A expansão chinesa na África: o desafio do crescimento e a nova

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1 na África: o desafio do crescimento e a nova face do imperialismo econômico PET Economia 25 de novembro de 2015

2 Valeria Lopes Ribeiro Atualmente é professora assistente da UFRJ Doutorado em Economia Poĺıtica Internacional na UFRJ (2013) Mestrado em Economia na UFSC (2008) Graduação em Ciências Econômicas na UFU (2006)

3 Subida da China Autor Desde que virou membro da OMC, a China está se tornando cada vez uma força econômica Aumentou a sua parcela na oferta mundial de manufaturas = boom no mercado dos commodities = acumulou cerca de 2,2 trilhões de dólares em reservas A China hoje lidera a produção de milhares de mercadorias,exemplo de manifaturas China Estados Unidos Japão 5,4% 13,1% 12,1% 13,1% 10% 8,4%

4 Bases do crescimento Autor Além das exportações,o crescimento chinês tem forte apoio no rápido crescimento de firmas domésticas e um vasto e dinâmico mercado interno. Ampliação dos investimentos diretos externos e instalação filiais de firmas domésticas, principalmente em países em desenvolvimento.

5 Teorias do Imperialismo Autor Lênin, Bukharin e Hilferding desenvolveram sua concepção do capitalismo internacional baseados nos preceitos marxistas da lei do valor do capital Eles procuraram interpretar os movimentos de internacionalização dos países como uma fase específica do capitalismo, ligada a novas estruturas econômicas, principalmente as grandes empresas e ao capital financeiro

6 Lênin (1982) Autor Imperialismo:fase superior do capitalismo A superioridade dessas grandes empresas é potencializada pelos bancos, com o capital dinheiro, que forma o chamado capital financeiro (capital bancário mais capital industrial)

7 Bukharin (1986) Autor O desenvolvimento do capitalismo, e sua nova configuração na forma do chamado capital financeiro, conduziu os Estados capitalistas contemporâneos a objetivos de conquista Apesar da tendência a internacionalização do capital, este mesmo processo leva a uma tendência à nacionalização dos interesses capitalistas, na defesa de suas próprias economias nacionais.

8 Hilferding (1985) Autor A existência de grandes associações monopolistas que dão lugar à livre concorrência muda aquela relação, que se volta agora para um pacto entre o capital e o Estado.

9 Visão desses autores Autor Teóricos do Imperialismo A fase monopolista do capitalismo que marca o final do século XIX, promoveu uma expansão a níveis globais da lógica de reprodução do capital, marcada agora por uma divisão internacional do trabalho.

10 Internacionalização e imperialismo hoje Observemos uma postura ofensiva das principais potências no sentido de expandir a esfera de acumulação de capital, mercados consumidores e fontes de matéira-prima. A China, vem enfrentando sérias restrições a sustentação da oferta interna de matérias-primas e energia, desafio que surge após um passado de auto-suficiência

11 Internacionalização e imperialismo hoje Os objetivos de CP da expansão chinesa hoje são dirigidos ao suprimento dessa carência interna por matérias-primas e energia, dada principalmente a amplitude de seu mercado consumidor interno, com alto potencial de consumo.

12 Impacto na demanda por commodities Para produzir 1$ de PIB a China consome 8vezes a energia que o Japão 48% do PIB (Indústria) 3e maior mercado de automóvel e quarto produtor mundial.

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15 Há 20 anos, a China era maior exportador do petróleo do Leste Asiático, mas hoje ela é 2a maior importador. Em 1993, a China apresentou um déficit entre produção e consumo de toneladas de energia(carvão, petróleo,gás natural...) A China é o maior responsável pelo aumento da demanda por petróleo nos últimos anos. Aumento dos IDEs

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20 A China na África Autor Relação China-África começou em 1955, na conferência de Bandung, Indonésia, com os 5 princípios: 1 Respeito mútuo da soberania e da integridade territorial; 2 Não agressão mútua; 3 Não ingerência nos assuntos internos; 4 Igualdade e vantagens recíprocas; 5 Coexistência pacífica. A formação do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC),2002

21 A China na África Autor De 2001 a 2007 o comércio chinês com a África cresceu 681%, ficando abaixo apenas do crescimento do comércio com a América Latina no mesmo período (687%) A China é hoje o segundo maior parceiro comercial da África após os Estados Unidos e na frente da França

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26 A China na África Autor Na Etiópia, a China está envolvida na construção da maior represa do Continente Africano. No Congo os investimentos situam-se na indústria de extração de cobalto, cobre e melhorias na infra-estrutura da malha rodoviária para facilitar a exportação. Com o governo de Uganda a China está cooperando nas áreas de agricultura, têxtil, infra-estrutura, prestação de serviço médico e equipamentos, além de educação e tecnologia. No caso de Angola, os investimentos situam-se na área petroĺıfera, assim como na Nigéria.

27 A China na África Autor Em Angola, o governo chinês abriu linha de crédito para o reparo de infra-estruturas angolanas danificadas durante o longo período de guerra civil. Desde que a China entrou no país, no final da década de 90, o Sudão passou de importador de petróleo para exportador.

28 Os limites à acumulação de capital começam a imprimir a necessidade de expansão de mercados, principalmente em busca de fontes de matéria-prima. A China vem se aproximando de diversos países africanos como Sudão, Argélia e Nigéria, na tentativa de adquirir grandes empresas de exploração de petróleo e minério, além de investir em projetos de infra-estrutura e linhas de financiamento.

29 A atual aproximação chinesa na África como a manifestação de um movimento com sentido Imperialista implica em pautar-se por uma análise que incorpore elementos para além do econômico. A China desconsidera a presença de regimes autoritários e corruptos e que infringem direitos humanos,isso demonstra que o país, atua de forma imperialista, voltado exclusivamente a extração de recursos naturais.

30 A nova abordagem proposta pela China em relação à África, ainda que tenha objetivo idêntico de exploração dos recursos naturais daquele continente, difere totalmente das experiências anteriores de diversos países que partiram nessa tentativa.