EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 8ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO SP.

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Ian Gusmão
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 8ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO SP. Processo n 00026

1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 8ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO SP. Processo n JOSÉ MARIA GONÇALVES OSORIO, qualificado nos autos da reclamação trabalhista proposta em face de SAVOLIDO COMERCIAL E IMOVEIS LTDA + 7, vem perante V.Exa., por seu advogado, CONTESTAR, nos termos do artigo 316 do CPC a reconvenção proposta pelas reclamadas, o que o faz nos seguintes termos: 1. SÍNTESE DA INICIAL Em síntese, alegam as Reclamadas-reconvintes que são proprietárias do imóvel situado na Rua Bernardino de Campos, 308, Vila Mariana, São Paulo e que possuem contrato de comodato com o reclamante-reconvindo em decorrência de contrato de trabalho. As reclamadas-reconvintes alegam que o reclamante-reconvindo com a extinção do contrato de trabalho permaneceu morando no imóvel praticando ato de turbação e esbulho possessório.

2 Pleiteiam: o deferimento de medida liminar para a reintegração na posse do imóvel; condenação do reclamante-reconvindo ao pagamento de perdas e danos, honorários advocatícios e reembolso de custas e despesas processuais. 2. DA PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO ILEGITIMIDADE DE PARTE E FALTA DE INTERESSE DO CONTRATO DE COMODATO IMÓVEL SITUADO NA RUA BERNARDINO DE CAMPOS, 308 As reclamadas-reconvintes arguiram que possuem contrato de comodato com o reclamante-reconvindo para utilizar como moradia o imóvel situado na Rua Bernardino de Campos, 308, Vila Mariana, São Paulo e indicam o doc. 05 para comprovarem as suas alegações. Ocorre que o reclamantereconvindo não possui nenhum contrato de comodato com as reclamadas-reconvintes para a utilização do referido imóvel. Esclarece o obreiro que o contrato de comodato (doc. 05 do volume de documentos das reclamadas) é com outra pessoa Sr. NICANOR PAULO ALVES DE OLIVEIRA. Registre-se que o reclamantereconvindo possuía com as reclamadas-reconvintes um contrato de comodato para a utilização como moradia de 1 imóvel situado na Av. Professor Francisco Morato, e referido contrato foi datado em 02 de abril de 2007 e depois renovado em 01 de julho de 2009 (docs. 02 e 03 do volume de documentos das reclamadas).

3 Posteriormente o reclamantereconvindo assinou com as reclamadas-reconvintes um novo contrato de comodato para a utilização como moradia de 1 imóvel situado no Páteo do Colégio, nº 03 e referido contrato foi datado em 01 de julho de 2009 (doc. 04 do volume de documentos das reclamadas). Assim, como as reclamadasreconvintes não comprovaram que o reclamantereconvindo realmente assinou o contrato de comodato para utilização do imóvel situado na Rua Bernardino de Campos, 308, Vila Mariana, São Paulo está evidenciada a caracterização de ilegitimidade de parte e a falta de interesse de agir. Desta forma, deve ser acolhida a preliminar de carência da ação para extinguir a reconvenção sem resolução do mérito. 3. DO MÉRITO I - DA TURBAÇÃO E DO ESBULHO POSSESSÓRIO A alegação das reclamadasreconvintes de que o reclamante-reconvindo praticou ato de turbação e esbulho possessório trata-se de mero expediente de defesa para tentar tumultuar o regular andamento da reclamação trabalhista. Esclarece o obreiro que laborou por mais de 7 anos e foi indevidamente demitido por justa causa percebendo apenas o valor de R$ 651,61 a título de verbas rescisórias (docs. 13 do volume de documentos das reclamadas).

4 Em decorrência da justa causa que lhe foi aplicada o reclamante-reconvindo não conseguiu perceber o FGTS em sua conta vinculada, bem como também não conseguiu perceber o benefício do Seguro Desemprego. Diante da situação econômica do reclamante-reconvindo as reclamadas-reconvintes autorizaram que o reclamante permanecesse no imóvel por prazo indeterminado até que tivesse condições de ir morar em outro local. Desta forma, absurda a alegação das reclamadas-reconvintes de que o obreiro praticou ato de turbação e esbulho possessório. Registre-se que em nenhum momento as reclamadas-reconvintes notificaram o reclamante-reconvinte para se retirar do imóvel, muito pelo contrário, as reclamadas-reconvintes só se manifestaram através dessa reclamação trabalhista. O reclamante somente teve ciência de que as reclamadas pretendem a sua saída do imóvel quando da realização da audiência em 15 de abril de Nessa audiência o reclamante se comprometeu a procurar outro imóvel para moradia em até 2 meses. Desta forma, impossível de caracterizarmos que o obreiro praticou ato de turbação e esbulho possessório devendo ser julgada improcedente a pretensão das reclamadas-reconvintes.

5 II - DA INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS A alegação das reclamadasreconvintes de que o obreiro acarretou perdas e danos trata-se de mero expediente de defesa para tumultuar o regular andamento da reclamação trabalhista. Em decorrência da justa causa que lhe foi aplicada o reclamante-reconvindo não conseguiu perceber o FGTS em sua conta vinculada, bem como também não conseguiu perceber o benefício do Seguro Desemprego. Diante da situação econômica do reclamante-reconvindo as reclamadas-reconvintes autorizaram que o reclamante permanecesse no imóvel por prazo indeterminado até que tivesse condições de ir morar em outro local. Desta forma, absurda a alegação das reclamadas-reconvintes de que o obreiro praticou ato de turbação e esbulho possessório. Registre-se que em nenhum momento as reclamadas-reconvintes notificaram o reclamante-reconvinte para se retirar do imóvel, muito pelo contrário, as reclamadas-reconvintes só se manifestaram através dessa reclamação trabalhista. O reclamante somente teve ciência de que as reclamadas pretendem a sua saída do imóvel quando da realização da audiência em 15 de abril de Nessa audiência o reclamante se comprometeu a procurar outro imóvel para moradia em até 2 meses.

6 Assim, impossível de caracterizarmos que o obreiro praticou ato de turbação e esbulho possessório acarretando perdas e danos para as reclamadas-reconvintes. Ressalte-se que as reclamadasreconvintes sequer apontam quais são os prejuízos acarretados, tanto que solicitaram que o Juízo arbitra-se o valor da condenação, ou seja, a pretensão das reclamadas-reconvintes é genérica, pois sequer apontaram quais são as perdas e danos que devem ser reparados. Desta forma, deve ser julgada improcedente a pretensão das reclamadas-reconvintes na condenação do reclamante-reconvindo em pagamento de perdas e danos. III - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS APLICAÇÃO DA LEI 5.584/70 APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 219 E 329 DO TST A jurisprudência do Colendo Tribunal Superior do Trabalho já sedimentou entendimento no sentido de que o artigo 133 da Constituição Federal de 1988 não afastou do cenário jurídico a figura do jus postulandi. Contudo, induvidoso, que na Justiça do Trabalho, a condenação em verba honorária não advém da simples sucumbência, permanecendo inalteradas as Súmulas 219 e 329 do TST e a Lei nº 5.584/70, que em seu artigo 14 estabelece os requisitos para o deferimento da referida verba. Uma vez desatendidos os requisitos da referida norma legal, não há como ser deferido o pagamento de honorários advocatícios.

7 4. DOS PEDIDOS Desta forma, pleiteia o reclamante-reconvindo seja acolhida a preliminar de carência de ação para extinguir a reconvenção sem resolução do mérito. No mérito, restam, portanto, indevidas todas as verbas postuladas pelas reclamadas-reconvintes, razão pela qual, pede e espera o reclamante-reconvindo seja a ação julgada totalmente improcedente, condenando as reclamadasreconvintes no pagamento das custas e despesas processuais. Protesta provar o alegado na presente peça contestatória, por todos os meios em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal das reclamadas-reconvintes, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, perícias, juntada de novos documentos e o mais que se fizerem necessários. Nestes Termos Pede Deferimento São Paulo, 29 de abril de MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR OAB/SP CONTESTAÇÃO RECONVENÇÃO SAVOLIDO - ZE MARIA

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