ÁREAS PARA PRODUÇÃO FLORESTAL MANEJADA: DETALHAMENTO DO MACROZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO DO ESTADO DO PARÁ.

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3 ÁREAS PARA PRODUÇÃO FLORESTAL MANEJADA: DETALHAMENTO DO MACROZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO DO ESTADO DO PARÁ. Adalberto Veríssimo Carlos Souza Jr. Danielle Celentano Rodney Salomão Denys Pereira Cíntia Balieiro Apoio à Pesquisa: Secretaria Especial de Produção do Governo do Estado do Pará Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Pará Instituto de Terras do Pará Fundação Gordon and Betty Moore

4 Imazon Revisão de Texto: Tatiana Corrêa Veríssimo Foto da Capa: Danielle Celentano Editoração Eletrônica: RL/2 Comunicação e Design VERÍSSIMO, Adalberto. Áreas para Produção Florestal Manejada: Detalhamento do Macrozoneamento Ecológico Econômico do Estado do Pará./ Adalberto Veríssimo, Carlos Souza Jr., Danielle Celentano, Rodney Salomão, Denys Pereira e Cíntia Balieiro. Belém: Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, p.; 21 X29,7cm Imazon Rua Domingos Marreiros Fátima Belém PA CEP Tel: (91) Fax: (91) imazon@imazon.org.br Os dados e as opiniões expressas neste trabalho são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião dos financiadores do estudo.

5 Agradecimentos Agradecemos a colaboração dos funcionários do Iterpa, Sectam e Seprod do Governo do Estado do Pará para a elaboração deste relatório. Sâmia Nunes, Júlia Ribeiro, Heron Martins e Katiuscia Fernandes colaboraram nas análises espaciais. Agradecemos à Brenda Brito pelo auxílio nas análises sobre a situação fundiária e Paulo Barreto pela colaboração nas análises de oferta e demanda da produção madeireira do Pará.

6 Sumário Lista de Figuras Lista de Tabelas Lista de Siglas RESUMO EXECUTIVO INTRODUÇÃO MÉTODOS Avaliação da Demanda por Áreas Florestais Avaliação da Oferta de Áreas Florestais Identificação dos Polígonos Florestais Caracterização dos Polígonos Florestais Recomendações de Uso nos Polígonos Florestais Potencial Florestal Bases de Informações RESULTADOS Avaliação da Demanda por Áreas Florestais Avaliação da Oferta de Áreas Florestais Identificação dos Polígonos para Produção Florestal Caracterização dos Polígonos Florestais Análise 1. Macrozoneamento Econômico Ecológico (ZEE-Pará) Análise 2. Vegetação Análise 3. Potencial Florestal Análise 4. Alcance Econômico Análise 5. Pressão Humana Análise 6. Estradas não-oficiais Análise 7. Exploração Florestal Análises Secundárias Recomendações de Uso nos Polígonos Florestais Área Potencial para Produção Florestal no Pará CONCLUSÕES RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS

7 ANEXOS Anexo I. Resultados Específicos por Polígono Florestal Polígono Florestal 1: Portel Polígono Florestal 2: Melgaço Polígono Florestal 3: Senador José Porfírio Polígono Florestal 4: Prainha Polígono Florestal 5: Almeirim I Polígono Florestal 6: Aveiro Polígono Florestal 7: Juriti Polígono Florestal 8: São Félix do Xingu Polígono Florestal 9: Alenquer Polígono Florestal 10: Óbidos Polígono Florestal 11: Oriximiná Polígono Florestal 12: Faro Polígono Florestal 13: Iriri Polígono Florestal 14: Almeirim II Anexo II. Unidades de Conservação de Uso Sustentável Anexo IV. Tabelas Extras Anexo V. Análises Secundárias

8 Áreas para produção florestal no Pará Lista de Figuras Figura 1. Zonas de produção madeireira do Estado do Pará Figura 2. Áreas potenciais para a produção florestal no Pará Figura 3. Sugestão para os novos polígonos voltados à produção florestal no Pará.. 15 Figura 4. Vegetação no Pará 2005 (IBGE 1997, Inpe 2005) Figura 5. Pólos e zonas madeireiras do Pará, 2004 (Lentini et al. 2005) Figura 6. Etapas usadas para a classificação da vegetação Figura 7. Método para o mapeamento de estradas não-oficiais Figura 8. Método para estimar a área de floresta explorada Figura 9. Zonas madeireiras do Estado do Pará Figura 10. Polígonos potenciais para produção florestal no Pará Figura 11. ZEE e os polígonos potenciais para a produção florestal no Pará (Sectam 2005) Figura 12. Vegetação nos polígonos potenciais para a produção florestal no Pará (IBGE).. 36 Figura 13. Vegetação nos polígonos potenciais para a produção florestal no Pará (Imazon 2005) Figura 14. Alcance econômico madeireiro nos polígonos para produção florestal no Pará (Lentini et al. em preparação) Figura 15. Pressão humana nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará (Barreto et al. 2005) Figura 16. Estradas não-oficiais nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará (Souza Jr. et al. 2005) Figura 17. Cicatrizes de exploração nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará (Imazon 2005) Figura 18. Planos de manejo nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará (MMA 2004) Figura 19. Situação fundiária nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará (Incra) Figura 20. Áreas requeridas nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará. (Iterpa) Figura 21. Recomendações de uso para os polígonos florestais Figura 22. Síntese da oferta potencial de áreas florestais no Estado do Pará Figura 23. Áreas de uso sustentável existentes e propostas Figura 24. Áreas Protegidas do Pará (ISA 2004; MMA 2006) Figura 25. Assentamentos Rurais do Pará (Incra 2003) Figura 26. Macrozoneamento Econômico Ecológico do Pará (Sectam, 2005).. 75 Figura 27. Assentamentos Rurais em torno das áreas potenciais para produção florestal no Pará (Incra 2003) Figura 28. Áreas Protegidas e polígonos potenciais para produção florestal no Pará (ISA 2004, MMA 2006) Figura 29. Biodiversidade nas áreas com potencial para produção florestal no Pará (ISA et al. 2001) Figura 30. Aptidão agrícola nas áreas com potencial para produção florestal no Pará (IBGE 2002)

9 Imazon Lista de Tabelas Tabela 1. Síntese da demanda por área florestal no Pará Tabela 2. Áreas potenciais para produção florestal no Pará Tabela 3. Sugestão para os novos polígonos para produção florestal no Pará Tabela 4. Bases de informações utilizadas Tabela 5. Características das zonas madeireiras no Pará Tabela 6. Demanda por área (km 2 ) para produção madeireira no Pará Tabela 7. Oferta de área (km²) para produção madeireira no Pará Tabela 8. Unidades de Conservação de Uso Sustentável (exceto Resex) no Pará, Tabela 9. Área potencial para produção madeireira manejada no Pará no Cenário Tabela 10. Área potencial para produção madeireira manejada no Pará no Cenário Tabela 11. Área potencial para produção madeireira manejada no Pará no Cenário Tabela 12. Polígonos potenciais para produção florestal no Pará Tabela 13. ZEE e os polígonos potenciais para produção florestal no Pará (Sectam 2005) Tabela 14. Vegetação nos polígonos para produção florestal no Pará (IBGE escala 1: ) Tabela 15. Vegetação nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará (Imazon, escala 1:50.000) Tabela 16. Potencial de uso nos polígonos para produção florestal no Pará Tabela 17. Alcance econômico madeireiro nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará Tabela 18. Pressão humana nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará (Barreto et al. 2005) Tabela 19. Estradas não-oficiais nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará Tabela 20. Exploração madeireira nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará (Imazon e MMA) Tabela 21. Situação fundiária nos polígonos potenciais para produção florestal no Pará (Incra 2003) Tabela 22. Estimativa das áreas requeridas ao Iterpa (Iterpa 2005)¹ Tabela 23. Recomendações para os polígonos potenciais para produção florestal no Pará Tabela 24. Recomendação por polígono potencial para produção florestal no Pará Tabela 25. Áreas potenciais para a produção florestal no Estado do Pará¹ Tabela 26. Áreas potenciais para a produção florestal no Estado do Pará de acordo com as Zonas Madeireiras Tabela 27. Critérios adotados nos levantamentos das formações florestais (IBGE 1996) Tabela 28. Biodiversidade nos polígonos com potenciais para produção florestal no Pará (ISA et al. 2001) Tabela 29. Aptidão agrícola nos polígonos com potencial para produção florestal no Pará (IBGE 2002)

10 Áreas para produção florestal no Pará Lista de Siglas APA APP Arie Flona Flota Ibama IBGE Imazon Inpe Incra Ipea Iterpa ISA MMA Nasa Oemas RDS Resex Sectam Seprod SFB SIG Sivam Snuc UC ZEE Área de Proteção Ambiental Área de Preservação Permanente Área de Relevante Interesse Ecológico Floresta Nacional Floresta Estadual Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas Instituto de Terras do Pará Instituto Socioambiental Ministério do Meio Ambiente Agência Espacial Norte-Americana Órgãos Estaduais de Meio Ambiente Reserva do Desenvolvimento Sustentável Reserva Extrativista Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará Secretaria Especial de Produção do Governo do Estado do Pará Sistema Florestal Brasileiro Sistema de Informações Geográficas Sistema de Vigilância da Amazônia Sistema Nacional de Unidades de Conservação Unidade de Conservação Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Pará. 10

11 Imazon RESUMO EXECUTIVO Este relatório sintetiza os resultados do detalhamento do ZEE nas áreas potenciais para produção florestal manejada. O estudo, uma iniciativa da Seprod, foi executado pelo Imazon no período de novembro de 2005 a fevereiro de O documento esteve em consulta pública entre fevereiro e junho de 2006 e foi apresentado oficialmente em junho de 2006 na Sectam. Os objetivos gerais do estudo foram: (i) avaliar a demanda por áreas florestais para produção manejada no Estado; (ii) avaliar o potencial de oferta de áreas florestais para produção manejada no Estado; e (iii) identificar e avaliar novas áreas com potencial para produção florestal manejada no Estado. Potencial Florestal. O Estado do Pará (1,25 milhão de quilômetros quadrados) possui uma grande extensão de florestas (70% do Estado), com predominância de florestas ricas em espécies de valor comercial (madeireiro e não-madeireiro). As condições de relevo (em geral, plano a suavemente ondulado), a grande extensão de rios navegáveis, uma ampla rede de estradas e o clima chuvoso, porém com estação seca definida, oferecem condições favoráveis para a atividade florestal. Esses fatores têm favorecido o rápido crescimento da atividade madeireira no Estado do Pará. Produção Florestal. Em 2004, as 860 indústrias madeireiras 1 em funcionamento no Pará extraíram 11, 1 milhões de metros cúbicos de madeira em tora, o que representou 46% da madeira em tora da Amazônia Legal. A produção de madeira processada (serrada, beneficiada, lâminas e compensados) foi cerca de 4,6 milhões de metros cúbicos. A renda bruta gerada pela indústria madeireira no Estado alcançou US$ 1,1 bilhão, dos quais metade foi proveniente de exportações. O número de empregos diretos e indiretos no setor florestal do Pará foi aproximadamente 184 mil (Lentini et al. 2005). A produção florestal está distribuída de forma heterogênea no Estado. A indústria madeireira está concentrada nas zonas Leste e no Estuário, que representam conjuntamente 74% da produção madeireira do Estado. Os outros 26% da produção madeireira do Pará ocorrem nas zonas Central, Norte, Oeste e Sul (Figura 1). Apesar da importância econômica, o setor florestal enfrenta uma crise sem precedentes, ocasionada pela falta de definição fundiária em áreas do Estado e escassez de áreas designadas para produção florestal. Além disso, somente uma proporção pequena da produção florestal é feita de acordo com as práticas de manejo florestal 2. 1 Além disso, há 732 microsserrarias operando na região do Estuário, cujo consumo total de madeira em tora é inferior a 10% do total extraído no Pará (Lentini et al. 2005). Para maiores detalhes, acessar o livro Fatos Florestais da Amazônia 2005 na página do Imazon 2 Consiste em corte seletivo baseado no inventário florestal 100% das árvores comerciais; planejamento das estradas, pátios e ramais de arraste; corte prévio de cipós; corte direcionado das árvores e arraste planejado. Além disso, o plano de manejo deve conter técnicas para estimular a regeneração e o crescimento das árvores comerciais e um cronograma de exploração anual (Amaral et al. 1998). 11

12 Áreas para produção florestal no Pará Figura 1. Zonas de produção madeireira do Estado do Pará. Demanda por área florestal. A indústria madeireira do Pará necessita de aproximadamente 167 mil quilômetros quadrados (16,7 milhões de hectares) de área florestal líquida 3 para manter o consumo de matéria-prima com base na produção de 2004 aproximadamente 11,2 milhões de metros cúbicos de madeira em tora. Essa estimativa assume um ciclo de corte de 30 anos e uma intensidade média de extração de 20 metros cúbicos por hectare. Em um cenário em que houvesse um incremento na produção em 1% ao ano (mantida a mesma intensidade de corte e ciclo de rotação), a demanda por área florestal líquida aumentaria para aproximadamente 225 mil quilômetros quadrados (22,5 milhões de hectares). No caso de ocorrer o mesmo incremento na produção de 1% ao ano, mas com uma compensação na melhoria do rendimento de 5% (isto é, maior eficiência na conversão de madeira em tora para madeira processada), a demanda por área florestal seria aproximadamente 201 mil quilômetros quadrados (Tabela 1). 3 Refere-se à área florestal a ser destinada para exploração madeireira manejada. Excluem-se as áreas sem valor comercial, áreas inacessíveis e as APPs. A definição exata da área e do volume a ser extraído depende da realização do censo ou inventário florestal 100%. 12

13 Imazon Tabela 1. Síntese da demanda por área florestal no Pará. Cenário 1. Manutenção do consumo atual de madeira em tora. Cenário 2. Aumento significativo no consumo de tora em função do crescimento (1% ao ano) na demanda por madeira processada durante um ciclo de 30 anos. Cenário 3. Aumento razoável no consumo de tora considerando-se maior demanda por madeira processada (1% ao ano) parcialmente compensada por uma melhoria (5%) no rendimento industrial. Oferta de áreas florestais. A área florestal bruta para produção florestal potencial soma aproximadamente 432 mil quilômetros quadrados 4. Porém, em torno de 182 mil quilômetros quadrados são florestas sem aptidão para uso econômico por uma ou mais das seguintes razões: florestas com valor comercial muito baixo, florestas já exploradas de forma predatória, florestas situadas em áreas de topografia extremamente acidentada, florestas inseridas nas APPs. Portanto, as florestas com potencial para uso florestal no Pará somam aproximadamente 250 mil quilômetros quadrados (25 milhões de hectares). Essas áreas serão referidas neste relatório como área florestal potencial (Tabela 2). Além disso, o Estado do Pará possui aproximadamente 21 mil quilômetros quadrados de florestas em Resex, as quais apresentam restrições para a exploração florestal 5. A área florestal potencial é composta pelas seguintes categorias: (i) 83 mil quilômetros quadrados são florestas potenciais existentes nas Unidades de Conservação de Uso Sustentável (Flonas, APAs, RDS) já estabelecidas; (ii) 120 mil quilômetros quadrados são florestas potencias nos polígonos identificados neste estudo para o estabelecimento de novas Unidades de Conservação de Uso Sustentável e, em menor proporção, áreas para concessão florestal (fora de UC) e/ou assentamento florestal; (iii) 7 mil quilômetros quadrados são florestas remanescentes em Assentamentos Rurais; e (iv) aproximadamente 41 mil quilômetros quadrados compreendem áreas florestais líquidas dispersas no Estado como áreas devolutas e áreas potencialmente privadas (Tabela 2, Figura 2). 4 Exclui todas as florestas existentes na categoria de Unidade de Conservação de Proteção Integral, Terras Indígenas, Resex e Áreas Militares, bem como as florestas destinadas à criação de futuras Unidades de Conservação de Proteção Integral de acordo com o ZEE. 5 Nas Resex, a exploração madeireira poderá ocorrer somente em bases comunitárias (baixa intensidade) e sob condições específicas definidas no plano de manejo de cada unidade. 13

14 Áreas para produção florestal no Pará Tabela 2. Áreas potenciais para produção florestal no Pará. ¹ A categoria Outros refere-se a áreas florestais líquidas dispersas no Estado como áreas devolutas e áreas potencialmente privadas. Figura 2. Áreas potenciais para a produção florestal no Pará. Novas Áreas para Produção Florestal. Para identificar as novas áreas com potencial para a produção florestal, selecionamos 14 polígonos totalizando uma área florestal bruta de aproximadamente 166 mil quilômetros quadrados (16,5 milhões de hectares). Esses polígonos foram definidos subtraindo-se da área do Pará as seguintes categorias: (i) áreas de vegetação não florestal e as áreas já desmatadas; (ii) Terras Indígenas, Unidades de Conservação e Terras Militares existentes; (iii) assentamentos de reforma agrária; (iv) áreas de floresta remanescentes dispersas no território; e (v) áreas propostas pelo governo estadual para a criação de Unidades de Conservação de Proteção Integral de acordo com o ZEE (Lei Estadual nº 6.745/05). 14

15 Imazon Analisamos para cada polígono o potencial para uso florestal com base na aptidão florestal (vegetação), acesso (alcance econômico), sinais de ocupação (pressão humana e estradas não-oficiais) e destinação prevista de acordo com o ZEE. Excluímos aproximadamente 46 mil quilômetros quadrados da área total analisada que é de 166 mil quilômetros quadrados, por constituírem florestas sem potencial para uso econômico (condições topográficas desfavoráveis, baixo valor florestal, exploração predatória etc.). Portanto, a área florestal potencial nos polígonos analisados foi aproximadamente 120 mil quilômetros quadrados. Destinação Potencial das Novas Áreas Florestais. De acordo com as análises realizadas no âmbito do detalhamento do ZEE, sugerimos preliminarmente que as categorias de uso para as novas áreas destinadas à produção florestal sejam as descritas na Tabela 3 e Figura 3. Tabela 3. Sugestão para os novos polígonos para produção florestal no Pará. Figura 3. Sugestão para os novos polígonos para produção florestal no Pará. 15

16 Áreas para produção florestal no Pará INTRODUÇÃO O Estado do Pará possui aproximadamente 1,25 milhão de quilômetros quadrados (15% do território nacional). Em 2005, o Pará era predominantemente coberto por florestas (70%), com 18% de áreas desmatadas e 12% de vegetação não-florestal (Figura 4). Em 2004, a população do Estado era de 6,9 milhões de habitantes (IBGE 2005). A economia no Pará é largamente baseada na mineração industrial (especialmente, minério de ferro e bauxita), exploração e processamento de madeira e agropecuária. Em 2002, o PIB do Estado atingiu cerca de R$ 25,5 bilhões (Ipea 2002), enquanto a renda per capita foi R$ (posição 20 entre os Estados). Figura 4. Vegetação no Pará 2005 (IBGE 1997, Inpe 2005). Quarenta e dois por cento das terras do Estado são Áreas Protegidas 6. Desse total, 21,7% são Terras Indígenas; enquanto 14,6% são formadas por Unidades de Conservação de Uso Sustentável; e 5,6% são áreas compostas por Unidades de Conservação de Proteção Integral. Além disso, o Estado abriga 5,1% de assentamentos de reforma agrária e 1,9% de Terras Militares, áreas de quilombos e reservas estaduais para pesquisa científica. De acordo com o Censo Agropecuário de 1994, as áreas privadas somam apenas 18% do Estado (IBGE 1996). O restante (33%) são terras potencialmente devolutas ou privadas em disputa. O Estado do Pará possui aptidão para a atividade florestal. Há abundância de florestas ricas em madeiras de valor comercial; as condições de relevo (em grande parte, plano a suavemente ondulado) são favoráveis para exploração florestal, que é 6 Inclui as UCs criadas pelo governo federal no oeste do Pará (área de influência da BR-163) em 13 de Fevereiro de 2006, cujos decretos foram publicados dia 14 de fevereiro pelo Diário Oficial da União. 16

17 Imazon facilitada pela grande extensão de rios navegáveis e pela localização estratégica do Estado em relação aos mercados de madeira (interno e externo). Esses fatores têm contribuído para a expansão da atividade madeireira no Estado. Entretanto, a grande maioria da exploração ainda é realizada de forma não-manejada. Em 2004, o Estado do Pará abrigava empresas madeireiras distribuídas em 33 pólos madeireiros (Figura 5). Naquele ano, foram extraídos 11,2 milhões de metros cúbicos de madeira em tora (46% da produção amazônica) e produzidos 4,6 milhões de metros de madeira processada (madeira serrada, produtos beneficiados, lâminas e compensados). O setor madeireiro empregou mais de 180 mil pessoas de forma direta e indireta. A renda bruta gerada pelo setor florestal foi de aproximadamente US$ 1,1 bilhão (Lentini et al. 2005). Em 2004, o valor das exportações de madeira do Pará atingiu US$ 543 milhões (MDIC 2005). Figura 5. Pólos e zonas madeireiras do Pará, 2004 (Lentini et al. 2005). Apesar de sua importância socioeconômica, o setor madeireiro do Pará enfrenta uma crise sem precedentes com o cancelamento de centenas de planos de manejo e a ameaça de fechamento de dezenas de empresas. A principal causa dessa crise é a falta de regulamentação fundiária, o que impossibilita a aprovação dos planos de manejo. Em resposta a essa crise foram adotadas algumas medidas estratégicas, dentre as quais se destacam: (i) a elaboração e a aprovação da Lei de Gestão de Florestas Públicas em março de 2006; (ii) o decreto federal de criação do Distrito Flo- 7 Além disso, há 732 microsserrarias, em geral informais, operando no Estado. 17

18 Áreas para produção florestal no Pará restal no oeste do Pará, um instrumento de apoio ao desenvolvimento florestal naquela região; e (iii) o ZEE em 2005 (Lei Estadual nº 6.745/05). A lei de Gestão de Florestas Públicas, sancionada pelo Presidente da República em março de 2006, tem por objetivos: (i) regulamentar a gestão das florestas em áreas públicas (União, Estados e municípios); (ii) criar o SFB como órgão regulador da gestão das florestas públicas e ao mesmo tempo promotor do desenvolvimento florestal; e (iii) criar o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal para promover o desenvolvimento tecnológico, assistência técnica e incentivos para o desenvolvimento do setor florestal. A lei define três formas de gestão: (i) UC para produção florestal (por exemplo, Flonas/Flotas, RDS); (ii) uso comunitário (Assentamentos Florestais, Resex, PDS etc.); e (iii) concessões florestais fora de UC. A concessão só será aplicada após a constatação de que não existe demanda para a criação de UC e/ou uso comunitário. A escolha será feita com base no melhor preço e menor impacto ambiental. A concessão não implica em qualquer direito ou posse sobre as áreas. Nos dez anos iniciais, a área total de concessão prevista será de 13 milhões de hectares (3% da Amazônia Legal). O Distrito Florestal, criado em fevereiro de 2006 pelo governo federal, é um instrumento para priorizar ações de políticas públicas direcionados para o desenvolvimento das atividades florestais manejadas. As principais atividades previstas no distrito incluem regularização fundiária, crédito rural, melhoria da infra-estrutura e apoio à modernização do parque industrial, gestão de áreas públicas e assistência técnica. O Distrito Florestal, situado no Oeste do Pará (área de influencia da BR 163), abrange uma área de 190 mil quilômetros quadrados. O ZEE, aprovado em 2005, é um instrumento central da política de ordenamento territorial do Pará. Os objetivos gerais desse macrozoneamento são incentivar o desenvolvimento das atividades econômicas em bases manejadas e reduzir os conflitos fundiários e o desmatamento ilegal. De acordo com o ZEE, a área territorial do Estado foi distribuída em quatro grandes zonas, a saber: (i) Terras Indígenas (pelo menos 28% do Estado); (ii) Unidades de Conservação de Uso Sustentável existentes e a serem criadas (pelo menos 27% do Estado); (iii) Unidades de Conservação de Proteção Integral existentes e propostas (pelo menos 10% do Estado). E, finalmente, uma zona para a consolidação de atividades produtivas de no máximo 35% do território estadual. Em resumo, o ZEE prevê 65% da área do Estado para conservação e uso florestal e 35% para a consolidação de atividades produtivas, principalmente a agropecuária. Para atingir as metas estabelecidas pelo ZEE na zona destinada às Unidades de Conservação de Uso Sustentável, será necessário criar cerca de 15,6 milhões de hectares (12,4% do território) desse tipo de Unidade. Essa categoria de UC permite conciliar uso sustentável e conservação dos recursos naturais (Palmieri et al.2005). A maior parte das categorias de Unidades de Conservação de Uso Sustentável como Flonas/Flotas, RDS e APAs permite o uso racional dos recursos florestais madeireiros. Em condições especiais, é possível extrair madeira das Resexs sob regime de manejo florestal comunitário. Para saber mais sobre as atividades econômicas permitidas nessas Unidades, consulte o Anexo 2. Os objetivos deste estudo são: (i) avaliar e quantificar a demanda de áreas para a produção florestal no Estado do Pará; (ii) avaliar e quantificar a oferta de áreas de florestas para a produção florestal no Estado do Pará; e (iii) identificar e caracterizar as áreas florestais potenciais para produção florestal manejada. 18

19 Imazon MÉTODOS Para a avaliação de demanda e oferta de áreas florestais, dividimos o Estado do Pará em seis zonas madeireiras (Leste, Sul, Central, Oeste, Norte e Estuarina). As zonas foram criadas a partir de uma análise de proximidade econômica das florestas aos pólos madeireiros. Dessa forma, para cada uma das áreas de floresta foi possível identificar qual o pólo madeireiro que obteria maior rentabilidade para explorar aquela floresta. Nessas zonas, estimamos a área florestal necessária para suprir a demanda de madeira e a área florestal potencial disponível (oferta) Avaliação da Demanda por Áreas Florestais Para a avaliação da demanda, analisamos dados da produção de madeira fornecidos pelo levantamento primário conduzido pelo Imazon nos pólos madeireiros em 2004 (Lentini et al. 2005). Para isso (Quadro 1), inicialmente dividimos a produção madeireira em tora (metros cúbicos de tora com ano base em 2004) pela intensidade de exploração. Em seguida, multiplicamos esse resultado pelo ciclo de corte. Por último, dividimos o resultado por 100, transformando assim a unidade em quilômetros quadrados (Quadro 1). Quadro 1. Cálculo da demanda de área para produção florestal no Pará. Área demandada = (km²) ( ) Produção de madeira em tora (m³) Intensidade de exploração (m³ tora/hectare) 100 x Ciclo de corte (anos) Para a avaliação da demanda, consideramos três cenários de produção todos adotando uma intensidade de exploração de 20 metros cúbicos por hectare e um ciclo de corte de 30 anos: 1: Mantendo-se o consumo de madeira em tora igual a : Aumento da produção processada de 1% ao ano, calculado por meio de juros compostos (Quadro 2). 3: Aumento da produção processada de 1% ao ano calculado por meio de juros compostos (Quadro 2) e aumento no rendimento de processamento em 5%. Quadro 2. Fórmula dos juros compostos. M = C * (1 + i) t Onde, M = Montante final; C = Capital inicial; i = Taxa % por período de tempo e t = número de períodos de tempo 8 Segundo Lentini et al. (2005), a produção de madeira em tora em 2004 foi de 11,2 milhões de metros cúbicos. 19

20 Áreas para produção florestal no Pará 3.2. Avaliação da Oferta de Áreas Florestais As análises de oferta foram conduzidas considerando-se as zonas madeireiras do Estado (detalhes no item 3.1). Para contabilizar a área florestal disponível (oferta bruta), excluímos as áreas antropizadas, as áreas não-florestais (cerrados, campos naturais etc), as Terras Indígenas, as Unidades de Conservação de Proteção Integral (existentes e propostas para atingir as metas propostas pelo ZEE) e as Áreas Militares (Quadro 3). Entretanto, parte da floresta disponível (oferta bruta) não pode ser explorada. Isso porque parte já foi explorada; porque as condições de relevo e declividade não são favoráveis; e porque é proibido explorar nas APPs. Por isso, para calcular a oferta potencial de áreas florestadas para a produção de madeira, estimamos o potencial de uso por zona (Quadro 3). Dessa forma, excluímos da área florestal disponível parte das áreas já exploradas de forma predatória (descrição detalhada no item 3.3.1) e as áreas com topografia acima de 800 metros obtidas a partir dos dados da missão Shuttle Radar Topography Mission-SRTM (JPL 2006). Excluímos também as áreas florestais situadas a uma distância de até 100 metros das margens da rede hidrográfica principal. Finalmente, excluímos os focos de calor detectados até 2005 (Inpe 2005) com um raio de 2 quilômetros, bem como as áreas de influência das sedes municipais até um raio de 20 quilômetros. Quadro 3. Disponibilidade de áreas florestais (oferta bruta e potencial). Área florestal disponível (oferta bruta) Inclui (+) = Áreas Florestais (públicas, devolutas, privadas e assentamentos), Flonas, APA e RDS. Exclui (-) = Áreas Antropizadas (desmatamentos, queimadas e centro urbanos), áreas não-florestais, Terras Indígenas, Áreas Militares, Resex e Unidades de Conservação de Proteção Integral existentes e propostas. Oferta Potencial = (Oferta Bruta X Potencial de Uso) / Identificação dos Polígonos Florestais Utilizamos cinco análises para identificar os polígonos potenciais para a produção florestal no Estado do Pará. Primeiro, excluímos áreas do Estado com vegetação não-florestal (IBGE 1997) e as áreas desmatadas (Inpe 2005) (Figura 4). Segundo, excluímos da floresta remanescente as áreas já protegidas 9, como Terras Indígenas e UCs estabelecidas até fevereiro de 2006 (ISA 2004, MMA 2006) (Figura 24, Anexo 3). Terceiro, excluímos as áreas de assentamento de reforma agrária estabelecidas até 2002 (Incra 2003) (Figura 25, Anexo 3). Quarto, excluímos florestas remanescentes situadas nas zonas leste e sul do Pará por representarem áreas insuficientes para formarem polígonos e por serem provavelmente privadas. Finalmente, excluímos as áreas propostas para criação de Unidades de Conservação de Proteção Integral pelo Governo do Estado do Pará no âmbito do ZEE (Sectam 2005) (Figura 26, Anexo 3). As áreas resultantes dessas subtrações foram delimitadas em 14 polígonos florestais com potencial para produção florestal no Pará. 9 Inclui as UCs criadas pelo governo federal em 13 de Fevereiro de 2006, cujos decretos foram publicados dia 14 de fevereiro pelo Diário Oficial da União. 20

21 Imazon 3.4. Caracterização dos Polígonos Florestais Os 14 polígonos florestais identificados cobriram 29 cenas do satélite Landsat (185 x 185 km cada cena). Uma oferta limitada de imagens do satélite Landsat não permitiu a utilização de imagens do mesmo ano para compor o mosaico (união de duas ou mais imagens para compor a área de estudo) para o mapeamento detalhado dos polígonos florestais. Por isso, os mosaicos foram compostos por imagens dos anos 2003, 2004 e Inicialmente, as cenas de cada área florestal foram georeferenciadas para coordenadas UTM e, em seguida, utilizadas para extrair áreas desmatadas, florestas, florestas exploradas, estradas e corpos d água. Posteriormente, caracterizamos essas áreas florestais por meio das seguintes análises: Análise 1. ZEE. Sobrepusemos os polígonos florestais ao mapa do Macrozoneamento do Pará (Lei Estadual ¹ 6.745/05) para identificar as categorias de uso ou conservação estabelecidas no âmbito do zoneamento. Análise 2. Vegetação. A classificação da vegetação foi realizada em uma escala bem detalhada (1:50.000) por meio técnicas de sensoriamento remoto que utilizam imagens de satélite das faixas do visível, infravermelho, radar e dados de topografia SRTM/Nasa (Figura 6). Para isso, combinamos esse mapeamento detalhado (1:50.000) com o mapa de cobertura vegetal disponível pelo IBGE/Sivam (2005) na escala 1: Além disso, utilizamos os relatórios de campo sobre os levantamentos das formações florestais do Projeto RadamBrasil (IBGE 1996) (Tabela 25, Anexo 4). No processamento das imagens, inicialmente, eliminamos os sinais de neblina e fumaça das imagens Landsat para reduzir possíveis erros na classificação. Em seguida, georreferenciamos as imagens Landsat com as imagens do mosaico da Nasa, Projeto Zulu. As imagens de Radar (Jers estação úmida e seca) e SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission 2000) foram registradas com base nas imagens Landsat, prevalecendo a resolução espacial das imagens Landsat (30 metros). O passo seguinte foi fundir as imagens de satélite Landsat (bandas 1-7) e as de radar e sobrepor o mapa de vegetação do IBGE/Radam com as imagens fundidas (cobertura do solo mais topografia) para a coleta visual de amostras de treinamento por classe de formação florestal na imagem. Essa amostragem foi aplicada na classificação automática por árvore de decisão, método de classificação automático de rápido processamento e pouca interferência do analista, que separa classes com características espectrais distintas (i.e., água, solos, florestas). O produto da classificação automática foi combinado com a classificação de desmatamento 2004, tornando possível distinguir o desmatamento das formações não-florestais. Os ruídos gerados na classificação foram eliminados com filtros espaciais baseados em segmentação de imagens que consideram as semelhanças espaciais dos pixels. Após a aplicação dos filtros foi realizada a edição matricial da classificação final por meio do programa ClassEdit (ENVI 3.2) na escala de 1: para corrigir eventuais erros de classificação. 21

22 Áreas para produção florestal no Pará O mapa final foi sobreposto às regiões de Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Aberta contidas no mapa IBGE e Sivam (1997) na escala de 1: Isso foi feito para extrair informações das formações de floresta densa e aberta, dado que o classificador automático utilizado não conseguiu separar essas classes de vegetação. O resultado é um mapa da cobertura florestal contendo nove classes: 1. Floresta Densa Aluvial 6. Floresta Aberta Submontana 2. Floresta Densa de Terras Baixas 7. Formações Não-Florestais 3. Floresta Densa Submontana 8. Desmatamento 4. Floresta Aberta Aluvial 9. Corpos D água 5. Floresta Aberta de Terras Baixas Figura 6. Etapas usadas para a classificação da vegetação. Análise 3. Potencial Florestal. Para estimar o potencial florestal, inicialmente calculamos o potencial de uso de cada polígono florestal identificado. Assim, excluímos da área total as áreas já desmatadas; as manchas não-florestais; as áreas exploradas pela atividade madeireira (descrição do método no item 3.3.1); as áreas com topografia acima de 800 metros obtidas a partir dos dados da missão Shuttle Radar Topography Mission-SRTM (JPL 2006), 100 metros das margens da rede hidrográfica principal; os focos de calor até 2005 (Inpe 2005) com um raio de 2 km; e as áreas de influência das sedes municipais com raio de 20 km. A área florestal resultante foi então classificada com base nos dados de vegetação e volume do Projeto Radam (IBGE 1996) (Quadro 4) em três classes de valor potencial: baixo, médio e alto. 22

23 Imazon Quadro 4. Potencial florestal das tipologias florestais (IBGE 1996). Análise 4. Alcance econômico. Utilizamos modelos de alcance econômico da atividade madeireira desenvolvidos por Souza Jr. et al. (1997) e Veríssimo et al. (1998). Esses modelos estimam a distância máxima dos atuais pólos madeireiros economicamente viáveis para explorar madeira ao considerar os custos de extração, transporte e processamento de madeira. Os dados de custo de produção e de transporte utilizados na modelagem de alcance econômico atual são provenientes de levantamentos socioeconômicos dos pólos madeireiros no Estado do Pará feitos pelo Imazon em 1998 e 2004 (Lentini et al. 2005). O alcance econômico foi estimado por meio da modelagem de custo de superfície na escala 1: Esse método determina o custo de transporte cumulativo para transportar toras de madeira da floresta para o pátio das serrarias dos pólos madeireiros, considerando-se os diferentes tipos de superfície. O modelo de alcance utiliza informações de estradas (IBGE 1999), localização de centros de produção de madeira serrada (Lentini et al. 2005), navegabilidade dos rios e dados socioeconômicos da atividade madeireira. O resultado dessa análise indica as áreas com alta, média e baixa acessibilidade para a atividade madeireira, bem como as áreas inacessíveis. Análise 5. Pressão humana. Essa análise revela as áreas com sinais de ocupação humana, consolidada e incipiente, identificadas a partir de focos de calor, desmatamento, estradas oficiais, centros urbanos, assentamentos de reforma agrária e áreas de mineração. Para efeito dessa análise, consideramos o termo pressão humana consolidada como alta pressão e as áreas com pressão humana incipiente como média pressão. Análise 6. Estradas não-oficiais As análises para a identificação das estradas nãooficiais foram conduzidas por Souza Jr., de acordo com o método proposto por Brandão e Souza Jr. (2006). As estradas foram mapeadas por meio de interpretação visual de imagens Landsat (bandas 3, 4 e 5) na escala 1: (Figura 7). O software Arcgis 3.2 foi usado para digitalizar todas as estradas identificadas. Ao comparar as imagens digitalizadas com o mapa de estradas oficiais de 2001 (Ministério dos Transportes 2002), os autores puderam distinguir as estradas não-oficiais das estradas oficiais. 23

24 Áreas para produção florestal no Pará Figura 7. Método para o mapeamento de estradas não-oficiais. Análise 7. Exploração madeireira. Mapeamos a exploração madeireira utilizando imagens Landsat TM por meio do método desenvolvido por Souza Jr. (2005) (Figura 8). Esse mapeamento consiste na identificação de pátios e estradas madeireiras e de áreas de floresta que sofreram impacto no dossel. Para esse mapeamento, as imagens foram transformadas para reflectância, utilizando o programa ACORN, o qual remove as interferências atmosféricas das imagens restando apenas o sinal da superfície. Para quantificar os componentes puros (floresta, solo, vegetação morta etc.) dentro de cada pixel, aplicamos o Modelo de Mistura de Pixel nas imagens de reflectância, resultando nas imagens de fração de solos, NPV (Non-photosynthetic vegetation vegetação morta) e GV (Green Vegetation vegetação viva). As imagens de fração foram combinadas gerando uma imagem NDFI (Normalized Difference Fraction Index) para realçar o sinal de degradação causada pela exploração madeireira. A partir do NDFI, realizamos a interpretação visual digitalizando as feições das cicatrizes de exploração florestal, caracterizadas pelas aberturas de pátios de estocagem de toras de madeira (1 a 3 pixels), conectadas às estradas abertas nas áreas com floresta (ramais). Estimamos a área a partir da delimitação da área afetada pela exploração. Adicionalmente, utilizamos o número e a área dos planos de manejo florestal existentes nos polígonos potenciais autorizados pelo Ibama para os períodos de 2003 a

25 Imazon Figura 8. Método para estimar a área de floresta explorada. Análise Secundária Situação fundiária. A situação fundiária de cada polígono foi classificada de acordo com dados fornecidos pelo Incra e pelo Iterpa. O Incra disponibilizou informações cartográficas para o Estado por meio dos polígonos das áreas arrecadadas (resultantes de arrecadação sumária), discriminadas (resultantes de ações discriminatórias) e dos imóveis rurais. O Iterpa disponibilizou informações cartográficas por meio das linhas (contornos) das áreas requeridas para titulação. Os dados de requerimentos fornecidos pelo Iterpa foram considerados como indicativo de pressão, embora não haja informação sobre ocupação. Mesmo que essas áreas não estejam desmatadas, há um presumível interesse de ocupação. As áreas não identificadas como federais, imóveis rurais e assentamentos de reforma agrária foram classificadas como potencialmente devolutas. Situação do entorno. Por meio da sobreposição de mapas, analisamos a presença de Áreas Protegidas e de Assentamentos Rurais no entorno dos polígonos florestais identificados. Consideramos importante o conhecimento da situação de entorno dessas áreas, uma vez que é possível localizar tanto as futuras pressões (no caso de assentamentos) como os corredores ecológicos potenciais (no caso de Áreas Protegidas). Biodiversidade. Analisamos a importância biológica nos polígonos florestais identificados de acordo com o mapa elaborado no seminário de Macapá em 1999 (ISA et al. 2001). Potencial agrícola. Analisamos o potencial agrícola dos polígonos florestais com base no mapa do potencial agrícola produzido pelo IBGE (2002). Esse mapa classifica o território de acordo com a potencialidade agrícola dos solos, levando em conta fatores como fertilidade, características físicas e morfológicas, principais limitações e topografia. 25

26 Áreas para produção florestal no Pará 3.5. Recomendações de Uso nos Polígonos Florestais Elaboramos um resumo para cada um dos 14 polígonos florestais analisados (Anexo 1). Os critérios para as recomendações estão relacionados principalmente à cobertura florestal (aptidão florestal), pressão antrópica e destinação de uso prevista pelo ZEE (Lei Estadual ¹ 6.745/05). Neste relatório, sugerimos quatro categorias para destinação das áreas: (i) área com potencial para criação de Flonas/Flotas; (ii) área com potencial para criação de APAs florestais; (iii) área com potencial para concessão florestal fora de UC e/ou Assentamento Florestal; e (iv) área com potencial para outras categorias de UC, tais como APAs, RDS etc. Categoria 1: Florestas Nacionais ou Estaduais (Flonas/Flotas) As Flonas/Flotas são Unidades de Conservação de Uso Sustentável caracterizadas pela cobertura florestal de espécies nativas, cujo objetivo principal é o uso múltiplo dos seus recursos florestais com base em técnicas de manejo florestal (Artigo 17 do Snuc). Além disso, as Flonas têm a função de garantir a proteção dos serviços ambientais, propiciar as atividades de recreação e apoiar pesquisa científica. As Flonas/Flotas permitem que a população residente e empresas interessadas por meio de concessão utilizem os recursos naturais de acordo com o plano de manejo da Unidade. As Flonas/Flotas requerem desapropriação, indenização e retirada de ocupantes. Entretanto, as populações tradicionais podem permanecer residindo na Unidade. As principais variáveis utilizadas para selecionar as áreas destinadas à criação de Flonas/Flotas no Estado Pará são: (i) área prevista para a criação de Unidades de Conservação de Uso Sustentável pelo ZEE; (ii) aptidão florestal; e (iii) baixa e média pressão humana. Categoria 2: APAs Florestais APA é uma área extensa, com sinal de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e bem-estar das populações humanas. Os seus objetivos são proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. As APAs são constituídas por terras públicas ou privadas (MMA 2005). A APA florestal 10 sugerida é uma APA na qual há garantia legal da conservação da cobertura florestal. Por exemplo, a APA Tapajós (criada pelo governo federal em fevereiro de 2006) tem essa característica, pois no seu decreto de criação foram definidos a manutenção da cobertura florestal e o domínio público de suas terras. As principais variáveis utilizadas para selecionar as áreas destinadas à criação da APA Florestal no Estado Pará são: (i) área prevista para a criação de Unidades de Uso Sustentável pelo ZEE; (ii) aptidão florestal; (iii) alta pressão humana. Categoria 3: Concessão florestal fora de UC e/ou Assentamento Florestal Área com potencial para uso florestal na forma de concessão florestal em áreas públicas fora de UC podendo ser tanto concessões para empresas privadas como também para uso florestal pelas populações tradicionais e/ou agricultores familiares por meio dos Assentamentos Florestais. Esses assentamentos são uma nova modalidade de área para uso social defini- 10 O termo APA Florestal refere-se a um tipo de APA no qual o uso será florestal e, portanto, haverá restrições às atividades de conversão florestal. Além disso, como foi adotado no caso da APA do Tapajós, estabelecida em fevereiro de 2006, as áreas devolutas existentes na APA serão alocadas como floresta pública e, portanto, não haverá titulação privada. 26

27 Imazon da pelo governo federal, cuja finalidade é promover o manejo florestal comunitário ou em pequena escala. As principais variáveis utilizadas para selecionar as áreas destinadas à criação da APA Florestal no Estado Pará são: (i) área prevista para consolidação pelo ZEE; (ii) aptidão florestal; (iii) baixa ou média pressão humana. Categoria 4: Outras categorias de UC Nas áreas previstas para a criação de Unidades de Conservação de Uso Sustentável pelo ZEE, mas com baixa aptidão para produção florestal (especialmente, baixo potencial madeireiro) e baixa ou média pressão humana, recomendamos considerar outras categorias de Unidades de Conservação de Uso Sustentável como RDS e Resex. Se a pressão humana for alta, então a sugestão seria o estabelecimento de uma APA. RDS: É uma área natural que abriga populações tradicionais cuja existência baseiase em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. É de domínio público, portanto, as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei (MMA 2005). Resex: É uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais cuja subsistência baseia-se no extrativismo e na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da Unidade. É de domínio público com seu uso concedido às populações extrativistas tradicionais (MMA 2005) Potencial Florestal Compilamos os dados referentes às áreas para uso florestal existentes no Pará, bem como os polígonos florestais identificados nesse levantamento. Em seguida, apresentamos uma estimativa da área florestal potencial desses polígonos no Pará considerando as áreas existentes e aquelas propostas para uso florestal (descrita no item 3.2 dos métodos) Bases de Informações Para a elaboração deste relatório utilizamos as informações resumidas na Tabela 4. 27

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