EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

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1 Faculdade de Direito EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Mariana Ferreira Alves R.A: Turma 329-G Nº 31 Fone: (11)

2 CURSO DE DIREITO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Monografia apresentada ao Curso de Direito da Uni-FMU como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Direito, sob a orientação do Professor Rodrigo Cunha. Mariana Ferreira Alves R.A: Turma 329-G Nº 31 SÃO PAULO - SP

3 BANCA EXAMINADORA Professor: Rodrigo da Cunha Lima Freire Professor Argüidor Professor Argüidor 3

4 Sinopse A presente monografia traz como tema os Embargos de Declaração previstos nos artigos 535 a 538 do Código de Processo Civil, tendo como regra aclarar, suprimir contradição ou omissão contida no julgado. Sendo concluído que os Embargos de Declaração possuem natureza jurídica de recurso, bem como foram demonstrados que os Embargos possuem o efeito interruptivo, devolutivo e suspensivo. Todavia, em algumas hipóteses podem ocorrer contradição e omissão que ensejem a modificação da decisão, é o que chamamos de efeitos infringentes. Há de se ressaltar ainda a utilidade dos Embargos de Declaração para efeitos de prequestionamento, necessário para a interposição dos Recursos Extraordinário e Especial. 4

5 Sumário I Introdução 6 II Histórico 7 III Definição e Natureza Jurídica 10 IV Hipóteses de Admissibilidade 20 V - Decisões que podem ser atacadas pelos Embargos de Declaração 27 VI Legitimidade e Interesse para Embargar 29 VII Prazo para oposição dos Embargos 33 VIII Efeitos Devolutivo e Suspensivo 34 IX Efeitos Infringentes 37 X Interrupção do prazo para interposição de outros recursos 43 XI Multas Protelatórias 44 XII Prequestionamento 45 XIII - Conclusão 50 XIV Bibliografia 53 5

6 I - Introdução O tema abordado na presente monografia enfoca o recurso de Embargos de Declaração, previsto nos artigos 535 ao 538 do Código de Processo Civil. Se analisarmos o artigo 535, podemos verificar que os Embargos de Declaração buscam o esclarecimento da decisão judicial, sanando-lhe eventual obscuridade ou contradição, ou a integração da decisão judicial, quando for emitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. É, portanto, função desse recurso à revelação do verdadeiro sentido da decisão, bem como a de repor a decisão nos limites traçados pelo pedido da parte. Entretanto, devem os Embargos de Declaração ser de iniciativa da parte, não podendo o juiz, de oficio, renovar a decisão, ainda que a pretexto de complementar ou sanar contradição. Os Embargos de Declaração não podem ser utilizados com o fito de obrigar o juiz ou o Tribunal a aclarar decisões meramente fáticas, não tidas como relevantes para o julgamento. Entretanto, a parte tem total direito à entrega da prestação jurisdicional de forma clara, precisa e completa. Assim, cumpre ao órgão julgador avaliar os embargos de declaração com espírito aberto entendendo-os como meio indispensável à segurança nos provimentos judiciais. 6

7 II - Histórico Os Embargos de Declaração encontram-se disciplinado no diploma processual brasileiro por influência portuguesa. Ensina o professor MOACYR LOBO DA COSTA 1 : É ponto pacifico na historia do Direito Lusitano que os embargos, como meio de obstar ou impedir os efeitos de um ato ou decisão judicial, são criação genuína daquele direito, sem qualquer antecedente conhecido, asseverando os autores que de semelhante remédio processual não se encontra o menor traço do Direito Romano, Germânico ou Canônico. Durante o reinado de D. Afonso III ( ), existia um meio de impugnação obstativo, bastante semelhante com os embargos de declaração, que vieram a ser acolhidos posteriormente nas Ordenações Afonsinas. Estas regularam os Embargos de Declaração no Livro III, Título LXVIII, 4 e no Título LXXVIII, 4. Conforme essas ordenações, o julgador, após a sentença definitiva, não poderia proferir uma outra, mas estava autorizado, em caso da sentença estar duvidosa ou conter palavras obscuras e intrínsecas, a declarar e interpretar tal sentença. 1 Origem dos Embargos no Direito Lusitano, Moacyr Lobo da Costa, Ed. Borsoi in dos embargos de declaração, Sonia Maria Hase de Almeida Baptista, P.5, Ed. RT. 7

8 Nesta época, a parte contra quem fora feita a mencionada declaração, poderia utilizar a apelação, desde que entendesse ter sido prejudicada com a declaração ou interpretação. Já no início do século XVI, as Ordenações Afonsinas foram substituídas pelas Ordenações Manuelinas, onde os Embargos de Declaração estavam previstos sob Das Sentenças Definitivas. Segundo essas Ordenações, o julgador poderia declarar e interpretar qualquer sentença que contivesse palavras obscuras e intrínsecas, ainda que se tratasse de decisão definitiva. No começo do século XVII, as Ordenações Manuelinas deram lugar às Ordenações Filipinas as quais trataram os Embargos de igual forma que a anterior, sob a rubrica Das Sentenças Definitivas. Era outorgado ao julgador declarar e interpretar qualquer sentença, ainda que definitiva, desde que a mesma fosse duvidosa. À parte que sentisse agravada ou prejudicada em função da declaração e interpretação, poderia utilizar-se da apelação. Ressalte-se que foi nessas Ordenações que apareceu a palavra Embargos pela primeira vez. Das Ordenações Portuguesas, os Embargos de Declaração vieram para o Direito Brasileiro através do Regulamento n 737 de 1850, que tratou do tema no título Dos Recursos. Assim que proferida a sentença, as partes podiam valer-se dos Embargos de Declaração, desde que houvesse obscuridade, ambigüidade, contradição ou, ainda, 8

9 omissão. O pedido era feito por uma simples petição que seria juntada nos autos e, conclusos estes, o juiz efetuaria a sua decisão. Pela Consolidação de Ribas, surgiu o prazo dos Embargos Declaratórios de 10 dias contados da publicação ou da intimação da decisão; os Embargos processavam-se sumariamente e tinham caráter suspensivo. Este recurso foi repassado para os Códigos de Processo e legislações posteriores, como por exemplo, da Bahia (artigo 1341), de Pernambuco (artigo 1437), do Distrito Federal (artigo 1179), de São Paulo (artigo 335) e finalmente do Rio de Janeiro (artigo 2333). Em 1939, os Embargos de Declaração são tratados pela primeira vez como recursos. Nesta época o prazo para a oposição dos Embargos era de 48 (quarenta e oito) horas, e na petição de oposição deveria constar o ponto tido como obscuro, omisso ou contraditório, sob pena de ser desde logo indeferida por despacho irrecorrível. No Código de 1973, a matéria veio tratada nos artigos 535 à 538. Portanto, instituto tipicamente Luso-Brasileiro, os Embargos de Declaração não aparecem nas legislações estrangeiras. Esta figura jurídica entrou para o Direito Brasileiro, sendo conservada em todos os diplomas processuais civis até o Código atual. 9

10 III Definição e Natureza Jurídica O vocábulo embargos vem do verbo embargar, e significa impedir, por obstáculos a, estorvar, tolher, dificultar. É sinônimo de embargamento, de empacho, de impedimento. A natureza jurídica dos Embargos de Declaração é bastante controvertida pelos nossos doutrinadores. Renomados processualistas nacionais, os classificam como recurso. Outros autores, não menos ilustres, não enxergam características que permitam qualifica-los como recurso. Aqueles que rejeitam a natureza recursal dos Embargos de Declaração aduzem que este não é o meio pelo qual se requer a reforma da decisão judicial impugnada, mas sim pede-se seja afastada omissão, obscuridade ou contradição existente. Através dele não se pretende discutir a justiça da decisão, mas apenas pleitear que o juiz esclareça a sua posição. Processualistas nacionalmente famosos como: Sergio Bermudes 2, Antônio Cláudio da Costa Machado 3, Reis Freide 4, entre outros, rejeitam a natureza recursal dos Embargos de Declaração. 2 Comentários ao Código de Processo Civil, vol. VII, p Código de Processo Civil interpretado, p Comentários do Código de Processo Civil, vol. 4, p

11 Alguns doutrinadores alegam que a ausência de efeito devolutivo tornaria impossível reconhecer o caráter recursal desse remédio. Ademais, a ausência de contraditório, inexistência de preparo, e possibilidade de serem opostos pela parte não sucumbente, afastaria por completo a natureza recursal dos Embargos de Declaração. Porém, não parece que as afirmações acima reproduzidas sejam adequadas a afastar a natureza recursal dos Embargos Declaratórios. Essa questão merece ser apreciada à luz da definição de recurso que nos é oferecida por BARBOSA MOREIRA 5 que diz: pode-se conceituar recurso no direito processual civil brasileiro, como o remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna. conceituação. Os Embargos de Declaração são, pois, claramente alcançados por essa Além do mais, é verdade que os recursos habitualmente exigem preparo, porém o Código de Processo Civil em seu artigo 536 dispensa o preparo nos Embargos de Declaração, vejamos: 5 Comentários ao Código de Processo Civil, vol.v, p

12 Art Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeitos a preparo. na natureza do remédio. Portanto, a necessidade de preparo ou a sua dispensa, em nada interfere Outrossim, quanto à possibilidade de serem opostos por qualquer das partes, decorre do gravame que a decisão viciada produz, para ambas as partes, e também não prejudica o caráter recursal dos Embargos. No tocante o contraditório, mesmo que não se entenda que não há necessidade de se conceder ao embargado prazo para responder ao recurso, tal se dá por já ter havido anteriormente, oportunidade de contraditório, e as alegações das partes constantes dos autos serão novamente apreciadas pelo magistrado quando do julgamento dos embargos de declaração. Se analisarmos os dispositivos que tratam dos Embargos de Declaração no nosso Código de Processo Civil, notaremos que o legislador em momento algum expõe a necessidade de ouvir o embargado. Determina o artigo 537 do citado diploma legal: 12

13 Art. 537 O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias; nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subseqüente, proferindo voto. Não se faz necessária à oitiva do embargado, exceto quando se suscita, por meio dos Embargos de Declaração, matéria até então não discutida que, portanto, não fora submetida ao contraditório, o que é admissível em relação às questões de ordem pública. Ao pleitear ao juízo que sane os vícios da decisão, o embargante não poderá inovar no processo, ou seja, trazer novas alegações, fatos ou provas. Terá de se referir àquilo que já foi discutido no feito, mas que deixou de ser devidamente solucionado pelo magistrado que proferiu a decisão viciada. Deve-se levar em conta que a finalidade dos Embargos de Declaração não é a de permitir a discussão da justiça da decisão, mas sim a de proporcionar a correção dos vícios desta. A modificação da essência do julgado, caso ocorra, será conseqüência natural dessa correção. A desnecessidade de oitiva da parte contrária se dá porque o contraditório, a essa altura, já foi observado, ou seja, ao pleitear a correção da decisão o embargante vai se reportar àquilo que já foi debatido nos autos em contraditório, razão pela qual não há porque facultar ao embargado a possibilidade de repetir argumentos já apresentados. 13

14 Por oportuno ressaltar que apenas as questões de ordem pública, que já poderiam ter sido conhecidas de ofício pelo juiz, poderão ser suscitadas pelas partes, pela primeira vez, em sede de Embargos de Declaração. Na ausência de manifestação judicial sobre essas matérias, temos de reconhecer que a omissão se deu porque o juiz deveria ter se pronunciado sobre elas, independentemente de pedido das partes, mas não o fez. Nesse caso, levantada à matéria pela primeira vez nos Embargos Declaratórios, deve ser concedida ao embargado a possibilidade de se manifestar sobre as alegações do embargante, justamente porque essa matéria não foi submetida ao contraditório, o que justifica, pois, a oitiva do mesmo. Somente as questões de ordem pública, que deveriam ter sido conhecidas de ofício pelo juiz, independentemente de pedido das partes, é que podem ser suscitadas pela primeira vez em sede de Embargos de Declaração. Pelo fato dos Embargos serem recebidos com efeitos infringentes em nada altera essa situação, pois a modificação do julgado, se for o caso, será conseqüência natural da correção do vício. Enfim, não há porque se negar à natureza recursal dos Embargos de Declaração, tendo em vista que se trata de recurso com características próprias e algumas peculiaridades, mas que nem por isso deixa de ser recurso. 14

15 Nesse sentido ensina MOACYR AMARAL DOS SANTOS 6 em sua obra Primeiras Linhas de Direito Civil ensina: Da decisão recorre o prejudicado com o gravame que lhe a causa à obscuridade, a contradição ou a omissão de que a mesma se ressente. Essa circunstância, o fato de visarem os embargos de declaração à reparação do prejuízo que os defeitos do julgado trazem ao embargante, os caracteriza como recurso. Há que se considerar que a atribuição de natureza recursal a determinado instituto é função do legislador, cabendo ao intérprete, tão-somente, acatá-la. seguinte texto: Destarte, do artigo 496 do Código de Processo Civil transcreve-se o Art. 496 São cabíveis os seguintes recursos: I apelação; II agravo; III embargos infringentes; IV embargos de declaração; V recurso especial; VI recurso extraordinário; 6 Moacyr Amaral dos Santos, Primeiras Linhas de Direito Civil, vol. III, p

16 VIII embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário. Ademais, vale ressaltar que o Brasil adota o princípio da taxatividade dos recursos, ou seja, somente se aceita a existência dos recursos enumerados, de forma taxativa, em lei federal. Isso não significa que apenas se aceite a existência daqueles recursos arrolados no citado no citado artigo 496 do Código de Processo Civil. Outros recursos se fazem presentes em nosso direito, previsto em outros diplomas legais, como a Lei de Execuções Fiscais, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e a Lei do Mandado de Segurança, por exemplo. 7 jurisprudências: Confirmando o entendimento acima exposto, cumpre transcorrer algumas EMBARGOS DECLARATÓRIOS MULTA DO ART. 557, PARAGRAFO 2, DO CPC Resulta inviável o conhecimento dos embargos de declaração, diante da constatação de não haver sido efetuado o deposito a que alude a parte final do parágrafo segundo do art. 557 do CPC, que condiciona a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do respectivo 7 Nelson Nery Jr., Princípios fundamentais - Teoria gelar dos recursos, p.47: Mas não são só os recursos que se encontram no rol do art. 496, que são considerados como tais pelo sistema do próprio CPC. Há três outros agravos previstos no CPC fora do elenco do art. 496, pois são diferentes do agravo do inc. II desse artigo: a) agravo contra o indeferimento liminar dos embargos infringentes pelo relator (art. 532); b) agravo contra o indeferimento, pelo relator, do agravo de instrumento tirado contra decisão que indefere RE ou Resp (art. 545, CPC), c) agravo contra decisão do relator que negar seguimento a recurso inadmissível, improcedente, prejudicado ou contrário a súmula do tribunal ou de tribunal superior (art. 557, parágrafo único). 16

17 valor. Assim, diante da natureza recursal dos embargos de declaração, nos termos do art. 496, inciso IV do CPC, a embargante deveria ter depositado o valor da multa para, a partir daí, abrir discussão sobre o cabimento dos embargos precedentes. Embargos de declaração não conhecidos. (Rel. Min. Antonio José de Barros Levenhagen DJU p. 551) PROCESSUAL CIVIL EMBARGOS DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS ALEGADOS CARÁTER PROTELATÓRIO MULTA DO CPC, ART. 538, PARÁGRAFO ÚNICO 1. Embargos de Declaração são meio recursal que visam sanar possíveis omissão, contradição ou obscuridade, da decisão proferida, conforme dispõe o art. 535 do CPC. Não constituem meio viável de reexame da matéria já decidida no acórdão embargado,o que só se admite em casos excepcionais, quando restar configurado manifesto erro material, o que não se denota do caso em tela. 2. Exsurgindo dos Declaratórios natureza protelatória 17

18 impõe-se a aplicação da multa do CPC, art. 508, parágrafo único. 3. Embargos rejeitados. (Rel. Min. Edson Vidigal DJU p ) PROCESSUAL CIVIL EMBARGOS DE DECLARACAO INTERPOSICAO VIA FAX TEMPESTIVIDADE RECONHECIDA LEI 9.800/99 AUSENCIA DE VICIO APONTADO REJULGAMENTO DA CAUSA 1. Tempestivos os embargos opostos via fax, cujo o original foi protocolado dentro do qüinqüídio legal contado da data do término do prazo recursal. Inteligência da recente lei 9.800/99, Art Os embargos de Declaração são recurso de natureza integrativa, não servem para rejulgar a causa; inexistindo a omissão apontada, imperiosa sua rejeição. 3. Embargos rejeitados. (Rel. Min. Edson Vidigal DJU p. 157). NATUREZA RECURSAL EMBARGOS DE DECLARACAO LITISCONSORCIO ADVOGADOS DISTINTOS PRAZOS SUCESIVOS APLICAÇÃO ART. 191 DO CPC AO PROCESSO TRABALHISTA - A jurisprudência deste Tribunal consagrou 18

19 entendimento no sentido de que os Embargos de Declaração têm natureza recursal. Em sendo recurso, a regra contida no art. 191 do CPC aplicando subsidiariamente, garante a sucessividade de prazos recursais no caso de litisconsórcio, inexistindo incompatibilidade coma legislação trabalhista porquanto ausente preceito disciplinado a matéria. Recurso de Revista conhecido e provido. (Rel. Min. João Batista Brito Pereira DJU p. 733). PROCESSUAL CIVIL AGRAVO RETIDO EMBARGOS DE DECLARACAO CONSIDERADOS INTEMPESTIVOS CPC, ART. 496, I NATUREZA RECURSAL AUTARQUIA FEDERAL PRAZO EM DOBRO DECISAO REFORMADA 1. Dada a natureza recursal dos embargos de declaração, nos termos do art. 496, IV do CPC, o prazo para sua interposição, em se tratando de autarquia federal, conta-se em dobro, a teor do art. 188 do Estatuto Processual. 2. Embargos declaratórios tempestivos. Decisão reformada. 3. Agravo retido a que se dá provimento. Prejudicado os demais recursos. 4. Pecas 19

20 liberadas pelo relator em para publicação do acórdão. (Rel. Des. Fed. Conv. Ricardo Machado Rabelo DJU p. 113). Feitas às considerações acima, entendemos por classificar os Embargos de Declaração como recurso, sendo certo que esta é a posição majoritária de nossos Tribunais. IV Hipóteses de Admissibilidade O artigo 535 do Código de Processo Civil prevê o cabimento dos Embargos de Declaração em três situações, senão vejamos; Art. 535 Cabem embargos de declaração quando: I houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; II for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. A Obscuridade A obscuridade está presente quando a decisão prolatada pelo julgador não é compreensível total ou parcialmente, ou seja, a idéia do magistrado não ficou 20

21 suficientemente clara, impedindo que se compreenda, com exatidão, o seu integral conteúdo. De acordo com MOACYR AMARAL SANTOS, 8 ocorre obscuridade sempre que há falta de clareza na redação do julgado, tornando difícil dele ter-se a verdadeira inteligência ou exata interpretação. Quando se está diante de uma decisão judicial cujo real sentido não se pode compreender, far-se-á necessária a sua correção através dos Embargos de Declaração que é o meio adequado para tanto. Conforme ensina LUÍS EDUARDO SIMARDI FERNANDES, 9 obscuridade pode ocorrer por dois motivos: Pode acontecer quando o juiz está absolutamente certo e seguro daquilo que irá decidir, tendo em mente todo o raciocínio lógico que norteará sua decisão, mas acabe por redigir o pronunciamento de maneira confusa ou inapropriada, ou com uso de linguagem rebuscada ou pouco usual, e aquilo que estava claro em sua mente acabe por ficar de difícil compreensão, deixando dúvidas sobre o que pretendeu efetivamente dizer. Outra hipótese é aquela em que a decisão se mostra obscura porque o próprio juiz, no seu íntimo, estava pouco seguro do que decidir. Ou seja, hesitante, acabou por transferir essa hesitação para a decisão, ocasionando a obscuridade. 8 Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, vol.3, p Embargos de Declaração, p

22 Em suma, pode-se dizer que a obscuridade é fruto da existência de ambigüidade ou da utilização de linguagem inapropriada que dificultam a compreensão ou ainda pode ser fruto da hesitação do julgador. A decisão judicial deve ser vista como um todo, e a sua leitura deve ser de fácil compreensão. Em caso de obscuridade os Embargos de Declaração são o meio adequado para solucionar o defeito. O cabimento dos Embargos de Declaração quanto à obscuridade se situa na fundamentação, entendimento este definido por BARBOSA MOREIRA 10 : Há naturalmente, graus na obscuridade, desde a simples ambigüidade, que pode resultar do emprego de palavras de acepção dupla ou múltipla - sem que o contexto ressalte a verdadeira no caso ou de construções anfibológicas, até a completa ininteligibilidade da decisão. Em qualquer hipótese cabem os embargos declaratórios; (...). A Contradição A contradição ocorre quando a decisão contém afirmações ou conclusões que se mostram entre si inconciliáveis. 10 Comentários ao Código de Processo Civil, vol. V, p

23 Tratando-se de sentenças ou acórdãos, essas disposições inconciliáveis poder se encontrar na mesma parte da decisão, como, por exemplo, no dispositivo ou em partes distintas, como na fundamentação e no dispositivo. Essa hipótese ocorre quando o julgador na fundamentação direciona seu raciocínio e argumenta deixando entender que decidirá em determinado sentido, porém no dispositivo julga de forma completamente oposta. Nesses casos há falta de coerência entre a fundamentação e o dispositivo, devendo essa situação ser solucionada através de Embargos de Declaração, a fim de que estes corrijam a contradição, para que a decisão judicial seja fruto de um raciocínio lógico e coerente. Uma vez opostos os Embargos de Declaração, e os autos forem devolvidos ao juízo responsável pela decisão contraditória, terá o julgador que sanar com a mesma. Uma vez analisadas as conseqüências que a oposição dos Embargos Declaratórios por ocorrência da contradição pode provocar, pode-se concluir que haverá modificação na essência dessa decisão. Importante salientar que a contradição deve estar presente na própria decisão, ou seja, as proposições entre si inconciliáveis devem estar presentes no corpo da decisão a embargar. 23

24 Na contradição entre o acórdão e a emenda Outra questão interessante refere-se ao cabimento dos Embargos de Declaração quando há contradição entre o acórdão e a ementa. embargos nessa hipótese. Barbosa Moreira e Pontes de Miranda admitem o cabimento dos Há quem defenda o não cabimento dos Embargos nesse caso, sob o argumento de que as ementas não fazem parte dos acórdãos. afirmação: Porém o Código de Processo Civil traz em seu artigo 563 a seguinte Art. 563 Todo acórdão conterá ementa. Logo se o próprio código declara a necessidade do acórdão possuir ementa, não se pode afirmar que a mesma seja desnecessária, devendo sempre estar presente por força do dispositivo legal mencionado. Caso a ementa não retrate aquilo que se decidiu, os Embargos de Declaração são o recurso adequado para sanar o vício. 24

25 Na contradição ente o acórdão e o voto Também é motivo de questionamento se cabe Embargos Declaratórios se presente à contradição entre os votos e o teor do acórdão. Referente a esse aspecto entende PONTES DE MIRANDA, 11 : A contradição pode ser entre o acórdão e a ementa, ou o voto vencedor e a redação do acórdão, ou entre a terminologia da votação vencedora e a do acórdão, como, por exemplo, se a ação foi de decretação de nulidade e o acórdão diz que foi declarada a inexistência do negócio jurídico que fora examinado. Caso a redação do acórdão não coincida com o teor dos votos vencedores, estamos diante de uma situação que permite a oposição dos embargos de declaração. A omissão Na hipótese do julgador deixar de apreciar questões levantadas no curso do feito, estaremos diante de uma omissão que poderá ser atacada por meio dos embargos de declaração. 11 Comentários do Código de Processo Civil, t.viii, p

26 Pode-se afirmar que a omissão é a hipótese de cabimento que mais enseja a oposição do recuso em análise. Isso porque, à complexidade de muitos processos somada à excessiva quantidade de feitos sob a responsabilidade de cada magistrado. Uma vez opostos os embargos, o julgador se manifestará a respeito da questão que já deveria ter se manifestado, mas não o fez. Suprimida a omissão, ter-seá um acréscimo na decisão embargada, o que poderá provocar significativa modificação no pronunciamento original. Erro Material Conforme o artigo 535 do CPC, caberá Embargos de Declaração quando a decisão judicial conter obscuridade, contradição e omissão. No entanto, na doutrina e na jurisprudência encontram-se manifestações no sentido de aceitar o cabimento dos Embargos. Esses erros materiais podem ser corrigidos de ofício ou a requerimento das partes, porém nada impede que essa correção seja feita através de Embargos de Declaração. Não há nenhum obstáculo à sua oposição, porém ressalta-se que não são necessários. 26

27 Importante salientar que o regimento interno do Supremo Tribunal Federal, em seu art. 96, 3, bem como o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça 12, no art.103, 2, ambos com os dispositivos com redações bem similares, reconhecem a possibilidade dos erros materiais contidos na decisão serem corrigidos por via dos Embargos de Declaração. V - Decisões que podem ser atacadas pelos Embargos de Declaração: Sentenças, Acórdãos e Decisões Interlocutórias. O já citado artigo 535 do CPC esclarece que os Embargos Declaratórios podem ser opostos quando a sentença ou acórdão conter obscuridade, contradição e omissão. O legislador ao fazer menção apenas à sentença e ao acórdão, pretendeu limitar a utilização desse recurso, impedindo sua oposição contra decisões interlocutórias, evitando assim a protelação dos feitos. Entretanto, cumpre salientar que a decisão do magistrado deve ser completa e clara para poder ser compreendida por aqueles que estiverem sujeitos aos seus efeitos. 12 Embargos de Declaração Processual civil Acórdão Erro material O erro material, embora sanável de ofício, pode ser suscitado em embargos de declaração. Na espécie, relativo ao dispositivo do acórdão; embora conhecido o recurso especial, constará não conhecido (STJ EDcLREsp ª T. rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro v.u. j Juis15). 27

28 As decisões interlocutórias são decisões importantíssimas ao deslinde da demanda, portanto não há porque não aceitar que não possam ser atacadas por Embargos de Declaração, visando o seu aclaramento ou complementação. É por essa razão que a maioria dos nossos doutrinadores são a favor da oposição dos Embargos Declaratórios em face das decisões interlocutórias. Referente ao assunto em comento, Barbosa Moreira, 13 diz: Na realidade, qualquer decisão judicial comporta embargos de declaração, porque é inconcebível que fiquem sem remédio a obscuridade, a contradição ou a omissão existente no pronunciamento. Não tem a mínima relevância que se trate de decisão de grau inferior ou superior, proferida em processo de conhecimento (comum ou especial)de execução ou cautelar, tampouco importa que a decisão seja definitiva ou não, final ou interlocutória. Ainda quando o texto legal, expressis vervis, a qualifique de irrecorrível, há de entender-se que o faz com a ressalva implícita concernente aos embargos de declaração. dos Recursos Cíveis: No mesmo sentido discorre NELSON LUIZ PINTO 14 em sua obra Manual 13 Comentários ao Código de Processo Civil, vol.v, p Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, 2 a. Edição revista, atualizada e ampliada. 28

29 Apesar de o art. 535 do CPC referir-se apenas aos embargos de declaração contra sentença ou acórdão, admite-se também contra decisão interlocutória, tendo em vista a própria natureza e finalidade desse recurso, que e a de sanar contradição, obscuridade ou omissão, que podem ocorrer em qualquer espécie de decisão, causando em evidente prejuízo à parte, pois lhe impedem ou dificultam a compreensão, impossibilitando a recorribilidade. A tese de que os Embargos de Declaração também ser prestam a buscar o esclarecimento ou a complementação também é aceita por parcela da jurisprudência 15. Contudo, embora majoritário, esse entendimento não chega a alcançar a unanimidade, na medida em que para alguns não cabem Embargos de Declaração contra decisões interlocutórias, por não estarem expressos em lei. VI Legitimidade e Interesse para Embargar O artigo 499 do Código de Processo Civil estabelece que os recursos podem ser interpostos pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, senão vejamos: 15 Processual civil Decisão interlocutória Embargos de declaração Agravo Cabimento Precedentes Recurso provido. Os embargos declaratórios são cabíveis contra qualquer decisão judicial e, uma vez interpostos, interrompem o prazo recursal. A interpretação meramente literal do art. 535, CPC, atrita com a sistemática que deriva do próprio ordenamento processual, notadamente após ter sido erigido a nível constitucional o princípio da motivação das decisões judiciais (STJ REsp ª T. rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira j v.u. Juis 15). 29

30 Art. 499 O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. 1 Cumpre ao terceiro demonstra o nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial. 2 O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo em que é parte, como naqueles em que ofídico como fiscal da lei. A legitimidade para recorrer é um dos requisitos de admissibilidade do recurso, assim as partes no feito, bem como Ministério Público e o terceiro prejudicado possuem essa legitimidade autônoma. Quando a decisão contiver vício que impeça a sua total compreensão, porque eivada de contradições ou de obscuridades, ou tiver deixado de apreciar toda a matéria a respeito da qual o magistrado deveria ter se pronunciado, poderá o vencido ou o vencedor, autor ou réu, pleitear o seu esclarecimento ou complementação por meio dos embargos. 30

31 Na falta de decisão clara, precisa e completa, ambos os litigantes sofrem gravame que os possibilita oporem embargos, pois têm interesse no esclarecimento ou complementação do julgado. O interesse ocorre do fato de que ambas as partes podem sofrer prejuízos em face da decisão proferida, pelos vícios que apresenta, ou seja, mesmo a parte vencedora não terá obtido tudo aquilo que poderia estar no julgado, tendo em vista a existências de obscuridade, contradição ou omissão. Além das partes, o terceiro prejudicado poderá opor Embargos de Declaração, todavia esse terceiro deverá ter interesse jurídico em atacar a decisão, não sendo suficiente o interesse de fato ou econômico. O terceiro interessado, deverá demonstrar o nexo de interdependência entre seu interesse em recorrer e a relação jurídica, de acordo com 1º do artigo 499 do Código de Processo Civil. O artigo 499 do Código de Processo Civil, em seu 2 também concede ao Ministério Público, nos casos em que atuou como parte ou como fiscal da lei, a utilização de todos os recursos de que dispõem as partes, inclusive os Embargos de Declaração. 31

32 A parte embargante, ao opor seu recurso, deverá em sua fundamentação, demonstrar algum nexo entre a matéria recorrida e o pedido dos Embargos, já que não pode requerer o aclaramento de matéria que não foi objeto de apreciação do julgador. Pode ocorrer que todos os pressupostos objetivos estejam presentes no recurso, o que possibilitaria seu conhecimento, porém, se algum dos pressupostos subjetivos não for preenchidos, o recurso não estará apto à apreciação, já que o embargante estará pleiteando algo que não se adequa à matéria. A verificação da existência de todos estes pressupostos, ou seja, o juízo de admissibilidade, será realizado pelo mesmo órgão prolator da decisão recorrida. Se a decisão ou sentença foi proferida por juiz de primeiro grau, este será o responsável pelo julgamento dos Embargos, incluindo aí o juízo de admissibilidade. Caso o objeto dos Embargos seja um acórdão, o juízo em questão será realizado pelo Tribunal. Findo o exame dos pressupostos acima explanados, sendo o juízo de admissibilidade positivo, ou seja, estando todos eles presentes, os Embargos de Declaração serão conhecidos. Destarte, sendo o juízo de admissibilidade negativo, o recurso não será conhecido. Se o juízo de admissibilidade for positivo, sendo os Embargos conhecidos, o Magistrado passará à análise do mérito, podendo então acolhe-los ou rejeitá-los. Vale dizer que da decisão que não conhecer ou rejeitar os Embargos, não caberá nenhum recurso, conforme jurisprudência abaixo transcrita: 32

33 Da decisão que rejeita ou não toma conhecimento dos Embargos de Declaração não cabe recurso algum, cumprindo ao interessado, através do recurso próprio, pleitear sua anulação ou complementação.(stf 2ª Turma, RE ) VII - Prazo para oposição dos Embargos de Declaração Conforme artigo 536 do Código de Processo Civil, o prazo para a oposição dos embargos de declaração contra sentença, bem como acórdão é de 05 (cinco) dias. A contagem desse prazo inicia-se com a intimação da decisão. Entretanto, necessário ressaltar que a Fazenda Pública e o Ministério Público terão prazo em dobro para recorrer, com fulcro no artigo 188 do Código de Processo Civil: Art. 188 Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público. 33

34 Também se encontram nessa situação os litisconsortes que tenham procuradores diferentes, aos quais o artigo 191 do mesmo diploma concede prazo em dobro para contestar, recorrer e falar nos autos. Vejamos: Art. 191 Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. Da mesma forma, a favor do defensor público serão contados em dobro todos os prazos, como impõe o 5 da Lei 1.060/50. VIII Efeitos Devolutivos, Suspensivos O Efeito Devolutivo O efeito devolutivo é conhecido como aquele que produz a remessa da matéria atacada para a apreciação por parte de órgão jurisdicional superior. È o que comumente se dá. Quando a matéria impugnada é entregue para reapreciação pelo juízo que proferiu a decisão recorrida, não há participação de órgão superior, porém se dá a devolução da matéria para novo pronunciamento pelo Poder Judiciário. 34

35 de NELSON NERY JR.: 16 È o que acontece nos Embargos de Declaração. Nesse sentido é a lição O efeito devolutivo é aquele segundo o qual é devolvida ao conhecimento do órgão ad quem toda a matéria impugnada, objeto portanto do recurso. Nos embargos de declaração há também o efeito devolutivo, sendo que a matéria é devolvida ao mesmo órgão que proferiu a decisão, sentença ou acórdão embargado. Não há, portanto, necessidade de que a devolução seja dirigida a órgão judicial diverso daquele que proferiu a decisão impugnada. Ainda que o órgão destinatário do recurso seja de mesma hierarquia, há o efeito devolutivo. Essa é a posição que prevalece na doutrina, embora existam autores que defendam a inexistência do efeito devolutivo nos embargos de declaração justamente pelo fato desse recurso provocar a reapreciação pelo mesmo julgador que a proferiu. O efeito suspensivo O efeito suspensivo é visto pela doutrina como aquele que impede que a decisão recorrida comece a produzir efeitos. È o que afirma VICENTE GRECO FILHO, 17 O efeito suspensivo dos recursos significa o poder que tem o recurso de impedir que a decisão recorrida 16 Comentários ao Código de Processo Civil, vol.v, p

36 produza sua eficácia própria. O efeito suspensivo nada acrescenta à decisão, mas, impede seja executada em sentido amplo. Inicia-se com a publicação da sentença e se encerra quando o recurso interposto é julgado. Caso a parte interessada deixe de utilizar o recurso cabível o efeito suspensivo se extinguirá com o término do prazo para recorrer. A circunstância dos Embargos de Declaração serem recebidos no efeito suspensivo é amplamente reconhecida pela doutrina. O vício que a decisão judicial, seja ela sentença, acórdão ou decisão interlocutória, apresenta pode dificultar a compreensão do seu teor, o que, por conseqüência poderá prejudicar a sua eventual execução, por essa razão é importante a sua correção ou complementação por meio da oposição dos embargos declaratórios. Ou seja, a decisão atacada por meio dos embargos não está perfeita e acabada, portando nada mais natural, que não possa ser executada. A afirmação supra referida serve tanto para as sentenças como para os acórdãos em princípio para as decisões interlocutórias. Estas últimas poderão ser atacadas pelo recuso de Agravo de Instrumento, que em regra não possuem efeito suspensivo, Já os Embargos de Declaração, quando opostos contra essas decisões, 17 Princípios Fundamentais Teoria geral dos recursos, p

37 deverão ter efeito suspensivo, pois a decisão interlocutória somente estará completa quando os embargos forem julgados. IX Efeitos Infringentes Uma questão de suma importância e bastante controvertida do âmbito doutrinário e jurisprudencial, diz respeito à possibilidade de os Embargos de Declaração serem recebidos com efeitos infringentes. Em outras palavras, discute-se se o julgamento dos Embargos de Declaração, a pretexto de esclarecer ou complementar a decisão, pode produzir a modificação substancial da mesma, com alteração do resultado do julgamento. Uma corrente não aceita que os Embargos de Declaração possam modificar a decisão em sua essência, mas apenas admitem que proporcione o aclaramento ou a complementação daquilo que foi decidido. Assim, para os adeptos dessa corrente os Embargos têm de manter coerência com a decisão embargada, mostrando-se compatível com ela. Outros autores reconhecem também que esse recurso não tem como fim primeiramente produzir a modificação da decisão proferida, mas somente corrigi-la para afastar os vícios que a atingem. Entretanto, aceitam que os Embargos de Declaração possam produzir a reforma, mesmo que parcial, da decisão embargada, apresentando, pois verdadeiro efeito infringente do julgado. 37

38 Nessa hipótese os Embargos Declaratórios estariam assumindo o papel que cabe ordinariamente aos demais recursos, quais seja, o de provocar a reforma da decisão atacada. No entanto, não se pode buscar o recebimento dos Embargos de Declaração com efeitos infringentes se não houver nenhum vício que dê ensejo à oposição dos Embargos na decisão atacada. Importa esclarecer que o próprio Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal aceita a possibilidade de o julgamento dos Embargos de Declaração alterar a decisão, quando afirma em seu artigo 338, que: se os embargos forem recebidos, a nova decisão se limitará a corrigir a inexatidão, ou sanar a obscuridade, dúvida, omissão, ou contradição, salvo se algum outro aspecto da causa tiver de ser apreciado como conseqüência necessária. Nota-se que, o STF não rechaça eventual efeito modificativo dos Embargos de Declaração, pelo contrário, na parte final do citado dispositivo, faz menção expressa à aceitação desse efeito. Assim é a jurisprudência nesse sentido: Processual civil Embargos de declaração Equívoco manifesto Ocorrência efeitos Infringentes Possibilidade. 1 Incorrendo o acórdão embargado em 38

39 equívoco manifesto, é de acolher-se os embargos para, imprimindo-lhes efeitos infringentes, dar provimento ao agravo e determinar a subida ao recuso especial. 2- Embargos de declaração acolhidos. (STJ, EDAGA 70692, 6ª T. rel. Min. Fernando Gonçalves, v.u., j , Juis) seguintes palavras: Manifestando-se sobre o tema, BARBOSA MOREIRA 18 expõe com as Costuma-se asseverar-se que a decisão sobre os embargos se limita necessariamente a revelar o verdadeiro conteúdo da decisão embargada e não pode trazer inovação alguma. Formulada em termos absolutos, a afirmação comporta reparos. Na hipótese de obscuridade, realmente, o que faz o novo pronunciamento é só esclarecer o teor do primeiro, dando-lhe a interpretação autêntica. Havendo contradição, ao adaptar ou eliminar alguma das proposições constantes da parte decisória, já a nova decisão altera, em certo aspecto, a anterior. E, quando se trata de suprimir omissão, não pode sofrer dúvida que a decisão que acolheu os embargos inova abertamente: é claro, claríssimo, que ela diz aí mais que a outra. O que parece mais exato é afirmar, como fazia o código baiano (art ), que o provimento dos embargos se dá 18 Comentários ao Código de Processo Civil, vol.v, p

40 sem outra mudança no julgado, além daquela consistente no esclarecimento, na solução da contradição ou no suprimento da omissão. Quanto à obscuridade Na ocorrência do vício por obscuridade, não parece possível que os Embargos de Declaração apresentem efeitos modificativos. Isso porque a correção do vício não trará inovações à decisão. O juiz ao conhecer os Embargos de Declaração, deverá simplesmente clarear a decisão que já proferiu. Em outras palavras, o juiz não proferirá outra decisão diferente daquela embargada, mas simplesmente cuidará de melhor organizar o raciocínio, ou a reescreverá de maneira mais simples, de forma a torná-la mais compreensível. Quanto a Contradição Em determinados casos de ocorrência de contradição na decisão judicial, essa terá de ser parcialmente alterada, como forma de corrigir a contradição. Obstar que assim o faça o julgador, implicará impedir que afaste o vício presente no julgamento, o que tornaria inútil o recurso em estudo. 40

41 Portanto, é plenamente possível, e muitas vezes necessária, a alteração do julgado por intermédio dês embargos de declaração, quando forem estes opostos diante da ocorrência de contradição na decisão. Quanto à omissão È evidente que em caso de omissão na decisão judicial a reforma da mesma não apenas é possível, como até indispensável. Os Embargos de Declaração, quando opostos em vista da ocorrência de omissão, podem, e, em certos casos, devem, produzir efeitos infringentes. Abordando a questão, afirma NELSO NERY JR, 19 : Quando a decisão for omissa quanto à determinada matéria e forem interpostos embargos de declaração para completá-la, o magistrado deve julgar o recurso abstraindo o conteúdo da decisão embargada, pois pode ocorrer que a decisão sobre o ponto omisso acarrete a modificação da decisão recorrida. Neste caso é admissível o recurso de embargos de declaração com caráter infringentes. É a hipótese, por exemplo, de o juiz haver julgado o pedido procedente, condenando o réu a indenizar, deixando de apreciar preliminar de prescrição argüida na contestação. Caso dê provimento aos embargos reconhecendo a prescrição, terá que 41

42 forçosamente, modificar o julgado de procedência para improcedência do pedido (art. 269, n.iv, CPC). Os nossos Tribunais 20 também aceitam a modificação da decisão recorrida. Quanto ao Erro Material Imaginemos que determinado recuso não foi conhecido sob o fundamento de que seria intempestivo. Todavia, constata-se que na verdade o recurso fora interposto dentro do prazo, mas o reconhecimento da intempestividade decorreu da contagem errônea desse prazo. O recorrente oporia Embargos de Declaração sob a alegação da ocorrência de erro material e implicaria na modificação da decisão que não conhecera o recurso. Sobre o referido assunto ressalta CARLOS DE ARAÚJO CINTA 21 : Trata-se de situação em que não há obscuridade, contradição ou omissão da sentença e em que, portanto, a rigor, não têm 19 Princípios Fundamentais Teoria geral dos recursos, p TRF da 5ª Região, EDcl na ApCiv 9006-PE, rel. Juiz Manoel Erhardt (JSTJ e TRF 105/591): Ementa Processual civil - Embargos de declaração Alegação de omissão Ação de desapropriação Efeitos modificativos. I Há omissão no acórdão quando deixa de se manifestar sobre ponto relevante da causa. II Havendo, em decorrência da omissão, modificação de entendimento, é possível emprestar efeito modificativo ao recurso. III Embargos providos parcialmente. 21 Sobre os embargos de declaração, p

43 cabimento os embargos de declaração. Todavia, para reparação de injustiça decorrente de erro material flagrante cometido pelo juiz a jurisprudência tem admitido os embargos de declaração, embora a título excepcional, como remédio adequado, com força modificativa da decisão embargada. X Interrupção do prazo para interposição de outros recursos Nosso estatuto processual traz em seu artigo 538, caput, que os Embargos de Declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos: Art. 538, caput: Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes. A atual redação do citado artigo foi dada pela Lei 8.950/94, pois na anterior a esta, o dispositivo afirmava que os embargos suspendiam o prazo para a interposição de outros recursos, ou seja, publicada a decisão que julgava os embargos o prazo recomeçava a contar pelo período restante. Atualmente, assim que julgados os embargos, com a publicação dessa decisão, o prazo volta a contar desde o início, como se não tivesse se iniciado, não 43

44 havendo que se deduzir os dias decorridos entre a publicação da decisão embargada e a oposição dos embargos de declaração. A respeito do tema manifesta-se CÂNDIDO DINAMARCO 22 : Suspensão e interrupção têm em comum a eficácia de impedir o curso dos prazos, detendo os provisoriamente para que voltem a fluir depois, quando cessada a causa que os detivera. A diferença é que o prazo interrompido volta a fluir como se antes não tivesse começado, ou seja, sem deduzir o tempo passado antes de ser impedido; enquanto que o prazo suspenso, quando retorna seu curso, já se considera desfalcado dos dias passados antes do impedimento. XI Multas Protelatórias O legislador preocupa-se com a utilização dos Embargos de Declaração, com o fito exclusivamente de procrastinar o feito, retardando a marcha do pleito, conforme demonstra o parágrafo único do artigo acima referido: (...) Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de um 44

45 por cento sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até dez por cento, ficando condicionada a interposição de qualquer outro depósito do valor respectivo. Decisões nesse sentido são reiteradas vezes proferidas pelos nossos Tribunais. 23 O juiz ou tribunal, conforme a hipótese, deve aplicar a sanção de ofício, sempre fundamentando. Caso se omita, apesar de declarar manifestamente protelatório o recurso, terão o recorrido novos Embargos de Declaração a fim de suprir a omissão. Caso a parte que fora multada reiterar os Embargos Declaratórios, a sanção devera ser elevada em ate 10 % (dez por cento) do valor da causa. E nessa linha, a interposição de qualquer outro recurso pela mesma parte ficara condicionada ao deposito do valor da multa. XII O Prequestionamento O prequestionamento exigido pelos tribunais para a admissão dos recursos especial e extraordinário. É considerado como um obstáculo de difícil 22 A reforma do Código de Processo Civil. 23 Processual civil Embargos declaratórios julgados protelatórios efeito interruptivo do prazo Art. 538, parágrafo único, CPC. I Embargos declaratórios oportunamente apresentados, mesmo sendo reiteração de anteriores embargos e ainda que considerados protelatórios, interrompem o prazo para o recurso cabível da decisão embargada. II Precedentes. III Recurso conhecido e provido (STJ - REsp SP 3ª T. rel. Min. Waldemar Zveiter j v.u. site Jurisprudência/STJ). 45

46 superação, colocado com o fim exclusivo de barrar a subida dos recursos especial e extraordinário, dirigido ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal. De certa forma a admissibilidade desses recursos é bastante rigorosa. Recurso Extraordinário O recurso extraordinário é disciplinado pelo artigo 102, III da Constituição Federal de 1988, é o meio pelo qual se pleiteia a reforma da decisão judicial que contraria o dispositivo da Constituição. Art. 102 Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...) III julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federa; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. (...) 46

47 A competência para o seu julgamento é do Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição Federal, garante que seus dispositivos sejam sempre respeitados. A função do STF é justamente a de zelar pelo respeito à Constituição Federal, forçoso concluir que não se está diante de um terceiro grau de jurisdição. Isso porque o recurso extraordinário não tem por fim proteger o direito subjetivo do recorrente, e sim de garantir a supremacia da Constituição. O recurso extraordinário, além de previsto no art. 102, III da CF, também tem previsão nos artigos 541 e seguintes do Código de Processo Civil. Recurso Especial O recurso especial foi criado pela Constituição Federal de 1988 com a finalidade de desafogar o Supremo Tribunal Federal. A partir daí, as violações às leis infraconstitucionais não mais deram ensejo a interposição do recurso extraordinário, mas sim do recurso especial, cujo julgamento passou a ser do então criado Superior Tribunal de Justiça. Federal de O recurso especial é disciplinado pelo artigo 105, III da Constituição Art. 105 Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 47

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