratório deve estabelecer os seus próprios valores de referência, baseados nas suas técnicas, controlos, equipamentos e população de doentes e em função dos seus próprios procedimentos estabelecidos. A amostra pode ser classificada de negativa, fracamente positiva, moderadamente positiva ou fortemente positiva, de acordo com a tabela seguinte. Unidades Negativa <20 Fracamente Positiva Moderadamente positiva Fortemente positiva >80 Na ausência de outros dados, os resultados desde ensaio devem ser reportados como positivos (ou negativos) para o complexo Sm/RNP e não apenas para o RNP. (veja a descrição abaixo sobre a comparação dos valores Sm e RNP). Comparação dos Valores Sm e RNP Um resultado positivo no ensaio QUANTA Lite RNP ELISA indica a presença de anticorpos que reagem com o complexo RNP/Sm, mas que não conseguem distinguir entre a actividade anti-sm e a anti-rnp. A INOVA comercializa o QUANTA Lite Sm ELISA para a determinação da actividade dos anticorpos Sm. O Sm é, clinicamente, o mais importante dos dois anticorpos, uma vez que é considerado um marcador de SLE. A presença de Sm é uma informação útil para o médico quer esteja presente isolado quer em conjunção com RNP. Se estiverem presentes anticorpos Sm, a presença de anticorpos RNP pode não ser essencial para o médico. Nestes casos, o resultado pode ser reportado como positivo a anticorpos SM e ao complexo Sm/RNP. Se o doente for positivo a anticorpos Sm, é muito provável que os anticorpos RNP também estejam presentes, uma vez que é raro ver anti-sm na ausência de anticorpos RNP. De modo a fazer essa distinção, é necessário considerar a reactividade da amostra num sistema que meça apenas os anticorpos Sm. Uma vez medida a actividade dos anticorpos Sm, é possível deduzir a actividade dos anticorpos RNP. No caso de uma amostra ser negativa no ensaio Sm ELISA mas positiva no RNP ELISA, a reactividade é maioritariamente ou exclusivamente devida aos anticorpos RNP e a reactividade pode ser directamente reportada como unidades RNP. No entanto, se a reactividade do ensaio Sm ELISA for equivalente à reactividade do RNP, a amostra é principalmente anti-sm. Uma actividade Sm intermédia acima do ponto de decisão mas inferior a 80% da actividade RNP indica que a amostra é uma mistura de anticorpos Sm e RNP, o que deve ser reportado como sendo positivo para ambos os anticorpos. Em ambos os casos, a actividade RNP pode ser estimada subtraindo a actividade Sm acima do nível do ponto de decisão (ou seja, acima de 20 unidades) do resultado total do RNP ELISA. Por exemplo, uma amostra que apresente 35 unidades no ensaio Sm ELISA e 115 unidades no RNP ELISA seria reportada com 35 unidades de actividade Sm e 100 unidades (isto é: ) de actividade RNP. Pode ser difícil estimar a actividade RNP em amostras que exibam um positivo alto em ambos os testes RNP e Sm. Quando uma amostra é fortemente positiva (ou seja, superior a 100 unidades ou absorvância superior a 1,0 ) tanto para Sm como RNP, uma subtracção da actividade Sm de RNP pode falsamente indicar um resultado negativo de RNP. Se uma amostra for fortemente positiva (ou seja, acima de 100 unidades) tanto para o Sm como para o RNP, a subtracção da actividade Sm da actividade RNP pode indicar erroneamente um resultado negativo para o RNP. Recomenda-se repetir os testes das amostras fortemente positivas (> 100 unidades) tanto para o RNP como para o Sm, utilizando uma diluição maior de 1/10 e 1/20 (em Diluente de amostra) de modo a determinar se a actividade RNP é superior à do Sm. Os cálculos devem ser efectuados com a mesma diluição da amostra do doente. Em alternativa, a amostra pode ser testada com outras técnicas, tais como a dupla difusão de Ouchterlony. Limitações do método 1. A presença de imuno complexos ou de outros agregados de imunoglobulinas na amostra do doente podem causar um aumento do nível de ligação não-específica e produzir resultados falsos positivos neste ensaio. 2. Nem todos os doentes com SLE são RNP positivos. Estudos Ouchterlony demonstraram que apenas 19% (20/105) dos doentes com SLE apresentam anticorpos RNP. 3. Os resultados deste ensaio devem ser utilizados em conjunto com as conclusões clínicas e outros testes serológicos. 4. As características de desempenho do ensaio não foram determinadas para outras matrizes além do soro. Valores esperados A capacidade do teste QUANTA Lite RNP ELISA em detectar anticorpos RNP foi avaliada através da comparação com um teste de dupla difusão, disponível no mercado, da INOVA Diagnostics, Inc. Os resultados do teste Ouchterlony foram determinados como sendo positivos se existisse uma linha de precipitação de identidade e negativa caso se observasse uma linha de não-identidade ou não se observasse nenhuma linha. No ELISA, a contribuição dos anticorpos Sm para a reactividade do ensaio RNP foi ajustada por comparação da reactividade do QUANTA Lite RNP ELISA com a reactividade da mesma amostra no QUANTA Lite Sm ELISA. Intervalo de valores normais Cento e uma amostras de soro aleatórias foram seleccionadas e testadas com o ensaio RNP ELISA. A média da população testada foi de 4,7 unidades com um desvio padrão de 1,1 unidades. O intervalo de valores da população variou entre 1,4 e 10,1 unidades. Este ensaio indica que a média normal é superior a 13 desvios padrão abaixo do ponto de decisão. 4

5 Sensibilidade e Especificidade Relativa Para determinar a sensibilidade e especificidade relativa do ensaio, 223 amostras ANA positivas contendo anticorpos de uma grande variedade de antigénios nucleares foram testadas por ambos os métodos, por Ouchterlony e por ELISA. Sempre que se verificou uma discrepância entre os resultados do Ouchterlony e do ELISA, as amostras foram ainda testadas por outros métodos ELISA aprovados para detectar anticorpos específicos contra RNP que pudessem estar abaixo do limite de detecção da técnica de Ouchterlony. Das 223 amostras testadas, 71 foram positivas e 146 negativas em ambos os métodos. Uma amostra foi positiva com o teste de Ouchterlony mas negativa com o ELISA. Esta amostra também foi negativa no outro método RNP ELISA comercialmente disponível. As últimas 5 amostras foram positivas no ELISA, mas negativas no ensaio de Ouchterlony. Cada uma destas amostras também foi testada com outro procedimento ELISA comercialmente disponível e uma de entre as cinco mostrou uma reacção positiva com o RNP enquanto as restantes quatro amostras foram negativas. Os resultados do teste de rastreio RNP ELISA encontram-se resumidos na tabela seguinte e assumem que a única amostra positiva em ambos os métodos ELISA se trata de uma reacção realmente positiva. INOVA Sensibilidade Relativa 98,6% OT Especificidade Relativa 97,3% Eficiência Relativa 97,8% Precisão e Reprodutibilidade A precisão e a reprodutibilidade do ensaio foi medida testando seis réplicas de cada tipo de amostra, fracamente positiva e fortemente positiva, em seis ensaios distintos. A reactividade média da fortemente positiva foi de 110,2 unidades, enquanto que o valor médio da fracamente positiva foi de 33,8. O desvio padrão e o coeficiente de variação para cada amostra encontram-se resumidos na tabela que se segue. Fortemente positiva Fracamente Positiva DP CV DP CV Total 5,3 4,9% 1,9 5,6% Dentro do teste 3,7 3,4% 1,6 4,9% Entre testes 4,8 4,4% 1,2 3,6% QUANTA Lite e INOVA Diagnostics são marcas registradas Copyright 2011 Todos os Direitos Reservados Referências 1. Tan EM: Autoantibodies to nuclear antigens(ana): Their immunobiology and medicine. Advances in Immunology 33: , Tan EM, et al.: The 1982 Revised Criteria for the Classification of Systemic Lupus Erythematosus. Arthritis and Rheumatism 25: , Reichlin M and Maddison PJ: Soluble tissue autoantibodies which precipitate with sera of patients with connective tissue diseases. In: Immunopathology of the skin, 2nd ed(eh Beutner,TP Chorzelski, SF Bean, eds)john Wiley and Sons, NY pp , Reichlin M and Mattioli M.: Correlation of a precipitin reaction to an RNA protein antigen and a low prevalence of nephritis in patients with systemic lupus erythematosus. N Eng J Med 286: , Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories. Centers for Disease Control/National Institute of Health, 2007, Fifth Edition Fabricado por: INOVA Diagnostics, Inc Old Grove Road San Diego, CA United States of America Technical Service (U.S. & Canada Only) : Technical Service (Outside the U.S.) : support@inovadx.com Representante Autorizado: Medical Technology Promedt Consulting GmbH Altenhofstrasse 80 D St. Ingbert, Germany Tel.: Fax.: PRT November 2011 Revision 19 5