Conhecendo o verdadeiro cristão (1º Jo 2:3 11)

Transcrição

1 Escola Bíblica Dominical Lição 05 Conhecendo o verdadeiro cristão (1º Jo 2:3 11) Rodrigo da Silva Gomes 21/06/2015

2 Roteiro da Aula O que já estudamos; Introdução; A obediência; O amor Considerações Finais

3 O que já estudamos A introdução da carta; Deus se manifestando ao homem (1:1-5); Deus Santo x homem pecador (1:-6-10 ); Jesus, o advogado incomparável (2:1-2);

4 Introdução No capítulo 1 João já identificou três marcas de um falso cristão: Ele tenta enganar os outros; Ele tenta enganar a si mesmo; Ele tenta enganar a Deus Agora, o apóstolo falará das marcas do verdadeiro cristão

5 Introdução Como podemos distinguir o verdadeiro cristão do falso cristão? Como podemos saber que uma pessoa é verdadeiramente convertida?

6 Introdução João enfatiza três provas básicas para identificarmos o verdadeiro: A obediência (prova moral); O amor (prova social); A fé em Cristo (prova doutrinária)

7 Introdução O cristão precisa andar como Cristo andou, amar como Cristo amou e ter a vida que Cristo que doou; No nosso texto, vamos nos concentrar em 2 provas básica: a obediência e o amor.

8 A obediência (v. 3-6) Conhecer a Deus e ter comunhão com Ele é a própria essência da vida eterna (Jo 17:3); Agostinho disse: Deus nos criou para Ele e a nossa alma não encontrará repouso até descansarmos Nele.

9 A obediência (v. 3-6) No primeiro século, podemos destacar três formas de conhecimento, segundo William Barclay:

10 A obediência (v. 3-6) 1: Conhecer a Deus somente pela razão (gregos) Os gnósticos desprezavam os cristãos, pois julgavam que tinham conhecimento superior; O cristianismo deveria converterse em satisfação intelectual ao invés de satisfação moral.

11 A obediência (v. 3-6) 1: Conhecer a Deus somente pela razão (gregos) O conhecimento estava separado da ética; Vemos isso nos dias de hoje? Ainda hoje há os que tem conhecimento mas não tem vida.

12 A obediência (v. 3-6) 2: Conhecer a Deus somente pela emoção (gregos) Cerimônias e rituais regados a misticismo e emocionalismo; A proposta não era conhecer a Deus, mas sentir Deus; As pessoas entravam em transe.

13 A obediência (v. 3-6) 2: Conhecer a Deus somente pela emoção (gregos) Existe isso nos dias de hoje? As pessoas não querem saber, querem sentir; Buscam não a verdade, mas arrebatamentos emocionais.

14 A obediência (v. 3-6) 3: Conhecer a Deus pela própria revelação (cristãos) Só podemos conhecer a Deus porque Ele se revelou; Veja Mt 16:17; Então, nos versos 3 a 6, tentemos identificar o verdadeiro conhecimento de Deus.

15 A obediência (v. 3-6) Segundo João, o verdadeiro conhecimento de Deus nos vem pela revelação e é evidenciada na obediência; Vamos refletir sobre isso, observando quatro aspectos:

16 A obediência (v. 3-6) 1: Obediência é prova de conhecimento (v. 3) Conhecimento para os gregos: contemplação racional; Conhecimento para os gnósticos: experiência mística; Conhecimento para João: Cristo.

17 A obediência (v. 3-6) 1: Obediência é prova de conhecimento (v. 3) O que João quer dizer é que nenhum conhecimento é verdadeiro se não for transformador; Nenhuma experiência é válida sem consequências morais (Tt 1:16);

18 A obediência (v. 3-6) 1: Obediência é prova de conhecimento (v. 3) Não conhecemos a Deus pela quantidade de informação na mente, mas pelo grau de obediência; Conhecer a Deus é desenvolver obediência.

19 A obediência (v. 3-6) 1: Obediência é prova de conhecimento (v. 3) Motivações da obediência: obrigação (escravo); necessidade (empregado); vontade própria (cristão); Veja Jo 14:15;

20 A obediência (v. 3-6) 2: Inconsistência moral é prova de falta de conhecimento (v. 4) O pior dos enganos é o autoengano; As palavras de um homem devem ser pautadas em suas obras; Veja Mt 7:22-23

21 A obediência (v. 3-6) 2: Inconsistência moral é prova de falta de conhecimento (v. 4) Os falsos mestres gnósticos bandearam para a imoralidade; Eles diziam conhecer a Deus, mas negavam esse conhecimento pela vida desregrada que tinham.

22 A obediência (v. 3-6) 3: A obediência é prova de que estamos em Deus (v. 5) O amor de Deus por nós é aperfeiçoado na obediência à Palavra; Como sabemos que estamos em Deus? R: 2:5; 2:6

23 A obediência (v. 3-6) 3: A obediência é prova de que estamos em Deus (v. 5) Segundo John Stott, o verdadeiro amor a Deus se expressa não em linguagem sentimental ou experiência mística, mas em obediência moral.

24 A obediência (v. 3-6) 4: A imitação de Cristo é prova de que somos Dele (v. 6) Cristo não é apenas nosso mestre, mas também nosso exemplo; Não basta conhecer a Sua Palavra, devemos também imitá-lo; E como é que Ele andou?

25 A obediência (v. 3-6) 4: A imitação de Cristo é prova de que somos Dele (v. 6) Cristo andou humildemente; Cristo esvaziou a si mesmo; Cristo submeteu-se ao Pai; Cristo entregou-se por nós;...

26 A obediência (v. 3-6) 4: A imitação de Cristo é prova de que somos Dele (v. 6) É assim que devemos andar. O conhecimento de Deus desemboca em obediência moral; Veja o que escreveu William Barclay sobre isso:

27 A obediência (v. 3-6) 4: A imitação de Cristo é prova de que somos Dele (v. 6) O cristianismo é a religião que oferece O cristianismo é a religião que oferece o maior privilégio e a maior obrigação. No cristianismo, o esforço intelectual e a experiência emocional não são descuidados longe disso devem, contudo, combinar-se para frutificar em ação moral.

28 O amor (v. 7-11) Se a obediência é prova moral, o amor é a prova social que identifica o verdadeiro cristão; Vejamos algumas verdades preciosas aqui para o nosso ensino:

29 O amor (v. 7-11) 1: O mandamento do amor (7-8) Veja I Jo 2:7-8; O amor integral era parte da mensagem original aos cristãos; O mandamento de amar ao próximo é antigo (Lv 19:18); Cristo ampliou (Jo 13:34-35)

30 O amor (v. 7-11) 1: O mandamento do amor (7-8) Este é o nosso mandato quando lidamos com pessoas difíceis; Se o cristianismo doutrinário é antigo, o experimental é novo; O apóstolo João não estaria entrando em contradição? (velho x novo)?

31 O amor (v. 7-11) 1: O mandamento do amor (7-8) No grego há duas palavras para novo : neos(tempo) e kainós (qualidade); O mandamento antigo não deixa de existir, mas continua no novo; Compare: Lv 19:34 ; Mt 5:43-44;

32 O amor (v. 7-11) 1: O mandamento do amor (7-8) O mandamento é novo em profundidade: O desafio é amar como Jesus nos amou; O amor cristão não é um sentimento, mas uma ação. Ele nos amou e a si mesmo se entregou por nós;

33 O amor (v. 7-11) 1: O mandamento do amor (7-8) O mandamento é novo em extensão: Jesus redefine o significado de próximo. Próximo é qualquer pessoa que precise de nós. Em Jesus o amor busca o pecador. Os judeus desprezavam os pecadores e os gentios.

34 O amor (v. 7-11) 1: O mandamento do amor (7-8) O mandamento é novo em experiência: Andar em amor e andar na luz são a mesma coisa. Cristo é a luz que brilha em nós (Mt 4:16). Veja como deve ser a nossa vida em Pv 4:18. Para João, luz = amor e trevas = ódio.

35 O amor (v. 7-11) 2: O ódio não respira na luz (9) Lloyd John diz que a inimizade é cancerosa. Ela multiplica, adoece, deforma e mata; Vemos a genuidade da fé de alguém em sua correta relação com Deus (obedecendo-lhe) e com os irmãos (amando-os);

36 O amor (v. 7-11) 2: O ódio não respira na luz (9) Quem odeia a seu irmãos está nas trevas e não conhece a Deus (e quem é Deus? R: I Jo 1:5 e 4:8); Veja ainda o que João diz em I Jo 3:15 e I Jo 4:20; Nicodemus diz que o ódio por um irmão é bastante revelador;

37 O amor (v. 7-11) 2: O ódio não respira na luz (9) Não podemos comungar com Deus odiando aos nossos irmãos; Não podemos cantar hinos que falam de amor tendo amargura em nossos corações; Não há crepúsculo. Só luz ou trevas. Só amor ou ódio.

38 O amor (v. 7-11) 3: O amor não faz tropeçar (10) A palavra traduzida por tropeço é metáfora bíblica para uma pedra saliente que faz tropeçar o viajante; A ideia é que a falta de amor produz escândalo e causa tropeço; Um crente que odeia produz isso;

39 O amor (v. 7-11) 3: O amor não faz tropeçar (10) Ele causa problemas ao invés de ajudar a resolvê-los; Em vez de bênção, se transforma em maldição; Em vez de pacificador, ele é pertubador;

40 O amor (v. 7-11) 4: O ódio é um veneno (11) Segundo Nicodemus, essas trevas são a escuridão moral e espiritual; Os incrédulos é que são cegos em relação às coisas espirituais e morais (Pv 4:19); O ódio afasta o homem de Deus e do próximo.

41 O amor (v. 7-11) 4: O ódio é um veneno (11) Quem odeia a seu irmão não tem a salvação (2:11a): Trevas são o oposto da luz. O diabo é o príncipe das trevas. Quem odeia ao seu irmão ainda não é convertido. Não saiu do império das trevas.

42 O amor (v. 7-11) 4: O ódio é um veneno (11) Quem odeia a seu irmão não tem propósito na vida (2:11b): Quem anda nas trevas, anda sem segurança. Quem anda nas trevas não tem direção clara na jornada da vida. Quem odeia ao seu irmão não tem paz e nem crescimento.

43 O amor (v. 7-11) 4: O ódio é um veneno (11) Quem odeia a seu irmão não tem direção na caminhada (2:11c): Quem vive nas trevas não tem direção segura na vida. Vive tateando, tropeçando e caindo. O ódio cega como as trevas.

44 Considerações Finais João nos mostra com muita clareza que a vida cristã estabelece uma correta relação com Deus e com o homem; No amor não existe penumbra; Não há neutralidade nas relações pessoais.

45 Considerações Finais Ódio é falta de cuidado, provisão e ajuda para com os irmãos verdadeiramente necessitados; Por desprezar o corpo, o gnosticismo não se preocupava com necessidades físicas; Vivamos como Deus quer.

46 OREMOS AO SENHOR

47 Referências Bibliográficas LOPES, Hernandes Dias. 1,2,3 João Como ter garantia da salvação. Editora Hagnos; NICODEMUS, Augustus. Primeira carta de João. Editora Hagnos.

48 Escola Bíblica Dominical F I M Rodrigo da Silva Gomes 21/06/2015