Soja Intacta. Uma visão econômica dos benefícios da adoção da nova tecnologia.

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1 Soja Intacta Uma visão econômica dos benefícios da adoção da nova tecnologia. Junho de 2013

2 Coordenador José Roberto Mendonça de Barros Equipe MB Agro Alexandre Mendonça de Barros Ana Laura Menegatti Cesar de Castro Alves Francisco Queiroz José Carlos Hausknecht Margarida Figueiredo Renata Marconato 2

3 Sumário Executivo Objetivo do presente trabalho é demonstrar a importância econômica da utilização da tecnologia no aumento da produtividade da cultura da soja no Brasil. No presente trabalho avaliaremos o impacto econômico e social da utilização da tecnologia Intacta na soja. A tecnologia Intacta combina a resistência ao herbicida glifosato ao ataque às lagartas. Os testes já realizados com a tecnologia indicam ganhos de produtividade médios da ordem de 5,84 sacas por hectare. Além de elevar a produtividade, a nova tecnologia permite a redução no uso de inseticidas para controle de lagartas, o que resulta em importante redução no custo de produção. O progresso tecnológico na cultura da soja tem especial relevância no Brasil. A soja é a principal cultura da agricultura brasileira. Somos hoje 1 o país líder na produção e exportação da oleaginosa. A agricultura brasileira é hoje a quarta maior agricultura do mundo. O país alcançou a liderança no saldo comercial agrícola puxado especialmente pela produção de soja e das carnes. Teria sido impossível ser líder mundial nas exportações de frango sem ter desenvolvido a produção e o processamento de soja para servir como insumo na transformação de proteína vegetal em animal. A expansão da cultura permitiu forte redução no preço da carne no Brasil, melhorando sobremaneira a nutrição dos brasileiros. Ademais, a soja foi o motor econômico das novas fronteiras agrícolas do país, regiões pobres se transformaram em líderes de desenvolvimento humano em diversos estados do Brasil. O contexto da economia agrícola internacional mudou substancialmente nos últimos dez anos. Os preços agrícolas no mercado internacional subiram substancialmente após um declínio secular que caracterizou todo o século XX. As razões principais para essa transformação encontram-se no lado da demanda. O aumento populacional, a forte urbanização dos países asiáticos, o desenvolvimento do mercado de biocombustível baseado em grãos (etanol de milho e biodiesel de óleos vegetais) e demanda de fundos especulativos nos mercados futuros de commodities agrícolas acabaram por gerar um déficit de oferta importante nos mercados internacionais. O surgimento de uma forte demanda associado à incapacidade de expansão da oferta nas principais regiões produtoras de alimentos do Hemisfério Norte fez com que o posicionamento geopolítico do Brasil no suprimento de alimentos saltasse substancialmente nas últimas duas décadas. O Brasil passou a representar a maior parcela das exportações mundiais. De um saldo comercial agrícola equivalente a US$ 7 bilhões em 1990, o país alcançou US$ 73 bilhões de superávit em O movimento de crescimento do saldo comercial brasileiro veio acompanhado de substancial elevação nos déficits comerciais agrícolas do Oriente Médio, da China, da Coréia do Sul e do Japão. O quadro internacional que se consolida é das Américas exportando para o Oriente Médio e para a Ásia. Essa mudança estrutural cria uma relação umbilical entre o Brasil e o Oriente. A principal cultura desta relação é a soja, seja diretamente na forma de grão, farelo e óleo ou indiretamente através das proteínas animais. O Brasil se tornou o maior exportador do complexo soja do mundo, alternando a liderança que antes era exclusiva dos Estados Unidos. O futuro reserva uma posição ainda mais relevante ao país dado o seu potencial de crescimento. A soja brasileira tem papel central no desenvolvimento econômico do país. Apesar da lavoura estar presente desde 1901 no Brasil, foi somente nos anos 80 e 90 que a produção de soja cresceu vertiginosamente. De uma produção equivalente a 15 1 Safra 2012/13 3

4 milhões de toneladas em 1980, o Brasil saltou para um patamar de 82 milhões na safra 2012/13. A expansão da soja permitiu o desenvolvimento da indústria de frango e de suínos no Brasil. Por consequência do surgimento da soja, foi possível baratear o óleo para consumo humano além de permitir o surgimento de grande oferta de farelo para a produção de proteína animal. Em resposta a esta expansão, os preços dos alimentos associados à cadeia de soja caíram 4% ao ano nas últimas quatro décadas. A redução no preço tem importante efeito distributivo na economia brasileira uma vez que as parcelas de mais baixa renda da população são aquelas que mais se beneficiam da redução. Houve expressivo aumento no poder de compra da população brasileira em termos de uma cesta básica de alimentos. O plantio de soja avançou pela região da fronteira agrícola brasileira. A expansão econômica da soja possibilitou expressiva melhoria econômica e social em regiões historicamente com baixos níveis de renda. O Índice de Desenvolvimento Humano IDH das cidades que produzem soja encontram-se entre os mais altos do país, atestando a importância da cultura no desenvolvimento social. O IDH é um índice que contempla informações econômicas e sociais. O progresso tecnológico da soja ao permitir o plantio em regiões de Cerrado e ao encurtar o ciclo de produção possibilitou a expansão da segunda safra de milho e do algodão no Brasil. O ano de 2012 marcará a historia agrícola brasileira por ter sido o primeiro ano no qual a segunda safra de milho superou a primeira. A tecnologia viabilizou a economia de recursos naturais ao permitir duas safras em um único ano. Na verdade, em algumas regiões, junto com o plantio da segunda safra de milho faz-se o plantio de capim, que permite pastoreio do gado após a colheita do milho. Esse novo sistema de produção permite fazer três usos alternativos e consecutivos da mesma área: soja na primeira safra, milho na segunda e capim para produção animal. A expansão da soja e do milho de segunda safra representa um motor de grande potencia para o desenvolvimento da indústria de carnes no Brasil. O país se tornou o maior exportador de frango e de carne vermelha do mundo. Em 1997, o país produzia 5,6 milhões de toneladas de carne de frango e suína. Em 2012 atingiu o patamar de 15,3 milhões de toneladas de carne. O Brasil foi o país qual o crescimento da produção de soja mais se destacou no mundo. Graças à expansão da área plantada, mas também da produtividade, o país saiu de uma posição de 2,5 milhões de toneladas exportadas em 1990 para 38 milhões de toneladas, que devem ser exportadas em Esta tendência representou um salto no saldo comercial do complexo soja de US$ 2,8 bilhões para US$ 29 bilhões. A soja movimenta uma ampla cadeia produtiva. A produção da oleaginosa requer insumos agrícolas dos setores de máquinas, equipamentos, fertilizantes, defensivos, sementes, combustível e mão-de-obra. O resultado da produção agrícola se destina à indústria processadora doméstica ou à exportação direta de grãos. A indústria por sua vez, produz o farelo, o óleo de soja e diversos produtos para a indústria de alimentos, tais como farinha, extrato solúvel, proteína texturizada, lecitina, tocoferol, tofú, missô, massas, cereais, bebidas nutritivas, misturas preparadas, alimentos dietéticos. O farelo de soja tem como principal destino a produção animal. Já o óleo é hoje utilizado para consumo humano e para a produção de biodiesel. Na verdade, 80% do biodiesel brasileiro é feito com óleo de soja. Na última década houve significativo aumento no uso de biotecnologia na lavoura da soja, em especial, as lavouras transgênicas ganharam participação na produção domestica. Pesquisas de campo indicam que 88% da área plantada com soja faz uso de material geneticamente modificado e resistente ao glifosato-. Somente agora surge 4

5 uma tecnologia que associa a tolerância ao glifosato com a resistência a lagartas, que é a Soja Intacta. Fazendo uso de duas estratégias de modelagem a MB Agro calculou os benefícios econômicos e sociais do uso de Soja Intacta. A primeira classe de modelo utilizada foi o cálculo de multiplicadores a partir da metodologia da matriz insumo-produto brasileira. Foram calculados três tipos de multiplicadores, quais sejam o multiplicador do valor bruto da produção, o multiplicador de renda de salário e remuneração de terceiros e o multiplicador de empregos, que mede o número de postos de trabalho criados com a lavoura da soja. A segunda estratégia de modelagem foi a estimativa econométrica da elasticidade da arrecadação de tributos federais com relação ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O trabalho calculou a relação da produção de soja com o PIB agropecuário e este com o PIB nacional. Assim, dada uma variação na produção de soja, foi possível estimar a variação no PIB nacional. Desta maneira, com base na alteração do PIB nacional, estimou-se o efeito na arrecadação multiplicando a variação do PIB pela elasticidade da arrecadação com relação ao PIB. Os resultados atestam para a importância do desenvolvimento tecnológico na lavoura de soja no Brasil. A tecnologia Intacta traz um beneficio econômico e social respeitável para a economia brasileira. Os principais benefícios econômicos e sociais da soja Intacta apontados no trabalho são: a) Aceleração dos ganhos de produtividade da cultura da soja no Brasil: como mostra a história das últimas três décadas, a produtividade da soja veio crescendo consistentemente, diminuindo a diferença entre os países com índices maiores que os brasileiros. Torna-se um desafio seguir essa trajetória ascendente de produtividade dados os níveis atuais já alcançados. A tecnologia Intacta é uma das melhores alternativas na direção dessa rota de sucesso. b) Redução no uso de inseticidas: a resistência às lagartas contida na tecnologia Intacta diminui o número de pulverizações e a quantidade de inseticidas requerida no processo produtivo. c) Elevação do valor da produção e da rentabilidade do produtor: a tecnologia Intacta aumenta a produtividade significativamente. Os plantios conduzidos em mais de 1000 produtores em diferentes localidades do Brasil apontam para um ganho médio de 5,84 sacas por hectare. Este montante, atualmente, representaria um acréscimo de R$ 292 no valor bruto da produção de soja por hectare. Caso 50% da área brasileira de soja adotasse a tecnologia Intacta, o efeito no valor bruto da produção seria da ordem de R$ 4,2 bilhões em valores de d) Os ganhos de produtividade e de produção têm efeitos positivos sobre as condições sócio econômicas da população: como mostrado no trabalho, os municípios brasileiros que produzem soja mantem níveis elevados de IDH. Esse fato se reforçará com a elevação da produtividade da soja. É sempre bom lembrar que muitos municípios já ocupam 100% de sua área agricultável. A única forma de elevação da renda nesse caso é o contínuo aumento da produtividade; e) Aumento nas exportações e incremento na balança comercial do país: o aumento no volume produzido no Brasil permitirá ganhos significativos no saldo comercial brasileiro do Agronegócio. Isoladamente, o Complexo Soja já é hoje o maior saldo agrícola do país e deve alcançar US$ 29 bilhões em Caso toda a produção adicional fosse remetida ao exterior na forma de grãos, haveria um acréscimo de US$ 2,7 bilhões, sem considerar a adição de valor da produção do farelo e do óleo. 5

6 f) Redução no impacto ambiental na cultura da soja pela menor necessidade de expansão de área e pela redução na utilização de defensivos: A elevação da produtividade economiza área plantada. Dada a demanda futura por soja não há dúvida de que será necessário ampliar a área de cultivo para atender este movimento. Entretanto, com o uso da tecnologia Intacta seria possível economizar expressivo incremento na área plantada. Além isso, a tecnologia reduz o uso de defensivos. g) Aumento da competitividade do produtor brasileiro de soja em relação aos produtores de regiões temperadas com possibilidade de elevação da participação do Brasil na produção mundial: o problema de ataque de lagartas é muito mais severo no Brasil do que nos Estados Unidos. O ambiente tropical permite a proliferação de lagartas em níveis muito mais elevados do que nas regiões temperadas. O intenso frio que caracteriza o Meio-Oeste americano no período do inverno diminui substancialmente a incidência de pragas e doenças. É nesse contexto que a tecnologia Intacta acaba por servir muito mais ao Brasil do que aos EUA. h) Maior oferta de alimentos com redução nos custos de produção de carnes e óleo: a queda no preço dos alimentos, decorrente da persistente elevação da produtividade, beneficiou diretamente os consumidores urbanos nas últimas décadas. Os preços dos produtos que utilizam derivados de soja caíram ainda mais do que a média dos alimentos no Brasil. Em quatro décadas os preços associados à cadeia da soja caíram à taxa significativa de 4% ao ano. Essa redução gerou expressivo aumento no poder de compra da população. i) Aumento na renda dos trabalhadores: a ampliação da produção de soja por conta da nova tecnologia gera renda na agricultura, nos setores dos quais a agricultura compra insumos e no restante da economia por impactos induzidos por essa modificação na economia da soja. Do ponto de vista dos trabalhadores, há elevação no montante de salários e de renda de terceiros. Os cálculos aqui mostrados com base no instrumental insumo-produto indicam que caso 50% da área de soja utilizasse a tecnologia Intacta haveria um ganho no total de salários pagos da ordem de R$ 4,1 bilhões. j) Aumento na geração de empregos: a ampliação da produção de soja por conta da nova tecnologia gera empregos na agricultura, nos setores dos quais a agricultura compra insumos e no restante da economia por impactos induzidos por essa modificação na economia da soja e pelo aumento de renda. Do ponto de vista dos trabalhadores há elevação no número de postos de trabalho seja de trabalhadores contratados ou de serviços de terceiros. Os cálculos aqui mostrados com base no instrumental insumo-produto indicam que caso 50% da área de soja utilizasse a tecnologia Intacta haveria um ganho na geração de emprego de 295 mil postos de trabalho. k) Aumento na arrecadação de tributos federais: o aumento da produção de soja eleva o PIB agropecuário. Este por sua vez impacta positivamente sobre o total da economia (PIB total). Por consequência do aumento na expansão da economia do país há elevação na arrecadação de tributos federais. Os cálculos aqui apresentados com base no modelo econométrico desenvolvido para o propósito de calcular os efeitos da variação da produção de soja sobre a arrecadação indicam ganhos na coleta de imposto equivalente a R$ 951 milhões. 6

7 A tabela a seguir resume os efeitos potenciais da utilização da soja Intacta sobre a economia nacional. Tabela 2 - Principais benefícios econômicos e sociais da tecnologia Intacta Aumento de produtividade 5,84 sc/ha Aumento na receita do produtor 292 R$/ha Aumento na produção de soja 4,8 milhões t Aumento no valor bruto da produção 4,2 R$ bilhões Geração de empregos 310 mil postos Aumento da renda de salários dos trabalhadores 4,1 R$ bilhões Aumento no PIB Agropecuário 1,1 % Aumento na Arrecadação Federal 951 R$ milhões Fonte: Dados da pesquisa, MB Agro IMPACTOS DA SOJA INTACTA 7

8 Índice 1. Objetivo do trabalho: a relevância do salto tecnológico na soja para a economia brasileira 9 2. O posicionamento estratégico da agricultura brasileira: o Brasil como potência agrícola mundial A importância geopolítica da agricultura brasileira A importância da soja no desenvolvimento econômico e social do Brasil Os benefícios econômicos e sociais da soja Intacta Os impactos na produtividade decorrentes do uso da soja Intacta Os principais benefícios do uso da soja Intacta 41 8

9 1. Objetivo do trabalho: a relevância do salto tecnológico na soja para a economia brasileira Objetivo do presente trabalho é demonstrar a importância econômica da utilização da tecnologia no aumento da produtividade da cultura da soja no Brasil. Para tanto, faremos uma avaliação dos impactos econômicos e sociais da tecnologia Intacta na produção brasileira de soja. A tecnologia Intacta combina a resistência ao herbicida glifosato ao controle do ataque de lagartas. Os testes já realizados com a tecnologia indicam ganhos de produtividade médios da ordem de 5,84 sacas por hectare. Além de elevar a produtividade, a nova tecnologia permite a redução no uso de inseticidas para controle de lagartas, o que resulta em importante redução no custo de produção. O progresso tecnológico na cultura da soja tem especial relevância no Brasil. A soja é a principal cultura da agricultura brasileira. Somos hoje 2 o país líder na produção e exportação da oleaginosa. A agricultura brasileira é hoje a quarta maior agricultura do mundo. O país alcançou a liderança no saldo comercial agrícola puxado especialmente pela produção de soja e das carnes. Teria sido impossível ser líder mundial nas exportações de frango sem ter desenvolvido a produção e o processamento de soja para servir como insumo na transformação de proteína vegetal em animal. A expansão da cultura permitiu forte redução no preço da carne no Brasil, melhorando sobremaneira a nutrição dos brasileiros. Ademais, a soja foi o motor econômico das novas fronteiras agrícolas do país, regiões pobres se transformaram em líderes de desenvolvimento humano em diversos estados do Brasil. Essa transformação radical no meio produtivo brasileiro só foi possível graças ao desenvolvimento tecnológico em três décadas na cultura da soja. A tecnologia encurtou o ciclo produtivo da lavoura e adaptou as variedades às latitudes mais baixas. Essas transformações permitiram a expansão da cultura para diversas regiões do Brasil e a realização de uma segunda safra sendo que, em 2012, pela primeira vez na historia, a segunda safra de milho superou a primeira safra. Essa revolução tecnológica permitiu que os solos brasileiros fossem melhor ocupados. São raríssimos os lugares no mundo que permitem duas safras em um mesmo ano. Na verdade, em alguns casos faz-se até três cultivos distintos em um único ano. Soja, milho e pastagem se alteram em um mesmo ano permitindo uma combinação única e ótima no uso dos recursos naturais. Essas transformações do sistema produtivo brasileiro impressionam. Construímos a única grande agricultura tropical do mundo nestas últimas quatro décadas. Não há dúvida que nada disso teria sido possível sem o desenvolvimento tecnológico na cultura da soja. É nesse contexto que se encaixa a nova revolução que a genética vem permitindo e da qual a tecnologia representa o ponto mais alto até aqui alcançado no que diz respeito a tecnologia de produção de soja. Eis, pois, o intuito do presente trabalho. Pretende-se medir o valor econômico e social dessa nova tecnologia. O trabalho será desenvolvido em três capítulos que se complementam. O primeiro capítulo abordará o posicionamento estratégico alcançado pelo Brasil nessas três décadas. É forçoso notar que o país ganhou enorme importância na geopolítica da segurança alimentar mundial. O segundo capítulo abordará a saga da soja nos solos brasileiros. Será feita uma breve reconstituição histórica do crescimento de tão relevante cultura ao desenvolvimento brasileiro. O terceiro capítulo apresentará as medidas propriamente ditas dos impactos econômicos e sociais da nova tecnologia Intacta. Fazendo uso do instrumental de matriz insumo-produto serão calculados os impactos no valor da produção, na renda de salários e serviços de terceiros e no 2 Safra 2012/13 9

10 número de empregos criados pelos ganhos de produtividade decorrentes da nova tecnologia. Além disso, seguindo a metodologia econométrica especifica, será apresentada uma estimativa do impacto na arrecadação de tributos decorrentes da expansão da oferta de soja por conta da nova tecnologia. Por fim, uma última sessão resume de maneira sucinta os grandes benefícios que a nova tecnologia trará à agricultura e economia do país. 10

11 2. O posicionamento estratégico da agricultura brasileira: o Brasil como potência agrícola mundial A história da economia agrícola internacional no século passado foi contada pelo lado da oferta e não da demanda. O surgimento da genética como parte da ciência biológica foi possível graças as famosas Leis de Mendel que entraram no conhecimento científico na virada do século XIX para o XX. As revolucionárias pesquisas de melhoramento genético permitiram o enorme salto de produtividade ocorrido inicialmente nos EUA e na Europa por conta do surgimento dos primeiros híbridos de milho e das variedades anãs de trigo. A humanidade começava a ter pela primeira vez na historia a possibilidade de se ver livre do medo da escassez de alimentos. Entretanto, foi somente graças aos trabalhos do engenheiro agrônomo Norman Borlaug que o mundo subdesenvolvido pôde utilizar essa revolução tecnológica à suas áreas produtivas. Os campos experimentais montados no México em meados do século XX lograram em quinze anos adaptar as modernas variedades da época as latitudes mais baixas. Uma vez adaptadas às novas regiões foi possível espalhar essas sementes em novos campos experimentais na Ásia, África e o resto da América Latina. Os anos 60 e 70 do século passado marcaram a famosa Revolução Verde que ampliou de modo expressivo as safras de grãos dos países pobres. Começava aí a principal transformação na dieta da grande maioria da população mundial. O ciclo de crescimento da oferta foi acompanhado pela redução sistemática do preço real dos alimentos. Cem anos de história consecutiva de queda de preços interrompida apenas em três momentos: as duas grandes Guerras Mundiais e o Choque do Petróleo nos anos 70. A história agrícola internacional expressava de maneira clara os efeitos benéficos da revolução tecnológica na agricultura mundial. A Figura 1 apresenta os preços históricos dos principais grãos produzidos no mundo: soja, milho, trigo e arroz. É possível notar com clareza o que acima foi dito. Figura 1 Preços de soja, milho, arroz e trigo pagos aos produtores Soja (US$/bu) Milho (US$/bu) Arroz (US$/cwt) Trigo (US$/bu) I Guerra Mundial Choque do Petróleo 1973 II Guerra Mundial US$/unidade Fonte: USDA, Bureau of Labor Statistics. Elaboração: MB Agro. (Deflator: CPI EUA) 11

12 É curioso observar que por volta de 2007 a tendência secular de queda nos preços dos alimentos se inverteu de maneira expressiva. Subitamente os preços dos alimentos em dólar sofreram um movimento de alta de grande magnitude. De 2007 até o presente momento, os preços dos principais grãos triplicaram ou até quadruplicaram. A volatilidade dos preços agrícolas cresceu significativamente. O problema da inflação de alimentos se tornou pauta de todos os jornais no mundo. Causou espanto a todos os especialistas do mundo agrícola tamanha transformação em tão curto espaço de tempo. Os preços médios do milho, por exemplo, entre 1997 e 2007 se situavam em patamar de US$2,5 a US$ 3 o bushel, saltaram para patamares acima de US$ 8 em alguns momentos. O preço médio do trigo no mesmo período era de US$3,5/bu; o trigo alcançou o patamar de US$ 11 em A soja que era um produto cotado em patamares de US$ 6 por bushel, chegou a atingir US$ 16/bu entre 2008 e Esse novo patamar de preços agrícolas parece ter vindo para ficar algum tempo mais. Como entender tamanha transformação? A proposição que parece fazer sentido no novo equilíbrio de forças econômicas na agricultura internacional é que a demanda de alimentos reinará por algum tempo sobre a oferta. Está em curso uma alteração profunda dos componentes da procura por alimentos e fibras que deve testar a capacidade da oferta de fazer frente a essa transformação. O diagnóstico das causas dessa transformação é hoje claro e se apoia em cinco componentes a serem entendidos. Em primeiro lugar, o crescimento populacional segue relativamente forte nos países pobres. Ademais, parcela crescente da população migra das regiões agrícolas para o mundo urbano. Há profunda mudança social ocorrendo na Ásia onde se concentra a maior parte da população mundial. Milhões de pessoas deixam a agricultura de subsistência e passam a fazer seu sustento nos centros industriais urbanos. Essa transição requer uma profunda mudança nos hábitos alimentares. Sim, é preciso mais alimento para uma população crescente, mas é preciso transformar o modo de produzir, processar e comercializar esses alimentos. Há uma mudança tecnológica no sistema produtivo que sai da agricultura de subsistência, da produção de carne suína tratada com resto de alimentos, para uma produção baseada em granjas de alta produtividade e com uso de rações a base de milho e soja. A transição na cadeia de produção de alimentos migra em direção ao maior consumo de proteína animal e consequentemente da demanda expandida de grãos Ao crescimento da população e da urbanização soma-se a expansão da renda do mundo em desenvolvimento. O crescimento econômico da Índia e da China, as duas maiores populações do mundo, é de tal radicalismo que altera profundamente a demanda por alimentos. O crescimento chinês na verdade impulsiona o preço de todas as commmodities, não somente das agrícolas. A elevação no preço dos metais, do petróleo e da comida acaba por injetar renda nos países detentores de recursos naturais. O mundo árabe pode agora consumir mais alimentos posto que a renda do petróleo permite melhora considerável no padrão de consumo de alimentos. A América Latina e a África, que são exportadores de metais e de petróleo, também passam pelo mesmo choque positivo de renda. A mudança no nível de renda altera definitivamente os padrões de consumo de alimentos e fibras. Simultaneamente a esses dois vetores de transformação, surge de modo inesperado a demanda por parte da agricultura de ampliar sua produção de energia. A expansão na produção de biocombustíveis foi de fato impressionante na última década. Merece destaque o enorme salto ocorrido nos EUA. Partindo de um volume modesto de produção de etanol de milho, o país atingiu em 2012 a produção de mais de 50 bilhões de litros de etanol fabricado com 130 milhões de toneladas de milho. Esse montante representa quase 15% da oferta global do cereal. Tamanha produção afetou significativamente o padrão de oferta e de preços do milho para o segmento de ração para produção de proteína animal. Além disso, vale observar que a Europa, o próprio Estados Unidos, Brasil e Argentina engajaram em programas de produção de biodiesel que hoje alcançam proporções significativas. No caso brasileiro, por 12

13 exemplo, chega-se a utilizar 10 milhões de toneladas de soja para produzir óleo a ser queimado como biodiesel nos motores brasileiros. O mesmo se dá na Argentina. A consequência do uso de biocombustíveis a partir de fontes que tradicionalmente eram utilizadas para consumo humano ou animal mudou o patamar de preços desses produtos. Um quarto elemento pode ser incorporado a esse quadro de forte demanda. O enfraquecimento da economia norte-americana trouxe com ele perda de valor do dólar. Muitos investidores passaram a enxergar nos mercados agrícolas uma forma de se proteger da perda de valor da moeda americana. O mundo agrícola assistiu nos últimos dez anos a entrada maciça de fundos de investimentos e especuladores nos mercados de futuros agrícolas. As posições compradas e vendidas desses agentes trouxeram grande volatilidade aos preços das commodities agrícolas complicando o quadro de precificação desses produtos. Um quinto elemento precisa ser adicionado a esse contexto de transformação da demanda. As mudanças na politica agrícola dos EUA e da Europa ajudaram a criar esse novo quadro de equilíbrio da economia agrícola internacional. As medidas liberalizantes iniciadas nos anos 80 e fortalecidas na década de 90 do século passado diminuíram sobremaneira a posição dos estoques reguladores detidos pelo setor publico norte-americano e europeu. Num mundo globalizado, colocar preços mínimos acima do mercado internacional (como na Europa) leva a acumula insuportável de estoque. Por razões que nada tinham que ver com a transformação das sociedades asiáticas, tão pouco com os programas de biocombustíveis, os países desenvolvidos desmontaram suas politicas de preços mínimos e de carregamento de estoques reguladores. A consequência dessa transformação que levou duas décadas foi que os principais traders do mundo passaram a ter que mudar sua estratégia de abastecimento posto que não poderiam mais contar com os estoques públicos americanos e europeus. A decisão estratégica nesses grandes grupos é hoje muito clara e foi o principal motor do financiamento da expansão da produção de soja nos anos 90 no Brasil. A estratégia adotada por essas grandes corporações foi procurar se abastecer nos dois hemisférios do globo. Como há alternância entre a safra e a entressafra entre os hemisférios, ou seja, quando o hemisfério norte está colhendo, o sul está plantando e vice-versa, é viável utilizar desse fato da produção escalonada ao invés de formar estoques. Dessa maneira é possível comprar a soja brasileira em setembro quando ela está sendo plantada para entrega em março, quando a soja americana está sendo plantada. Ao fazer isso, reduz-se substancialmente a quantidade de estoques necessários para atender o comercio mundial. Entretanto é forçoso reconhecer que o risco do novo modelo agrícola internacional é extremamente alto. Demanda forte com baixos estoques e com alta presença de especuladores acarreta em instabilidade permanente e em altos preços. Eis o novo equilíbrio da economia agrícola internacional. É nessa realidade que o problema da segurança alimentar ganhou força sem precedentes. A maior parte dos países que hoje passam por profunda transformação social e econômica (Ásia e Oriente Médio) não possuem recursos naturais suficientes para atender suas demandas internas de alimentos. Há, portanto forte preocupação com o futuro da oferta agrícola mundial. É nesse contexto que o Brasil ganha força geopolítica internacional dada sua capacidade na expansão da oferta. É nesse contexto também que uma nova revolução agrícola é demandada da agricultura. Novamente a história está exigindo que a pesquisa agrícola encontre solução para o problema da produção de alimentos A importância geopolítica da agricultura brasileira É interessante contextualizar o que é hoje a agricultura brasileira no mundo. A Figura 2 resume três componentes estruturais para se analisar posicionamento estratégico das principais agriculturas no abastecimento mundial. A figura é formada por três círculos cada qual 13

14 representando um atributo das maiores economias do mundo. No circulo verde escuro são apresentados os países com população urbana superior a 80 milhões de habitantes. No círculo laranja encontram-se as economias com PIB superior a US$ 1 trilhão. Por fim, no circulo verde claro, quais são os países com área agrícola superior a 30 milhões de hectares. Dadas essas três características é possível desenhar o papel de cada agricultura no abastecimento interno de seus países e no comercio internacional de alimentos. Figura 2 Área agrícola, população urbana e PIB em países selecionados. Fonte: ONU, FAO e World Bank Somente cinco países possuem os três atributos simultaneamente, ou seja, elevada população urbana, grande PIB e extensa área agrícola. São eles: Estados Unidos, China, Índia, Brasil e Rússia. Curiosamente, as quatro maiores agriculturas do mundo aí se encontram. De longe, Estados Unidos e China são hoje as maiores agriculturas do globo. Ambos os países produzem acima de 400 milhões de toneladas de grãos; Estados Unidos produzem 40 milhões de toneladas de carne (suína, aves e bovina). A China alcança patamares de 72 milhões de toneladas de carnes. A terceira maior agricultura em termos de produção de grãos é a Índia que produz cerca de 240/250 milhões de toneladas por ano. Entretanto, a Índia é pequena produtora de carnes, alcançado a modesta casa de 4 milhões de toneladas. Do ponto de vista de grãos, o Brasil se posiciona na quarta colocação com produção de 175 milhões de toneladas. Contudo, no que se refere à produção e carnes, o pais alcançou 25 milhões de toneladas ofertadas. É, portanto, uma potencia agrícola internacional. Por ter uma população relativamente pequena se comparada à China, por exemplo, o Brasil é capaz de produzir alimento para sua população, mas também para os demais continentes do mundo. A China, em contrapartida, a despeito de ser o maior produtor do mundo, não é capaz de produzir o suficiente para sua gigantesca população e se tornou um grande importador de alimentos. A China hoje rivaliza com o Japão a posição de maior importador de alimentos. O caso japonês é emblemático do que está por vir com o crescimento asiático. O Japão tem grande população, é o terceiro maior PIB do mundo e tem uma diminuta área agrícola. Por consequência precisa importar alimentos. 14

15 O quadro internacional de comercio é de fato impressionante. A transformação ocorrida nas últimas duas décadas no mundo do comércio internacional agrícola foi muito profunda. A Figura 3 mostra os principais superávits e déficits comerciais agrícolas no mundo. Em 1990 o Japão já detinha o maior déficit comercial agrícola alcançando US$ 47 bilhões. A Europa vinha em segundo lugar com uma importação superando as exportações na magnitude de US$ 34 bilhões. Naquele momento, a Coréia e o Oriente Médio detinham déficits da ordem US$ 7 bilhões. É curioso observar que a China em 1990 era superavitária no comercio de produtos agrícolas da ordem de US$ 2 bilhões. O maior superávit comercial do mundo era dos EUA alcançando US$ 19 bilhões. Brasil e Argentina tinham saldos positivos de US$ 7 bilhões. Passadas duas décadas fica evidente o quadro de mudança no padrão de consumo de alimentos nos países pobres como foi anteriormente comentado. A China, que era superavitária, em 2011 apresentou saldo comercial negativo de US$ 80 bilhões aproximandose do déficit comercial japonês que atingiu a marca de US$ 84 bilhões. O Oriente Médio apresentou US$ 72 bilhões de déficit comercial agrícola. Coréia do Sul e Europa seguem sendo dois polos de forte importação de alimentos. Figura 3 Balança agrícola: déficits e superávits em US$ bilhões Fonte: OMC Do lado superavitário fica evidente a importância das Américas na segurança alimentar internacional. O Brasil atingiu, de acordo com os dados da Organização Mundial do Comercio OMC, apresentado na Figura 3, um expressivo superávit de US$ 73 bilhões. Argentina vem em segundo lugar com saldo comercial positivo de alimentos de US$ 42 bilhões. Os Estados Unidos somou em 2011 US$ 31 bilhões de saldo comercial agrícola. A importância brasileira no abastecimento internacional fica evidenciada em diversas cadeias de alimentos. O Brasil assume hoje posição de liderança nos mais importantes mercados agrícolas do mundo. O país é o maior exportador de soja do mundo, detendo 41% dos 15

16 embarques mundiais. O país é o maior exportador mundial de açúcar, alcançando 46% do comercio praticado. É o maior exportador de suco de laranja detendo 81% da participação global. É o maior exportador de café com 32% das exportações mundiais. É também o maior exportador de carne de frango com um terço do comércio mundial. A Tabela 1 resume a participação do Brasil e seu posicionamento relativo do ponto de vista da produção e das exportações das principais commodities agrícolas. O quadro pode ser resumido afirmando que o país se transformou numa potencia agrícola internacional nessas últimas duas décadas. Tabela 1 Participação do Brasil na produção e exportação mundial de produtos agropecuários Participação do Brasil 2011 Produção Posição Exportação Posição Principal comprador* Açúcar 24% 1 46% 1 Russia Etanol 31% 2 61% 1 EUA Soja 29% 2 41% 1 China Farelo de soja 15% 4 24% 2 Europa Milho 7% 3 9% 3 Japão Arroz 2% 9 2% 9 Nigéria Suco de Laranja 57% 1 81% 1 Europa Café 40% 1 32% 1 EUA Algodão 7% 5 10% 4 China Suínos 3% 4 9% 4 Ucrânia Aves 16% 3 36% 1 Arábia Saudita Bovinos 16% 2 17% 2 Russia Fonte: USDA * volume O futuro reserva ao Brasil um posicionamento ainda mais expressivo no abastecimento mundial. Ocorre que recursos naturais que permitem a expansão da produção de alimentos estão disponíveis no país. Ademais, o país conseguiu desenvolver tecnologia para tomar proveito de forma consciente do que a natureza proporcionou. Na verdade, o Brasil é quase uma exceção quando se analisa a situação dos principais países produtores de alimentos no mundo. São poucos os países que detêm área agrícola com possibilidade de expansão no mundo. Muitas regiões sofrem de falta de insolação como é o caso do Norte da Europa, da América e de grandes regiões da China. Diversas regiões do globo carecem de água, merecendo destaque parcelas expressivas da África e da Austrália. Poucas regiões apresentam relevo compatível para produção agrícola em larga escala. Na verdade, são reduzidas as áreas continuas de planície no mundo. Todas essas características da disponibilidade de recursos naturais podem ser vistas na Figura 4. A figura apresenta o índice de precipitação (4.1), as temperaturas globais acumuladas (4.2) que medem quanta energia solar incide em cada região do globo, as áreas de planície e de montanhas (4.3) e, por fim, o índice de produção potencial de biomassa (4.4). Fica evidente na análise de todos esses quadros analisados, que o Brasil se posiciona com uma vantagem comparativa muito forte sobre as demais economias agrícolas do mundo. 16

17 Figura 4 - Disponibilidade de recursos naturais Fonte: FAO O potencial de produção agrícola brasileiro pode também ser percebido pela disponibilidade de terras no país. Em que pese a dificuldade de fazer um trabalho apurado em detalhe quanto ao potencial agrícola de cada país, a FAO desenvolve há anos estudos quanto a disponibilidade de terras agricultáveis no mundo. Como pode ser visto na Figura 5, o Brasil é considerado o país com maior área potencial de expansão. Figura 5 Disponibilidade de terra Área agricultável potencial Área agricultável atual (2005) ha Brasil USA EU Fonte: FAO. Elaboração: MB Agro Russia India China Congo Australia Canada Argentina Sudan Angola Indonesia Nigeria 17

18 A conclusão principal a ser tirada do exposto até aqui é que o Brasil se tornou uma potência agrícola internacional com uma crescente importância na geopolítica do abastecimento global de alimentos. Essa posição tenderá a se consolidar e crescer nas próximas décadas dado que a demanda mundial seguirá crescendo e poucos países poderão atendê-la. Dentre as culturas com maior potencial de expansão, a soja seguirá sendo, sem dúvida, a lavoura mais importante no contexto agrícola brasileiro. A soja se transformou na proteína vegetal mais barata no mundo. Ela permite um nível de segurança alimentar muito alto posto que era tradição em muitas agriculturas do mundo produzir proteína animal com restos de outros animais. As crises sanitárias decorrentes da estratégia de uso da proteína animal como insumo para produção da mesma (farinha de carne e de osso para produzir leite, frango, suínos, carne vermelha, por exemplo) se mostraram um risco para a alimentação humana. Os casos de vaca louca (Encefalopatia espongiforme bovina) que surgiram na Europa alertaram para a necessidade de um controle robusto do sistema de produção de carnes e leite. É por essa razão que a soja ganhou tamanha relevância. Por se tratar de um produto seguro para produção de proteína animal e por ser um produto que passa por uma revolução tecnológica, seja no mundo agrícola seja no mundo industrial, em decorrência das possibilidades de seu uso na indústria de alimentos, a soja se transformou em uma cultura fundamental na estrutura atual da economia agrícola mundial. É por essa razão que vale a pena dar uma perspectiva histórica da lavoura de soja no Brasil, de sorte a permitir uma visão mais profunda de seu papel na economia e na sociedade brasileira. Esse tema será abordado no próximo capítulo. 18

19 3. A importância da soja no desenvolvimento econômico e social do Brasil A história da lavoura de soja é muito antiga na Ásia. Tem-se referência do seu cultivo já no ano de 2800 A.C. na China, mas até o século XVI os países do Ocidente não contavam com a soja como um produto relevante. Foi só no século XX que no continente americano começou o processo de expansão no plantio da lavoura de soja. Os Estados Unidos inicia seu plantio no inicio do século XX e em 1921 foi criada a American Soybean Association. Desde então, a soja seguiu um ritmo de expansão no país e tornou-se um produto relevante na pauta de exportação americana. Figura 6 A história da soja no mundo Fonte: MB Agro No Brasil os primeiros cultivos de soja foram feitos na Estação Agropecuária de Campinas, atualmente o Instituto Agronômico de Campinas - IAC, no ano de Em 1914 a soja foi introduzida no Rio Grande do Sul, iniciando uma trajetória de crescimento de tal sorte que já nos anos 60 a área de soja equivalia à de trigo naquele estado. Entre as décadas de 60 e 70 dá-se início a expansão ainda que modesta da produção de aves e suínos em modernas granjas para a época. Essa transformação tecnológica na produção de carnes começou a criar o estimulo para a produção e consumo de farelo de soja. Nos anos 70 há forte avanço também no desenvolvimento da ciência de correção e adubação dos solos do Cerrado que até então não tinham merecido estudos muito aprofundados. Em 1975 foi instituída a Embrapa Soja que começou a realizar adaptação das variedades ao Cerrado brasileiro. Dá-se início, então, ao ciclo de expansão da soja no Centro-Oeste brasileiro. Vale notar que em 1970 o pais produziu 2 milhões de toneladas. Em 1980 foram 15 milhões de toneladas, com o surgimento de alguma oferta nas regiões do Cerrado. Conforme os anos 80 foram avançando, começa o processo de ampliação do conceito de plantio direto e de 19

20 preocupações com a qualidade da semente. Em 1990 a produção de soja atinge 19 milhões de toneladas. Em meados da década de 90 surge a Lei de Biossegurança e o que muda o ambiente regulatório na direção aprovação de novas variedades no Brasil. Em 1998 a primeira variedade de soja transgênica é aprovada, momento no qual a produção nacional alcança 31 milhões de toneladas. Em 2005, há uma nova atualização da Lei e é o momento no qual a cultura está vivendo seu maior impulso, uma vez que a produção atinge 52 milhões de toneladas. Em 2010 a produção de soja alcança 75 milhões de toneladas. Dois anos depois a safra supera os 80 milhões de toneladas e pela primeira vez na historia o Brasil se aproxima da produção norteamericana de soja. As Figuras 6 e 7 ilustram um pouco da história da soja no mundo e da sua saga em solo brasileiro. Figura 7 A Soja no Brasil A explosão na produção da soja foi um dos componentes relevantes para resolver o problema da produção de alimentos no Brasil. Para os estudiosos da economia agrícola brasileira é curioso voltar ao passado e recordar que nos anos 70 e 80 havia no Brasil uma visão que a agricultura brasileira era parcialmente responsável pelos problemas de inflação no país, pois seguidamente a produção nacional sofria quedas bruscas e os problemas de oferta eram por vezes ajustados com a importação de alimentos. A mudança ocorrida na estrutura da oferta brasileira com o advento do plantio direto, com a ocupação do Cerrado, movimento esse liderado pela cultura da soja, permitiram ao Brasil reduzir significativamente os preços dos alimentos. Num trabalho conduzido por diversos pesquisadores e liderado por Mendonça de Barros (2011) foi possível notar que os preços dos alimentos no país, em relação ao Índice Geral de Preços, em 2006, eram equivalentes a 20% do valor de dezembro de A queda contínua nos preços dos alimentos no país se deu até o momento no qual o choque agrícola internacional afetou os preços dos alimentos em todo o mundo. Embora os alimentos tenham aumentado no mercado internacional de duas a quatro vezes seus valores históricos, 20

21 como já comentado anteriormente, a grande oferta de alimentos no mercado interno permitiu que os preços subissem modestamente a partir de Ou seja, embora o ciclo histórico de queda tenha se interrompido em 2006, o tamanho da alta brasileira dos preços dos alimentos é infinitamente menor do que a ocorrida no resto do mundo. A Figura 8 ilustra a tendência do preço real de uma cesta de alimentos entre 1974 e dezembro de Esta cesta engloba os preços do leite, da carne bovina, de frango, do arroz, feijão, laranja, tomate, cebola, batata, banana, açúcar, café, entre outros. Figura 8 Preços dos alimentos (período de dezembro de 1974 a março de 2013) 1,2 1 Dez 1989 Dez 1999 Ago ,8 Dez 74 = 1 0,6 0,4 0,2 0 dez/74 dez/75 dez/76 dez/77 dez/78 dez/79 dez/80 dez/81 dez/82 dez/83 dez/84 dez/85 dez/86 dez/87 dez/88 dez/89 dez/90 dez/91 dez/92 dez/93 dez/94 dez/95 dez/96 dez/97 dez/98 dez/99 dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 Fonte FIPE. Elaboração MBAgro Fonte: FIPE (Artigos Efeitos da Pesquisa Agrícola para o Consumidor e o Fim do Alimento Barato por José Roberto Mendonça de Barros e Juarez Baldini Rizzieri). (*) Leite, carne bovina, frango, arroz, feijão, laranja, tomate, cebola, batata, banana, açúcar, café, cenoura, mamão, ovo, óleo de soja. Quando se considera os produtos afetados pela lavoura da soja, ou seja, frango, ovos e o próprio óleo de soja, nota-se que a queda é ainda mais expressiva. Os preços do frango em termos reais, por exemplo, são hoje 18% do valor em O barateamento do farelo de soja permitiu ao brasileiro consumir fontes baratas de proteína animal de alta qualidade que são a carne de frango e os ovos. O comportamento do preço do óleo de soja, do frango e dos ovos pode ser visto na Figura 9. 21

22 Figura 9 - Comportamento dos preços do óleo de soja, do frango e dos ovos 1,6 1,4 1,2 1 Índice frango Índice óleo de soja Índice ovos 0,8 0,6 0,4 0,2 0 dez/74 mar/76 jun/77 set/78 dez/79 mar/81 jun/82 set/83 dez/84 mar/86 jun/87 set/88 dez/89 mar/91 jun/92 set/93 dez/94 mar/96 jun/97 set/98 dez/99 mar/01 jun/02 set/03 dez/04 mar/06 jun/07 set/08 dez/09 mar/11 jun/12 Fonte: FIPE Elaboração MBAgro A Figura 10 apresenta a evolução real do índice de preços de alimentos e da soja. A comparação entre o comportamento do índice geral de alimentos no mercado interno e o índice de preço da soja no Brasil mostra que os preços reais dos alimentos caíram 3,4% ao ano e, no caso da soja, o preço real caiu a elevada taxa de 4% ao ano. De fato, se trata de uma revolução tecnológica sem precedentes mesmo quando comparada com outros países bem sucedidos na produção de alimentos. Figura 10 Evolução real do índice de preços de alimentos e de soja 1,2 1 Índice Geral de Alimentos Índice Soja 0,8 Taxa Soja: -4,0% aa Taxa Alimentos: -3,4% aa 0,6 0,4 0,2 0 dez/74 mar/76 jun/77 set/78 dez/79 mar/81 jun/82 set/83 dez/84 mar/86 jun/87 set/88 dez/89 mar/91 jun/92 set/93 dez/94 mar/96 jun/97 set/98 dez/99 mar/01 jun/02 set/03 dez/04 mar/06 jun/07 set/08 dez/09 mar/11 jun/12 Fonte: FIPE Elaboração MBAgro A queda nos preços dos alimentos permitiu um ganho expressivo no poder de compra do salario com relação à cesta de alimentos considerada. Como pode ser visto na Figura 11, os ganhos nos anos 90 e na primeira década do século XXI são expressivos. De 1994 até 2006 o salário mínimo mensurado pelo custo da cesta básica de alimentos subiu 160%. Esta é uma enorme contribuição da agricultura para a sociedade brasileira, especialmente considerando 22

23 que as parcelas mais pobres da população são aquelas que proporcionalmente gastam maior parcela da renda com alimentação. O progresso tecnológico que permitiu a expansão da oferta e a consequente queda nos preços dos alimentos funciona como uma mola propulsora de renda real do segmento de baixa renda no Brasil. Figura 11 - Poder de compra do salário mínimo pelo custo da cesta básica de alimentos - média móvel de 12 meses (maio/1995=100) ALIMENTOS EM R$ DE MAIO/ jan/75 jun/76 nov/77 abr/79 set/80 fev/82 jul/83 dez/84 mai/86 out/87 mar/89 ago/90 jan/92 jun/93 nov/94 abr/96 set/97 fev/99 jul/00 dez/01 mai/03 out/04 mar/06 ago/07 jan/09 jun/10 nov/11 Fonte: FIPE Elaboração MBAgro À primeira vista, dado o amplo crescimento da oferta de soja, seria de se esperar que a área plantada no Brasil tivesse crescido substancialmente da década de 70 até os dias de hoje. Causa surpresa, entretanto, ver que a área plantada no Brasil com grãos é praticamente constante desde meados dos anos 80. Na verdade, após um período de redução de área cultivada entre 1988 e o ano de 2000, houve expansão de área plantada, desde então, da ordem de 5 milhões de hectares. Esta expansão é extremamente modesta considerando o potencial agrícola brasileiro. Interessante notar que a produção de grãos saltou, no início dos anos 80, de um patamar de 50 milhões de toneladas para os 183 milhões de toneladas atuais. A conclusão a ser tirada destes movimentos é que o ganho de produtividade foi o principal motor da expansão da oferta agrícola do Brasil. O avanço da tecnologia permitiu uma enorme economia de uso da área agrícola. A Figura 12 mostra o comportamento da área plantada e da produção de grãos no Brasil. 23

24 Figura 12 Área plantada com grãos em milhões de hectares e produção em milhões de toneladas Milhões ha/ton Produção Grãos Área / / / / / / / / / /13 Fonte: CONAB - Elaboração: MB Agro A manutenção relativamente constante da área plantada no Brasil por período de 40 anos com simultâneo crescimento na oferta de grãos foi possível, em parte, por conta do surgimento da segunda safra que hoje é amplamente realizada no Paraná e no Centro-Oeste. O uso do Plantio Direto que acabou por diminuir o tempo gasto no preparo do solo, seja na primeira ou segunda safra, associado ao melhoramento genético, que encurtou o ciclo de produção da soja e também do milho, permitiu a ampliação da segunda safra de milho em detrimento da redução de sua área de primeira safra. A soja pôde ocupar o espaço deixado pela primeira safra de milho ao mesmo tempo em que abria o maior potencial de área a ser plantada com milho na segunda safra. Mais recentemente o país começou a ver o surgimento da segunda safra de algodão. Outras culturas como girassol, canola, milheto, sorgo e trigo entre outros, também estão sendo conduzidos na segunda safra. A Figura 13 mostra com clareza como o plantio em duas safras já ocupa parcela relevante das áreas produtivas brasileiras. Entretanto, há ainda um espaço respeitável para ampliação da segunda safra no Brasil. 24

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