Notas sobre a Emigração Portuguesa no Pós Guerra ( )

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1 Revista de Estudios Extremeños, 2011, Tomo LXVII, Número III, pp Notas sobre a Emigração Portuguesa no Pós Guerra ( ) ARLINDO PESTANA DA S.F. SENA Doutor em História Contemporânea RESUMEN A emigração portuguesa conheceu várias estapas na segunda metade do século XX. A melhoria das condições de vida foi o elemento determinante numa época em que a Europa Continental era o destino preferencial. O perfil diversificado, mais técnico uma mais valia da nova geração de emigrantes. PALAVRAS CHAVE: Emigração portuguesa, nova geração de emigranes, retorno dos emigrantes. ABSTRACT Portuguese emigration knew several stages in the second half of the twentieth century. The better living conditions was the determinat element in a time that Continental Europe was the main destiny. The varied profle and more technical was an added value of the new generation of emigrants. KEY WORDS: Portuguese emigration, new geration of emigransts, return migration.

2 1682 ARLINDO PESTANA DA S. F. SENA A emigração é um fenómeno que atravessa a sociedade portuguesa, ao longo da sua História Contemporânea e nomeadamente na pós-independência do Brasil, tornando-se esta colónia, desde então um destino de eleição para uma vasta camada da população portuguesa que continuou no século XX e que atingiu o seu ponto máximo em meados do século entre 1951 e 1963, quando a antiga colónia portuguesa deixa de ser um destino predilecto. Por outro lado, este fenómeno persistente na história portuguesa desde a época de oitocentos sofreu uma redução drástica nas décadas de 1930 e 1940, devido, primeiro à Grande Depressão e em seguida, à Segunda Guerra Mundial ( ). Os Emigrantes de Domingos Rebelo (Ponta Delgada/Açores) Ora, esta situação acabou por ter um efeito demográfico intenso, de tal forma que a população, passou de 6.5 milhões em 1930 para 8.5 milhões em 1950, criando uma nova realidade expressa por um sobrepovoamento do

3 NOTAS SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO PÓS GUERRA ( ) 1683 território português e pela existência de um excesso de mão-de-obra que a economia não tinha capacidade de absorver. A partir de então, entre 1946 e 1973, temos uma população em movimento que se desloca do interior para o litoral, mas sobretudo para o exterior, nos quais cerca de 1 milhão só na década de 1960 deixaram o País. Mas, nesse espaço cronológico é possível identificar dois momentos, uma que se situa entre , mantendo a tradição do Brasil como destino. E uma segunda, que terá tido início entre e termina em meados da década de 1970, numa período em que se assiste à regressão da procura desenfreada da mão-de-obra não especializada dos países periféricos, iniciada na década de No primeiro caso, tratava-se de uma emigração maioritariamente intercontinental, enquanto no segundo, a maioria dos portugueses tinham como destino a Europa. Aliás, quando se considera o recenseamento da população portuguesa no período , observa-se que em cerca de quinze anos, com a implantação do regime democrático como marco cronológico, que mais de um sexto da população portuguesa, estava em movimento e a caminho da Europa Ocidental. De facto e pela primeira vez, o continente europeu é um destino particular para cerca de 16.6% da população portuguesa que procura melhores condições em países como a França e a Alemanha (RFA). Deixando o Brasil de ser uma opção para a uma vasta maioria de emigrantes, após mais de um século de tradição na história contemporânea portuguesa. De facto, os dados estatísticos sobre a emigração legal demonstram que o ponto de inflexão, ocorre por volta de 1964 quando a França em primeiro lugar, a Suiça e o Reino Unido e inclusivamente, o pequeno Luxemburgo, se tornaram centros receptores para uma verdadeira multidão de homens e mulheres, famílias inteiras que vão à procura de melhores condições de vida e por acréscimo do melhor cumprimento dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Quem emigra? É outra questão que se formula e se durante décadas a emigração masculina foi evidente, a participação feminina em termos estatísticas torna-se representativa a partir de meados do século XX num período em que a componente familiar é mais expressiva, de tal forma que por volta de 1968, pela primeira vez o número de mulheres a abandonar o País é superior, cerca de efectivos contra de homens que procuram melhores condições de vida. Todavia, a presença masculina continua maioritária, quando se analisa os dados relativos ao surto emigratório para fora da Europa, nomeadamente para a América do Norte, apesar de tudo é um destino, que perdeu mais de 15% do contingente masculino, entre 1955 e 1974.

4 1684 ARLINDO PESTANA DA S. F. SENA Quadro nº1 Emigração legal por distritos Distrito Aveiro Beja Braga Bragança Castelo Branco Coimbra Évora Faro Guarda Lisboa Leiria Portalegre Porto Santarém Setúbal Viana do Castelo Vila Real Viseu Continente Madeira Açores Total Fonte. Boletim Anual da SECP,

5 NOTAS SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO PÓS GUERRA ( ) 1685 Por regiões, a realidade da emigração portuguesa durante o século XX, apresenta algumas mudanças sobre significativas, visíveis quando se tem em consideração os dados relativos à emigração legal no pós segunda guerra mundial, quando a mesma se afirma como um processo mais global no território nacional. Considerando o espaço cronológico situado entre 1950 e 1980, verifica-se que os distritos que fornecessem maior contingente humano foram sem dúvida os de Braga, Porto, Lisboa, Leiria, Aveiro e Ponta Delgada 1. Neste período, os principais centros emigratórios, localizam-se no Norte Interior: casos de Castelo Branco, Guarda, Leiria, Viana do Castelo e Bragança. E nas ilhas : Funchal, Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta. Numa análise dos dados, verificamos que os distritos do sul de Portugal, nomeadamente os distritos alentejanos de Évora e Portalegre, são sem dúvida os que menos contribuíram para a emigração ao longo do período em estudo. Na verdade, o número de emigrantes que saem das cidades de Portalegre, Elvas, Évora ou Beja, não têm significado quando se compara com as cidades do litoral português. De resto era uma realidade, uma característica que se verifica já ao longo da história contemporânea. Na verdade os distritos alentejanos e em especial o de Portalegre já no séc. XIX eram os que menos contribuíam para o surto emigratório. E no caso, da emigração portuguesa a seguir ao pósguerra, observa-se que a década de sessenta, foi sem dúvida o período mais representativo para a emigração da população alentejana, que encontrava no centro da Europa, um conjunto de actividades industriais e nos serviços domésticos, a prosperidade que a prática agrícola não podia oferecer. Mas a realidade dos municípios de Portalegre, Elvas, Évora e Beja, não pode ser estudada sem ter em consideração, o trajecto das suas populações, uma vez que a população alentejana de um modo geral e seguindo a tradição do século XIX, cresce e desloca-se, mas nem sempre para o exterior. Ou seja, há que ter presente, nesta perspectiva a importância das migrações internas. Na verdade ainda durante, o período do chamado, ciclo emigratório continen- 1 Cidade capital de São Miguel, Região Autónoma dos Açores e principal região fornecedora do contingente português para América do Norte e de uma maneira particular, para os Estados Unidos. De realçar ainda que na década de 1960, esta região apresenta a taxa mais alta de emigração nacional, cerca de 28.34% ou seja, oito vezes superior à de Lisboa.

6 1686 ARLINDO PESTANA DA S. F. SENA tal, centrado em destinos como o Brasil e os Estados Unidos, assiste-se a uma deslocação de populações de outras regiões para o Alentejo e a fixação dos seus efectivos durante a chamada Campanha do Trigo que se desenvolveu de um modo particular na década de No período de maior número de partidas para exterior, entre 1950 e 1970, os distritos de Portalegre, Évora e Beja, contribuem apenas com 2.99 %; 4.0 % e 11.3 %, respectivamente e relativamente aos cerca de que procuraram novos destinos. Na verdade tais dados, reforçam a capacidade atractiva das áreas metropolitanas do Porto e sobretudo de Lisboa nas décadas de 1960 e 1970, com a presença de efectivos populacionais oriundos do interior e de forma particular do Alentejo, criando uma nova realidade urbana, com o aparecimento da chamada suburbanização. A indústria e os serviços e outras profissões não qualificadas, foram então algumas das razões que determinaram um autêntico êxito rural. Ao longo do referido período, durante o Estado Novo e os primeiros anos da implantação do regime democrático, a maioria dos emigrantes que procuram novos destinos, são oriundos do Continente cerca de 80% da emigração nacional, enquanto as ilhas atlânticas contribuíram com cerca de 20%, as nove ilhas do arquipélago dos Açores com cerca de 12% e o arquipélago da Madeira situa-se por volta dos 8%. Com a consolidação do regime democrático, a emigração continental diminui de forma notável, mas em termos de percentagem continua a ser o espaço mais representativo do território nacional com uma taxa média de 77%. No caso das ilhas atlânticas, com a criação das regiões autónomas, aquelas ilhas atlânticas conheceram um notável progresso e desenvolvimento, em função da partilha e diversidade, de riqueza antes concentrada num conjunto de famílias e numa actividade predominante a agricultura. Todavia, a taxa insular cresceu cerca de 2%, uma vez que a população açoriana, embora melhorando a sua vida material, expressa na regressão do número absoluto e efectivo de emigrantes, continuou a procurar nos Estados Unidos, o sonho americano que levou milhares de açorianos para um conjunto de cidades norte americanos em meados do séc. XX. No caso madeirense, em função de uma maior dinamização das actividades produtivas da região, nomeadamente por via dos fundos europeus e da expansão da capacidade turística, permitiu uma maior fixação da sua população reduzindo a taxa de emigração de 8% durante o Estado Novo para 2% com o regime democrático.

7 NOTAS SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO PÓS GUERRA ( ) 1687 Se analisarmos a emigração nacional legal, durante o período considerado e por décadas, , , e Observa-se que a década de , apresenta cerca de saídas, quase o dobro que as décadas de e Não sendo indiferente a situação de imobilismo económico que atravessa a sociedade portuguesa e a guerra colonial, cujo impacto também se ressentiu na emigração ilegal. Sobretudo quando o cenário de guerra colonial era total nos três cenários (Angola, Moçambique e Guiné), cuja evidência dos números era indiscutível de tal forma que nos anos de 1969 e 1971, os números da emigração clandestina eram superiores aos da emigração legal. Esta situação, não era indiferente às autoridades do estado português, que procederam ao reforço das fronteiras em todo o território nacional, não sendo indiferentes as pressões dos senhores ou proprietários locais, que denunciavam publicamente na imprensa periódica, da necessidade de reforçar e actuar com eficácia. Ao mesmo tempo, crescia, as redes clandestinas como agentes da emigração clandestina e cujo aniquilamento pelas autoridades alfandegárias, era alvo de censura, pela comunicação social tal como os processos judiciais que se seguiam. De resto, numa análise sintética da legislação portuguesa, observamos que no século XX desde a Primeira Guerra mundial, se combatia a emigração clandestina, pelo decreto-lei é que se aplicava a pena correccional de quinze dias a três messes. Logo a seguir ao fim da Segunda Guerra, era criada a Junta de Comércio, na qual estava representada a Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE). E que tem como finalidade o controlo das remessas dos emigrantes, segundo o decreto-lei nº A partir de 1954, na reorganização das funções desta instituição policial, estabeleceu-se que a mesma devia fiscalizar os emigrantes. Nos anos sessenta, a repressão à emigração torna-se clara. As penas por penalização clandestina são agravadas, estabelecendo-se a partir de 1966 pelo decreto-lei de , penas de dois a oito anos prisão, aos que tentem auxiliar a emigração. E três anos mais tarde, pelo decreto-lei , a emigração clandestina passa a ser punida por multa, excepto quando se trate de um indivíduo que pretenda fugir ao cumprimento do serviço militar. Resta, recordar que a emigração legal exigia, então um conjunto de actos preparatórios e da autorização da emissão de um passaporte, válido para todos os homens, 2 Boletim Anual da SECP, 1988.

8 1688 ARLINDO PESTANA DA S. F. SENA entre 18 e os 45 anos, com o serviço militar cumprido obrigatório (num período em que a guerra colonial se manifestava em três cenários destinos), as mulheres casadas por sua vez careciam da autorização do marido e os menores de 21 anos de quem exercia o poder maternal. A Guerra Colonial acelarou a emigração ilegal (Cartaz do Regime).

9 NOTAS SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO PÓS GUERRA ( ) 1689 Estas redes clandestinas de engajamento e transporte, mantiveram-se até à queda do Estado Novo e foram determinantes e fundamentais para a colocação de milhares de emigrantes em França. Segundo, Marta Nunes da Silva estas redes surgiram como um dos únicos meios para alcançar melhorias nas condições de vida de inúmeras pessoas do meio rural português. Embora alguns imigrantes tivessem saído do país com passaporte falso, este método não dispensava obrigatoriamente o apoio de auxiliares da emigração clandestina, nem que esse auxílio passasse apenas por um passador de fronteira. ( ) A actividade dos auxiliares à emigração clandestina fez parte da realidade social do meio rural português desta época e misturou-se com ela, uma vez que grande parte da comunidade rural participou de algum modo neste processo ilegal, que afinal de contas foi internacional, e que se inclui no âmbito das relações internacionais com Espanha e França 3. Na verdade é que a partir da década de 1960, a emigração portuguesa estava orientada essencialmente para a Europa e na generalidade por via terrestre, em detrimento da via aérea ou marítima, que marcou a emigração portuguesa desde a segunda metade do séc. XIX quase até à segunda guerra colonial. Logo era mais fácil passar a fronteira, por trilhos e veredas a salto clandestinamente com o apoio dos passadores, do que entrar clandestinamente num navio ou numa aeronave. Na etapa, que decorre entre , as taxas de emigração revelam uma regressão clara e evidente, de cerca de 60% relativamente aos emigrantes, registados na etapa de Porém, essa tendência mantevese na década de oitenta ( ), em que o País revela uma prosperidade aparente, fruto da consolidação do regime democrático mas sobretudo da vaga de fundos europeus que permitiu a modernização do país e a criação de emprego, que permitiu nova redução do número de portugueses que procuram melhores condições de vida no exterior, que não ultrapassa o número de efectivos, ou seja, cerca de 48% para a década de e de 138%, para a de , um período verdadeiramente explosivo da emigração portuguesa no século XX. 3 NUNES SILVA, Marta: Redes de emigração económica clandestina com destino a França ( ), Tese de Mestrado, 2008, p.111,

10 1690 ARLINDO PESTANA DA S. F. SENA Foram muitas as causas e as razões que acabaram por facilitar a saída dos portugueses, a partir de meados do séc. XX: A necessidade de mão-deobra disponível para o processo de reconstrução da Europa Ocidental, no pósguerra b) O nível de vida vigente nos países do centro da Europa, desde logo uma atracção para uma parte significativa dos portugueses que então procuravam um novo rumo para as suas vidas; c) A proximidade geográfica e cultural dos países de acolhimento, desde logo uma vantagem se considerarmos o investimento que era necessário fazer, quando o destino era uma nação, extraeuropeia e d) O inicio da Guerra colonial na década de 1960, que não só reforçou a tendência emigratória, como ampliou a chamada emigração ilegal. Ou seja, durante a fase de crescimento sustentado do pós-guerra, a Europa industrializada levou a cabo uma política de recrutamento de trabalhadores no exterior, que incentivou a vinda de vários milhões de migrantes e de seus familiares cuja fixação foi facilitada pelas necessidades de mão-de-obra, pelas possibilidades de mobilidade económica e social que daí advinham para os nacionais e, sobretudo, pela convicção generalizada de que esta situação era temporária e poderia ser facilmente invertida, uma vez resolvidos os desequilíbrios conjunturais do mercado de trabalho, ou logo que os imigrantes, amealhadas as poupanças necessárias ou confrontados com situações de desemprego, retornassem os seus países de origem 4. A vasta maioria dos emigrantes portugueses que então ingressaram no mercado trabalho na Europa Continental, eram sobretudo, jovens provenientes do meio rural, com pouca escolaridade e cuja actividade profissional era identificada com o sector primário. Ou seja, tratava-se de uma emigração não qualificada, que desenvolviam nos países receptores de emigração uma actividade profissional por conta de outrem, designadamente na indústria e nos serviços domésticos. Por exemplo, a França um destino por excelência, segundo os Censos de 1975, o serviço doméstico, era predominante desempenhado pelas mulheres em valores de cerca de 43.4% enquanto os homens cerca de 89.3%, eram registados como operários. Os serviços, ocupavam ambos os sexos numa média situada em 45%. 4 BAGANHA, Maria I.: Dicionário do Estado Novo, Emigração, p. 295.

11 NOTAS SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO PÓS GUERRA ( ) 1691 Costa Leite, nos seus estudos sobre o comportamento da População activa e emigração em Portugal, , concluiu que a população activa agrícola masculina registou uma tendência de crescimento de 1890 a 1950, estabilizando depois até 1960, para descer abruptamente na década seguinte, numa alteração sem precedentes. Em 1970 os trabalhadores da indústria transformadora igualavam os activos agrícolas, numa extraordinária mudança relativamente à situação existente dez anos antes, notando-se o contributo decisivo da emigração. Embora os dados não sejam rigorosamente comparáveis -a emigração inclui indivíduos de ambos os sexos e de todas as idadesevidenciam no entanto as linhas de força da mudança, mostrando em particular como o crescimento do emprego industrial no período não tinha conseguido contrariar o crescimento do emprego agrícola. Se tomarmos este como indicador da relativa abundância de mão-de-obra numa economia cujos solos de maior aptidão agrícola estavam há muito ocupados e aproveitados, percebemos a pressão demográfica e a dificuldade na subida de salários reais na economia portuguesa de meados do século 5 5 COSTA LEITE, Joaquim: Mitos e realidades da emigração portuguesa, , p. 14.

12 1692 ARLINDO PESTANA DA S. F. SENA Fronteira luso-espanhola de Irun, in Crónica em Imagens, dir. Joaquín Vieira, , p. 85.

13 NOTAS SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO PÓS GUERRA ( ) 1693 Tratava-se também de uma emigração com fortes laços à Pátria, que aproveitando numa primeira fase os transportes deslocava-se frequentemente às suas terras de origem em datas festivas como o Natal ou nas férias de Verão. Mas, com a melhoria das condições de vida na transição para a década de 1970, alguns destes emigrantes já voltavam nos seus próprios automóveis e uma percentagem significativa já tinham iniciado as obras da sua residência ou já tinha casa própria, como resultado de uma vida discreta e austera, com vista à poupança, nos países onde desenvolviam as suas profissões. De um modo geral, o automóvel e a casa própria, era uma singularidade nas vilas e aldeias do interior do País, objectos de distinção e de visibilidade, face às dificuldades e à modéstia, que caracterizava as sociedades rurais de onde eram originários. Este ciclo emigratório, que encontrou no Centro da Europa, uma solução para as suas vidas entre , faz parte de uma geração, bem sucedida que está de volta nos primeiros anos da consolidação da democracia em Portugal, segundo dados estatísticos no mesmo período regressam à Pátria cerca de emigrantes que segundo Custódio Corim, trata-se de um movimento, sem antecedentes na história nacional 6. Que investe parte do seu trabalho e poupança durante décadas, em actividades económicas, como os serviços, o comércio e a construção civil, nos quais os seus filhos são os protagonistas e alguns deles, apostam na sua formação académica com vista ao exercício de profissões liberais. Numa análise das consequências da emigração portuguesa, durante as décadas de 1960 e 1970, encontramos como indicadores inconvenientes: - o envelhecimento da população portuguesa; o aumento dos encargos sociais com os idosos, o menor número de activos a ter de contribuir para uma percentagem crescente de pessoas em idade de reforma; o desequilíbrio da estrutura portuguesa, o que nem sempre foi compensado por uma reestruturação tecnológica, a diminuição da população absoluta e o despovoamento das áreas do interior. Porém reconhecem-se algumas vantagens da emigração portuguesa, tais como: a diminuição do desemprego e a melhoria de vida para os que optaram por 6 CÓRIM, Custódio: Portugal e a sua população, p. 33.

14 1694 ARLINDO PESTANA DA S. F. SENA ficar no país, resultante de uma subida de salários; a reconversão da produção agrícola e a mecanização da agricultura em áreas de maior dinamismo, como forma de colmatar a falte de mão-de-obra agrícola; o envio de remessas dos emigrantes, as quais contribuem para equilibrar a nossa balança de pagamentos e a aplicação das remessas de emigrantes nas áreas de partida leva a um desenvolvimento socioeconómico de regiões desfavorecidas, onde os imigrantes investem na construção de casas, na aquisição de propriedades ou em estabelecimentos comerciais e industriais. Quando se analisa a evolução das remessas dos emigrantes ao longo do século XX (vide quadro nº2), verificamos que a sua importância na vida económica portuguesa foi indiscutível. Assim, na viragem para o século XX, quando o Brasil era a principal destino da emigração, o valor das remessas representaria cerca de 50% dos valores das exportações e quando o mundo preparava-se para o primeira conflito mundial de , esses valores situavam-se aproximadamente em cerca de 57%. A partir de então entre a Grande Depressão e o início da década de 50, assiste-se a uma quebra das remessas dos emigrantes (cerca de 13%).A recuperação torna-se indiscutível, timidamente com cerca de 25% na década de sessenta, 56% na setenta e 45% na de oitenta. Segundo os estudos sobre o impacto das remessas emigração no PIB (Produto Interno Bruto) de Maria Ionnis B.Baganha: De finais do século XIX até à Primeira Guerra Mundial as remessas teriam representado 2% do PIB, enquanto nas vésperas da Grande Depressão rondariam os 4%. Os valores referentes às décadas seguintes demonstram a importância das remessas na vida económica portuguesa, 2% na década de 1950; 4% na década de 60 ; 8% na década seguinte e 10% na seguinte 7. 7 BAGANHA, Maria I. Oannis: A emigração e o seu impacto na economia, p. 963.

15 NOTAS SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO PÓS GUERRA ( ) 1695 Quadro nº2 Remessas dos emigrantes, ( ) Fonte: INE, Exportações e importações, , Lisboa, p.978.

16 1696 ARLINDO PESTANA DA S. F. SENA A partir da década de 1980, é possível identificar-se um novo surto emigratório, em que a maiores dos que partem continuam a escolher os destinos tradicionais, na Europa e para países não europeus: Estados Unidos, Canadá, Austrália, etc. Ao mesmo tempo que sobretudo para o velho continente se esboça uma emigração temporária, sazonal ou não. Que evidencia um conjunto de novas situações facilitadas e ampliadas pela capacidade de movimentação dos fluxos migratórios tais como: o avanço tecnológico verificado no âmbito dos transportes e comunicações, pelo desenvolvimento de estruturas de recrutamento flexíveis e eficazes e pela globalização das principais empresas prestadoras de serviços. A partir de meados da década de 80 é possível constatar o ressurgimento do fenómeno emigratório português, marcado, sobretudo, pela alteração do contexto institucional em que tem lugar, pelo surgimento de novas formas de emigração e pelo surgimento de novos destinos. A nível institucional, a adesão de Portugal à União Europeia em 1986 trouxe consigo o surgimento de novas condições de circulação para os trabalhadores portugueses (e, acessoriamente, uma certa invisibilidade dos movimentos emigratórios portugueses, dado que deixa de haver estatísticas oficiais desde 1988). Por outro lado, a adesão à União Europeia permitiu às empresas portuguesas subcontratar a sua força de trabalho no espaço comunitário, o que conduziu ao desenvolvimento de novas formas migratórias de que o exemplo mais conhecido é o destacamento -sobretudo para a Alemanha - de milhares de trabalhadores portugueses da construção civil ( destacamento de trabalhadores ) (Baganha e Gois, 1998/1999: 247). A análise das fontes no destino realizada por Baganha e Peixoto (1997) demonstra que, entre 1985 e 1990, Portugal assistiu à saída de uma média de indivíduos por ano (1). Tal como anteriormente à crise de 1973/74, os portugueses continuaram a privilegiar os países europeus, alterando-se, contudo, a importância dos diferentes destinos, assumindo-se a Suíça como principal pólo de atracção em detrimento da França. A nível institucional, a adesão de Portugal à União Europeia em 1986, criou novas condições de acesso ao mercado de trabalho, todavia a invisibilidade é uma das características da circulação dos trabalhadores nacionais uma vez que as estatísticas oficiais não referem esses movimentos, mas um realidade não pode ser ignorada, como a existência de empresas portuguesas que durante as duas últimas décadas do século passado, procediam à sub contração de milhares de trabalhadores portugueses da construção civil, que deviam prestar os seus serviços no espaço comunitário. Assim, entre 1985 e 1991, a França acolheu 6% dos emigrantes portugueses que se dirigiram para a Europa, enquanto a Suíça recebeu cerca de 59% desses

17 NOTAS SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO PÓS GUERRA ( ) 1697 emigrantes (cálculos com base nos dados apresentados por Baganha e Peixoto, 1997). Recuando um pouco no tempo, é possível constatar que o fluxo migratório português com destino à Suíça apresenta uma evolução positiva desde 1969, somente interrompida entre 1974 e 1975 e em No entanto, somente a partir de meados da década de 80 é que este fluxo começa a apresentar valores mais significativos, passando de, aproximadamente, entradas anuais, entre 1968 e 1983, para cerca de entradas anuais, entre 1984 e Finalmente, entre 1993 e 1998, o fluxo migratório português para a Suíça sofre, em virtude da crise económica helvética, uma diminuição bastante acentuada e passa para as entradas anuais. A este fluxo permanente (portadores de uma autorização de residência anual ou permanente) devem adicionarse os emigrantes sazonais que, geralmente, com o passar dos anos, se transformam em emigrantes permanentes. A evolução desta categoria de emigrantes foi semelhante à dos emigrantes anuais e permanentes, passando de entradas anuais, entre 1980 e 1983, para , entre 1984 e 1990, e decrescendo a partir desse período (Marques, 1998). Em resultado deste forte movimento de entrada, os portugueses tornaramse na terceira maior comunidade de estrangeiros a residir em território helvético, logo a seguir aos italianos e ao conjunto dos nacionais dos países que formavam a ex-jugoslávia. Em 31 de Agosto de 1999 residiam na Suíça portugueses portadores de uma autorização de residência anual ou permanente e trabalhadores sazonais. As características dos emigrantes que se dirigem para a Confederação Helvética não diferem muito das dos emigrantes portugueses dos anos 60 e inícios dos anos 70. Trata-se, sobretudo, de uma emigração de trabalho em que domina a proporção de activos jovens do sexo masculino. A semelhança dos fluxos anteriores, também este se dirige essencialmente para as profissões pouco ou nada qualificadas do mercado de trabalho secundário, adoptando um padrão de inserção no mercado de emprego análogo ao verificado em França: substituição das forças de trabalho italianas e espanholas por trabalhadores portugueses. Para além do fluxo português para a Suíça, cujo tratamento mais demorado se justifica pelo seu papel dominante após meados da década de 80, torna-se necessário referir outros sinais do aumento da mobilidade externa dos portugueses. Um dos mais elucidativos destes sinais é fornecido pela análise da evolução da população de nacionalidade portuguesa a residir noutro país europeu. Como a tabela seguinte demonstra, entre 1991 e 1999 é possível constatar um aumento contínuo dos portugueses que não se fica a dever somente ao

18 1698 ARLINDO PESTANA DA S. F. SENA crescimento natural das comunidades aí residentes, mas também à acção de novos movimentos migratórios. Esta realidade gerada por uma crescente vaga migratória centrada no trabalho temporário, marca uma ruptura no perfil do emigrante da geração de meados dos séculos, cuja força de trabalho, catalogada de desqualificada era fundamental para as empresas do centro europeu. A nova geração que marca as últimas décadas do século XX tem um perfil diversificado, desde aquele que se limita a responder a uma procura sazonal ou instável por actividades localizadas no centro da Europa, como a agricultura, turismo e construção civil e sem grandes competências de desempenho, aos operários especializados, que se enquadram nos quadros das grandes empresas de obras públicas, no Norte de África, Próximo Oriente ou no sueste Asiático. Segundo os estudos de J. Peixoto, estima com base nos países receptores que o total de emigrantes permanentes e temporários tenha sido de cerca de apenas no ano de Não obstante, este número a participação do nosso país nos movimentos internacionais, a participação de gestores e quadros altamente qualificados é irrelevante, se não mesmo inexistente. BIBLIOGRAFIA ARROTEIA, Jorge Carvalho: A Emigração Portuguesa: Suas Origens e Distribuição, Lisboa, Instituto da Cultura e língua Portuguesa, BAGANHA, Maria Ionnis: Principais características e tendências da Emigração, in Actas do 2º Congresso Português de Sociologia, Algés, Fragmentos, BAGANHA, Maria Ionnis e GÓIS Pedro: Migrações internacionais de e para Portugal: o que sabemos e para onde vamos?, Revista Crítica e Ciências Sociais, nº52/53, p , 1998/9. CÓNIM,Custódio: Portugal e a sua População, Lisboa, Publicações Alfa,1990. FERREIRA,Eduardo Santos: Origens e Formas de Emigração, Lisboa, Inciativas Editoriais, GONÇALVES, Albertino: Imagens e Clivagens, Os residentes face aos Emigrantes, Porto, Ed. Afrontamento, 1996

19 NOTAS SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO PÓS GUERRA ( ) 1699 PEIXOTO, J.: A emigração Portguesa a partir de 1980: factos estatísticos e modalidades de evolução, in Estudos Demográficos, Lisboa, ROCHA, Trindade, Maria Beatriz: Inmigrés Portugais, Lisboa, I.S.C.S.P., 1973.

20 1700 ARLINDO PESTANA DA S. F. SENA BLANCA

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