AMOSTRAGEM PARA AVALIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA DE UM HÍBRIDO DE Eucalyptus grandis W.Hill ex Maiden x Eucalyptus urophylla S. T.
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- Rachel Almeida Azevedo
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1 AMOSTRAGEM PARA AVALIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA DE UM HÍBRIDO DE Eucalyptus grands W.Hll ex Maden x Eucalyptus urophylla S. T. Blake FRANCIANE ANDRADE DE PÁDUA 009
2 FRANCIANE ANDRADE DE PÁDUA AMOSTRAGEM PARA AVALIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA DE UM HÍBRIDO DE Eucalyptus grands W.Hll ex Maden x Eucalyptus urophylla S. T. Blake Tese apresentada à Unversdade Federal de Lavras, como parte das exgêncas do Programa de Pósgraduação em Cênca e Tecnologa da Madera, para obtenção do título de Doutor. Orentador Prof. Paulo Fernando Truglho LAVRAS MINAS GERAIS BRASIL 009
3 Fcha Catalográfca Preparada pela Dvsão de Processos Técncos da Bbloteca Central da UFLA Pádua, Francane Andrade de. Amostragem para avalação da densdade básca da madera de um híbrdo de Eucalyptus grands W.Hll ex Maden x Eucalyptus urophylla S. T. Blake / Francane Andrade de Pádua.. Lavras : UFLA, p. : l. Tese (Doutorado) Unversdade Federal de Lavras, 009. Orentador: Paulo Fernando Truglho. Bblografa. 1. Amostragem.. Amostragem não destrutva. 3. Densdade básca. 4. Madera. 5. Eucalpto. I. Unversdade Federal de Lavras. II. Título. CDD
4 FRANCIANE ANDRADE DE PÁDUA AMOSTRAGEM PARA AVALIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA DE UM HÍBRIDO DE Eucalyptus grands W.Hll ex Maden x Eucalyptus urophylla S. T. Blake Tese apresentada à Unversdade Federal de Lavras, como parte das exgêncas do Programa de Pósgraduação em Cênca e Tecnologa da Madera, para obtenção do título de Doutor. APROVADA em 19 de feverero de 009 Margarete Marn Lordelo Volpato EPAMIG/UFLA Prof. José Tarcíso da Slva Olvera DEF/UFES Prof. José Renaldo Morera da Slva DCF/UFLA Prof. Lourval Marn Mendes DCF/UFLA Prof. Paulo Fernando Truglho UFLA (Orentador) LAVRAS MINAS GERAIS BRASIL
5 Aos meus amados pas César e Cda, meus querdos rmãos Flavana, Emerson, Francole, Fabríca, meus sobrnhos Arthur e Stella e meus cunhados José Augusto e Fábo, os quas souberam manter a presença mesmo quando ausentes. OFEREÇO Ao meu mardo Thago e mnha flha Isabella, eternos amores... DEDICO
6 Fo o tempo que perdeste com a tua rosa, que fez a tua rosa tão mportante. Antone de Sant-Exupéry
7 AGRADECIMENTOS Meus rrestrtos agradecmentos ao Professor Paulo Fernando Truglho pela orentação, compreensão, pacênca e amzade, a quem dedco mnha confança e profunda admração. Gostara de expressar a mnha gratdão e reconhecmento à Pesqusadora Margarete Marn Lordelo Volpato, e aos Professores José Tarcíso da Slva Olvera, José Renaldo Morera da Slva e Lourval Marn Mendes, por suas valosas contrbuções que certamente elevaram a qualdade deste trabalho. Aos professores, Fabo Akra Mor e José Tarcíso Lma pelos ensnamentos que me proporconaram a oportundade de realzação deste trabalho e acma de tudo, pela amzade. A CAF Santa Bárbara Ltda, pelo suporte e apoo logístco necessáros à condução deste trabalho. Aos Professores do Departamento de Engenhara Florestal da Unversdade Federal do Espírto Santo, em especal Humberto Fantuzz e Marcelo Noguera, pela amzade, consderação e pelas doses dáras de alegra. Aos amgos Clar, Marna, Thago, Carlos, demas colegas e estagáros da Tecnologa da Madera, pelo auxílo na coleta dos dados e análses laboratoras, regstro aqu meu reconhecmento e gratdão. Aos querdos amgos e colegas da Unversdade Federal de São Carlos, Carlos Sassá, Kelly, José Mauro e Mauríco, pelo ncentvo e agradável convvênca no período de fnalzação do trabalho. Aos funconáros do Departamento de Cêncas Florestas da Unversdade Federal de Lavras, e aos funconáros do Departamento de
8 Engenhara Florestal da Unversdade Federal do Espírto Santo, sempre prestmosos auxlares, meus snceros agradecmentos. A mnha amada flha Isabella, presente de Deus, por tornar a mnha vda mas bela e por tornar os momentos dfíces apenas momentos dfíces. Ao Thago, por sempre partlhar com amor das mnhas dfculdades, nseguranças, alegras e vtóras. Aos meus pas, por nunca medrem esforços para proporconar uma boa educação a mm e a meus rmãos. Aos meus rmãos, sobrnhos e cunhados pela compreensão, ajuda e amor ncondconal. A D. Carmen, Sr. Fernando, Marna e Junor, mnha segunda famíla, pelo carnho, ncentvo e apoo durante este percurso. Ás demas pessoas que colaboraram, dreta ou ndretamente, para que esta vtóra fosse possível, mnha gratdão.
9 SUMÁRIO Págna RESUMO... ABSTRACT... 1 INTRODUÇÃO REFERENCIAL TEÓRICO Densdade básca da madera Varação da densdade básca da madera no sentdo base-topo Varação da densdade básca da madera no sentdo medula-casca Amostragem da madera para o estudo da densdade básca Amostragem não destrutva Uso do Plodyn Uso do Resstograph Uso do trado de ncremento MATERIAL E MÉTODOS Materal bológco Característcas de crescmento Amostragem longtudnal da madera nas árvores Amostragem tradconal Amostragem alternatva Amostragem de metro em metro Amostragem não destrutva Uso do trado motorzado Uso do Plodyn Uso do Resstograph Amostragem radal nos dscos... 7
10 3.5 Determnação da densdade básca Análses estatístcas Avalação do padrão de varação da densdade básca nas árvores, melhor método e posção de amostragem Teste para verfcar a falta de ajustamento e dentdade de modelos Cálculo da ntensdade amostral RESULTADOS E DISCUSSÃO Característcas de crescmento Densdade básca da madera: método de amostragem e varação longtudnal Intensdade amostral Densdade básca da madera: varação radal Densdade básca da madera: correlação com a amostragem não destrutva e dentfcação do ponto de melhor estmatva CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS... 79
11 RESUMO PÁDUA, Francane Andrade de. Amostragem para avalação da densdade básca da madera de um híbrdo de Eucalyptus grands W.Hll ex Maden x Eucalyptus urophylla S. T. Blake p. Tese (Doutorado em Cênca e Tecnologa da Madera) - Unversdade Federal de Lavras, Lavras, MG. * Este trabalho teve como objetvos ) avalar métodos de amostragem destrutva e não destrutva, vsando à estmatva da densdade básca da árvore; ) verfcar o padrão de varação longtudnal e radal da densdade básca na árvore para cada método de amostragem e classe de dâmetro; ) ajustar modelos para a estmatva da densdade básca em função da altura na árvore e dstânca da medula; v) determnar o número ótmo de árvores para a estmatva da densdade básca méda da árvore e, v) determnar o ponto de melhor correlação com a densdade básca méda do tronco. Fo utlzado um clone de híbrdo de Eucalyptus grands x Eucalyptus urophylla, aos 5,6 anos, plantado muncípo de Martnho Campos, MG. As árvores foram dstrbuídas em três classes de dâmetro e foram amostradas, na forma de dscos, por três métodos de amostragem: tradconal (0%, 5%, 50%%,75% e 100% da altura comercal Hc); alternatva (%, 10%, 30% e 70% Hc) e de metro em metro a partr do dap. Também foram avalados três métodos de amostragem não destrutva: Resstograph, Plodyn e baguetas. Foram tomadas amostras ao longo do rao nos dscos, consderando os dos lados opostos à medula. Pelos resultados, verfcou-se que o método alternatvo apresentou os maores coefcentes de correlação com o método de metro em metro e fo o mas efcente para a estmatva da densdade básca méda. A amostragem na forma de baguetas subestmou a densdade básca méda da árvore em 9,5%. A densdade básca dmnu ncalmente, até aproxmadamente,3m de altura, aumentou a partr desse ponto, até 9,3m (classe 8,1 cm) e 13,3 m (classes 11,4 e 14, cm) e voltou a dmnur a partr desses pontos até a altura comercal. A densdade básca seguu a tendênca de aumento da medula para a casca. Sugere-se a utlzação do resstógrafo nos pontos de 1,10 m ou 1,50 m e do Plodyn a 1,50m de altura do solo. A densdade básca determnada a 1,10 e 1,50 m de altura do solo apresentou as maores coefcentes de correlação com os três métodos de amostragem consderados. Palavras-chave: amostragem, densdade básca, madera, eucalpto. * * Comtê orentador: Paulo Fernando Truglho - UFLA (orentador) Co-orentadores: José Tarcíso Lma UFLA, José Renaldo Morera da Slva UFLA e Lourval Marn Mendes UFLA.
12 ABSTRACT PÁDUA, Francane Andrade de. Samplng for evaluatng the wood basc densty n Eucalyptus grands W.Hll ex Maden x Eucalyptus urophylla S. T. Blake hybrd. Lavras, p. Thess (Doctor n Wood Scence and Technology) Federal Unversty of Lavras, Lavras, MG. * The research amed: ) to evaluate destructve and non destructve methods of samplng to estmate the basc densty of the wood; ) to determne the longtudnal and radal varaton of basc densty n the stem n each method and dameter class; ) to ft model of average basc densty estmatng along to stem and across the dameter; v) to determne the optmum number of trees to be assessed to estmate the basc densty; v) to determne an optmum samplng pont wthn stem. For ths, 50 trees of a hybrd clone of Eucalyptus grands x Eucalyptus urophylla a 5.6 years-old from the Martnho Campos, Mnas Geras State, Brazl, were used. The trees were sorted n three dameter classes; dscs beng removed from a range of heghts from the samplng methods: tradtonal (0%, 5%, 50%, 75% and 100% of the commercal heght- Hc), alternatve (%, 10 %, 30% and 70% Hc) and meter to meter (each meter above breast heght dameter). Also three non destructve samplng methods were evaluated: Resstograph, Plodyn and ncrement corer. For the radal samplng, small corer beng removed from a two opposte sdes of pt. It was observed that the alternatve method showed the hghest correlatons wth the meter to meter method. Ths was the more effcent method for estmate to basc densty n stem. The densty decreased ntally up to.3 m of hgh, then ncreased to 9.3 m (8.1 cm class) and 13.3 m (11.4 and 14. cm class) then decreased from these ponts up to top. The pattern of radal varaton showed a ncrease across dameter. It was possble to suggest the ponts of the 1.10 m and 1.50 m for use the Resstograph and Plodyn. The core underestmated the average densty of the tree n 9.5%. The densty measured at 1.10 and 1.50 m of stem presented the hghest correlatons wth the three samplng methods consdered. Keywords: samplng, basc densty, wood, eucalypt. * * Advsng Commttee: Paulo Fernando Truglho - UFLA (advser) Co-advsers: José Tarcíso Lma UFLA, José Renaldo Morera da Slva UFLA e Lourval Marn Mendes UFLA.
13 1 INTRODUÇÃO Os segmentos ndustras que utlzam macçamente a madera, a exemplo do setor de celulose e papel e do setor sderúrgco, têm ntensfcado esforços para garantr o suprmento dessa matéra-prma, tendo em vsta a autossufcênca. Dante desta stuação, é estratégco o nvestmento em novos plantos florestas, em sstemas mas efcentes de produção e na adequada avalação das propredades da madera que afetam a qualdade do produto. É fundamental, para a adequada avalação da qualdade da madera para quasquer usos, a dentfcação das propredades que afetam o produto fnal. Neste sentdo, a densdade básca é consderada um índce qualtatvo da madera para os mas dversos usos. Isso se deve ao fato de a densdade básca, além de ser uma propredade de fácl determnação e possur alta herdabldade, estar correlaconada com um número muto grande de outras propredades da madera e, consequentemente, exercer grande nfluênca na qualdade e no rendmento de determnados produtos. A madera é um materal heterogêneo e muto varável. Suas propredades varam entre árvores e dentro da própra árvore, nos sentdos longtudnal e radal do tronco. Por esse motvo, o estabelecmento de um programa de amostragem adequado aos objetvos do estudo é uma das maores dfculdades para se obter resultados que representem o valor das propredades no tronco. Para tanto, há a necessdade de se dspor de métodos efcentes para o estudo das propredades da madera, permtndo uma avalação mas adequada da sua varabldade. Exstem dversas formas de se amostrar a madera para o estudo de suas propredades, as quas levam em consderação a acuráca, o tempo e o custo de processamento e coleta do materal. No entanto, mutas vezes, o padrão de varação da propredade no tronco é neglgencado. Dependendo da forma e da 1
14 ntensdade da amostragem consderada no estudo, a varabldade das propredades da madera pode não ser corretamente captada. Consderando erroneamente que o padrão de varação das propredades da madera é consstente dentro de árvores de uma mesma espéce ou de espéces dferentes e, até mesmo dentro de um mesmo clone, é comum, em mutas pesqusas, a análse de poucas árvores e, às vezes, com uma únca determnação de suas característcas no tronco. O descudo com a metodologa de amostragem é muto preocupante, pos a estmatva do valor médo da propredade é mutas vezes extrapolada para uma população ntera. Um pequeno deslze pode resultar na sub ou na superestmatva do valor da propredade para a população e, consequentemente, gerar prejuízos econômcos de grandes proporções. Para uma efcente avalação da qualdade da madera, sera deal uma amostragem ntensva entre árvores e dentro da árvore, nos sentdos longtudnal e radal. No entanto, sso mplca em uma maor demanda por tempo e custo. Alternatvamente, os métodos de avalação não destrutva das propredades da madera podem ser utlzados com sucesso, vsando à redução de custos expermentas, desde que haja alta correlação entre o ponto amostrado e o valor da propredade. Exste carênca de nformações necessáras ao estabelecmento de um programa de amostragem destrutva e não destrutva que leve em consderação a verdadera varação das propredades para que as nformações possam expressar com efcênca o valor médo das característcas no tronco. Neste contexto, o presente trabalho fo conduzdo com o objetvo geral de avalar métodos de amostragem para a estmatva da densdade básca da madera de um híbrdo clonal de Eucalyptus grands W. Hll ex Maden x Eucalyptus urophylla S. T. Blake. Os objetvos específcos foram:
15 determnar a densdade básca da madera utlzando métodos de amostragem destrutva e não destrutva por classe de dâmetro; verfcar o padrão de varação longtudnal e radal da densdade básca determnada por dferentes métodos de amostragem e classes de dâmetro; ajustar modelos para a estmatva da densdade básca em função da altura na árvore e da dstânca da medula; determnar o número ótmo de árvores para a estmatva da densdade básca méda da árvore; determnar um ponto ótmo para a amostragem não destrutva da árvore, vsando à estmatva da densdade básca pelos três métodos de amostragem consderados. 3
16 REFERENCIAL TEÓRICO.1 Densdade básca da madera A densdade básca é a relação entre a massa de madera seca e o seu volume verde. Normalmente, as undades físcas usadas para expressar a densdade básca são qulo, para massa seca e metro cúbco para o volume da madera. Por ser de fácl determnação, possur alta herdabldade (Rocha, 1983) e se relaconar com um número muto grande de outras propredades, a densdade básca é consderada um dos mas mportantes índces de qualdade da madera para os mas dversos usos. Contudo, é mportante destacar que, em função da alta correlação com outras propredades da madera, a densdade básca não deve ser utlzada como índce de qualdade de forma solada. A densdade da madera afeta a hgroscopsdade, a retratbldade e as propredades de resstênca mecânca (Panshn & Zeeuw, 1980), elétrcas e acústcas (Losch Neto et al., 008). Inúmeros trabalhos já confrmaram o seu desempenho para dferentes produtos, como para a produção de celulose (Shmoyama & Barrchelo, 1989, 1991) e a produção de carvão vegetal (Doat & Petroff, 1975; Brto & Barrchelo, 1980; Robson & Mze, 1987; Coutnho & Ferraz, 1988; Truglho et al., 001, 005). A madera é um materal heterogêneo e muto varável. A densdade básca, entre outras propredades, vara entre árvores e dentro da própra árvore, no sentdo longtudnal e radal do tronco, entre cerne e alburno, entre madera juvenl e adulta e dentro do mesmo anel de crescmento, entre lenho ncal e lenho tardo. Essas dferenças observadas dentro e entre árvores devem-se às dferentes dmensões celulares e à quantdade de componentes extratáves por undade de volume. Estes fatores, por sua vez, são nfluencados por dade, genótpo, índce de síto, localzação geográfca e tratos culturas, entre outros 4
17 (Panshn & Zeewun, 198). Anda, segundo Downes et al. (1997), essa varabldade das propredades da madera pode sofrer grande nterferênca dos métodos de avalação, podendo resultar em erros consderáves de decsão quanto à amostragem adequada do materal. Segundo Downes et al. (1997), a varação da densdade básca no sentdo longtudnal do tronco se comporta de forma dferente em coníferas e em folhosas. De acordo com os autores, as coníferas apresentam um padrão de varação clíndrca resultado da redução da densdade com a altura da árvore. Para folhosas, mas especfcamente para o gênero Eucalyptus, o padrão de varação parece ser mas cônco com a nteração entre a varação radal e longtudnal, admtndo três possbldades de varação das propredades da madera utlzando modelos côncos. Estes modelos ncluem a estrutura do anel e admtem mudanças lneares ou não lneares da propredade em função da altura e da dstânca da medula. Conforme os mesmos autores, os padrões de varação para o gênero Eucalyptus podem apresentar: smetra cônca: a propredade vara de forma constante para uma dada regão de anel com a altura, mas vara radalmente entre regões; smetra lnear geral: a propredade vara de forma lnear longtudnalmente e radalmente; smetra não lnear geral: a propredade vara de forma não lnear tanto no sentdo radal quanto longtudnal. A densdade básca, normalmente, aumenta de forma brusca no período juvenl e aumenta de forma mas lenta até a maturdade, permanecendo mas ou menos constante daí para frente. Pode, anda, apresentar um padrão de varação unforme e aumentar ou dmnur durante a vda ou, anda, dmnur durante o período juvenl e aumentar daí para frente (Haygreen e Bowyer, 198; Phashn e Zeeuw, 198). 5
18 Lma (1995) verfcou que a varação da densdade básca dentro de clones de Eucalyptus salgna apresentou uma redução com o aumento da dade, tendendo para a establzação aos 4 meses. Dversos estudos demonstram que a densdade básca da árvore vara também com a qualdade do síto. Nos trabalhos de Raymond & Muner (001), tanto o síto favorável quanto o desfavorável apresentaram altas correlações com a densdade básca em Eucalyptus globulus e em Eucalyptus ntens. Lma et al. (000) encontraram dferenças sgnfcatvas na densdade da madera de clones de híbrdos de Eucalyptus entre sítos no sul do estado da Baha e verfcaram também que a nteração genótpo ambente fo sgnfcatva. Rosado et al. (1983) verfcaram não haver efeto sgnfcatvo entre taxa de crescmento e densdade básca da árvore em Eucalyptus spp. Já Albno (1983) verfcou que a densdade básca dmnuu com o potencal de crescmento em Eucalyptus. Com relação ao efeto do espaçamento, Slvera (1999) verfcou, em dos conjuntos de clones de Eucalyptus, que, para um conjunto de clones, a abertura do espaçamento provocou um aumento sgnfcatvo no valor da densdade básca da madera, enquanto que para o outro conjunto o efeto fo não sgnfcatvo. Vtal et al. (1981) não verfcaram nfluênca do espaçamento no valor da densdade básca da madera. Dversos estudos com espéces do gênero Eucalyptus já foram realzados vsando à avalação da varação da densdade básca nas dreções longtudnal e radal do tronco em dferentes dades, sítos e tratamentos slvculturas. No entanto, exstem poucas nformações no sentdo de avalar as dferenças na densdade básca decorrentes de dferentes métodos de amostragem no tronco, vsando estabelecer um procedmento de avalação da madera que seja sensível às varações para estmar o valor da propredade no tronco. Por esse motvo, verfca-se que exste muta contradção na lteratura e que não se chegou a um 6
19 padrão defndo de varação, tanto do sentdo longtudnal como radal, para as espéces do gênero, conforme exposto a segur..1.1 Varação da densdade básca da madera no sentdo base-topo As pesqusas envolvendo o estudo da varação da densdade básca com a altura da árvore confrmam a nexstênca de um padrão defndo de varação. Esses dferentes padrões podem ocorrer devdo a város fatores, dentre os quas se destacam: fatores ntrínsecos da madera, fatores ambentas e fatores de ordem prátca, como o método de amostragem e avalação das propredades da madera. Na Tabela 1 são apresentados alguns resultados encontrados na lteratura que reportam dferentes padrões de varação da densdade básca com a altura da árvore, para algumas espéces do gênero Eucalyptus em dferentes dades. Percebe-se que a tendênca de varação da densdade no sentdo base-topo mas verfcada se caracterza por um aumento base-topo, após um decréscmo ncal. No entanto, não se sabe ao certo qual é o ponto que representa o valor da mínma densdade, em função dos dferentes procedmentos de amostragem adotados para a avalação da varação da densdade com a altura da árvore. Para tanto, Downes et al. (1997) sugerem uma amostragem mas mnucosa da base até 1,5 m de atura no tronco. 7
20 TABELA 1 Varação da densdade básca da madera no sentdo base-topo, apresentada por algumas espéces de Eucalyptus E spéc e Referênca Id ade Tendênca Ferrera (197) 11 A densdade básca aumenta com a altura da árvore no sentdo base-topo Stu ron et al. (198 7) Shmoyama & Barrchelo (1991) 10,6 7 A densdade básca dmnu com a altura da árvore no sentdo base-topo E. grands Alzate et al. (005) Olvera et al.(005) Wlkns & Horne (1991) Lma et al. (199) Man fred (1985) ,5 3,5 7,5 A densdade básca aumenta com a altura da árvore após um decréscm o ncal n o sentdo base-topo Texera & Vargas Flho (1994) 6 A densdade b ásca não vara com a altura da árvore no sentdo base-topo Pádua et al. (006) 7 A densdade básca aumenta com a altura da árvore no sentdo base-topo E. urophylla Olvera et al. (005) 16 A densdade básca dmnu com a altura da árvore após um acréscm o ncal no sent do base-topo E. grands x E. urophylla Pádua et al. (006) Alzate et al. (005) Gom nho et al. (001) Pádua et al. (006) 7 8 5,7 7 A densdade básca aumenta com a altura da árvore no sentdo base-topo A densdade básca aumenta com a altura da árvore após um decréscm o ncal n o sentdo base-topo E. ntens McKenze et al. (003) Lausberg et al. (1995) Purnel l (1 98 8) A densdade básca aumenta com a altura da árvore após um decréscm o ncal n o sentdo base-topo E. teretcorns Pádua et al. (006) Lma et al. (199) 7 3,5 Olvera et al. (005) 16 A densdade básca aumenta com a altura da árvore no sentdo base-topo A densdade básca aumenta com a altura da árvore após um decréscm o ncal n o sentdo base-topo E. mcrocorys Rosado (198) 5 A densdade básca dmnu com a altura da árvore após um acréscm o ncal no sent do base-topo E. propnqua Rosado (198) Brasl et al. (1977) 5 5 A densdade básca dmnu com a altura da árvore após um acréscm o ncal no sent do base-topo 8
21 .1. Varação da densdade básca da madera no sentdo medula-casca Segundo Malan (1995), a dferença nas propredades da madera no sentdo radal é a mas mportante fonte de varação no tronco. A extensão dessa varação é determnada, prncpalmente, pela presença da madera juvenl, pela sua proporção relatva no tronco e pelas suas característcas físco-químcas e anatômcas. Da mesma forma que para a varação longtudnal, as pesqusas confrmam a nexstênca de um padrão defndo de varação radal da densdade básca à medda que se dstanca da medula. No entanto, a maora das pesqusas envolvendo o estudo da varação radal da densdade básca em árvores do gênero Eucalyptus aponta para um aumento no sentdo da medula-casca, conforme apresentado na Tabela. TABELA Varação da densdade básca da madera no sentdo medula-casca, apresentada por algumas espéces de Eucalyptus. Espéce Referênca Idade Tendênca E. grands E. salgna Brasl & Ferrera (197) Hans et al. (197) Wlkns & Horne (1991) Wlkns (1990) Tomazello Flho (1985) ,5 1,3 10 Bamber et al. (198),5 Olvera & Slva (003) Tomazello Flho (1985) Carpm & Barrchelo (1983) ,8 E. ntens McKenze et al. (003) 15 A densdade básca aumenta, no sentdo radal, da medula para a casca A densdade básca dmnu, no sentdo radal, da medula para a casca A densdade básca aumenta, no sentdo radal, da medula para a casca A densdade básca aumenta, no sentdo radal, da medula para a casca, após um decréscmo ncal 9
22 Verfca-se pelos dados da Tabela que, assm como para a varação longtudnal, os dferentes padrões de varação da densdade básca ocorrem tanto dentro da árvore quanto entre dferentes espéces do gênero Eucalyptus.. Amostragem da madera para o estudo da densdade básca Mutas empresas florestas têm buscado, em seus programas de melhoramento, a seleção de clones superores e sua propagação vegetatva. Um mesmo genoma seleconado é multplcado mlhares ou mlhões de vezes. Qualquer erro na seleção pode resultar em danos econômcos ou qualtatvos de grandes proporções (Flores et al., 000). Para a seleção de materas genétcos superores vsando à produção de madera, sua qualdade precsa ser avalada. Para sso, é necessáro que a madera seja amostrada, permtndo a avalação das relações exstentes entre uma proporção representatva do tronco e uma população ou lote, vablzando o estudo das propredades em larga escala. É nesta etapa que dversos erros são cometdos, mutos deles relaconados à varação dos procedmentos metodológcos, comprometendo a confabldade e a comparabldade dos resultados obtdos. A forma de amostragem é uma das maores dfculdades para se obter resultados sgnfcatvos que representem toda a árvore, devdo à grande varabldade das característcas anatômcas, físcas, químcas e mecâncas da madera que são verfcadas entre árvores e dentro da própra árvore, entre dades e sítos dstntos (Zobel & Bujtenen, 1989). Raymond (00) sugere dades mínmas para a avalação de algumas propredades da madera, em função do seu padrão de varação, como descrto na Tabela 3. 10
23 TABELA 3 Varação de algumas propredades da madera com a dade da árvore e a dade mínma para a sua potencal avalação. Varação com a dade Idade mínma Densdade básca Aumenta 3 Varação da densdade Constante 5 Ângulo de mcrofbrla Dmnu 5 Rendmento da polpa e teor de celulose Aumenta 5 Teor de lgnna Dmnu 5 Extratvos Aumenta 8 Comprmento de fbra Aumenta 5 Fonte: Raymond (00). De acordo com os dados da Tabela 3, não é recomendável que os referdos parâmetros de qualdade da madera sejam avalados antes dos três anos de dade, em função da varabldade dessas propredades dentro e entre árvores. A varação da propredade dentro da árvore e entre árvores e o modo como a característca é controlada genetcamente exercem grande nfluênca no número de amostras para estmar a méda da árvore (Downes et al., 1997), ou seja, a varabldade na característca reflete na méda geral. São verfcadas também varações dentro de clones. Flores et al. (000) ressaltam que mutos pesqusadores cometem o erro de analsar uma únca árvore de um povoamento clonal e, às vezes, com uma únca determnação de suas característcas tecnológcas e dendrométrcas (amostra únca), para decdr sobre a acetação ou não do clone para planto comercal. 11
24 O deal sera retrar amostras múltplas em dferentes alturas da árvore e posções radas. Isso nem sempre é possível, pos a amostragem é mas dfícl e demanda tempo (Downes et al., 1997) Desse modo, torna-se necessáro utlzar métodos mas smples e fáces que ofereçam razoável precsão (Zobel & Bujtenen, 1989), uma vez que o número de amostras depende do nível desejado de acuráca (Downes et al.,1997). Benjamn & Ballarn (004), pesqusando crtéros de amostragem para a avalação da densdade básca em populações florestas, concluíram que, como era esperado, quanto mas se amostra, melhor é a precsão. No entanto, essa melhora, mutas vezes, não é sgnfcatva para justfcar um aumento muto grande no tamanho da amostra. Os autores sugerem que a precsão desejada e a dsponbldade de tempo e de árvores para efetuar o estudo, entre outros fatores, devem ser consderadas. Segundo os mesmos autores, amostras contendo entre ses e oto ndvíduos resultaram em precsões satsfatóras e estmaram bem a densdade básca da madera da população de Eucalyptus. Estudos com amostragem da madera de E. globulus e E. ntens foram realzados por Muner & Raymond (000), Raymond & Muner (001) e Raymond et al. (001). Os autores determnaram o número de árvores necessáras para se estmar a densdade básca méda e o comprmento de fbra médo da árvore. Os resultados obtdos são apresentados na Tabela 4. 1
25 TABELA 4 Alturas de amostragem recomendadas, confança, número de árvores a serem amostradas e acuráca na predção da densdade básca e do comprmento de fbra, utlzando amostras removdas com trado de ncremento. Densdade básca Comprmento de fbra (mm) E. globulus Altura (m) 1,1 1,1-1,5 Intervalo de confança (%) Número de árvores 8 13 Acuráca ±0 kg m -3 ±5% da méda E. ntens Altura (m) 0,7 0,9-1,3 Intervalo de confança (%) Número de árvores 8 16 Acuráca ±0 kg m -3 ±5% da méda Fonte: Raymond (00). As posções amostras ndcadas na Tabela 4 foram sugerdas para a amostragem destrutva (únco dsco) e não destrutva e foram seleconadas com base na melhor correlação entre o ponto de amostragem e a árvore ntera, acuráca, custo e conforto para a coleta do materal, no referdo ponto de amostragem. As medções da densdade básca no tronco são realzadas tradconalmente utlzando-se dscos ou baguetas. Normalmente, são retradas amostras, na forma de dscos, nas posções da base, 5%, 50%, 75% e 100% da altura comercal ou na forma de baguetas na posção de 1,30 m de altura do solo. No entanto, a posção dos pontos amostras para a medção das propredades da madera depende da análse préva da sua varação no tronco. Por exemplo, se a 13
26 densdade básca aumenta com a altura da árvore, o ponto de mínma densdade depende do prmero ponto de amostragem no tronco consderado pelo pesqusador. Nesse caso, torna-se necessára uma amostragem mas ntensa na base da árvore, para verfcar qual é o ponto que representa verdaderamente a mínma densdade (Downes et al., 1997; Benjamn & Ballarn, 004). Detectado o padrão de varação da densdade básca no tronco nos sentdos longtudnal e radal e, logo delnear uma adequada estratéga de amostragem que seja representatva da propredade no tronco, se faz necessára a subsequente análse do materal coletado. Exstem váras metodologas para a determnação da densdade básca na madera, utlzando dscos, toretes, cavacos e baguetas. Entre eles, ctam-se o método de mersão em um líqudo de densdade conhecda e o método do máxmo teor de umdade, prescrtos pela NBR 11941/003 (Assocação Braslera de Normas Técncas - ABNT, 003). Truglho et al. (1990) realzaram um estudo comparatvo de cnco métodos de determnação da densdade básca da madera e concluíram que o método de mersão e máxmo teor de umdade foram guas estatstcamente, além de serem os mas precsos, de melhores repetbldades e não sofreram nfluênca das dmensões dos corpos-de-prova. Palermo et al. (004), testando três métodos de determnação da densdade básca em Pnus ellott, ndcaram, como o mas adequado, o método de mersão, por não requerer equpamentos sofstcados e por apresentar resultados rápdos e de fácl obtenção. Conforme especfcado pela norma NBR 11941/003, a amostragem da madera deve assegurar que as porções utlzadas sejam representatvas da amostra e remete à norma NBR o procedmento para a amostragem de lotes de madera. No entanto, esta norma se mostra subjetva com relação à amostragem do tronco, pos a varabldade de suas propredades não é levada em consderação. 14
27 ..1 Amostragem não destrutva Os métodos utlzados para a amostragem da madera podem ser tanto de caráter destrutvo quanto não destrutvo. Os métodos ou ensaos não destrutvos são mportantes ferramentas de avalação das propredades da madera, pos estas técncas vsam qualfcar o materal sem que haja o comprometmento do seu uso futuro. Dessa forma, os métodos propcam uma economa de tempo e de custos no preparo das amostras, ao contráro da amostragem destrutva. A amostragem não destrutva pode ser útl para a estmatva das propredades da árvore, desde que haja alta correlação entre as posções amostradas e o valor médo da propredade no tronco. Para sso, é necessára uma préva amostragem destrutva no materal para estabelecer o padrão de varação da propredade no tronco, chamada por Downes et al. (1997) de estágo 1 ou estágo de calbração. Na Tabela 5 é apresentada uma comparação de custos, feta por Downes et al. (1997), entre dferentes métodos de amostragem para a estmatva da densdade básca. Fo utlzado para este cálculo um dâmetro de 0 cm a 1,30 m de altura do solo, duas pessoas trabalhando 8 horas por da, recebendo 0 dólares australanos por hora trabalhada. 15
28 TABELA 5 Custos para a amostragem de árvores para a densdade básca. Plodyn - 1 Plodyn-4 Trado Únco Múltplos letura leturas motorzado dsco dscos Árvores/da Nº total de das 3,33 6,66 6,66 33,3 50 Custo/1.000 árvores $1070 $ 130 $ 130 $ $ Coefcente de varação E. globulus 9,8 9,5 5,8 6,9 4,5 E. ntens 13,5 11,1 7, 6,3 5,6 Número de árvores necessáro para a estmatva da méda com ± 5% de acuráca E. globulus E. ntens Fonte: Downes et al. (1997), modfcado pelo autor. $: dólar australano Percebe-se, pelos dados da Tabela 5, que um pequeno aumento na precsão expermental pode não justfcar um aumento consderável no número de amostras, em função do custo e da demanda por tempo. Os autores concluíram que a amostragem não destrutva com a retrada de uma únca amostra com o trado motorzado chegou a custar cnco vezes menos que a amostragem destrutva com a retrada de um únco dsco na mesma posção e com mínma dferença no coefcente de varação. A retrada de múltplos dscos, método mas utlzado para a amostragem das propredades da madera, fo 7,5 vezes mas onerosa que a amostragem com o trado e também com mínma dferença no coefcente de varação. Além da redução de custos, os ensaos não destrutvos também possuem grande utldade para espéces, em que a propagação vegetatva não é confável, como o E. globulus e E. ntens, pos, neste caso a amostragem destrutva resultara em perda de valores genétcos (Raymond, 00). 16
29 Para estmar, dreta ou ndretamente, as propredades da madera em árvores vvas, alguns métodos não destrutvos já foram utlzados, dentre os quas ctam-se: Plodyn, para a determnação da resstênca da madera à penetração de um pno na sua porção mas externa, utlzado por Raymond & MacDonald (1998), MacKenze et al. (003) e Gonçalves (006); Resstograph, para determnar a resstênca da madera à penetração de uma broca metálca em toda a extensão dametral da madera, utlzado por Gonçalves (006), Hen (006) e Lma et al. (007); Extensômetro, para a estmatva ndreta das tensões longtudnas de crescmento, utlzado por Souza (00), Truglho et al. (003), Lma et al. (004), Pádua et al. (004) e Cardoso Júnor et al. (005); trado motorzado para a remoção de baguetas, utlzado por Downes et al. (1997) e Raymond & Muner (001) Uso do Plodyn O Plodyn fo desenvolvdo, na Suíça, para avalar o grau de podrdão da madera em postes de transmssão. O equpamento mede a penetração, na madera mas externa, por um pno, sob pressão constante, comprmdo por uma mola cuja profunddade de penetração é, em prncípo, nversamente proporconal à densdade da madera. Dessa forma, o Plodyn tem sdo útl como predtor da densdade para populações, famílas ou pontos amostras (McKenze et al., 003). Segundo Downes et al. (1997), este método de avalação das propredades da madera possu como vantagens: ser ajustável a um grande número de amostras; ser rápdo; ser não destrutvo; pode melhorar a acuráca com uma amostragem múltpla; 17
30 proporconar poucos danos à árvore. E algumas desvantagens como: possur baxa representatvdade do caule; ser dfícl de ser aplcado em árvores pequenas; medr somente as camadas mas externas do tronco; ser afetado pela ocorrênca de madera de reação. O equpamento Plodyn em uso está lustrado na Fgura 1. FIGURA 1 Esquema de utlzação do Plodyn na árvore vva. Sprague et al. (1983) concluíram que a utlzação do Plodyn fo mas econômca quando comparada a outros métodos de determnação da densdade básca, em função da rapdez na coleta dos dados. Avalações fetas por Downes et al. (1997), utlzando o Plodyn, para a determnação ndreta da densdade básca, demonstraram que esse equpamento permtu a medção de 300 árvores por 8 horas trabalhadas. Raymond & MacDonald (1998) verfcaram correlações negatvas e de alta magntude entre a penetração do pno do Plodyn e a densdade básca de árvores de Eucalyptus globulus e E. ntens de dferentes dades, em três sítos, na Tasmâna. 18
31 Contudo, alguns pesqusadores, apesar de reconhecerem a economa de tempo, não recomendam o uso do Plodyn para a medção da densdade na árvore ndvdual (McKenze et al., 003; Rosado et al., 1983). Isso se deve ao fato de a correlação entre a penetração do pno e a densdade básca da árvore ntera ter apresentado coefcentes fracos e moderados...1. Uso do Resstograph O Resstograph (resstógrafo) mede a resstênca da madera à penetração de uma haste de 3 mm de dâmetro e comprmento varável. A haste avança radalmente no tronco, a uma velocdade constante e, para cada mlímetro de penetração, são regstrados 100 valores de resstênca. A medção fornecda pelo resstógrafo é denomnada de ampltude e é expressa em porcentagem. A ampltude ndca o consumo energétco para a broca vencer a resstênca à perfuração na madera, em relação a um valor de referênca do aparelho (Lma et al., 007). De posse desses dados, pode-se nferr sobre a densdade, a sandade e as propredades mecâncas da madera. Dessa forma, o aparelho pode ser utlzado para descrever o perfl radal de varação da madera, o qual está relaconado com a sua dureza e densdade. Na Fgura pode-se observar o esquema de funconamento do aparelho. 19
32 FIGURA Resstógraph em aplcação na árvore vva para a obtenção de dados de resstênca mecânca à penetração de uma haste metálca na madera. Rnn et al. (1996) encontraram alta correlação (r²>0,8) entre a ampltude regstrada pelo Resstograph e a densdade de dferentes espéces de madera meddas por denstometra de rao x. Hen (006) relatou que o Resstograph não se mostrou um equpamento adequado para a estmatva da densdade básca da madera de Eucalyptus, pos fatores como as tensões de crescmento podem afetar o valor da ampltude. Lma et al. (006) avalaram o desempenho do Resstograph para estmar a densdade básca da madera de Eucalyptus e concluíram que a correlação entre os valores de ampltude e de densdade básca fo boa, com valores de coefcentes varando de 0,706 a 0,81. Segundo Gantz (00), o Resstograph pode ser utlzado, em testes genétcos para a seleção ndreta de árvores, para a avalação da densdade da madera. 0
33 ..1.3 Uso do trado de ncremento Amostras obtdas de trado são rotneramente utlzadas para a medção das propredades da madera como a densdade básca (Downes et al., 1997; Raymond & Muner, 001; Kube & Raymond, 00), a composção químca da madera (Trecoar & Lausberg, 1995, ctados por Mckenze et al., 003) e a morfologa das fbras (Downes et al., 1997). Segundo Downes et al. (1997), este método de avalação das propredades da madera possu como vantagens: ser um método adequado para a determnação de um grande número de amostras; ser não destrutvo. E apresenta algumas desvantagens, como: apresentar pobre representação do tronco; apresentar dfculdades em troncos muto pequenos ou muto grandes; possur baxa representação dos anés nternos; pode causar deteroração da madera no local do furo; o alnhamento da bagueta é mportante. Em 1990, o trado motorzado para a remoção das baguetas fo lançado no mercado (Downes et al., 1997), Isto possbltou a retrada de amostras com maor dâmetro, facltando a extração e a avalação não destrutva de um grande número de árvores. A sequênca de utlzação do trado motorzado para a remoção de baguetas de 0 mm de dâmetro está lustrada na Fgura 3. 1
34 A B A C D FIGURA 3 Trado motorzado em funconamento, em que: A: equpamento perfurando o tronco, B: detalhe da perfuração, C: furo dexado pela broca, D: detalhe da broca e baguetas. Rosado et al. (1988) observaram um maor coefcente de correlação entre a densdade de dscos na altura do dap e a densdade da árvore do que entre baguetas removdas com o trado manual no dap e a árvore, ndcando que a amostragem por meo de dscos fo mas efcente. As amostras obtdas de trado são recomendadas por Downes et al. (1997) após uma amostragem destrutva do materal, chamada de estágo de calbração, para verfcar o padrão de varação da propredade dentro da árvore e entre sítos, genótpos e métodos slvculturas.
35 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Materal bológco Foram amostradas 50 árvores de um híbrdo clonal de Eucalyptus grands W. Hll ex Maden x Eucalyptus urophylla S. T. Blake, aos 6 anos de dade, plantados em espaçamento 3 x m, em área pertencente ao grupo ArcelorMttal Florestas, no muncípo de Martnho Campos, estado de Mnas Geras. O talhão seleconado para o estudo ocupa área de 44 hectares e está localzado a 19º39 0 de lattude sul e 45º19 30 de longtude oeste, em Latossolo Vermelho Dstrófco típco textura muto arglosa, no qual fo feta a aplcação NPK, Ca e mcronutrentes no planto. Neste talhão fo lançada uma parcela de 10 lnhas x 10 plantas, que fo consderada como sendo a população daquele clone. Em todos os ndvíduos amostrados fo mensurado o dâmetro a 1,30 m de altura do solo (dap), para a classfcação damétrca. Foram consderadas três classes damétrcas e o número de árvores amostradas por classe fo defndo pelo percentual partcpatvo em relação à população, como pode ser verfcado na Tabela 6. Defndo o número de ndvíduos por classe damétrca, foram seleconadas aquelas árvores que se encontravam dentro desses ntervalos. TABELA 6 Dstrbução das árvores nas classes damétrcas Classe (cm) Centro de classe (cm) Frequênca Partcpação na população (%) 1,8 a 17,0 14, ,7 a 1,7 11, ,1 a 9,5 8, Total
36 3. Característcas de crescmento Após a derrubada, as árvores foram cubadas pelo método de Smalan, para a determnação do seu volume ndvdual e a determnação do fator de forma. Adconalmente, foram meddas as espessuras da casca para a determnação dos volumes com e sem casca, ncrementos médos volumétrcos com e sem casca, consderando árvores por hectare, aos 6 anos de dade e mortaldade de 10%, além das estmatvas de massa seca, utlzando-se a densdade básca méda determnada pelos três métodos de amostragem longtudnal destrutva. A altura comercal fo consderada até o dâmetro mínmo de 5 cm com casca. 3.3 Amostragem longtudnal da madera nas árvores A densdade básca da árvore fo determnada consderando ses dferentes formas de amostragem no sentdo base-topo no mesmo tronco, sendo três destrutvas e três não destrutvas. A descrção da metodologa de amostragem consderada no presente estudo é feta a segur Amostragem tradconal O método denomnado, neste estudo, de amostragem tradconal se refere ao procedmento de amostragem mas empregado para caracterzar as propredades da madera no sentdo longtudnal do tronco. Para tanto, de cada caule, foram retrados cnco dscos de,5 cm de espessura, de faces paralelas, nas posções da base, a 5%, 50%, 75% e 100% da altura comercal da árvore (Hc) Amostragem alternatva O método denomnado amostragem alternatva teve como base a metodologa de amostragem longtudnal proposta por Downes et al. (1997), 4
37 empregada para a verfcação do padrão de varação longtudnal da densdade básca e a morfologa das fbras em dferentes espéces de Eucalyptus, dades e sítos. Fundamentado neste trabalho, de cada tronco, foram tomados dscos de,5 cm de espessura, de faces paralelas, nas alturas relatvas de %, 10%, 30%, 50% e 70% da altura comercal da árvore. É mportante menconar que, no trabalho de Downes et al. (1997), essas posções de amostragem foram relatvas à altura total da árvore e não à altura comercal como no presente estudo Amostragem de metro em metro O método denomnado amostragem de metro em metro consste na tomada de dscos de,5 cm de espessura, de faces paralelas, nas alturas fxas da base, 1,30 m de altura do solo (dap) e, a partr desse ponto, de metro em metro até a altura comercal. Portanto, a quantdade de pontos longtudnas de amostragem se lmtou à altura comercal da árvore. Para o estudo da varação da densdade com a altura foram nserdos mas quatro pontos basas na amostragem de metro em metro: 0,7 m, 0,9 m, 1,10 m e 1,50 m de altura do solo. Essa amostragem fo denomnada amostragem de metro em metro acrescda de pontos basas e fo tomada como referênca por amostrar de forma mas representatva toda a extensão longtudnal do tronco e para verfcar a posção de menor densdade básca Amostragem não destrutva Foram utlzados três equpamentos para a realzação das amostragens não destrutvas vsando à nferênca na densdade básca do tronco. Foram eles: o trado motorzado, o Plodyn e o Resstograph. 5
38 Uso do trado motorzado De cada árvore amostrada, foram retradas baguetas dametras de 0 mm de dâmetro, de casca a casca, utlzando-se o trado de ncremento motorzado. As amostras foram tomadas a 1,30 m de altura do solo Uso do Plodyn Fo utlzado o equpamento Plodyn para medr a resstênca mecânca da madera à penetração de um pno e, dessa forma, predzer a densdade básca. As leturas foram fetas a 0,70 m, 0,90 m, 1,10 m, 1,30 m e 1,50 m da altura do solo. Estas alturas foram recomendadas por Raymond & Muner (001) por serem as posções que apresentaram as melhores correlações entre os resultados da amostragem não destrutva (leturas do Plodyn e baguetas) e a densdade básca do tronco de dferentes espéces de Eucalyptus. Foram fetas quatro leturas em cada altura amostrada, sendo duas na dreção da lnha de planto e duas na entrelnha, vsando obter a densdade básca méda na crcunferênca da árvore nas porções mas basas Uso do Resstograph As medções foram realzadas nas mesmas posções longtudnas e dreções consderadas para o Plodyn. Foram realzadas duas perfurações em cada altura, uma na lnha e a outra na entre lnha de planto. O esquema de amostragem longtudnal destrutva e de amostragem não destrutva no tronco está lustrado na Fgura 4. 6
39 FIGURA 4 Esquema da amostragem longtudnal no tronco. 3.4 Amostragem radal nos dscos Para a avalação da densdade básca no sentdo medula-casca, foram retradas amostras perpendculares ao rao (Fgura 5), utlzando-se uma furadera vertcal com serra de copo de 5 mm de dâmetro. Essa amostragem fo realzada em 50% das árvores utlzadas na amostragem longtudnal, contemplando todas as três classes damétrcas apresentadas na Tabela 6. As amostras radas foram extraídas dos dscos provenentes da amostragem alternatva, porém, com a elmnação do dsco de 50% e nclusão do dsco do dap. Tal modfcação fo feta, pos, os maores dâmetros dos dscos dessas posções propcaram a retrada de um maor número de amostras radas. 7
40 FIGURA 5 Esquema dos dscos após a retrada das amostras radas A tomada das amostras radas fo feta a dstâncas varáves a partr da medula e a quantdade das amostras varou em função do dâmetro do dsco. Todo materal amostrado fo devdamente dentfcado e encamnhado ao Laboratóro de Tecnologa da Madera da Unversdade Federal de Lavras para as análses posterores. 3.5 Determnação da densdade básca Para a determnação da densdade básca por posção longtudnal e radal de amostragem fo utlzado o procedmento de mersão em água, descrto na norma NBR (ABNT, 003). A densdade básca fo determnada por posção longtudnal e radal de amostragem, conforme descrto nos tens 3.3 e 3.4. A densdade básca méda, por posção de amostragem longtudnal, fo determnada como sendo o valor médo das densdades báscas de duas cunhas opostas retradas de cada dsco. A densdade básca méda da árvore fo calculada como sendo a méda artmétca das densdades determnadas em cada posção de amostragem 8
41 longtudnal. Estudos de Pádua et al. (006) verfcaram uma correlação sgnfcatva e de alta magntude entre densdade básca méda ponderada pelo volume e densdade básca méda artmétca em cnco espéces de Eucalyptus. 3.6 Análses estatístcas Na avalação do expermento fo consderado o delneamento nteramente casualzado, com classfcação cruzada sem nteração. As árvores foram consderadas como repetções Avalação do padrão de varação da densdade básca, melhor método e posção de amostragem Fo utlzada a análse de correlação para determnar o método de amostragem que melhor se correlacona com a o valor da densdade básca méda e também para determnar a melhor posção longtudnal em um únco ponto de amostragem. A análse de regressão fo utlzada para determnar a varação longtudnal e radal da densdade básca no tronco, com base no modelo de melhor ajuste. A seleção do melhor modelo fo feta com base na sgnfcânca da regressão e de seus coefcentes, no coefcente de determnação corrgdo e no coefcente de varação do modelo Teste para verfcar a falta de ajustamento e dentdade de modelos Para a estmatva da densdade básca da árvore por classe damétrca, foram testados os modelos lnear, quadrátco e cúbco para a amostragem tradconal e alternatva e os modelos quadrátco, cúbco e quarta potênca para a amostragem de metro em metro e amostragem de metro em metro acrescda de pontos basas. 9
42 Fo utlzado o teste para a falta de ajustamento. conforme a metodologa proposta por Hoffmann & Vera (1977), para verfcar se os modelos foram adequados aos dados expermentas. Para verfcar a possbldade de se realzar um únco ajuste dos modelos seleconados para as três classes damétrcas e para os métodos de amostragem consderados, fo aplcado o teste de dentdade de modelos descrto por Graybll (1976). 3.7 Cálculo da ntensdade amostral Fo utlzada a equação descrta abaxo para estmar o número de árvores requerdas para a estmatva da densdade básca méda da árvore para populações nfntas. n = t E x δ (%) em que: n = número de amostras para se estmar a densdade básca méda da árvore; t = α= 0,05, e n-1 graus de lberdade δ = varânca; E = 5% da méda, com ntervalo de confança de 95%. 30
43 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Característcas de crescmento Os resultados médos das característcas de crescmento das árvores do clone, por classe damétrca, estão apresentados nas Tabelas 7 e 8. Pela Tabela 7, observa-se a elevada percentagem de casca apresentada pelo clone. Verfca-se também que a porcentagem de casca tende a reduzr com o aumento da classe damétrca. Este mesmo fato ocorreu com os fatores de forma com casca (FFcc) e sem casca (FFsc). TABELA 7 Valores médos das característcas de crescmento das árvores por classe damétrca. Classe HT HC dapcc dapsc VolTotcc VolTotsc Volcasca Casca (%) FFcc FFsc 14, 1,13 19,56 14,6 1,67 0, , , ,4 0,48 0,49 11,4 19,9 17,67 11, 10,04 0, , , ,86 0,51 0,51 8,1 16,1 14,10 8,67 7,73 0, , , ,93 0,51 0,5 Classe = centro da classe damétrca (cm), Ht e Hc = altura total e comercal (m), dapcc e sc = dâmetro a 1,3m de altura do solo com e sem casca (cm), VolTotcc e sc = volume total com e sem casca (m 3 ), Volcasca = volume de casca (m 3 ), C (%) = percentagem de casca, FFcc e FFsc = fator de forma com e sem casca, respectvamente. Pode-se perceber, também, que exste uma grande dferença entre os volumes médos das classes damétrcas, ndcando a ocorrênca de ncrementos volumétrcos bem dferencados. Observa-se, pelos dados da Tabela 8, que as grandes dferenças nos ncrementos volumétrcos entre as classes damétrcas resultaram em grandes alterações nas estmatvas de massa seca. Este fato contrbuu decsvamente para que as estmatvas de ncremento de massa seca fossem também muto 31
TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma.
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