Uma Internet mais segura

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1 Uma Internet mais segura A insegurança na Internet é um sério problema, cabendo a todos os educadores a tarefa de o ajudar a resolver. A comemoração no próximo dia 12 de Fevereiro do Dia por uma Internet mais Segura fornece uma magnífica oportunidade para se divulgar o que deve ser feito para se navegar em segurança Boletim mensal 178; Janeiro 2008; Preço: 1,75 euros; Director do PÚBLICO: José Manuel Fernandes Director do PÚBLICO na Escola: Eduardo Jorge Madureira

2 Editorial Destaque Eduardo Jorge Madureira Lidar com as imagens Se quisermos que os nossos filhos se desenvencilhem no mundo de amanhã, não basta ensiná-los a ler e a escrever. É necessário também dar-lhes, desde muito cedo, os meios para compreenderem que vivemos num mundo dominado pelos media. A afirmação é do psiquiatra e psicanalista Serge Tisseron e encontra-se num precioso livro recentemente editado em Portugal. Nesse Manual para Pais cujos Filhos Vêem Demasiada Televisão, explica que, para isso, é preciso que as nossas crianças sejam protegidas de programas cujo conteúdo possa paralisar-lhes o pensamento ou baralhar-lhes as referências. Mas isto não fica por aqui, acrescenta. É igualmente necessário que tentemos partir com elas, o mais cedo possível, ao encontro dos usos que dão às imagens. Pois todas as imagens que nos rodeiam quotidianamente, sem disso nos darmos conta, podem dar azo a diálogos apaixonantes, quer se trate de bandas desenhadas, revistas, anúncios publicitários vistos na rua ou jornais. Dizendo que alguns pais se quixam da falta de comunicação com os filhos, Serge Tisseron julga que as imagens estão sempre a incentivar essa comunicação. Cabe aos pais tomarem a iniciativa desses diálogos: deste modo, terão um contacto fecundo com os filhos e, ao mesmo tempo, preparam as suas crianças para se tornarem cidadãos livres e responsáveis. Também na escola o diálogo sobre as imagens se pode revelar extraordinariamente fecundo. Promover uma utilização mais segura da Internet é, hoje, uma tarefa da maior relevância. Observando o crescimento da utilização da Internet e o aumento quer dos conteúdos potencialmente nocivos, em especial para as crianças, quer dos conteúdos ilegais, a União Europeia adoptou um programa intitulado Para uma Internet mais Segura Plus. Combater os conteúdos ilegais, fazer face aos conteúdos não desejados e nocivos e promover um ambiente mais seguro são três linhas de acção desta iniciativa. A comemoração no próximo dia 12 de Fevereiro do Dia por uma Internet mais Segura fornece uma magnífica oportunidade para realizar acções de sensibilização sobre esta questão. Como em algumas localidades se realizarão iniciativas para assinalar a data, vale a pena estar com atenção para nelas poder participar. De resto, algumas escolas, correspondendo a um convite do Ministério da Educação, terse-ão já preocupado com o assunto, criando materiais em formato electrónico passíveis de serem impressos ou desenvolvendo projectos multimédia para apresentar ao Concurso Dia da Internet Segura O resultado desta competição europeia, aberta a escolas, a clubes de lazer, grupos de jovens, instituições de formação, etc., será, aliás, anunciado no dia 12 de Fevereiro. A preocupação com as questões relacionadas na segurança na Internet não se esgota, evidentemente, nessa ocasião. Logo a seguir, em Março, nova oportunidade para se falar sobre os perigos da net surgirá quando se realizar a semana dos media, uma iniciativa de enorme relevância realizada em inúmeros estabelecimentos de ensino. Em relação aos cuidados a ter em relação à Internet, apresenta-se neste Boletim um conjunto de recomendações. Vale a pena, todavia, sublinhar alguns. Desde logo, importa saber qual a idade aconselhável para que se possa pôr uma criança frente a um ecrã de computador. Questionado sobre o assunto, o psiquiatra e psicanalista Serge Tisseron afirma em Manual para Pais cujos Filhos Vêem Demasiada Televisão (Lisboa: Edições 70, 2007), um livro de leitura assaz recomendável, que a questão não é saber em que idade se deve pôr uma criança frente a um computador, mas, antes, em que idade é que ela manifesta o desejo disso. Seja quando for, é importante que nunca se deixe uma criança pequena sozinha no computador e que os pais a acompanhem sempre nas suas actividades lúdicas. Em suma, diz o estudioso dos efeitos das imagens, é preferível esperar que seja a própria criança a pedir para ser instalada diante de um teclado. Afinal de contas, pode muito bem crescer sem isso! Sobre a conveniência de instalar um sistema de bloqueamento de Internet em casa, Serge Tisseron nota que, apesar daquilo que os vendedores dizem, não existe ADRIANO MIRANDA actualmente qualquer sistema de bloqueamento absolutamente fiável, nem contra a pornografia nem contra a violência. Os sistemas ou são ineficientes ou pecam por excesso. No primeiro caso, diz, a criança encontra inevitavelmente na Internet, mesmo sem as procurar, imagens que os pais nem imaginam que ela possa ver. Por isso, se os pais instalarem um destes sistemas, é indispensável que, ao mesmo tempo, encorajem o filho a falar das coisas chocantes que pode encontrar na Internet. O segundo inconveniente dos sistemas de bloqueamento, prossegue Tisseron, não é menor e pode até coexistir com o anterior. Por exemplo, ao bloquear todas as imagens de seios e nádegas, impede a criança de aceder a documentos que a escola lhe pede para procurar, como a estatuária grega ou as pinturas do Renascimento. É por isso que o melhor é ter dois códigos que devem ser pedidos ao fornecedor de acesso à Internet: um para a criança acompanhada pelo adulto, que dá acesso a tudo, e o outro só para a criança, a quem se deve explicar, ao mesmo tempo, que isso não a protege totalmente e que ela deve falar de tudo aquilo que a possa chocar. Em suma, a protecção não é uma coisa má, mas não torna o diálogo menos indispensável, muito pelo contrário. O diálogo é algo absolutamente necessário. Dialogar sobre a Internet Este projecto é apoiado pelo: A comemoração em 12 de Fevereiro do Dia por uma Internet mais Segura fornece uma magnífica oportunidade para, por exemplo, se conhecer os benefícios das novas tecnologias e, claro, divulgar o que deve ser feito para se navegar em segurança na Internet Por Eduardo Jorge Madureira Janeiro 2008 Público na Escola

3 Neste livro em que responde a questões colocadas por Brigitte Canuel, jornalista da revista Famille et Éducation, Serge Tisseron insiste nas vantagens que sempre advêm da sua existência. Se em vez de diálogo, se preferir espiar às escondidas os sítios que a criança vai consultar, o resultado será o pior de todos. Com efeito, isto contribui para criar nela a ideia de que ser adulto é ser fingidor, mentiroso e hipócrita, o que a incita evidentemente a esconder sempre tudo aos pais! De facto, a questão principal é saber até onde os pais devem vigiar o filho e a partir de que momento é melhor dar-lhe confiança. Esta questão é tanto mais crucial quanto, actualmente, as imagens não são apenas uma fonte de tentações oferecidas aos jovens, são também um meio de controlo proposto aos pais. Prova disso, recorda, é a publicidade actualmente feita por várias marcas de electrodomésticos a pequenas câmaras que se instalam junto ao berço dos bebés, a fim de se poder observá-los a qualquer altura a partir do quarto ao lado... ou do outro extremo do mundo graças à Internet. As consequências desta videovigilância parecem óbvias: Enquanto as gerações anteriores aprendiam a enganar a vigilância parental a partir dos doze, treze anos, estas novas gerações não o aprenderão muito mais cedo, talvez logo aos dois ou três anos de idade? E os pais, habituados à ilusão de tudo saberem do filho, não cederão facilmente ao desejo de o vigiar ainda mais através de webcams, na escola, no seu próprio quarto, já adolescente, e até alguns pais poderiam ser suficientemente perversos para o imaginar nos seus primeiros encontros sexuais? Em suma, o que se teme hoje é que os pais cultivem e alimentem a confusão e a indistinção entre eles e os filhos. Porquê? Porque desejaram e acarinharam os filhos, porque o mundo lhes parece repleto de perigos e também porque fabricantes pouco escrupulosos lhes propõem, a um preço irresistível, autênticas máquinas de espiar, dando-lhes a crer que, utilizando-as, podem estar mais próximos dos filhos. Considerando que, no domínio das imagens, a curiosidade dos pais pode enriquecer as relações com os filhos, o psiquiatra e psicanalista recomenda aos pais que se interessem um pouco menos por aquilo que os filhos fazem, o que sucede quando os tentam espiar, e um pouco mais por aquilo que eles pensam e sentem. Para isso, é necessário que os pais falem com os filhos sobre as imagens com que estes se vão confrontando. Serge Tisseron considera que o grande perigo da Internet consiste em levar as crianças a acreditar que os seus interlocutores são, na realidade, tal como se lhes apresentam na rede. É com esta ingenuidade que jogam os pedófilos que andam à pesca na rede. Por isso, não é interditando a utilização da Internet que se protege os jovens, mas ajudando-os a compreender melhor as regras que a regem. O que fazer quando surge um problema São muitas as dúvidas sobre o que se deve fazer para enfrentar os problemas que podem surgir através da Internet. Jorge Duque, inspector-chefe da Secção Central de Investigação de Alta Tecnologia da Polícia Judiciária, esclarece algumas Em que situações, relacionadas com a segurança na Internet, se deve ou pode pedir auxílio à Polícia Judiciária? As questões de segurança são abordadas pela Polícia Judiciária no âmbito das acções de prevenção, pelo que qualquer entidade pode solicitar apoio nesse âmbito e não outro que vise auditoria, a colaboração numa acção de prevenção relacionada com os aspectos de segurança na Internet. Podem e devem igualmente em qualquer situação que constitua um ilícito criminal cometido com Tecnologias da Informação e Comunicação ou através destas reportar a situação às autoridades competentes nomeadamente à Polícia Judiciária. Se se quiser que seja retirada da Internet uma fotografia em que o próprio aparece em destaque, tirada sem que o retratado tivesse conhecimento ou que foi roubada, o que se deve fazer? Salvaguardar o endereço na Internet onde a foto foi divulgada; verificar se essa está alojada em servidor nacional, para, no caso de estar, solicitar de imediato ao administrador a sua remoção. No caso de estar alojada em servidor no estrangeiro, salvaguardar o endereço, bem como a imagem e demais dados associados. Participar de imediato às autoridades juntando os elementos recolhidos. O que se deve fazer se se receber uma ameaça através de um ? Se esta for credível, salvaguardar o , participar de imediato às autoridades juntando a impressão do e dos cabeçalhos especiais que cada possui. Pode igualmente juntar esses dados em formato digital. E se a ameaça se fizer num chat? Registar a conversação, participar, caso seja credível, fazendo juntar o teor da ameaça, bem como o IP [antes de participar num chat, convém saber como é que, se tal se revelar necessário, se pode obter o IP do interlocutor] /data / hora do interlocutor nesse chat, indicando igualmente o chat em causa. O que se deve fazer se alguém souber que uma fotografia de natureza privada foi roubada e anda agora a circular através de ? O mesmo que foi referido para as questões anteriores ou seja, salvaguardar o , participar juntando quer os dados transmitidos via como os cabeçalhos especiais desse . O que importa fazer quando se sabe que, através de um telemóvel, se daniel rocha filmaram cenas de violência no interior de um estabelecimento de ensino? As filmagens só são válidas se autorizadas pelos intervenientes, pelo que o Conselho Executivo deve ser informado das cenas de violência, para que possa actuar em conformidade. Uma vez que podem estar envolvidos só menores, estranhos à escola, as situações carecem de apreciação caso a caso. E se a violência tiver ocorrido no exterior de um estabelecimento de ensino? Fazer intervir as autoridades da área. Que iniciativa se pode tomar souber que num determinado site há abuso de menores, incitamento à xenofobia ou ao racismo ou violência? Participar fazendo juntar o endereço, bem como os elementos à data disponíveis nesse site. Público na Escola Janeiro 2008

4 Destaque Jorge Duque A nível da prevenção geral, existem iniciativas que tendem a ser colocadas em prática como seja a Rede Europeia de Prevenção da Criminalidade. A este respeito realizou-se no ano 2000 uma conferência, no Algarve, onde se sublinhou a necessidade de abordar a prevenção da criminalidade num quadro multidisciplinar e de parceria, de empenhar toda a sociedade no desenvolvimento de uma parceria entre autoridades públicas nacionais, locais e regionais, organizações não- -governamentais, sector privado e cidadãos. De igual forma, por parte do Comité Económico e Social, foi emitido parecer, adoptado em 28 de Fevereiro de 2001, sobre Um programa para a protecção da infância na Internet, onde se preconiza igualmente a necessidade de fazer intervir um conjunto de actores, como sejam os Governos, operadores de Internet, auditores do sector da educação, fornecedores de conteúdos, associações de pais e grupos de utilizadores colaborando com os pais, de forma a proteger os jovens da Internet, nomeadamente de conteúdos lesivos ou como meio de abordagem, e a facultar-lhes grande abundância de sítios positivos. Do mesmo modo, é possível verificar na Internet um conjunto de sites estrangeiros, onde se educa, alertando os pais, professores e educandos, de quais os perigos aquando da utilização da Internet, nomeadamente o da visualização de conteúdos lesivos como pornografia infantil, xenofobia, racismo, fotografias e videoclips de vítimas reais de assassinatos, suicídios ou tortura, bem como da possibilidade de serem abordadas por indivíduos com intuitos maliciosos, da possibilidade de utilizarem cartões de crédito sem autorização para compras on-line, de jogo em casinos virtuais com esses mesmos cartões, da prática de determinados crimes, da reprodução de programas protegidos por direitos de autor e suas consequências. É neste contexto que importa, pois, levar a cabo um conjunto de conselhos aos pais e professores, de implementação de regras de uso da Internet e de outros meios tecnológicos, como o telemóvel (não só pelo custo do uso destes), e de determinados mecanismos de protecção e de controlo, tais como o uso de filtros, de firewalls, que contendam com os interesses dos jovens, da família, da escola e consequentemente da sociedade de informação. A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças refere no seu art.º 17º alínea e a necessidade de favorecer a elaboração de princípios orientadores adequados à protecção da criança contra informação e documentos prejudiciais ao seu bem-estar, assim como os Estados partes reconhecem à criança o direito de ser protegida contra a exploração económica ou a sujeição a trabalhos perigosos ou capazes de comprometer a sua educação, prejudicar a sua saúde ou o seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social, art.º 32º, n.º 1, da referida Convenção. Uma responsabilidade das famílias É no seio da dinâmica familiar que a supervisão assume primordial importância na prevenção de cometimento ou incidência no comportamento delinquente, pelo que importa trabalhar esta vertente no âmbito da prevenção dos crimes tecnológicos. A família tem que tomar consciência de que a supervisão nos dias de hoje não se faz única e exclusivamente controlando os passos dos filhos no exterior. Hoje é tão perigoso sair à noite, com todos os perigos físicos daí decorrentes, como estar no quarto ou no seio de uma família isolado no computador, comunicando ou interferindo com milhares de pessoas na sua maioria estranhos, sem que alguém acompanhe ou ao menos converse, por ser mais importante a profissão ou a telenovela. É assim importante a existência de uma estrutura ocupacional, em que o indivíduo se identifique com uma ou várias pessoas do grupo ou comunidade onde aquele se integra, a começar pela família, para que o mesmo tenha um sentimento de pertença a uma comunidade, conforme Travis Hirschi refere na teoria do vínculo social: Os actos delinquentes tenderão a ocorrer quando se enfraquece ou rompe o vínculo com a sociedade. Daí que o apego, empenho, envolvimento e crença, apesar de difíceis de quantificar, identificar ou medir sejam elementos de peso no vínculo social. A este propósito, escrevem os autores Figueiredo Dias e Costa Andrade em O Homem Delinquente, no âmbito da análise da teoria de Travis Hirschi, que ao caso parece pertinente até pelo que foi dito anteriormente a propósito de controlo externo e controlo interno, que o apego consiste na ligação afectiva de apego, simpatia, empatia, e atracção do indivíduo para com o outro convencional; a sociedade que aos olhos do jovem se mostra sobretudo através dos pais, professores e amigos. Dito noutros termos, o apego representa a medida da sensibilidade às opiniões e expectativas destes outros: será forte se faz nascer a obrigação de não os desgostar ou contrariar; será débil se os jovens revelarem grande alienação em relação a eles. Num caso e noutro serão, respectivamente, reduzidas ou grandes as probabilidades da delinquência. Já o empenho corresponde, noutros termos, ao cálculo custos-ganhos que empresta racionalidade à decisão de cometer ou não um crime. Viver em sociedade é gratificante, pelos bens que proporciona e pela ambição que legitima. Que o envolvimento representa a medida das energias e do tempo (...) sendo as energias e o tempo bens escassos, o seu consumo em actividade legais reduz as oportunidades delinquentes. Finalmente a crença significa a validação moral das normas convencionais e o grau de respeito que merecem por parte dos indivíduos. A explicação da delinquência decorre assim, linearmente, do grau maior ou menor de que os indivíduos Uma Internet mais segura reconhecem àquelas normas. No entanto, outras teorias há que tendem a interpretar o comportamento delinquente das quais se poderão extrair conselhos. Reckless, por exemplo, no âmbito da containment theory, através da qual acredita explicar qualquer tipo de criminalidade nomeadamente a criminalidade económica, onde se insere, como atrás se referiu, a criminalidade tecnológica, refere que o controlo externo e interno são forças inibitórias que actuam como defesas contra os desvios das normas legais e sociais, isolando o indivíduo das pressões e solicitações e protegendo-o contra a desmoralização e sedução, subdividindo aqueles em: Controlo externo: 1. existência de uma estrutura ocupacional e de papéis aberta ao indivíduo; 2. quadro de oportunidades de acesso ao ; 3. forte coesão do grupo ou comunidade em que o indivíduo se integra; 4. identificação com uma ou várias pessoas deste grupo ou comunidade; 5. sistemas alternativos de meios para satisfação das necessidades socialmente aceites. Controlo interno (consciência): 1. uma imagem favorável de si mesmo; 2. orientação para objectivos; 3. tolerância da frustração; 4. realismo nos objectivos; 5. identificação com a ordem legal e moral vigente. Esta teoria do controlo, segundo Hirschi, teoria do vínculo social, analisa vários elementos, acima enunciados, cujo enfraquecimento ou ruptura potenciam as Embora as iniciativas para tornar mais segura a Internet nem sempre atinjam os resultados desejáveis, é importante insistir na prevenção. O trabalho de Jorge Duque, inspector-chefe da Polícia Judiciária, faz-se também nesse sentido. No âmbito de uma pós-graduação, estudou demoradamente o que deve ser feito no âmbito da Prevenção da Criminalidade Tecnológica a Coberto do Domicílio, título de um trabalho de que, aqui, se revelam alguns extractos Janeiro 2008 Público na Escola

5 probabilidades da delinquência. No elenco dos factores que aumentam a probabilidade do cometimento do crime o autor acentua a importância de variáveis como: Qualificações aptidões necessárias à realização de certos crimes. Oferta posse de instrumentos ou equipamentos necessários. Apoio do grupo as atitudes e comportamentos delinquentes aprendem-se mais facilmente no interior de certos grupos. Apoio simbólico mecanismo de redução das dissonâncias. Ora, todos estes factores, se verificarmos, estão patentes nos crimes tecnológicos, as aptidões são desenvolvidas mediante o manuseamento do computador e/ou telemóvel, que é ofertado pelos pais (para o bom desenvolvimento e integração na sociedade), no seio de uma comunidade (hacker) que os pais desconhecem, pois ela é desenvolvida num mundo virtual a que os mesmos, se não estiverem atentos, não acedem nem entendem, pelo que, à falta de um vínculo, tendem a degenerar em actos criminosos. Creio estar o autor certo quando diz da necessidade de fomentar o apego, empenho, envolvimento e crença, em pessoas, entidades e normas vigentes numa determinada sociedade. Contudo, outros factores existem como a tolerância da frustração, dependendo esta, segundo Luckert, da experiência adquirida durante a infância, da mobilidade de espírito, da capacidade de adaptação, da integração da personalidade, do grau de comunicação social, da abertura aos valores e aos apelos da consciência, da correcta e segura orientação ética e, por último, da estabilidade emocional ; ou o sistema de injustiça, a qual tem por consequência a dissolução ou relaxamento do vínculo moral à lei. Em sentido estrito, o crime por sentimento de injustiça tem como referência a actuação das instâncias formais de controlo: é a Polícia ou são os tribunais que não concedem justiça à vítima de um crime, ou tratam injustamente um delinquente, convertendo desta forma a vítima em delinquente. Desta forma, importa desde cedo indicar aos jovens quais são as regras, cabendo aos pais e às escolas definir um conjunto de princípios e regras para que os mesmos saibam com o que contar caso os ultrapassem ou os violem. Sykes e Matza, em Técnicas de Neutralização, tendem a explicar como é que as pessoas passam por cima das normas que interiorizam, como é que vencem a sua resistência. As respostas são as técnicas de neutralização da culpa, de que se distinguem cinco tipos fundamentais: 1. Negação da responsabilidade: é normal os jovens e não só atribuírem os actos delituosos a terceiros ou negarem perante a evidência dos mesmos a sua autoria (por exemplo: num caso de acesso ilegítimo, o jovem tende por vezes a negar a sua autoria apesar da prova do registo de comunicação); 2. Negação do dano: a argumentação não prejudiquei ninguém é também ela normal, como referem Figueiredo Dias e Costa Andrade, em crimes de vítima abstracta, crimes sem vítima ou contra empresas ou organismos do Estado (por exemplo: aquando dos casos de blueboxing, foi frequente os infractores negarem o dano em virtude de estarem a utilizar números verdes para realizar chamadas sem pagar, não compreendendo dessa forma os contratos subjacentes a tais números e de que havia uma companhia ou mais que suportavam as chamadas); 3. Negação da vítima: quando, por exemplo, recusam à pessoa concretamente atingida a dignidade ou as prerrogativas duma autêntica vítima (por exemplo: caso de sabotagem informática contra organismos públicos ou privados de países contra os quais existe uma opinião maioritária desfavorável); 4. Condenação dos condenadores: o delinquente desvia o centro das atenções dos seus actos e motivos delinquentes para o comportamento e os motivos daqueles que desaprovam as suas infracções (por exemplo: porquê ser condenado por ter um programa informático copiado quando toda a gente os tem, mesmo aqueles que deveriam dar o exemplo; 5. Apelo a lealdades superiores: A neutralização produz-se através da manifestação no plano dos fundamentos axiológicos da norma violada, de modo a representar a conduta como sempre ilegal e raramente imoral. É pois importante que os pais sigam os concelhos de quem acompanha o fenómeno, que estabeleçam regras e que usem ferramentas de prevenção e de controlo, se não pretendem ver os filhos envolvidos com estranhos. Depois do encontro virtual segue-se o encontro físico (a título de exemplo, o assassinato das duas jovens em Inglaterra, em que depois de uma conversa num chat se seguiu o encontro físico). Ou se não os querem em contendas criminais ou a sua casa como palco de um crime, impensável, onde os elementos de uma polícia criminal têm de buscar, sem aviso prévio, prova para salvaguardar direitos de outros cidadãos. Público na Escola Janeiro

6 Destaque Regras - Instale nos computadores mecanismos de protecção, como antivírus, firewalls ou filtros, que assegurem o nível mais elevado de protecção, mas que possam ser desactivados em circunstâncias específicas. - Verifique o histórico dos sítios visitados pelo seu filho. - Não o deixe no quarto de porta fechada enquanto utiliza a Internet; - Visite-o regularmente enquanto aquele acede e suspeite de algo quando muda repentinamente de conteúdo. Aqui ficam, assim, alguns passos do que pode e deve fazer. Ferramentas Ao nível das ferramentas existem dois tipos: aquelas que visam a segurança do sistema informático, como as firewalls, e as que visam proteger jovens e adultos de conteúdos lesivos, como os filtros. As primeiras encontram-se disponíveis no mercado, para aplicação por todos aqueles que navegam na Internet, dado visarem a salvaguarda do sistema bem como da informação contida nos discos rígidos do computador ou nos discos amovíveis, de que salientamos, sem aferir da qualidade, entre outras, o ZoneAlarme; BlackIce; Tiny Personal Firewall; Norton Personal Firewall, Macfee Firewall, e sobre as quais constam artigos elucidativos sobre a sua finalidade, como funcionam e como podem ser instaladas, em revistas da especialidade. No que respeita aos filtros, de aplicação controversa, disponíveis no mercado e na Internet, de que se apresenta a título de exemplo o Weblock, têm por finalidade impedir o acesso a conteúdos lesivos. Mas será que são 100% seguros? É evidente que não, pelo que a sua instalação carece de acompanhamento e esclarecimento, ou seja, de educação por parte de quem tem o dever de elucidar porque não se deve aceder a determinados sites, e do que pode acontecer caso seja detectado pelas autoridades. Os filtros podem bloquear determinadas palavras ou sites. Orientações para uma navegação segura Jorge Duque Alerte o seu filho de que existem condutas proibidas por lei, tais como: µ A reprodução e comercialização de software é crime e pode levar à apreensão do computador bem como de todo o material informático. µ A utilização de números de cartões de crédito de terceiros ou gerados mediante programa informático, desde que sejam válidos, é crime quando em download de software, música, compras online ou jogo em casinos virtuais, e deixa rasto electrónico, pelo que é sempre possível chegar ao utilizador. µ A posse ou divulgação de imagem de criança em acto sexual é proibida e quando utilizada para ganhar dinheiro dá direito a prisão. µ Injuriar, difamar ou paulo ricca ameaçar determinada pessoa, em página Web, através de SMS ou fórum de discussão público, é punido por lei mais gravosamente de que se fosse directamente. µ O uso de uma conta de acesso à Internet pertença de terceiro é crime de acesso ilegítimo, punido na lei da criminalidade informática. µ O acesso à caixa de correio (voice mail) de telemóvel sem autorização é igualmente punido pelo crime de acesso ilegítimo. µ O spam ou mail bomb, envio de correspondência electrónica, em massa, para um determinado endereço sem que o mesmo tenha sido solicitado, entravando o bom funcionamento do sistema, é crime de sabotagem informática, com pena de prisão até 10 anos. µ O Denial Of Service (DOS) ou denegação de serviços de uma empresa que tem um site na Internet para informar, vender produtos ou prestar outros serviços é igualmente crime de sabotagem informática. µ Os amigos on-line são, na realidade, completamente estranhos, independentemente de há quanto tempo se conheceram. µ As webcams e conferências no desktop devem ser utilizadas num ambiente educativo controlado. µ O download de ficheiros que não sejam provenientes de pessoas que conheçam e em quem confiam no dia-a-dia devem ser vistoriados antes de executados, pois podem conter vírus ou programas que lhes alteram as ligações da Internet para ligações de valor acrescentado ou internacionais. µ Não divulgarem informação pessoal, on-line que as possam pôr em risco no mundo real. µ Tudo o que contenda com direitos de outros, mesmo de pessoas colectivas (empresas ou organismos do estado), pode originar um processo-crime. O papel da sociedade civil Jorge Duque Como resulta de chamadas de atenção quer da União Europeia quer de organismos não- -governamentais, existe um papel que deve ser assumido por determinados actores como sejam os Internet Service Providers (operadores de prestação de serviços de Internet) ou as associações de professores. Ao assistir-se hoje à venda de hardware ou de software de filtragem por parte de empresas, algo que choca em termos éticos e morais é verificar-se, como se afirma na revista Exame Informática n.º 86, que para alguns empresários trata-se apenas de mais um filão de negócio; para alguns pais de família é a solução que faltava para contornar os malefícios de um meio de comunicação que tanto ajuda a aceder rapidamente a uma enciclopédia de História Universal como também se tornou conhecido por permitir a quatro jovens franceses a produção das suas próprias pastilhas de Ecstasy, através de uma receita que esteve disponível na Web durante o ano Por outro lado e como refere o parecer do Comité Económico e Social (CES) sobre Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu, ao Comité Económico e Social e ao Comité das Regiões Criar uma Sociedade da Informação mais segura reforçando a segurança das infra-estruturas de informação e lutando contra a cibercriminalidade, o utilizador tem certamente um papel a desempenhar para assegurar a sua própria segurança, e o CES concorda que os utilizadores devem ser amplamente informados sobre os riscos que correm na Internet e devidamente formados para poderem proteger-se e assumir a responsabilidade que lhes cabe. Insiste, porém, nos limites de uma perspectiva individual. Esta responsabilidade pode, em parte, ser assumida por utilizadores fortes ou Janeiro 2008 Público na Escola

7 experientes (grandes empresas ou instituições), mas os utilizadores mais fracos ou inexperientes (pequenas empresas, particulares e, sobretudo, crianças) também estarão em condições de a assumir? Se uma óptica da segurança desta natureza não é suficiente no mundo real e concreto, não o seria ainda menos no mundo virtual?. Por outro lado, diz, o incentivo ao consumo de dispositivos de segurança pode parecer discutível ao nível dos particulares e das pequenas e médias empresas. Será antes da competência dos fornecedores e dos fabricantes, que devem recorrer aos materiais e aos suportes lógicos já existentes para protegerem os seus clientes... A responsabilidade As cidades das escolas da União e Europeia associações de pais Com as recentes medidas de levar a Internet a todas as Escolas Secundárias, de louvar, dever-se-ia introduzir (porque não se vislumbra nos programas escolares consultados; nas respostas de alguns professores de Informática quando confrontados com o problema; nos manuais constantes do Programa Internet na Escola, sem dúvida bem elaborados e uma grande ajuda para quem o pretenda) um capítulo, mais que não fosse, de introdução ao direito da informática, para educar os jovens e cedo lhes dar a conhecer que existem condutas na utilização dos meios tecnológicos que interagem com terceiros, que, quando violadas, têm consequências penais. A este propósito, responsável da uarte (Unidade de Apoio à Rede Telemática Educativa), disse que se encontra previsto a introdução de uma disciplina de tecnologias de informação que poderá englobar um conjunto de princípios e orientações no que concerne à utilização dos meios tecnológicos. É pena, pois, que iniciativas como a Netmóvel, com acções dirigidas aos professores, alunos e pais, não adquiram outra dimensão e ao mesmo tempo alertem quem nada ou pouco percebe sobre computadores e/ou Internet dos potenciais problemas que dali podem resultar. Atente-se que o perfil do utilizador da Internet está a mudar quer ao nível de classes quer ao nível de sexo. Convirá, no entanto, referir que o Programa Internet na Escola se desenvolve no âmbito da iniciativa Internet e tem por base as medidas contidas no Livro Verde para a Sociedade da Informação em Portugal, no capítulo A escola informada. Actualmente, o Programa Internet na Escola constitui uma rede de conhecimento científico que integra mais de 11 mil instituições escolares e não-escolares como bibliotecas, cidadãos com necessidades especiais ou formação de professores, assente num acesso básico RDIS com 2 canais de 64 Kbps o que permite um acesso a 128 Kbps com os dois canais activos. A rede é gerida tecnicamente pela FCCN (Fundação de Cálculo Cientifico Nacional) e para conteúdos e actividades com as escolas foi criada a referida uarte. Contudo, actualmente, as escolas tendem a voltar-se para acessos à Internet mais rápidos, o que implica, entre outras situações, uma exposição maior a conteúdos lesivos sem controle, apesar de a uarte entender que não compete ao estado a filtragem de conteúdos, em virtude de deixarem de estar integradas na rede gerida tecnicamente pela FCCN, entidade que colocava ao dispor, para implementação pelas escolas, filtros. Outras regras existem, como o código de conduta mas a que as escolas não estão vinculadas, que também podem funcionar de molde preventivo, mas que respeitam ao bom funcionamento de um laboratório de informática de livre acesso, de que se destacam: µ Existência de um funcionário que domine minimamente o ambiente de trabalho; µ Existência de uma ficha de registo de utilizador, onde se preenchem alguns campos como: nome, número, turma, tempo de utilização e actividade a desenvolver. Estes registos podem ser mais tarde tratados estatisticamente; µ Cada utilizador deverá ocupar o posto de trabalho indicado pelo funcionário, ficando responsável pelo mesmo Destaque-se, a nível nacional, o site da Universidade de Évora, onde é possível encontrar conselhos aos pais, legislação, literatura, software útil para instalação e contactos úteis. Outros riscos a evitar quando se está on-line Além das várias situações de risco já abordadas, outras existem. E nunca é de mais preveni-las, alertando para a necessidade de evitar que os jovens: µ estejam expostos a conversas impróprias; µ se tornem, inconscientemente, objecto de fantasias sexuais; µ recebam imagens indecentes ou obscenas; µ recebam pedidos para o envio de imagens indecentes deles próprios e/ou dos seus amigos; µ sejam introduzidos em conversas sexuais explícitas e/ou serem instigadas a praticar actos sexuais, sozinhas e/ou com os seus amigos. Jorge Duque Responsabilidade dos fornecedores de serviços de Internet (Internet Service Providers ISP) Ao analisar-se a responsabilidade dos operadores de telecomunicações, no que à matéria diz respeito, constata-se que esta fica pelo disposto nas leis já enunciadas, apesar de no plano moral, educacional e criminal parecer existirem outras, sob pena de determinados valores serem colocados em causa ou até mesmo o avanço da sociedade de informação (comércio electrónico). Questionemo-nos sobre se os operadores de prestação de serviços de Internet deverão ou não ser obrigados a tomar determinadas medidas e a suportá-las. É que todos os dias se colocam algumas questões à investigação que se prendem com a prova digital de um crime e que são da responsabilidade ou deveriam ser dos operadores de telecomunicações. Atente-se nas questões e nas repercussões: µ Existem medidas que imponham aos ISP o dever de informarem as autoridades policiais competentes no âmbito da pornografia infantil, sobre material daquela natureza, de que tenham sido informados, ou de que tenham conhecimento que é distribuído através deles? Não. µ Existem medidas que imponham aos ISP o dever de retirarem de circulação material de pornografia infantil, xenofobia, racismo, incitamento à prática de crimes, de como fazer drogas (recorde-se a história da receita de comprimidos ecstasy) ou outros conteúdos lesivos, de que tenham sido informados, ou de que tenham conhecimento que é distribuído através deles, a não ser que tenham sido notificados pelas respectivas autoridades para o retirarem? Não. µ Existem medidas que imponham aos ISP o dever de reterem dados de tráfego, caso seja tecnicamente exequível e aplicável, de acordo com a lei nacional, para que seja disponibilizada às respectivas autoridades judiciais para análise? Não. µ Existem medidas que imponham aos ISP o dever de estabelecerem sistemas de controle próprio para combaterem a produção, processamento, posse e distribuição de pornografia infantil? Não. Jorge Duque Público na Escola Janeiro

8 Destaque Jorge Duque A sociedade, actualmente, começa a ficar preocupada com o uso das novas tecnologias, pelos perigos ou problemas que estas encerram e pelas vantagens ou desvantagens num sistema de ensino. No entanto, as famílias estão ainda longe de entender os perigos que a Internet e outros meios tecnológicos encerram, a menos que lhes digam que tal implica com a saúde física, ao permitirem que os jovens se fechem ou isolem nos quartos sem que os controlem, os acompanhem ou os elucidem das boas regras quando interagem com terceiros mesmo ao nível do virtual. Se em tempos a droga estava na rua, ela hoje passa a estar em casa, dissimulada de outro modo, na forma de um computador que, quando ligado ao mundo exterior, contém todos os perigos de uma saída à rua sem recomendações ou controle por parte de quem tem o dever de educar. Como atrás se viu, o perigo de cometer um crime em casa começa, porventura, a ser maior do que na rua, na medida em que, ao estar a coberto do domicílio na posse de uma arma tecnológica como o computador, se pode praticar um crime em qualquer local do globo, bastando que haja do outro lado outro computador. A análise que um jovem faz das normas, se não for educado, é a mesma que faz sobre os mais variados aspectos ou seja, de que isso não lhe acontecerá ou diz respeito, pelo que importa desde muito cedo, tal como se começa a repensar a prevenção rodoviária, elucidá-lo das regras, punições, consequências e de que a probabilidade de ser detectado é superior ao que ele julga, porque de outra forma este tenderá por certo a desafiar o próximo e consequentemente as autoridades. Como atrás se disse no âmbito das teorias psicosociológicas, o comportamento criminoso resulta da aprendizagem que os indivíduos de qualquer classe social fazem das normas e comportamentos criminosos e existem vários aspectos da aquisição do comportamento, tais como: 1. é aprendido, não é herdado; 2. é aprendido através da interacção com as outras pessoas processo de comunicação construção de significados; 3. o contexto de aprendizagem é o dos grupos próximos do indivíduo; 4. aprendizagem de técnicas e motivos para cometer o crime; 5. os motivos favoráveis ao cometimento de crimes são aprendidos através de outros que possuem uma posição favorável à violação das leis. Logo, há que estimular o jovem para diferentes campos, como a música, o desporto, a pintura, os entretimentos ao ar livre, a leitura, a dança, etc., a fim de contribuir para uma mente sã, para a manutenção de relações comunitárias tradicionais, que tendem a ser substituídas por comunidades virtuais, ou seja para uma vivência capaz de usufruir dos novos meios tecnológicos ao dispor do homem para benefício deste. No caso da implementação de filtros ou outras ferramentas, não se deve contar com estas ferramentas para fornecerem uma protecção cega dos jovens on-line, como constatou um estudo efectuado pela Deco sobre filtros, publicado na revista Proteste n.º 223, de Março de Já as Escolas, apesar de alertadas e de conhecerem alguns perigos, não parecem ainda suficientemente atentas à realidade criminal a coberto das novas tecnologias, associando esta criminalidade a meros acessos ilegítimos, a intrusões em sistemas sem grandes repercussões na vida das pessoas ou então à reprodução de software, começando só agora a ter noção da divulgação de imagens pedófilas porque outros conteúdos lesivos não conhecem o seu peso na estatística criminal. Cabe a estas, às associações de pais, bem como às Polícias, de uma forma educativa e não de uma forma excessivamente repressiva ou controladora dos acessos, explicar-lhes as boas regras do uso da Internet. Para o efeito, há que acompanhar a evolução tecnológica, facultando uma educação que evite os problemas que podem surgir ao virar da esquina num cibercafé. Às escolas e às famílias, não basta apenas vedar certos caminhos, mediante introdução de filtros, por exemplo, por onde, depois, se pode seguir entrando num cibercafé, onde sem qualquer controle se pode aceder a todo o tipo de conteúdos. À semelhança das casas de jogo perto das escolas, também os cibercafés tenderão a ser regulados para que qualquer pessoa não se sinta impune Prudente na Internet Prudente na Rua Não existindo dúvidas quanto à importância da família, da escola e dos ISP na educação para o uso das novas tecnologias, elas colocam-se quando se começa a reflectir sobre como realizar a tarefa da educação. MANUEL ROBERTO 8 Janeiro 2008 Público na Escola

9 quando os frequenta para a prática criminosa. É também neste campo que cabe maiores responsabilidades às escolas ou educadores ao ensinarem os jovens para os perigos ou leis que regulam a vida em sociedade, introduzindo, como atrás se aludiu, um capítulo ou uma disciplina de educação informática, a fim de que os jovens tenham consciência do que podem encontrar pela frente, mesmo no mundo virtual. Os ISP, entidades aparentemente sem responsabilidades, terão que arcar no futuro próximo com a responsabilidade de salvaguardar determinados dados para que possa existir um efectivo equilíbrio entre os direitos fundamentais como os constantes da Constituição da República Portuguesa, nos artigos 26.º Outros direitos pessoais ; 34.º Inviolabilidade do domicílio e da correspondência ; 35.º Utilização da informática e 37.º Liberdade de expressão e informação. Como se viu, hoje, face à evolução tecnológica, colocam- -se vários desafios, sendo um deles o de equilibrar os direitos dos cidadãos enquanto elementos de um país ou neste caso, de uma aldeia global. Se a informática trouxe problemas a nível do tratamento de dados pessoais que se pretendem ver salvaguardados, não se pode, desconhecendo os procedimentos técnicos ou os modus operandi da criminalidade, comprimir outros direitos, também eles fundamentais. É necessário, à semelhança do Reino Unido ou do Canadá, criar associações que englobem vários parceiros da sociedade como os prestadores de serviços de Internet, escolas, associações de pais, de professores e Polícias, para que sejam conhecidos os novos problemas e se possa actuar de forma preventiva. A educação e a consciencialização são elementos-chave para ajudar os utilizadores e, principalmente, os pais de jovens utilizadores, a protegerem-se on-line e a tirarem o máximo partido da Internet. Como a Fundação Olhar a Internet, do Reino Unido, diz, é importante, ao fazer-se a análise dos possíveis riscos que os jovens correm através da actividade on-line, efectuar a seguinte distinção: alguns dos riscos que as crianças e os jovens correm através da actividade na Internet podem resultar de uma actividade criminosa, ou resultar numa actividade criminosa, enquanto outros podem não envolver condutas ou situações ilegais, mas que, ainda assim, podem causar várias preocupações aos pais. Os primeiros caem na esfera do direito penal e convidam a uma resposta por parte de políticas a nível da comunidade, enquanto que os outros são tratados de forma adequada pelos pais e outros responsáveis. Contudo, é essencial que, seja qual for o caso, tanto os responsáveis, como os jovens tenham consciência dos potenciais riscos e que tenham capacidade para se proteger. É fundamental assegurar que as medidas de protecção existentes são adequadas, quer sejam estatutárias, técnicas ou educacionais. Desta forma, as mensagens de segurança, claras e concisas, necessitam de ser destinadas a diversos grupos etários e, quando se aplique, tendo em conta as diversas abordagens necessárias para comunicar com jovens do sexo masculino ou feminino. A este propósito a União Europeia fundou o projecto Netaware em 1999, que levou à realização de estudos em seis Estados-membros da UE para se identificar qual a melhor prática as suas conclusões estão disponíveis on-line e podem ser utilizadas para programas direccionados para a tomada de consciência. Uma vez que muitos adolescentes frequentemente têm (e exigem) um certo grau de independência e de privacidade, o que não acontece em relação a um grupo etário mais baixo, é necessário ponderar-se muito bem qual a melhor forma de lhes transmitir quais os perigos que existem, bem como quais as possíveis soluções para os resolver. Os portais da Internet destinados a adolescentes deveriam empenhar-se no processo de desenvolvimento e disseminação de mensagens de segurança importantes. De igual forma os fornecedores de serviços de Internet, os fabricantes e vendedores de hardware e de software, operadores de telecomunicações e fornecedores de telemóveis, deveriam ser responsabilizados pela informação aos consumidores acerca dos riscos e dos benefícios associados à utilização dos seus produtos, disponibilizando, nomeadamente material de consciencialização dos seus utilizadores, nos seus sites e/ou através do envio, aos seus assinantes, de comunicações impressas ou ainda, aquando da venda ou disponibilização do serviço, de literatura sob a forma de panfleto, brochura, tapetes para rato, calendários, posters, etc. Os computadores pessoais para uso pessoal deveriam ser vendidos com software de filtragem, pré-instalado, com um elevado nível de protecção estabelecido por defeito, que pudesse depois ser reduzido ou removido pelos utilizadores, que a considerassem imprópria ou indesejável, mas que asseguraria um grau de segurança aos novos utilizadores. Os fornecedores de software de chat podiam incorporar imediatamente, nos seus scripts, inibidores ou mensagens de alerta regulares, relembrando os utilizadores acerca das mensagens chave de segurança. De igual modo, os fornecedores de sites podiam incluir essas mensagens no código HTML. Um exemplo disso é o disponibilizado pela Childnet International através do seu site ChatDanger ( que representa o primeiro recurso especificamente dedicado a aconselhamento sobre salas de chat. Esta ponderação sobre a oportunidade para a prática de crimes a coberto do domicílio, do controle por parte de quem tem o dever de educar, da definição de princípios, orientações e regras para a utilização de um computador ou telemóvel, da constatação dos potenciais riscos que os jovens correm quando utilizam a Internet ou outros meios tecnológicos, reflecte, inevitavelmente a complicada natureza destas questões. É possível que isto não seja surpreendente, dada a complexidade dos vários factores que para tal contribuem: a tecnologia, a moldura legal e a psicologia e comportamento de potenciais infractores. Não obstante o eventual resultado positivo do site que se pretende implementar, é essencial que todos os sectores, incluindo o Estado, as indústrias da informática e da Internet, os serviços de aplicação da lei, as organizações de apoio às crianças, o sector da educação, os órgãos auto-reguladores e a comunidade on-line, de forma geral, demonstrem um compromisso genuíno para procura, identificação e implementação de soluções eficazes, que permitirão aos jovens tirarem partido da Internet sem comprometerem o dia de amanhã ou a sua segurança. Público na Escola Janeiro 2008

10 Destaque Ajude as crianças a distinguir o que é verdade e o que não é verdade na web Em diversos sites indicados nestas páginas, há conselhos simples e muito úteis. É o caso dos que estão disponíveis no portal Seguranet, uma iniciativa da Direcção- Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação A Internet oferece recursos e oportunidades de aprendizagem excepcionais, mas também contém muita informação que pode não ser útil nem fiável. Dado que qualquer pessoa pode colocar comentários ou informações na Internet, os utilizadores têm de desenvolver competências de pensamento crítico, para avaliarem a precisão da informação que encontram online. Isto é especialmente verdade para as crianças que têm tendência para pensar: Se está na Internet, é porque deve ser verdade. Tradicionalmente, os recursos em papel passavam por porteiros como os editores, os revisores e os sistemas de confirmação de factos para proceder à eliminação de erros, mentiras e informações incorrectas. Contudo, em muitos casos, a Internet não dispõe de salvaguardas para verificar a validade das informações colocadas on-line. Ensine às crianças de que forma a Internet funciona e deixe-lhes bem claro que qualquer pessoa pode criar um website, sem qualquer tipo de obstáculo. Treine os seus filhos a utilizar uma grande FERNANDO VELUDO diversidade de recursos de informação e a verificar, questionar e avaliar o que encontram on-line. Sugestões para ajudar as crianças a identificar informações erradas µ Comece quando os seus filhos ainda são novos. Até os alunos do pré-escolar já estão a utilizar a Internet para procurar informação, pelo que é importante ensiná-los desde cedo a distinguir o que é verdade e o que é mentira, e a reconhecer preconceitos, propaganda e sites que assentam em estereótipos. µ Pergunte aos seus filhos que tipo de informação encontram on-line. Por exemplo, qual é o objectivo do site? Divertir? Vender? O site contém informações que possibilitem o contacto com o autor, ou uma secção Quem somos? O site é patrocinado por alguma empresa, pessoa, ou é um local de conversa público? A Internet é o melhor local para encontrar a informação que se procura? µ Certifique-se de que os seus filhos verificam as informações on-line que recolhem por comparação a outras fontes. Consulte outros websites ou meios de comunicação social jornais, revistas e livros para verificar a informação. Encoraje-os, também, a consultá-lo a si. µ Encoraje os seus filhos a utilizar diversos recursos de informação, e não apenas a Internet. Leve-os a uma biblioteca, ou compre uma boa enciclopédia em CD-ROM, como a Microsoft Encarta. Isto permitirá que os seus filhos tenham acesso a fontes de informação alternativas. µ Ensine aos seus filhos técnicas eficazes para encontrar informação on-line. Isto irá melhorar muito a capacidade de obtenção de informações com qualidade. Uma forma de o fazer consiste em encorajar os seus filhos a utilizar diversos motores de pesquisa, e não apenas um. µ Fale com os seus filhos sobre ódio e racismo. Os filtros de software podem ajudar a bloquear algum deste tipo de material. Contudo, os seus filhos devem estar informados sobre o racismo e o que acontece no mundo, para que consigam reconhecer conteúdos fomentadores de ódio. O portal Seguranet é uma iniciativa da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação para sensibilizar pais, professores, crianças e jovens para a utilização da Internet de uma forma crítica, esclarecida e segura. O portal é parte integrante do consórcio Internet Segura, constituído pela Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), pela Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC), pela Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) e pela Microsoft Portugal. O serviço Linha Alerta destinase a bloquear conteúdos ilegais na Internet e a perseguir e acusar criminalmente quem publica este tipo de conteúdos. Esta missão é executada mediante o fornecimento às autoridades policiais portuguesas de informação reunida de denúncias recebidas e da colaboração com os ISP (Internet Service Providers) nacionais para a rápida remoção desses conteúdos. O serviço Linha Alerta, uma iniciativa da Internet Segura, com o apoio da Polícia Judiciária, disponibiliza a todos os interessados um conjunto de meios através dos quais, e de forma anónima, é possível apresentar denúncias de conteúdos eventualmente ilegais. As denúncias recebidas são analisadas por operadores que lhes dão o devido seguimento para a autoridade policial nacional ou internacional. O serviço Linha Alerta actua contra os seguintes conteúdos ilegais: pornografia infantil, apologia da violência e do racismo. In 10 Janeiro 2008 Público na Escola

11 index.php?section=1 A Equipa de Computadores, Rede e Internet nas Escolas, da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação foi criada para conceber, desenvolver, concretizar e avaliar iniciativas mobilizadoras e integradoras no domínio do uso dos computadores, redes e Internet nas escolas e nos processos de ensino-aprendizagem, incluindo, designadamente, as seguintes áreas de intervenção: a) desenvolvimento do currículo de tecnologias de informação e comunicação (TIC) nos ensinos básico e secundário e respectiva formação de professores; b) promoção e dinamização do uso dos computadores, de redes e da Internet nas escolas; c) apetrechamento e manutenção de equipamentos de TIC nas escolas. A plataforma moodle da Equipa de Missão Computadores, Redes e Internet na Escola (CRIE) do Ministério da Educação é a pedra fundadora de um projecto mais vasto que genericamente se designa moodle-edu.pt. Com esta plataforma, procura-se dar início a um projecto de disseminação desta plataforma por todo o ensino básico e secundário com os objectivos de: 1. disponibilizar um espaço on-line/em-linha de apoio ao desenvolvimento de acções da equipa de missão CRIE, designadamente na área de formação de professores TIC, de projectos educativos em TIC e outras desenvolvidas pela equipa de missão ou pelos seus parceiros e 2. criar um espaço fundador do projecto moodle-edu-pt. O site da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), a autoridade reguladora do sector das comunicações em Portugal, apresenta variada informação. A lista de padrões de segurança para as Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC), identificados no âmbito do projecto ICT Security Standards Roadmap, ou a Estratégia para uma Sociedade da Informação Segura são documentos que aí podem ser consultados. Em são apresentados inúmeros e variados documentos relacionados com a Segurança dos Sistemas e Redes de Informação. A Comissão Nacional de Protecção de Dados existe para controlar e fiscalizar o processamento de dados pessoais, em rigoroso respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades e garantias consagradas na Constituição e na lei. Em anuncia-se a apresentação de conselhos práticos sobre como proteger melhor os dados pessoais. Entretanto, quem quiser conhecer os seus dados pessoais enquanto internauta (endereço IP; navegador (browser) e respectiva versão; código; plataforma; linguagem do navegador, do sistema e do utilizador, etc.) precisa apenas de efectuar um clique no local indicado na página. A página da Secção de Investigação de Criminalidade Informática e de Telecomunicações da Polícia Judiciária apresenta informação útil para quem quiser conhecer alguns dos crimes praticados com recurso a meios informáticos. MiudosSegurosNa.Net assume-se como um projecto que pretende ajudar famílias, escolas e comunidades a promover a segurança on-line de crianças e jovens. O projecto orienta-se pela visão de uma sociedade onde as famílias, as escolas e a comunidade em geral trabalham em conjunto para minimizar os riscos de segurança a que as crianças e os jovens estão expostos através da utilização das novas tecnologias de informação e comunicação, no sentido de lhes permitir maximizar os benefícios que estas têm para oferecer, de uma forma segura, ética e responsável e no respeito pelos direitos, liberdades e garantias consagrados nas leis e na Constituição europeia e portuguesa No YouTube, há inúmeros filmes sobre segurança na Internet que merecem ser vistos com atenção Ficha técnica PÚBLICO na Escola Director do PÚBLICO José Manuel Fernandes Director do PÚBLICO na Escola Eduardo Jorge Madureira Edição gráfica José Soares Revisão de textos Aurélio Moreira Foto da Capa Daniel Rocha Digitalização e Imagem Alexandra Domingos Administração Hugo Graça Figueiredo, José Manuel Fernandes e João Porto R. João de Barros, PORTO Propriedade PÚBLICO, Comunicação Social SA, Lugar de Espido, Via Norte - MAIA Contribuinte n.º Impressão Mirandela Arte Gráficas Tiragem: 2000 exemplares Registo ICS Público na Escola Janeiro

12 CD-ROM Vamos Ler Imagens! Eduardo Cintra Torres Através do Centro de Formação de Jornalistas, Cenjor, fui convidado a preparar os conteúdos para um CD-ROM de literacia audiovisual ou educação para os media a editar pelo Ministério da Educação e para distribuição gratuita nas escolas. Fui escolhido porque fiz formação nesta área para professores de todo o país em acções do Cenjor em colaboração com o ministério. A alma do projecto no ministério foi Teresa Fonseca, com quem tive depois o gosto de trabalhar até concluírmos. Eu fiz os conteúdos, ela fez a coordenação pedagógica. Reunimonos dezenas de vezes. Fizemos repetidamente a correcção de cada palavra e elemento visual. A criação dos conteúdos foi entusiasmante, mas muito trabalhosa. Foi um trabalho de quase três anos entre 2003 e Retirei uma lição: por ser tão diferente da escrita de texto, a construção de conteúdos interactivos deve ser feita em equipa. O desafio não foi fácil para mim, porque não tinha experiência de criar conteúdos interactivos e porque não encontrei no mercado internacional nada que se assemelhasse ao que pensei fazer: aproveitar as potencialidades da linguagem digital e ao mesmo tempo incluir o máximo de informação. Na ver- dade, sendo o suporte CD tão barato e tão grande a sua capacidade de armazenamento, sempre achei incompreensível que os CD-ROM educativos ou informativos fossem tão fracos e tão pobres em termos de materiais incluídos. Mesmo assim, não pude prever que o projecto acabasse por resultar em dois CD-ROM, dado que alargámos ao máximo o âmbito da análise de imagens. Acabámos por fazer dois discos, um tratando das imagens fixas, outro das imagens em movimento. Tentámos criar o máximo de ligações internas, pois para mim a inteligência é, em primeiro lugar, resultado da ligação entre áreas e factos aparentemente desconexos. Outra preocupações desde o início: criar material de trabalho e informativo que não se desactualizasse; proporcionar dois tipos de uso, ora individual ora colectivo, este na sala de aula. Os CD-ROM podem ser usados individualmente pelo aluno mas também pelo professor, pois incluem bastantes elementos que servem de ponto de partida para o docente analisar quaisquer imagens não incluídas. Além disso, os CD-ROM podem ser usados em aula. Já os usei com os meus alunos universitários com bons resultados, excluindo naturalmente as actividades e alguns elementos que se adequam exclusivamente a alunos mais novos. Uma das decisões que tomámos para permitir o uso em aula foi o de Ensinar a ler imagens fixas (fotografia, pintura, publicidade fixa e imprensa) e imagens em movimento (cinema, televisão e publicidade) é o objectivo de Vamos Ler Imagens, dois CD-ROM concebidos para uso pedagógico nas aulas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário. Coube a Eduardo Cintra Torres a elaboração de conteúdos e a Teresa Fonseca a coordenação pedagógica deste trabalho editado pela Direcção-Geral de Inovação e do Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação. Vamos Ler Imagens é uma ferramenta assaz útil na educação para os media. De resto, no momento em que, em inúmeros estabelecimentos de ensino, se preparam actividades para realizar em Março, no âmbito a semana dos media, estes dois CD-ROM serão, com certeza, de grande utilidade nessa ocasião. não incluir instruções e textos em áudio. Isso poderia levar a uma desarticulação da autoridade do professor no comando pedagógico dos materiais. Estou muito orgulhoso com o resultado final. Acho que tem boa qualidade pedagógica e de conteúdos. Espero que os alunos e os professores das escolas de todo o país tirem o máximo partido dos CD-ROM. Conseguimos preencher uma lacuna nacional: toda a gente se queixava de que não havia materiais para a literacia audiovisual. Agora já não o podem dizer. Envie este cupão devidamente preenchido para PÚBLICO na Escola, remessa livre n , Edifício picoas, Lisboa (não precisa selo), cheque à ordem de Público Comunicação Social, S.A. Os dados fornecidos serão processados automáticamente no ficheiro comercial do PÚBLICO, gozando os respectivos titulares dos direitos de acesso, rectificação e eliminação. Estas informações serão exclusivamente utilizadas para a divulgação de produtos do PÚBLICO. Se, de futuro, não pretender receber essas informações, assinale com um X Desejo receber receber mensalmente o Boletim PÚBLICO na Escola: assinatura anual, 10 exemplares (Setembro/Junho), no valor de 12,50 euros (portes de correio incluídos). Desejo receber o Caderno PÚBLICO na Escola n.º 1 Escritores na Sala de Aula, no valor de 2,5 euros (acrescidos de 0,50 euros para portes de correio). Desejo receber o Caderno PÚBLICO na Escola n.º 2 A Terra em Sobressalto, no valor de 2,5 euros (acrescidos de 0,50 euros para portes de correio). Desejo receber o Caderno PÚBLICO na Escola n.º 3 Os Direitos Humanos vão à Escola, no valor de 2,5 euros (acrescidos de 0,50 euros para portes de correio). Desejo receber o Caderno PÚBLICO na Escola n.º 4 Educar para o Consumo, no valor de 2,5 euros (acrescidos de 0,50 euros para portes de correio). Não pretendo encomendar nada, mas gostaria de receber mais informações sobre o Projecto PÚBLICO na Escola, gratuitamente e sem qualquer compromisso. nome morada código postal telefone factura em nome de escola em que dá aulas disciplina que lecciona nº contribuinte 12 Janeiro 2008 Público na Escola

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