Rastreio em Saúde Mental a uma amostra de utilizadores da. consulta sem diagnóstico de perturbação mental

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Rastreio em Saúde Mental a uma amostra de utilizadores da. consulta sem diagnóstico de perturbação mental"

Transcrição

1 Rastreio em Saúde Mental a uma amostra de utilizadores da consulta sem diagnóstico de perturbação mental JOSÉ AUGUSTO RODRIGUES SIMÕES Assistente Graduado de Clínica Geral, no Centro de Saúde de Góis MANUEL ENESCIO ALMEIDA GAMA Interno do Internato Complementar de Clínica Geral, no Centro de Saúde de Góis Artigo publicado na Revista "Psiquiatria Clínica", Volume 21 - Nº 1 - Janeiro/Fevereiro 2000, pág Trabalho apresentado como Poster no 16º Encontro Nacional de Clínica Geral e no First International Congress of Consultation Liaison Psychiatry and Psychosomatics. Correspondência: José Augusto Rodrigues ões Centro de Saúde de Góis Av. Comendador Augusto Rodrigues GÓIS Telefone: Fax: E.mail: cs15@srscoimbra.min-saude.pt

2 2 RESUMO Os autores, pretenderam avaliar, no presente estudo, a prevalência de perturbação mental numa amostra de 101 utentes, sem diagnóstico de doença mental, da sua consulta no Centro de Saúde de Góis, através da aplicação da Escala de Rastreio em Saúde Mental - ER80 (Pio Abreu e col.). A existência de uma psicopatologia oculta naquele contexto e eventuais grupos de risco (mulheres, idosos, sem vínculo marital, analfabetos e reformados) foram as hipóteses estudados. Os resultados encontrados com o presente estudo não podem ser extrapolados para a população em geral, e provavelmente também não para a população alvo, a do ficheiro dos autores, embora possam tomar-se como valor indicativo e de referência para outros estudos, com amostras mais numerosas ou utilizando outras metodologias. No entanto concluiu-se que: - A percentagem de perturbações mentais suspeitadas com a Escala de Rastreio - ER80, na amostra dos utentes do ficheiro sem diagnóstico de doença mental, foi de 39,8%. Tal valor é genericamente sobreponível ao encontrado por outros estudos com a mesma Escala, embora noutras realidades. - As perturbações mentais foram detectadas, mais frequentemente, nas utentes do sexo feminino, nos utentes com idade igual ou superior a 60 anos, nos utentes sem vínculo marital, nos utentes analfabetos e nos utentes não reformados.

3 3 ABSTRACT The author s make a mental health study on 101 patients from our file whom no mental disorder has been detected. The ER80 (Pio Abreu and col.) Screening Scale has been used. This investigation has the following aims: to know the prevalence of non-diagnosed mental disorder in the author s patient, to study the relationship between mental disorder and Sex, age, marital status, schooling and occupation. The results found by this study cannot be extrapolated for the common population and probably it can t be even for the aim population, the one of the author s file, either. However, they can become an indicative and reference value for other studies with a larger sample amount or for other studies in which other methodologies can be used. Anyway, we can conclude that: - The percentage of mental disorders detected by ER80 Screening Scale on the sample of computer file patients with no mental disorder diagnosis was 39,8%. Such value can be overlapped by the one of other studies in which the same scale has been used, if other realities are being considered. - The mental disorders were suspected mainly on females, on patients older than 60 years, on the unmarried, illiterate and non-retired ones. PALAVRAS-CHAVE Saúde Mental; Perturbação Mental; Rastreio; Prevalência

4 4 INTRODUÇÃO Em Novembro de 1992 foi feito, no Centro de Saúde de Góis, um estudo de rastreio de doença mental, dentro de um quadro de Psiquiatria Consiliar e de Ligação com o Hospital Psiquiátrico do Lorvão, (1) que permitiu avaliar uma prevalência de perturbação mental de 40,66%, numa amostra de 300 utentes do referido Centro de Saúde, através da aplicação da Escala de Rastreio em Saúde Mental - ER80 (Pio Abreu e col.). (2) A existência de uma psicopatologia oculta naquele contexto foi estimada em 23,66%. (3) Os dados de estudos efectuados noutras realidades, apontam para a justeza e correcção técnica de um trabalho focalizado no papel pivot do Clínico Geral/Médico de Família nos cuidados a prestar aos doentes, na área da Psiquiatria, mas, ainda assim, 35 a 50% dos casos não são identificados (4). Os valores de prevalência de perturbação mental encontrados, com a aplicação da Escala de Rastreio em Saúde Mental - ER80, vão de 34% a 54%. (5) (6) (7) (8) (9) (10) Isto levou-nos a idealizar um estudo de rastreio em saúde mental em utentes do nosso ficheiro, sem doença mental conhecida. Formularam-se os seguintes objectivos para o presente estudo: conhecer a prevalência de perturbação mental não diagnosticada nos utilizadores da consulta dos autores, no Centro de Saúde de Góis; estudar as relações de associação entre perturbação mental e sexo, grupo etário, estado civil, escolaridade e ocupação.

5 5 MÉTODOS Realizou-se um estudo transversal, abrangendo o período de Novembro e Dezembro de É um estudo descritivo, a partir de uma amostra simples, dos utentes utilizadores da consulta dos autores, no Centro de Saúde Góis e que ainda não tinham diagnóstico de doença/perturbação mental registado no ficheiro informatizado de morbilidades Emerius, de onde se obteve a lista dos utentes com diagnóstico já conhecido. A informação foi obtida através de um questionário que incluía a Escala de Rastreio em Saúde Mental - ER80 (Pio de Abreu e cols.). (6) Universo Conjunto das unidades amostrais. População alvo Utentes da consulta, de ambos os sexos, com idade superior a 16 anos, nos meses de Novembro e Dezembro de Amostra em estudo Os primeiros 3 utentes, por dia de consulta, de ambos os sexos, com idade superior a 16 anos, que não tinham diagnóstico de doença/perturbação mental e que aceitaram responder ao questionário com a Escala ER80.

6 6 Unidade de observação Utente, com idade superior a 16 anos, que frequentou a consulta nos meses de Novembro e Dezembro de Critérios de exclusão - Já ter diagnóstico conhecido de doença/perturbação mental, nomeadamente constar da lista obtida a partir do ficheiro informatizado de morbilidades Emerius. - Já ter respondido ao questionário anteriormente. Variáveis - Variáveis da ficha identificativa: - sexo, idade, estado civil, escolaridade, profissão, ocupação. - Variáveis da Escala de Rastreio em Saúde Mental - ER80: - utilizadores ER+ e utilizadores ER-. Recolha e Tratamento de Dados Usou-se um questionário com ficha identificativa e as 16 perguntas que compõem a Escala de Rastreio em Saúde Mental - ER80. (Anexo) entrevista. Foi garantido o anonimato a todos os entrevistados e explicada a finalidade da Apesar da Escala ER80 ser de auto preenchimento, resolveu-se aplicá-la sob a forma de entrevista, uma vez que se previa um número significativo de analfabetos. A entrevista aos utentes foi executada pelos autores.

7 7 Os dados foram objecto de tratamento em computador, através de uma base de dados em dbase III Plus - Versão 1.0 de 1986 e tratamento pelo programa Epi Info - Versão 5.01 de Os dados foram testadas recorrendo a um teste de independência utilizando o qui-quadrado, uma vez que as variáveis eram de natureza qualitativa (relação de associação entre perturbações mentais e sexo, grupos etários, estado civil, escolaridade e ocupação).

8 8 RESULTADOS Foram realizados 101 questionários, em 34 dias de consulta, no período de Novembro e Dezembro de Caracterização da amostra Foram entrevistados 101 indivíduos, sendo 41 (40,6%) do sexo masculino e 60 (59,4%) do sexo feminino. A idade média dos inquiridos foi de 62,1 (±15,7) anos. A idade média dos indivíduos do sexo masculino (65,3 (±13,9) anos) foi superior à dos do sexo feminino (59,3 (±16,6) anos). Verificou-se que o grupo etário com maior número de indivíduos foi o anos (51,5%) e utentes com 60 ou mais anos foram 68,3%. (Quadro I) Quadro I Grupos Etários Masc. Fem. Total (5,0%) (10,9%) (15,8%) (51,5%) (16,8%) Total (100%) Em relação ao estado civil verificou-se que a maioria eram casados (71,3%), pelo que os sem vínculo marital foram 28,7%. (Quadro II)

9 9 Quadro II Estado Civil Masc. Fem. Total Solteiro (9,9%) Casado (71,3%) Viúvo ,9%) Divorciado (2,9%) Outro (2%) Total (100%) Apenas dois dos entrevistados eram possuidores de habilitações literárias de nível superior (1,9%). Como esperado 20,8% eram analfabetos e 39,6% apenas sabiam ler e escrever, mas não tinham qualquer grau académico. (Quadro III) Quadro III Escolaridade Masc. Fem. Total Analfabeto (20,8%) Sabe Ler (39,6%) E. Obrigatória (37,6%) C. Médio (0%) C. Superior (2%) Total (100%) Em relação à ocupação, metade era reformado (50,5%). (Quadro IV)

10 10 Quadro IV Ocupação Masc. Fem. Total Inactivo (6,9%) Activo (42,6%) Reformado (50,5%) Total (100%) Aplicação da Escala de Rastreio em Saúde Mental - ER80 Dos 101 questionários tiveram que ser excluídos 8, por a Escala considerar um Índice de Falsidade (F - Resposta considerada improvável; Falsidade: 1 ponto por cada (F), Limiar 4), e estes terem um Índice igual ou superior a 4. Ficámos com 93 questionários para a análise subsequente. A Escala ER80 considera 1 ponto por cada (+), sendo o limiar de positividade considerado, para o Sexo Masculino 6 e para o Sexo Feminino 7 (Limiar superior da Escala), que serão os casos ER80+. Obtivemos o resultado de uma percentagem de Perturbações Mentais (P.M.), nos utentes do ficheiro sem diagnóstico, de 39,8% (37 utentes com ER80+ e 56 utentes com ER80-). Análise bivariada Verifica-se que a percentagem de P.M. no sexo feminino foi de 43,1% e no sexo masculino de 34,3%. Aplicando-se um teste de independência verifica-se não haver associação estatisticamente significativa entre ER80+ e sexo (χ² = 0,39 e p = 0,53).

11 11 Verifica-se que a percentagem de P.M. nos utentes com idade 60 anos foi de 41,3% e nos utentes com idade < 60 anos de 36,6%. Também não há associação estatisticamente significativa entre ER80+ e idade superior ou inferior a 60 anos (χ² = 0,04 e p = 0,84). Verifica-se que a percentagem de P.M. nos utentes sem vínculo marital foi de 54,2% e nos utentes com vínculo marital (casados) de 34,8%. Igualmente não há associação estatisticamente significativa entre ER80+ e vínculo marital (χ² = 2,04 e p = 0,15). Verifica-se que a percentagem de P.M. nos utentes analfabetos foi de 55% e nos utentes não analfabetos de 35,6%. Também não há associação estatisticamente significativa entre ER80+ e o ser analfabeto (χ² = 1,72 e p = 0,18). Verifica-se que a percentagem de P.M. nos utentes reformados foi de 34,8% e nos utentes não reformados de 44,7%. Igualmente não há associação estatisticamente significativa entre ER80+ e o ser reformado (χ² = 0,58 e p = 0,44).

12 12 DISCUSSÃO O tipo de estudo escolhido, transversal, apesar de ser pouco dispendioso e de fácil concepção, pode levar a enviesamentos, uma vez que a população em estudo consiste sempre em grupos observados, cujas características poderão ser diferentes das da população em geral, pelo que é provável que a amostra seja significativamente diferente da população do ficheiro, pelo que este facto pode diminuir a validade do estudo. Optámos pela utilização da Escala de Rastreio em Saúde Mental - ER80 (Pio de Abreu e cols.), visto tratar-se de uma escala adaptada às condições socioculturais do português médio e, além disso, ser de fácil e rápida aplicação. Acresce ainda, ter ela já sido utilizada em outros trabalhos semelhantes, o que permite uma comparação dos diversos tipos de informação obtidos (2) (3) (5) (6) (7) (8) (9) (10). Apesar de ter sido solicitado aos inquiridos que se reportassem aos últimos 6 meses aquando da aplicação da Escala de Rastreio-ER80, pensamos que vários factores, como circunstâncias de momento, factores ambientais próximos, o facto de ter sido uma entrevista, etc., possam ter influenciado as respostas. Assim, pensamos que as conclusões a que chegámos não podem ser extrapoladas para a população em geral, embora possam tomar-se como valor indicativo e de referência para estudos com amostras mais numerosas ou utilizando outras metodologias. Analisando os resultados, verificámos que: - A população estudada foi predominantemente do sexo feminino (59,4%), provavelmente por ser maior utilizadora dos Cuidados Primários de Saúde. Este facto

13 13 poderá ter várias explicações, por exemplo o facto do homem considerar mais difícil ser atendido durante as horas normais de consulta, tender a interpretar a adopção do papel de doente como um sinal de fraqueza, etc. - A prevalência de perturbações mentais na população estudada ser de 39,8%. Apesar de tal valor ser genericamente sobreponível ao encontrado por outros estudos com a mesma Escala, embora noutras realidades, em que os valores vão de 34% a 54%, (5) (6) (7) (8) (9) (10) não se deve esquecer que tratava de uma população utilizadora da consulta em que seria de esperar um melhor conhecimento da mesma. - As diferenças entre os sexos não foram significativas, embora as perturbações mentais tenham sido mais frequentes nas utentes do sexo feminino, 43,1%, que nos do sexo masculino, 34,3%. - As perturbações mentais aumentam com a idade, e foram mais frequentes nos utentes com idade igual ou superior a 60 anos, embora a diferença não tenha sido significativa. Efectivamente, os idosos constituem um grupo particularmente vulnerável, já que, com a perda de estatuto socioprofissional, muitas vezes afastados dos seus e fisicamente debilitados, mais dificilmente se adaptam às transformações próprias da idade, mas também sendo maiores utilizadores da consulta haverá um melhor conhecimento do seu estado. - São ainda os utilizadores sem vínculo marital (não casados) que apresentam uma maior frequência de perturbações mentais, 54,2%, enquanto que nos casados ( com vínculo marital ) o valor foi de 34,8%, no entanto também esta diferença não foi estatisticamente significativa. Factores, como falta de mecanismos compensatórios, relações interpessoais, auto-estima fragilizada, podem contribuir para a explicação desta maior frequência.

14 14 - As perturbações mentais foram mais frequentes nos utentes analfabetos, 55% contra 35,6% nos não analfabetos, mas também esta diferença não foi significativa. O tipo de cultura, o saber, o maior conhecimento, permitem encarar de maneira diferente determinados problemas da vida. - Paradoxalmente, ou talvez não, as perturbações mentais não foram mais frequentes nos utentes reformados, 34,8%, que nos não reformados, 44,7%, não sendo também a diferença estatisticamente significativa. Uma possível explicação, talvez esteja no se tratar de uma população essencialmente rural, fazendo uma agricultura de auto-subsistência, e a reforma representar, principalmente para as mulheres, uma certa independência económica (agora é que têm um rendimento mensal estável).

15 15 CONCLUSÕES Os resultados encontrados com o presente estudo não podem ser extrapolados para a população em geral, e provavelmente também não para a população alvo, a do Ficheiro dos autores, embora possam tomar-se como valor indicativo e de referência para outros estudos, com amostras mais numerosas ou utilizando outras metodologias. No entanto concluiu-se que: - A percentagem de perturbações mentais detectadas com a Escala de Rastreio- ER80, na amostra dos utentes do Ficheiro sem diagnóstico de doença mental, foi de 39,8%. - As perturbações mentais foram suspeitadas mais frequentemente nas utentes do sexo feminino. - As perturbações mentais foram suspeitadas mais frequentemente nos utentes com idade igual ou superior a 60 anos. - As perturbações mentais foram suspeitadas mais frequentemente nos utentes sem vínculo marital. analfabetos. - As perturbações mentais foram suspeitadas mais frequentemente nos utentes - As perturbações mentais foram suspeitadas mais frequentemente nos utentes não reformados.

16 16 BIBLIOGRAFIA 1. Teixeira,J.A., Dificuldades na identificação do doente psiquiátrico nos cuidados primários de saúde, Revista de Psiquiatria Consiliar e de Ligação 1995; 1: Pio Abreu,J.L. & Vaz Patto,M.L., A Utilização de uma Escala de Rastreio em Epidemiologia Clínica, Psiquiatria Clínica 1981; 2: ões,j.a. & al., Doença Psiquiátrica nos Cuidados Primários de Saúde - Estudo Epidemiológico - Centro de Saúde de Góis, Psiquiatria Clínica 1996; 17(4): Brody,D.S. & al., Identifying patients with depression in the primary care setting, Arch Intern Med 1998; 158: Pio Abreu,J.L., Epidemiologia Psiquiátrica - Análise Crítica de Resultados e Métodos, Psiquiatria Clínica 1984; 5: Pio Abreu,J.L. & Teixeira,J.A., O Caso Psiquiátrico - Limites e detecção, Psiquiatria Clínica 1984; 5(2): Mendes,M.E. & al., Cuidados de saúde primários e saúde mental, detecção de casos de perturbação mental na comunidade - Góis, Lousã, Marco dos Pereiros, Santa Clara - na prática diária da consulta de clínica geral., I Curso de Epidemiologia - A.P.M.C.G.-Coimbra, Resina,T. & al., Depressão e Ansiedade na Consulta de Clínica Geral/Medicina Familiar, Acta Médica Portuguesa 1989; 1: Robalo,J.M., Saúde Mental na Consulta de Clínica Geral/Medicina Familiar - Alguns aspectos da dimensão do problema - Estudo efectuado na Sede do Centro

17 17 de Saúde de Celas-Coimbra, Curso de Saúde Pública II/1988, Área 3 - Trabalho de campo - Coimbra, Novembro de Silva,L.F. & al., Investigação epidemiológica de saúde mental com a escala de rastreio ER/80, Psiquiatria Clínica 1991; 12(2):65-68.

18 18 (Questionário) Processo Nº - Sexo: Masculino Feminino Escolaridade: (Assinalar o que tiver sido completado) Analfabeto Sabe Ler E.Obrigatória Curso Médio Curso Superior Idade: anos Estado Civil: Solteiro Casado Viúvo Divorciado Outro Profissão: (A actual ou a anterior, se for reformado) Ocupação: Activo Inactivo Reformado ESCALA DE RASTREIO EM SAÚDE MENTAL (ER80) As perguntas seguintes dizem respeito ao modo como se tem sentido nos últimos tempos. Responda a todas elas, marcando a resposta com que esteja mais de acordo. Tem tido dores de cabeça? Tem-se sentido mal disposto? Quando está adoentado procura sempre o médico? Tem-se sentido muito nervoso ou irritado? Tem-se sentido satisfeito ou triste? Que tal tem andado a sua memória? Tem tido a sensação de ter a cabeça pesada? Tem a sensação de que tudo, tudo lhe corre mal? Custa-lhe a decidir sobre as pequenas coisas do dia a dia? Consegue dormir sem dificuldades? Tem-se preocupado por tudo e por nada? Custa-lhe prestar atenção a uma conversa ou programa de rádio? Acha que as pessoas o têm tratado de um modo diferente? Existe alguma pessoa de quem não goste? Está melhor quando está sozinho? Acontecem-lhe coisas estranhas ou sem explicação? Muitas vezes Poucas vezes Nunca Muitas vezes Poucas vezes Nunca Muitas vezes Poucas vezes Nunca Satisfeito Normal Triste Boa Regular Má Raramente Raramente Quase sempre