Diagnóstico de Parasitos intestinais e Entomologia básica:
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- Felícia Jardim Fartaria
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1 2010 Diagnóstico de Parasitos intestinais e Entomologia básica: Capacitação de agentes de saúde e profissionais da educação e discentes por Ensino a Distância (EAD) e treinamento prático presencial Mogi Guaçu/SP
2 DIAGNÓSTICO DE PARASITOS INTESTINAIS E ENTOMOLOGIA BÁSICA: Capacitação de agentes de saúde e profissionais da educação e discentes por Ensino a Distância (EAD) e treinamento prático presencial Equipe FMPFM Prof. Ms. Glauco Rogério Ferreira Desenvolvimento do projeto Prof. Hugo Papa Fernandes Desenvolvimento do projeto Prof. Ms. Fabiano Correa da Silva & Prof. Dr. Odail Pagliardi Coordenação local do projeto Prof. Dr. Estéfano Vizconde Veraszto Supervisão do projeto INTRODUÇÃO O parasitismo ainda se constitui um dos mais sérios problemas de Saúde Publica no Brasil, principalmente pela sua correlação com o grau de desnutrição das populações, afetando especialmente o desenvolvimento físico, psicossomático e social de escolares. (Ferreira & Andrade, 2005). As infecções causadas por parasitos, pelos efeitos nocivos que acarretam ao desenvolvimento físico e mental, especialmente dos
3 escolares, podem provocar o agravamento do estado nutricional, resultando na debilidade do organismo e retardamento somático e intelectual (Santos et al, 1990; Franco & Cordeiro, 1996). Isso acarreta atraso escolar, perda de concentração, desmotivação e alto índice de morbidade, influenciando negativamente a economia e o desenvolvimento de um país, constituindo um grande problema de ordem social e sanitária. Entre as parasitoses humanas, as intestinais constituem, ainda hoje, um grave problema de saúde pública, normalmente, nos países pobres (WHO, 2005). A elevada prevalência destas parasitoses está relacionada, na maioria das vezes, com a condição socioeconômica e cultural da população. As parasitoses intestinais constituem um dos melhores exemplos das complexas inter-relações entre hospedeiro, parasita e ambiente, como causadores e mantenedores de um padrão de infecção de forma endêmica da comunidade (Gioia, 1995), e são, nesse contexto, um dos problemas graves de Saúde Pública que ainda persistem nos países em desenvolvimento.
4 Segundo Gross et al. (1989), as condições de subsistência da grande maioria da população brasileira e a precariedade do serviço médico público tornam difíceis ações preventivas contra as parasitoses. A freqüência de enteroparasitos em nosso país é sabidamente elevada, assim como nos demais países em desenvolvimento, sofrendo variações quanto à região do país e quanto às condições de saneamento básico, ao nível sócio-econômico, ao grau de escolaridade, à idade e aos hábitos de higiene dos escolares que nela habitam, entre outras variáveis (Machado et al., 1999). Apesar dos esforços no combate às verminoses, as infecções intestinais por parasitoses ainda são muito comuns e representam um mal endêmico nacional. De um modo geral, existe um elevado número de indivíduos portadores de parasitoses intestinais, mesmo nas cidades que apresentam um melhor padrão socioeconômico, cultural e com saneamento básico considerado satisfatório (Silva, 1987). Ferreira & Andrade (2005) em seu trabalho observou que ações de saneamento básicos não são suficientes para o controle das parasitoses intestinais, à necessidade de medidas educacionais em conjunto,
5 para que as pessoas adquiriram os conhecimentos de prevenção, alcançando os objetivos propostos e evidenciando o valor da orientação pedagógica. Muitas das informações acima, sobre populações humanas e as enteroparasitoses que as aflige, foram possíveis porque pesquisadores tiveram acesso às pessoas e puderam fazer um simples diagnóstico. Uma vez diagnosticadas as parasitoses, as pessoas puderam ser tratadas e de alguma forma as condições que as propiciam sua reincidência puderam ser mitigadas. Esse foi o caso para Estiva Gerbi, comunidades favelizadas e outras comunidades que serviram de estudos. Mas muitos brasileiros em inúmeras outras populações locais ainda aguardam diagnóstico. Com isso, surge a idéia de se utilizar a nova ferramenta do ensino a distância, para capacitação de agentes de saúde que atuem em cada localidade. Para Cunha (2006), uma das características fundamentais do Ensino a distância (EAD) moderna é a plena integração com o uso das Tecnologias de informação e comunicação, onde os limites físicos de uma aula não serão mais definidos pelas paredes das salas ou dos laboratórios de ensino. Certamente estas novas tecnologias não virão substituir o contato do aluno com o professor ou com os livros, mas se constituirão, no futuro próximo,
6 em ferramentas importantes no ensino, que deverão aumentar a eficiência didática e facilitar o acesso ao ensino de uma parcela maior da sociedade. Ropoli (2006), sita que em 1996 foram estabelecidas, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996), as bases legais para a modalidade de educação à distância. Neste período, as instituições de ensino começaram a demonstrar interesse nesta modalidade, intensificando as pesquisas tanto na área tecnológica quanto na área educacional. A partir da regulamentação do Ministério da Educação (MEC) em relação aos cursos de graduação, decreto n.º de 10 de fevereiro de 1998, a EAD começa a se estabelecer também nas pró-reitorias de graduação. Isso se viabiliza porque as iniciativas em EAD na graduação são amparadas legalmente por meio deste decreto. Analisando estas perspectivas volta-se para questões de interesse como a saúde coletiva de comunidade principalmente as mais carentes em serviços de públicos e privados, e acabam se tornando susceptíveis a determinadas infecções, dentre elas as enteroparasitoses que constituem, ainda hoje, um grave problema de saúde pública, normalmente, nos países pobres (WHO, 2005). A elevada prevalência destas parasitoses
7 está relacionada, na maioria das vezes, com a condição socioeconômica e cultural da população. Buscando novos conceitos de educação e responsabilidade social, vem a necessidade de projetos que vislumbrem esta vertente, tendo como ponto de partida o diagnóstico que é uma peça fundamental para disparar outras ações. Objetivos O presente projeto tem como objetivos: - Criar conteúdo e disseminar conhecimento para capacitar agentes municipais de saúde e profissionais da educação e discentes para o reconhecimento das diversas parasitoses intestinais e artrópodes que causem danos à saúde, através do preparo e aplicação de curso a distância (EAD) - Analisar e implementar as ferramentas da Plataforma Moodle para difundir essa capacitação a outros agentes. - Divulgar e salientar a importância dos conhecimentos sobre as diversas parasitoses. Materiais e Métodos
8 O projeto estará dividido em dois módulos I e II. A parte teórica do curso contará com materiais educativos e textos embasados na bibliografia referentes às parasitoses intestinais, levando em consideração o tipo de publico (agentes de saúde, profissionais da educação e discentes) que será atendido pelo projeto. Os materiais educativos contarão com textos explicativos, textos de leitura para análise, CD-Rom, compreensão e atividades de fixação. O suporte visual será constituído com pranchas e imagens pesquisadas já publicadas e também disponíveis em sites de domínio público e confiáveis na internet. Os sites de consulta serão monitorados pela coordenação do curso para validação das informações confiáveis aos objetivos propostos. As aulas práticas serão presenciais, com oito horas de duração um dia por mês durante o curso, que serão realizadas nas dependências de um laboratório de aula prática na Faculdade Municipal Professor Franco Montoro. As práticas contarão com materiais didáticos e de apoio, onde os alunos desenvolverão habilidades e competências para a realização e leitura dos exames. Durante as aulas práticas os alunos deverão desenvolver habilidades de educação ambiental, higiene pessoal, biossegurança no trabalho, preparar e montar lâminas, realizar a identificação
9 das formas parasitárias nas preparações, prevenção de acidentes com artrópodes e ofídios. Os cursos terão duração de 180 horas divididos em 116 horas de ensino à distância e 64 horas de presencial, por módulo. Os alunos terão que acessar o ambiente Moodle 2 dias da semana a combinar, para coleta de conteúdos e desenvolvimento das atividades nos portfólios (download). Deverão responder no dia seguinte, enviando as tarefas feitas ao Formador do curso (upload). Assim teremos: 16,5 semanas para completar o total de horas teóricas (4,3 meses). Dias Horas por dia Total de horas Aulas teóricas Aulas práticas Totais Através de parceria com a Faculdade Municipal Prof. Franco Montoro serão convidados alunos de vários municípios para participarem de curso proposto pelo projeto.
10 Poderão ser selecionados alunos que não cursaram a primeira etapa do módulo, mediante uma seleção por prova presencial escrita, no ato de inscrição. 1º Módulo: Aulas teóricas (EAD) com 116 horas dividida em quatro meses (Conteúdo: definição de parasitoses intestinais, classes e parasitos, formas de contágio, instruções para coleta de amostras, teoria para preparação de lâminas, e análise de pranchas e imagens). As aulas teóricas serão avaliadas mediante exercícios de questionários, análise de textos, fóruns e bate-papo (ferramentas do Moodle). Aulas práticas (presencial), 64 horas divididas em 8 dias, (preparação, realização e leitura de exames coprológicos). Os alunos serão avaliados pelo seu desempenho nas aulas práticas e em exame de leitura de lâminas. As aulas práticas serão realizadas no Laboratório Móvel. Monitorada pelo executor do Projeto (professor) e um técnico de laboratório, e serão divididas em duas turmas. Os alunos que atingirem as médias necessárias poderão participar do segundo módulo.
11 O conteúdo programático conterá: Conceitos de saúde e doença; Doenças infecciosas e transmissíveis; Conceitos de Vetor; Conceitos de Vetor; Doenças Parasitárias; Amebiose; Giardiose; Ascaridose; Enterobiose; Ancilostomose; Estrongiloidose; Tricurose; Teniase e cisticercose; Hymenolepis nana; 2º Módulo: Alunos novos que possuem conhecimentos referentes aos conteúdos do primeiro módulo, poderão participar da segunda fase após realização de exame presencial (teórico). Aulas teóricas (à distância), de 116 horas divididas em quatro meses. As aulas teóricas serão avaliadas através exercícios de questionários, análise de textos, fóruns e portfólios. Aulas práticas (presenciais) : a cada 15 dias, com 8 horas de duração, serão ministradas aulas práticas para realização dos exames e diagnóstico dos parasitos pelos alunos.. Avaliação do executor. Os alunos serão avaliados pelo seu desempenho. O conteúdo programático conterá:
12 Leishmaniose tegumentar e visceral; Doença de Chagas; Trichomonas; Malaria; Elefantíase; Oncocercose; Hemipteros; Cimicídae; Dípteros; Psychodidae; Culicídeos; Simulídeos; Ceratopogonidae; Tabanomorpha; Mosca doméstica; Miíases; Artrópodes venenosos e peçonhentos. Cronograma de Atividades Ano 2011 Atividades Jul. Agos. Set. Out. Nov. Dez. Aula EAD Aula Presenciais Ano 2012 Atividades Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Aula EAD Aula Presenciais
13 * Será ministrado uma aula por semana pelo EAD (2 horas), e um encontro presencial por mês (4 horas). Referências Bibliográficas BARRETO, R.G. Tecnologias na formação de professores: o discurso do MEC. Educação e Pesquisa, São Paulo, 29(2): , jul./dez CUNHA, S.L.S., Reflexões sobre o EAD no Ensino de Física, Revista Brasileira de Ensino de Física, 28(2): , FERREIRA G.R. & ANDRADE C.F.S., Alguns aspectos socioeconômicos relacionados a parasitoses intestinais e avaliação de uma intervenção educativa em escolares de Estiva Gerbi, SP. Rev. da Soc. Bras. de Med. Trop. 38(5): , GIOIA, I. Levantamento eco-parasitológico da população residente na Fazenda Intervales, SP Dissertação (Doutorado) Fac. Saúde Pública, USP, São Paulo GROSS R, SCHELL B, MOLINA MCB, LEÃO MAC, STRACK U. The impact of improvemente of water supply and sanitation facilities on diarrhea and intestinal parasites: a brasilian experience with children in two low-income urban communities. Revista De Saúde Pública LUDWIG, K.M. et al. Correlação entre condições de saneamento básico e parasitoses na população de Assis, Estado de São Paulo., Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 32(5) , MACHADO, R.C. et al. Giardiose e Helmintíases em crianças de creches e escolas de 1º e 2º graus ( públicas e privadas) da cidade de Mirassol ( SP, Brasil). Revista da Soc. Bras. de Med. Trop., 32(6): , nov./dez., 1999.
14 ROPOLI, E., Gestão em Educação a Distância nas Instituições de Ensino., Boletim EAD - Unicamp / Centro de Computação / Equipe EAD, jul WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005:
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