HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO C D
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- Milton Vieira Quintanilha
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1 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO C COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO D A Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso Área: Enfermagem Discursiva Residência Saúde 2012 ATIVIDADE DATA LOCAL Divulgação do gabarito - Prova Discursiva 31/10/2011 Interposição de recursos contra o gabarito da PD Divulgação do resultado dos recursos 31/10 a 04/11/ /11/2011 wwww.cepuerj.uerj.br Resultado final da Prova Discursiva 25/11/2011 1
2 ENFERMAGEM Questão 01 Joana, enfermeira chefe da unidade clínica de um hospital geral, está implantando o processo de sistematização da assistência de enfermagem. a) Explique a importância da fase de investigação no processo de enfermagem, identificando as 5 (cinco) etapas para sua construção. Importância da fase de investigação: é o primeiro passo para a determinação do estado de saúde do paciente. Consiste na coleta de informações referentes ao estado de saúde do indivíduo, família e comunidade com o propósito de identificar as necessidades, problemas, preocupações e reações humanas. Etapas para uma investigação sistemática: 1- Coleta de dados 2- Validação dos dados 3- Agrupamento dos dados 4- Identificação de padrões 5- Comunicação e registro de dados b) Cite 5 (cinco) domínios em que são distribuídos os diagnósticos de enfermagem da NANDA. Promoção da saúde Nutrição Eliminação e troca Atividade/repouso Percepção/cognição Autopercepção Papéis e relacionamento Sexualidade Enfrentamento/tolerância ao estresse Princípios de vida Segurança/proteção Conforto Crescimento/desenvolvimento 3
3 c) Identifique 3 (três) objetivos para a elaboração do plano de cuidados para os pacientes internados na unidade onde Joana trabalha. Promover a comunicação entre os profissionais da equipe Direcionar o cuidado e a documentação Criar registro que pode ser usado em avaliações do atendimento, pesquisas e em situações legais Fornecer a documentação das necessidades de atendimento de saúde com a finalidade de reembolso do seguro Relacionar com a reação humana identificada no enunciado do diagnóstico; Ser centrado no paciente e não no enfermeiro. Ser claro e conciso. Descrever um comportamento mensurável. Ser realista. Compartilhar com o paciente. Apresentar limite de tempo/aprazamento. 4
4 Questão 02 Sr. Severino, 84 anos, aposentado, procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), acompanhado de seu vizinho, muito ansioso e queixando-se de dor de cabeça forte, tonteira, dormência no braço esquerdo, enjoo e vômitos. Seu vizinho relata que Sr. Severino mora sozinho, é diabético e hipertenso de longa data, fuma um maço de cigarros e ingere uma garrafa de aguardente por dia. Refere que faz uso irregular das medicações prescritas e que, aos 75 anos, ficou internado por 3 meses, pois apresentou quadro de infarto agudo do miocárdio. Ao exame físico, apresentava-se desidratado, emagrecido, hipocorado, anictérico, febril, pressão arterial: 200x100 mmhg, frequência respiratória: 30 ipm e frequência cardíaca: 68 bpm. Foi diagnosticado um quadro de acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico. a) Cite 5 (cinco) fatores de risco para AVE apresentados por Sr. Severino. Idade avançada Diabetes Hipertensão arterial Uso excessivo de bebida alcoólica Tabagismo História de infarto agudo do miocárdio Sedentarismo 5
5 b) Elabore um plano com 8 (oito) cuidados de enfermagem para Sr. Severino no momento de sua admissão. Atentar para sinais de deterioração neurológica na fase aguda do AVE isquêmico: edema cerebral, aumento da área de infarto, aumento da glicemia, hiponatremia, febre, uso de drogas sedativas, convulsões, paciente não cooperativo (agitado/agressivo), diminuição da saturação de oxigênio, queda da pressão de perfusão, infarto recorrente, deterioração clínica sem causa definida. Avaliação do nível de consciência. Acolhimento do paciente na unidade. Levantamento de histórico. Verificar sinais vitais: pressão arterial, temperatura axilar, frequências cardíacas e respiratória Instalar oximetria de pulso. Administração de oxigênio suplementar. Monitorização cardíaca. Punção de acesso venoso periférico calibroso Instalar paciente no leito com cabeceira elevada. Realizar glicemia capilar. Preparo e encaminhamento para exames como tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética. Instalar balanço hídrico. Preparo para caso seja necessário, terapia trombolítica. Cuidados com integridade da pele. Monitorização das eliminações intestinais. Orientações aos familiares quanto ao estado do paciente e rotinas da instituição. Aspirar vias aéreas caso necessário. Higiene oral e corporal 6
6 c) Explique a diferença entre o acidente vascular encefálico isquêmico e o hemorrágico. O acidente vascular encefálico isquêmico é causado pelo bloqueio do suprimento de sangue no encéfalo em razão de trombose ou presença de êmbolos. A redução do fluxo de sangue leva à diminuição de oxigênio e nutrientes ao tecido cerebral irrigado pela artéria, causando isquemia e morte tissular (infarto). O acidente vascular encefálico hemorrágico é causado pelo rompimento de um vaso cerebral, que pode causar um hematoma, aumentando a pressão no tecido adjacente e como conseqüência, diminuindo a circulação no local, o que pode levar a morte tissular. Pode haver invasão de sangue no sistema liquórico, denominada hemorragia subaracnóidea, comum quando ocorre ruptura de aneurisma cerebral. 7
7 Questão 03 Aos 16 anos, Marcondes é uma das vítimas da enfermaria 999, como é chamado oficialmente um dos corredores do Hospital Municipal Lourenço Jorge. O menino que deu entrada na unidade com meningite meningocócica passou 17 horas no local improvisado até ser transferido para UTI e, só então, medicado. O tempo pode não parecer tão longo, mas foi determinante para a evolução da doença: Marcondes ficou com metade do corpo paralisado e terá que amputar o pé esquerdo e parte do direito. A falha colocou em risco não apenas a vida do menino, mas a de dezenas de outras pessoas que também estavam na enfermaria 999, aguardando vagas em leitos regulares. A bactéria que causa a doença é altamente transmissível. No caso de Marcondes, a meningite evoluiu para meningococcemia, passou dez dias em coma induzido na UTI e depois foi transferido para Unidade Intermediária. Jornal EXTRA 26 de agosto de 2011 a) Identifique 3 (três) princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) que não foram considerados no caso de Marcondes, justificando-os. Integralidade da assistência não houve um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para o caso de Marcondes visto ao grande risco de transmissibilidade da doença Direito à informação nem Marcondes nem sua família foram orientados sobre seu estado de saúde Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integralidade física e moral internação em uma enfermaria improvisada no corredor do hospital Igualdade da assistência assistência inadequada em função de Marcondes estar internado em um local improvisado e em comparação com os demais pacientes internados na enfermaria Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo usuário não orientação de Marcondes e sua família sobre as suas condições de saúde e do hospital para recebê-lo Uso de epidemiologia para estabelecimento de prioridades, alocação de recursos e orientação programática considerando o risco de contágio e de vida do Marcondes, ele deveria ter sido alocado em uma enfermaria com todos os cuidados necessários Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na prestação de serviços de assistência à saúde da população Marcondes não foi atendido quantos aos recursos tecnológicos, materiais e humanos 8
8 b) Relacione 5 (cinco) competências da gestão municipal do SUS. À direção municipal do Sistema Único de Saúde, compete: I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde; II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual; III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes de trabalho; IV - executar serviços: a) de vigilância epidemiológica; b) de vigilância sanitária; c) de alimentação e nutrição; d) de saneamento básico; e e) de saúde do trabalhador; V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde; VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente, que tenham repercussão sobre a saúde humana, e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las; VII - formar consórcios administrativos intermunicipais; VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros; IX - colaborar com a União e com os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras; X - observado o disposto no artigo 26 desta lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução; XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde: XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação. c) Cite 4 (quatro) sinais e sintomas que Marcondes pode ter apresentado com quadro de meningite meningocócica. Febre Cefaléia Rigidez de nuca Fotofobia Exantema petequial com lesões purpúricas até grandes áreas de equimose Desorientação Comprometimento da memória Letargia Não responsividade/inconsciência Coma Convulsões Pressão intracraniana aumentada (observada por meio de diminuição do nível de consciência e déficits motores focais) 9
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