MUDANÇAS CLIMÁTICAS E PATENTES: PROMOVENDO O ACESSO ÀS TECNOLOGIAS VERDES

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1 IX ENCONTRO NACIONAL DA ECOECO Outubro de 2011 Brasília - DF - Brasil MUDANÇAS CLIMÁTICAS E PATENTES: PROMOVENDO O ACESSO ÀS TECNOLOGIAS VERDES CÍNTIA REIS COSTA (CESUPA) - cintiareiscosta@hotmail.com Mestra em Planejamento do Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará NAEA/UFPA. Docente do Centro Universitário do Pará CESUPA. Advogada. ANA PAULA VIDAL BASTOS (NAEA/UFPA) - pbastos@ufpa.br Pós-Doutora em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ. Docente do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará NAEA/UFPA. THAIS CORREA HABER (CESUPA) - thais_haber@hotmail.com Estudante do curso de Direito

2 MUDANÇAS CLIMÁTICAS E PATENTES: PROMOVENDO O ACESSO ÀS TECNOLOGIAS VERDES Eixo temático: Mudanças Climáticas Resumo: Este artigo objetiva discutir a relação entre as mudanças climáticas e a propriedade industrial no que tange a proteção das chamadas tecnologias verdes e suas conseqüências para o desenvolvimento sustentável. A complexidade dos problemas ambientais decorrentes da mudança climática exige estratégias jurídicas e institucionais de promoção e cooperação tecnológica alinhadas com as disposições do Protocolo de Quioto. As políticas públicas de inovação destacam as patentes como mecanismo de proteção do conhecimento. E neste contexto, os bancos de dados de patentes são um importante instrumento de acesso às referidas tecnologias. O trabalho aborda que o IPC Green Inventory é um importante canal de busca de tecnologias para os países em desenvolvimento. Além do mais, destaca que a Licença Compulsória e a Importação Paralela são instrumentos jurídicos que permitem que os Estados acessem as patentes, mesmo sem autorização do titular. Afirma que os Estados devem se empenhar na efetivação das possibilidades existentes nas legislações nacionais e internacionais de acesso às tecnologias que minimizem de modo substancial os efeitos antrópicos. Por fim, assevera que Estados, universidades, empresas, e outros centros de inovação, devem primar e buscar a cooperação e transferência de tecnologia nos moldes propostos pelo Protocolo de Quioto. Abstract: This article aims to discuss the relationship between climate change and industrial property protection in terms of so-called green technologies and their implications for sustainable development. The complexity of environmental problems resulting from climate change requires institutional and legal strategies to promote technological cooperation in line with the provisions of the Kyoto Protocol. Public policies emphasize innovation patents as a mechanism of protection of knowledge. And in this context, patent databases are an important tool for access these technologies. This article discusses the "Green IPC Inventory" is an important channel of search technologies for developing countries. Moreover, points out that compulsory licenses and parallel imports are legal instruments that allow states to access the patent, without authorization of the owner. It says that states should engage in the execution of existing opportunities in national and international legislation to access the technologies that minimize anthropogenic effects. Finally, it says that states, universities, companies, and other centers of innovation, should excel and seek cooperation and technology transfer as proposed by the Kyoto Protocol. Palavras-chave: Mudanças climáticas; patentes; tecnologia verde; desenvolvimento sustentável.

3 1. Introdução O presente artigo apresenta uma discussão acerca da relação existente entre as mudanças climáticas e a propriedade industrial no que tange a proteção das chamadas tecnologias verdes e suas conseqüências para o desenvolvimento sustentável. O mundo enfrenta as conseqüências de décadas de uso irracional da natureza que vem dando respostas significativas através da variação das temperaturas, enchentes, tsunamis, entre outros fenômenos. Por um lado, a propriedade industrial, através particularmente do sistema de patentes, tem como finalidade a proteção das tecnologias, que podem ser um meio eficaz de minimizar as conseqüências da ação humana. Frente a este quadro, surge hoje o boom das chamadas tecnologias verdes que buscam minimizar o impacto do uso irracional sobre a natureza Assim, o artigo está dividido em duas partes, além da introdução e conclusões articuladas. A primeira seção contextualiza, de modo sistemático, o quadro em torno das mudanças climáticas e apresenta a inserção das patentes no seio da propriedade industrial, ressaltando sua função e importância no contexto da inovação tecnológica. Desta forma, analisam-se os desafios de governança frente às tecnologias, apresentando-se os bancos de dados de patentes e os instrumentos que viabilizam o acesso da sociedade às referidas tecnologias. 2. Mudanças Climáticas, Desenvolvimento Sustentável e Patentes As mudanças climáticas são consideradas um dos grandes desafios das próximas décadas. São decorrentes muitas vezes do incremento das atividades humanas (LUEDEMANN, HARGRAVE, 2010) e vêm provocando inúmeras conseqüências sobre o globo. E como afirma YOSHIDA, Uma das questões mais cruciais é, sem dúvida, a busca de alternativas energéticas à matriz petroquímica, com substituição gradual dos combustíveis fósseis, base da produção industrial das potências econômicas e dos meios de transporte aéreo e automotivo, e apontados como os vilões da emissão mais relevante dentre os GEE (dióxido de carbono).

4 O Protocolo de Quioto afirma que, com vistas ao desenvolvimento sustentável, os países devem se esforçar na busca pelo aumento da eficiência energética em setores relevantes da economia nacional; na promoção de formas sustentáveis de agricultura; e na pesquisa, promoção, desenvolvimento e aumento do uso de formas novas e renováveis de energia, de tecnologias de seqüestro de dióxido de carbono e de tecnologias ambientalmente seguras, que sejam avançadas e inovadoras. Há várias percepções acerca do desenvolvimento na literatura, como aquele caracterizado como crescimento econômico; o desenvolvimento como inexeqüível; e o desenvolvimento como idéia de liberdade (VEIGA, 2008, p.33). Porém, é fato que hoje há um real apelo à consagração do chamado desenvolvimento sustentável, particularmente para as regiões ricas em biodiversidade e afetadas pelas mudanças do clima. A definição de desenvolvimento sustentável, a partir do Relatório Brundtland, perpassa pelo entendimento de que o desenvolvimento deve satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. O que significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de realização social, econômico, humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais. Nesta perspectiva de desenvolvimento, o Protocolo de Quioto, mais uma vez, destaca a necessidade de cooperação inovativa em dois níveis, particularmente para os países em desenvolvimento, o que nos faz perceber a importância do papel da tecnologia. A primeira diz respeito à transferência tecnológica, através do acesso a tecnologias, know-how, práticas e processos ambientalmente seguros relativos à mudança do clima, incluindo a formulação de políticas e programas para a transferência efetiva de tecnologias ambientalmente seguras que sejam de propriedade pública ou de domínio público e a criação, no setor privado, de um ambiente propício para promover e melhorar a transferência de tecnologias ambientalmente seguras e o acesso a elas. A outra perspectiva faz referência à cooperação nas pesquisas científica e tecnológica para manutenção e criação de sistemas e banco de dados de observação do sistema climático.

5 E neste contexto a propriedade intelectual ocupa lugar de destaque nas políticas públicas, tendo em vista que a distribuição da tecnologia é essencial no processo de crescimento econômico e tem várias implicações para o desenvolvimento e o clima. A propriedade industrial abarca mecanismos como as patentes, os desenhos industriais, as marcas, as indicações geográficas. Por sua vez, o direito autoral tutela os direitos dos autores, direitos conexos, topografia de circuito integrado e programas de computador. EMERICK (2004, p.26) destaca que a etapa da produção está relacionada às criações intelectuais protegidas pelo mecanismo da patente, o qual protege as invenções e modelos de utilidade ou a essência das criações intelectuais. Por outro lado, no que se refere à etapa da comercialização, os sinais distintivos (marcas, indicações geográficas, nomes de domínio), o desenho industrial e o direito autoral tutelarão as formas das criações intelectuais, e jamais suas essências. Portanto, a principal característica da propriedade intelectual é a capacidade de diferenciação dos seus ativos (CARVALHO, 2009, p.15). A relação da propriedade intelectual como um instrumento significante para a promoção do desenvolvimento de um país não se perfaz apenas por ser um mecanismo jurídico de recompensa ao inventor para estímulo da produção científica. Deve-se sim a outros fatores, tais como: mecanismo de controle da entrada e saída de divisas, da promoção de setores estratégicos da indústria nacional, do acesso a medicamentos por pessoas mais carentes (VARELLA, 2005, p.171). Neste artigo, aprofundaremos o estudo de um dos mecanismos da propriedade industrial as patentes. A informação é tratada atualmente como mercadoria especial e matériaprima elementar de uma patente. Logo, as oportunidades tecnológicas e as formas de apropriação são fatores essenciais para a introdução das inovações. O primeiro fator diz respeito aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, ao processo produtivo, à capacitação organizacional, entre outros. As formas de apropriação privada da inovação tecnológica são os mecanismos de propriedade intelectual, as

6 vantagens do pioneiro (first mover), o segredo industrial, esforços de venda e serviços (ALBUQUERQUE, 1998, p.65). O que é interessante nesta discussão é realçar o caráter não exclusivo das patentes como mecanismo de apropriação da tecnologia, bem como a imperfeição das referidas ferramentas: nenhuma delas consegue, isoladamente, ser um instrumento perfeito de apropriação. O segredo pode ser revelado por empregados que tenham acesso e a criação pioneira ser redescoberta pela engenharia reversa. Com a patente não é diferente. Porém, não podem os usuários do sistema sejam entes públicos ou privados desprezarem a existência e importância das patentes no desenvolvimento tecnológico. As patentes são títulos de propriedade que conferem direitos exclusivos de exploração sobre a criação e direitos de exclusão de terceiros, durante certo período de tempo. Como afirma BARBOSA, a intervenção estatal preferida na tutela do conhecimento é a concessão dos direitos exclusivos, pois como o próprio nome diz, são direitos de excluir terceiros, que não o titular, da fruição econômica do bem (2007, p.08). De acordo com o artigo 27 (1) do Acordo Relativo aos Aspectos do Direito da Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (Agreement on Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights TRIPS), é patenteável qualquer invenção, de produto ou de processo, em todos os setores tecnológicos, desde que seja nova, envolva um passo inventivo e seja passível de aplicação industrial. Assim, a patente apresenta três requisitos: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. A novidade pode ser compreendida como tudo aquilo disponível no estado da arte. De acordo com BARBOSA (2007, p.83), [...] há novidade se o invento sob análise não está prefigurado integral e exatamente em nenhum documento ou nenhum uso público da mesma solução técnica. O que nos faz destacar a diferença entre a patente e a descoberta 1. Aquela é criação, esta é a 1 [...] podemos ter claro que só seriam objeto de patentes as invenções, não sendo as descobertas passíveis de aquisição de tal título. Entretanto, não podemos deixar de observar que a clássica e inconfundível contraposição dos conceitos de descoberta e invenção, com o avanço da ciência, tem sido objeto de contestações e relativismos. Esta linha que parecia tão bem delimitada, atualmente com as invenções na área biotecnológica, muitas vezes é questionada (LABRUNIE, 2007:103).

7 mera revelação daquilo que se encontra na natureza. A verificação da aplicação industrial é realizada pela possibilidade da utilização da criação em escala industrial. Para configurar atividade inventiva, outro requisito da patente, a criação deve representar um efetivo passo tecnológico, com real nível de inventividade. Diz-se que uma invenção apresenta nível inventivo quando, tomando em consideração as diferenças e semelhanças entre a invenção reivindicada e o estado da técnica [...], a invenção reivindicada não teria sido óbvio para uma pessoa com experiência na técnica. O nível inventivo é apreciado pelo examinador a partir de uma perspectiva objetiva comparação entre a invenção e o estado da técnica mas existe nele um componente subjetivo, que é a apreciação da obviedade (CARVALHO, 2009, p.97). Neste ponto, vale destacar que é obrigatório que os requerentes depositem (e que os Estados exijam) as patentes de modo suficientemente claro e completo para permitir que o acesso do público àquela informação seja o mais eficaz possível. A validade da patente é territorial, ou seja, sua vigência está limitada ao país em que fora solicitado o depósito e, conseqüentemente, deferido o pedido pelo órgão responsável. No mais, como dispõe o TRIPS, a vigência da patente não será inferior a um prazo de 20 anos, contados a partir da data do depósito. Os direitos conferidos pela patente aos seus titulares estão delimitados ao teor das suas reivindicações. A patente, como dito anteriormente, pode ser de produto e/ou de processo. Quando a proteção se perfaz no produto, o titular tem o direito de impedir a produção, colocação à venda, venda, ou importação dos bens por terceiros, sem seu consentimento. Quando se trata de um processo, estes impedimentos englobam pelo menos o produto obtido diretamente pelo processo. Ao que se refere à comercialização da criação, também são os titulares responsáveis em ceder ou transferir os direitos sobre as patentes. Desta forma, a propriedade intelectual protege as inovações relacionadas a todos os campos do conhecimento, entre eles os incluídos nas chamadas tecnologias verdes. De acordo com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (United Nations Framework Convention on Climate Change UNFCCC), a chamada tecnologia verde (environmentally sound technologies)

8 tem como características o fato de ser menos poluente, proteger o meio ambiente, usar os recursos de forma mais sustentável, reciclar mais seus resíduos e produtos, tratar seus resíduos de maneira mais aceitável daqueles que está substituindo, além de ser mais compatível com prioridades nacionais em níveis socioeconômico, cultural e ambiental. Portanto, temos um importante fator no que se refere ao desenvolvimento e ao clima, que são as chamadas tecnologias verdes. Mais especificamente, neste estudo, nos interessa as tecnologias verdes protegidas pelas patentes. Destarte, é necessário asseverar, mais uma vez, o papel desafiador da tecnologia na perspectiva da mudança climática de longo prazo o que nos faz inquirir, primeiramente, o modo de como garantir o acesso de todos os setores da sociedade a esta tecnologia, e também como ela pode servir efetivamente para a busca do desenvolvimento sustentável. Inicialmente, percebemos que a verificação dos atributos tecnológicos disponíveis é um passo importante neste contexto, isto porque a tecnologia vigente fornece um ponto de partida natural para o P&D de hoje (NELSON, 2006, p.247). Na perspectiva da mudança climática, a política de investimento à inovação deve eleger medidas amplas para estudo em pesquisa básica e aplicada. No entanto, como ressalvado acima, as patentes são mecanismos de exclusividade e enquanto não estiverem em domínio público não poderão ser utilizadas sem autorização dos titulares e/ou pagamento das retribuições acordadas. Conseqüentemente, é salutar que os Governos busquem formas de garantir o acesso e a transferência de tecnologia, seja através de investimento em P&D ou reforçando o arcabouço jurídico que assegure tal fato. 3. Desafios de governança pública: promovendo o acesso às tecnologias verdes Os Estados devem estar preparados para as conseqüências oriundas das mudanças climáticas e uma forma de minimizar seus impactos é o investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, através de tecnologias menos agressivas para o meio ambiente. Porém, a discrepância de recursos econômicos entre os desenvolvidos e os em desenvolvimento gera uma diferenciação significante na

9 tecnologia acumulada entre os países: poucos sendo proprietários de uma vitrine avançada tecnologicamente. O controle das informações e dos conhecimentos decorrentes da utilização das tecnologias verde pode ser realizado através das patentes. E a partir desta afirmativa, apresentaremos nesta parte final do artigo dois pontos de abordagem relacionados às patentes que acreditamos serem essenciais para que os países com menor capacidade inovativa busquem acesso às tecnologias verdes: os Bancos de Dados de Patentes e os Mecanismos Jurídicos para Acesso às Tecnologias Verdes. 3.1 Banco de Dados de Patentes Para iniciar abordaremos acerca dos bancos de dados de patentes. Isto porque a busca nestes bancos 2 permite 3 : o mapeamento de tecnologia, caracterizando toda a performance de determinada tecnologia através da possibilidade do usuário investigar o país ou a região de origem da tecnologia, bem como seus titulares e autores; a verificação da evolução da tecnologia, uma vez que o requisito da novidade exige o depósito antes da divulgação, os bancos de patentes congregam as mais avançadas informações sobre as tecnologias que estão sendo geradas no mundo as chamadas tecnologias emergentes; a identificação de novos mercados, pois alguns sistemas de dados publicam de modo simultâneo ao depósito de patentes que tipos de tecnologias estão sendo objeto de estudo e investimento e, conseqüentemente, de proteção; o valor econômico das patentes, em especial com a análise das citações destas patentes em outras patentes ou em estudos relacionados à tecnologia; acompanhamento dos concorrentes, isto porque há permissão de busca por meio do nome da pessoa seja física ou jurídica facilitando a procura pela tecnologia de terceiros, bem 2 Alguns exemplos de banco de dados públicos: Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI): Organização Americana de Marcas e Patentes (USPTO): Escritório Europeu de Patentes (EPO): Escritório Japonês de Patentes (JPO): Escritório Francês de Patentes: PAT2PDF site para obtenção de documentos do Escritório dos Estados Unidos (USPTO): Free Patents Online: 3 Baseado no estudo da OECD intitulado Patent Statistics Manual.

10 como possibilita a verificação das estratégias patentárias das companhias; avaliação da eficácia do sistema de patentes, verificando a apropriação das criações, a relação das patentes com outros indicadores de desenvolvimento, o uso dos instrumentos de salvaguarda, os campos tecnológicos excluídos de proteção; por fim, o mais justo uso dos bancos de patentes, é que estes abrigam todas as informações tecnológicas, dentro e fora do domínio público, contribuindo para a difusão do conhecimento e na dinâmica de mudança tecnológica. Mais especificamente, nosso objetivo é apresentar o IPC Green Inventory, que constitui um conjunto de informações sobre patentes relacionadas às chamadas tecnologias verdes, definidas pela Organização das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC). A Classificação Internacional de Patentes 4 (IPC International Patent Classification) é um acordo sobre a classificação das técnicas utilizadas em matérias de patentes, firmada em Estrasburgo na década de setenta. A principal finalidade da IPC é garantir a pesquisa sistemática de informações sobre patentes. Além do que, propicia a busca e recuperação de documentos de patente, facilita o acesso às informações tecnológicas e legais contidas nesses documentos, permite a investigação do estado da técnica, bem como serve de base para a elaboração de estatísticas sobre determinado campo tecnológico. A classificação é dividida em oito seções principais, e estas em classes, subclasses, grupos e subgrupos. As oito seções são: Seção A (Necessidades Humanas), Seção B (Operações de Processamento; Transporte), Seção C (Química e Metalurgia), Seção D (Têxteis e Papel), Seção E (Construções Fixas), Seção F (Engenharia Mecânica; Iluminação; Aquecimento; Armas; Explosão), Seção G (Física), Seção H (Eletricidade). Assim, ao determinarmos a pesquisa a partir da classificação mais específica, isto é, utilizando classe, subclasse, grupos e subgrupo, maior é a definição do campo tecnológico em estudo. Como forma de demonstrar a leitura da IPC, indicamos um exemplo de classificação e de sua leitura (C: Química e Metalurgia; 09 F: Resinas naturais; verniz a álcool; óleos secantes; secantes; 4 Para maiores informações, acessar site oficial:

11 terebentina; 1/00: Obtenção, purificação ou modificação química de resinas naturais, por ex., óleo-resinas). C 09 F 1/00 Seção Classe Subclasse Grupo Subgrupo O IPC Green Inventory indica, em um só lugar, todos os domínios técnicos relacionados à tecnologia verde, isto é, o conjunto de Seções, Classes, Subclasses, Grupos e Subgrupos, o que facilita o acesso dos Estados, comunidade científica e sociedade a estas informações de forma bastante articulada. Os principais tópicos abordados são: produção de energia alternativa; transporte; conservação de energia; gestão de resíduos; agricultura/silvicultura; aspectos administrativo, regulamentar e de design; e, geração de energia nuclear. Abaixo indicamos os subtópicos relacionados aos temas principais. TOPIC Alternative energy production Transportation Energy conservation SUBTOPIC Bio-fuels Integrated gasification combined cycle (IGCC) Fuel cells Pyrolysis or gasification of biomass Harnessing energy from manmade waste Hydro energy Ocean thermal energy conversion (OTEC) Wind energy Solar energy Geothermal energy Other production or use of heat, not derived from combustion, e.g. natural heat Using waste heat Devices for producing mechanical power from muscle energy Vehicles in general Vehicles other than rail vehicles Rail vehicles Marine vessel propulsion Cosmonautic vehicles using solar energy Storage of electrical energy Power supply circuitry

12 Waste management Agriculture / forestry Administrative, regulatory or design aspects Nuclear power generation Measurement of electricity consumption Storage of thermal energy Low energy lighting Thermal building insulation, in general Recovering mechanical energy Waste disposal Treatment of waste Consuming waste by combustion Reuse of waste materials Pollution control Forestry techniques Alternative irrigation techniques Pesticide alternatives Soil improvement Commuting, e.g., HOV, teleworking, etc. Carbon/emissions trading, e.g. pollution credits Static structure design Nuclear engineering Gas turbine power plants using heat source of nuclear origin Portanto, o interessante em buscar os bancos de patentes como fonte de tecnologia reside no fato, já destacado, de que o Protocolo de Quioto assevera a necessidade de cooperação e transferência tecnológica. Cada país pode verificar quais áreas são de seu interesse e buscar patentes em domínio público, parceiros comerciais, centros de pesquisa e desenvolvimento. 3.2 Mecanismos Jurídicos para Acesso às Tecnologias Verdes O Acordo Constitutivo da Organização Mundial de Comércio (Acordo da OMC), assinado em Marraqueche no dia 15 de abril de 1994, é um amplo instrumento referente ao comércio internacional. Dentre seus anexos está o 1C Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio, conhecido como TRIPS. Neste contexto, a legislação internacional através do Acordo TRIPS oferece instrumentos para a utilização efetiva das tecnologias por parte dos países, mesmo que estejam protegidas por patentes. Destacamos dois deles, quais sejam: as licenças compulsórias e a importação paralela. Ambos os instrumentos supracitados são exceções aos direitos inerentes às patentes, principalmente no que tange à exclusividade e, com tal, devem seguir certos requisitos para serem aplicadas. Neste sentido, o TRIPS, em seu artigo 30 estabelece as chamadas condições substantivas, que são: exceção

13 limitada; não deve existir conflito com a exploração normal da patente; não pode causar prejuízos aos interesses legítimos do titular da patente; deve haver ponderação acerca dos interesses legítimos de terceiros. Porém, é importante traçar as diferenças entre os institutos. A importação paralela, em síntese, possibilita ao Estado comprar determinado produto por ele almejado de outros países, que não o titular da patente ou seu licenciante, que possuam um menor preço. Para tanto, devem ser obedecidas as condições substantivas acima descritas, atuando de forma automática, sem necessidade de uma autorização específica. A caracterização jurídica da importação paralela não é especialmente difícil. É uma revenda de um produto, efetuada por um terceiro independente do respectivo fabricante e seus distribuidores, num território diferente daquele em que o produto foi inicialmente introduzido no comércio, pelo fabricante ou por alguém com o seu consentimento (CARVALHO, 2007, p.63). A possibilidade da importação paralela está ligada a regra de exaustão adotada pelo país. Entenda-se a regra de exaustão como aquela que estipula o momento em que o fabricante perde o direito sobre o bem específico vendido (não sobre a invenção). A partir do instante em que o fabricante coloca o produto a venda e este é consumido (comprado), o comprador pode fazer o que entender melhor com sua aquisição: vender, trocar ou qualquer outro ato de disposição o direito do titular da patente se exaure na primeira venda do produto (GUISE, 2006, p.85). Se a regra da exaustão utilizada for nacional, o fabricante pode impedir que ocorra a importação paralela de seu produto; por outro lado, se for internacional, o titular da patente perde seu direito de exclusividade, possibilitando a importação paralela do exterior. Vale ressaltar que cada país possui autonomia para escolher o regime de exaustão que melhor atenda a seus interesses, salvo se existir uma obrigação imposta por tratado internacional. Já a licença compulsória caracteriza-se por ser uma autorização concedida por autoridade nacional competente, com ou sem a outorga do titular da patente, para a exploração do objeto protegido, em razão do interesse público, garantindo o equilíbrio entre na relação entre o titular e a sociedade. De acordo com Carlos Correa (1999, p. 168) (...) licença compulsória é uma antiga

14 instituição do regime de patentes e um dos principais instrumentos para evitar o exercício monopólico dos direitos por elas [as patentes] conferidas. É doutrinariamente conhecida como um mecanismo de apoio à função social, tendo em vista sua utilização ter um viés eminentemente público, Nesta, faz-se necessária a autorização específica e suas condições estão previstas no artigo 31 do acordo TRIPS, são elas: (a) toda solicitação para obter-se uma licença compulsória deve ser considerada em função de suas características próprias; (b) antes de pedir a licença compulsória, o interessado deve solicitar a concessão de uma licença voluntária por parte do detentor da patente, em termos e condições comerciais razoáveis; (c) o alcance e duração da licença compulsória limitar-se-ão ao objetivo para o qual a mesma foi autorizada; (d) a licença compulsória terá caráter não-exclusivo; (e) a licença compulsória não será transferível; (f) a licença servirá principalmente para o abastecimento do mercado interno do país Membro que a autorize; (g) a licença cessará uma vez que deixe de existir a causa que levou a sua concessão; (h) o titular da patente receberá uma remuneração adequada tendo em vista o valor econômico da outorga da licença em questão; e finalmente, (i) a validade jurídica de toda decisão relativa à transferência de licenças compulsórias estará sujeita a revisão judicial. Compreender o princípio da função social da propriedade pressupõe perceber a existência da propriedade privada (nesta análise, a patente), mas também de subordinar o exercício dessa propriedade aos ditames da justiça social e de transformar esse mesmo exercício em instrumento para a realização do fim de assegurar a todos existência digna (GRAU, 1988, p.270). Assim, a licença compulsória pode ser compreendida como uma forma de correção do uso abusivo do direito de exclusividade, sem a supressão do direito patentário, com vistas a garantir a consecução de interesses públicos (GUISE, 2006, p.92). Independente do instrumento escolhido, o uso destes institutos será de grande valor aos países em desenvolvimento, pois terão conseqüências significativas no campo econômico e ambiental ao garantir acesso às tecnologias verdes com custos menores.

15 4. Conclusões A complexidade dos problemas ambientais decorrentes da mudança climática exige estratégias jurídicas e institucionais de promoção e cooperação tecnológica alinhadas com as disposições do Protocolo de Quioto. As políticas públicas de inovação destacam as patentes como mecanismo de proteção do conhecimento. E neste contexto, os bancos de dados de patentes são um importante instrumento de acesso às chamadas tecnologias verdes, uma vez que permitem o mapeamento de tecnologia, a verificação da evolução da tecnologia, a identificação de novos mercados, o acompanhamento dos concorrentes, a avaliação da eficácia do sistema de patentes, a difusão do conhecimento e na dinâmica de mudança tecnológica. No contexto das tecnologias verdes o IPC Green Inventory é um importante canal de busca de tecnologias para os países em desenvolvimento. Como destacado, a Licença Compulsória e a Importação Paralela são instrumentos jurídicos que permitem que os Estados acessem as patentes, mesmo sem autorização do titular. Elas estão previstas no TRIPS e é importante que sejam inseridas no ordenamento jurídico nacional, em especial quando se considerar o interesse e necessidade pública frutos das conseqüências climáticas. Desta forma, diante da ameaça dos efeitos nocivos da mudança climática, os Estados devem se empenhar na efetivação das possibilidades existentes nas legislações nacionais e internacionais de acesso às tecnologias que minimizem de modo substancial os efeitos antrópicos. As políticas públicas de inovação e regulação dos países em desenvolvimento, diante da ameaça dos efeitos nocivos da mudança climática, devem abordar questões ligadas à economia, ao meio ambiente e ao social. Estamos diante de uma verdadeira mudança do padrão tecnológico, fruto de todo o avanço da ciência básica e aplicada, e o desenvolvimento de novas tecnologias que buscam impactar de forma menos danosa o meio ambiente tem sido um dos principais protagonistas a prática inovativa. Estados, universidades, empresas, e outros centros de inovação, devem primar e buscar a cooperação e transferência de tecnologia nos moldes propostos pelo Protocolo de Quioto.

16 5. Bibliografia ALBUQUERQUE, Eduardo da Motta e. Patentes segundo a abordagem neoschumpeteriana: uma discussão introdutória. Revista de Economia Política. V. 18. Out.-dez., Disponível em: Acesso em: 15.jan BARBOSA, Denis Borges. Uma introdução à propriedade intelectual. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, CARVALHO, Nuno Pires de. A estrutura dos sistemas de patentes e de marcas: passado, presente e futuro. Rio de Janeiro: Lumen Juris, CARVALHO, Patrícia Luciane de. Patentes farmacêuticas e acesso a medicamentos. São Paulo: Atlas, CORREA, Carlos M.. Aperfeiçoando a eficiência econômica e a equidade pela criação de leis de propriedade industrial. In: VARELLA, Marcelo Dias (Org.). Propriedade intelectual e desenvolvimento. São Paulo: Lex Editoras, EMERICK, Maria Celeste. Gestão tecnológica como instrumento para a promoção do desenvolvimento econômico-social: uma proposta para a FIOCRUZ fl. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na constituição de São Paulo: GUISE, Mônica Steffen. Comércio internacional, patentes e saúde pública fl. Dissertação (Mestrado em Direito). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, LUEDEMANN, Gustavo; HARGRAVE, Jorge. As mudanças climáticas no contexto das mudanças globais. In: Boletim da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica. Edição Especial nº 23/24. Janeiro a Agosto NELSON, Richard R. As fontes do crescimento econômico. Campinas: Unicamp, VARELLA, Marcelo Dias. Políticas públicas para propriedade intelectual no Brasil. In: VARELLA, Marcelo Dias (Org.). Propriedade intelectual e desenvolvimento. São Paulo: Lex Editoras, VEIGA, José Eli da. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.

17 UNFCCC United Nations Framework Convention on Climate Change. Application of environmentally sound Technologies for adaptation to climate change YOSHIDA, Consuelo Yatsuda Moromizato. Mudanças climáticas, protocolo de quioto e o princípio da responsabilidade comum, mas diferenciada: a posição estratégica singular do Brasil alternativas energéticas, avaliação de impactos, teses desenvolvimentistas e o papel do judiciário. Disponível em: ww.planetaverde.org/artigos/arq_06_37_38_04_01_10.pdf

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