DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE À LUZ DOS CRIMES DE TRÂNSITO

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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE DIREITO MICHEL MERÊNCIO COSTA DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE À LUZ DOS CRIMES DE TRÂNSITO CRICIUMA, DEZEMBRO 2009

2 MICHEL MERÊNCIO COSTA DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE À LUZ DOS CRIMES DE TRÂNSITO Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel no Curso de Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. João de Mello CRICIUMA, DEZEMBRO 2009

3 MICHEL MERÊNCIO COSTA DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE À LUZ DOS CRIMES DE TRÂNSITO Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel no Curso de Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Direito Penal. Criciúma, 02 de Dezembro de BANCA EXAMINADORA Prof. João de Mello - Orientador - (UNESC) Prof.ª Anamara de Souza - (UNESC) Prof.ª Lurdes Rosa Spiazzi Fabris - (UNESC)

4 Dedico este trabalho a todos os meus familiares que acreditaram em meu esforço e contribuíram para meu sucesso como estudante.

5 AGRADECIMENTOS À minha família, aos meus amigos e ao meu orientador, pelo suporte e pelo incentivo, especialmente nos momentos em que a jornada parecia não ter fim.

6 Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis. (RENÉ DESCARTES)

7 RESUMO Dolo e Culpa são categorias do elemento subjetivo que têm entre si um limite muito pouco definido. Este estudo objetivou estabelecer os limites entre esses dois institutos na modalidade de dolo eventual e culpa consciente e as suas aplicações quando deparados com os crimes de trânsito, de forma a esclarecer a problemática da questão e fornecer elementos teóricos e a sua aplicação na prática, servindo de conhecimento aos operadores jurídicos que militam na área do direito penal. De início foram citados e detalhados os conceitos dando uma base teórica sobre o tema em estudo, analisando a Teoria do Crime e minuciosamente os componentes do dolo e da culpa e seus diferentes tipos, sempre citando os diversos entendimentos dos renomados juristas da doutrina pátria. Em um segundo momento foi abordada com bastante profundidade as diferenças entre o dolo eventual e culpa consciente bem como a importância da capitulação do tipo penal através da conduta realizada pelo agente no momento da ação, alguns conceitos técnicos de extrema relevância à capitulação do crime e o melhor caminho a ser seguido pelo magistrado em análise de casos concretos. O capítulo seguinte é dedicado ao estudo detalhado da jurisprudência mais atual possível correlacionada à teoria no que tange aos delitos de trânsito, onde em alguns casos o dolo eventual é evindenciado e em outros é a culpa consciente que é sustentada, onde verifica-se a possibilidade ou não do reconhecimento do dolo eventual à esses crimes. Palavras-chave: Crime. Dolo eventual. Culpa consciente. Trânsito..

8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Art. Artigo Inc. Inciso CP Código Penal CTB Código de Trânsito Brasileiro Des. Desembargador Exmo. - Excelentíssimo Par. Parágrafo Rel. - Relator SC Santa Catarina TJSC Tribunal de Justiça de Santa Catarina

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CRIME DOLOSO Teoria do Crime Tipos Ativos Dolosos: Aspecto Objetivo Tipos Ativos Dolosos: Aspecto Subjetivo Dolo Elementos do Dolo Teorias do Dolo Teorias Adotadas pelo Código Penal Espécies de Dolo Tipos Culposos Culpa Elementos do Tipo Culposo Modalidades da Culpa Espécies de Culpa DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE Dolo Eventual Elementos do Dolo Eventual Previsibilidade Objetiva Anuência do Resultado Culpa Consciente Requisitos da Culpa Consciente Diferença entre Dolo Eventual e Culpa Consciente Capitulação do Tipo Penal DELITOS DE TRÂNSITO O Caótico Problema das Mortes no Trânsito Crimes Capitulados no CTB Análise Jurisprudencial Decisão Reconhecendo a Culpa Consciente Decisão Reconhecendo o Dolo Eventual Jurisprudência Conflitante...50

10 5 CONCLUSÃO...54 REFERÊNCIAS...57

11 10 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho monográfico pretende analisar as diferenças e a problemática de aplicabilidade da capitulação do dolo eventual em face da culpa consciente aos crimes de trânsito previstos no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9503/97). Atualmente, tem sido ainda tema de grande debate na doutrina e principalmente, nos tribunais a discussão no que diz respeito à possibilidade da existência de dolo eventual em face da culpa consciente nos acidentes de trânsito. Identificar em cada caso se o agente foi impulsionado pelo dolo ou pela culpa no momento da ação praticada em desacordo com os ditames legais, requer do jurista um estudo mais aprofundado, pois, dependendo do resultado obtido, isto é, interpretado à luz do caso concreto, sofrerá o agente pena de maior ou menor intensidade por parte do Estado, o que na legislação Pátria, existe uma enorme diferença de tempo de pena quando o crime é classificado como doloso ou culposo. Desta forma, diante das inúmeras discussões nos tribunais de todo o país, acalorado e amplamente debatido, vem à baila o assunto dolo eventual versus culpa consciente. Em análise ao que vimos diariamente na mídia, o assunto em questão faz com que cada vez mais a sociedade clame por maior rigor da lei, quando a dúvida de penalização se refere aos crimes de trânsito. Evidentemente, para os estudiosos do direito, diante das teorias existentes fica fácil identificar quando ocorre um e outro em estudos de casos simples debatidos em sala de aula, quando se sabe o que o agente pensou antes do cometimento do ato delituoso. O difícil é a sociedade entender quando um cidadão que mata com seu veiculo outra pessoa, incutido de elementos que caracterizem total irresponsabilidade, venha esse responder por crime culposo, onde a pena aplicada será muito branda em relação à gravidade do dano causado. Para que não ocorram injustiças se faz necessário um estudo aprofundado em cada caso, para que haja uma punição proporcional à gravidade do crime cometido, pois é de suma importância saber classificar o ato típico em doloso ou culposo. Desta forma o objetivo da lei será alcançado, aplicando a pena proporcional ao caso, bem como os anseios da própria sociedade, que não admite, quando crimes tão graves acabam por vezes impunes.

12 11 Cumpre neste trabalho elucidar as questões que geram dúvidas a todos nós, quando nos deparamos com essa questão e analisar a possibilidade de capitulação do dolo eventual aos crimes cometidos na direção de veículo automotor. Assim para o bom entendimento do debate que envolve o tema em tela, fizemos profunda pesquisa doutrinária e análises jurisprudenciais, de sorte a tentar melhor elucidar a questão tão controvertida. Para a compreensão da diferença existente entre o dolo eventual e a culpa consciente se faz necessário o conhecimento das duas espécies de crime do Código Penal Brasileiro, ou seja, o crime doloso e o crime culposo. Assim iremos traçar detalhadamente as teorias e os elementos norteadores que esclarecem essa questão.

13 12 2 CRIME DOLOSO 2.1 Teoria do Crime Para definição de crime podemos conceituá-lo sob os aspectos material e formal ou analítico. O aspecto material é aquele que busca determinar a essência do conceito de crime, ou seja, identifica estabelecendo o porquê de um fato ser criminoso e outro não. Como bem nos ensina Nucci (2005, p. 145) o crime sob o aspecto material é: A concepção da sociedade sobre o que se pode e deve ser proibido, mediante a aplicação de sanção penal. é pois, a conduta que ofende um bem juridicamente tutelado, ameaçado de pena. Esse conceito é aberto e informa o legislador sobre as condutas que merecem ser transformadas em tipos penais incriminadoras. Sob o aspecto formal adentramos na concepção do direito a respeito do delito, constituindo a conduta humana proibida por lei, sob a consequência de sanção penal, numa visão legislativa dessa situação. Em singelas palavras Capez (2005, p. 112) define que sob o aspecto formal o conceito de crime: [...] resulta da mera subsunção da conduta ao tipo legal e, portanto, considera-se infração penal tudo aquilo que o legislador descrever como tal, pouco importando o seu conteúdo. Considerar a existência de um crime sem levar em conta sua essência ou lesividade material afronta o princípio constitucional da dignidade humana. Na concepção analítica a concepção da ciência do direito, não faz diferença na essência do conceito formal. O que observamos é que o conceito analítico de crime passa a ser o conceito formal fragmentado em elementos que fornecem esclarecimentos sobre sua abrangência. Novamente Capez (2005, p. 112) leciona que o conceito sob o aspecto analítico é: Aquele que busca, sob um prisma jurídico, estabelecer os elementos estruturais do crime. A finalidade deste enfoque é propiciar a correta e mais justa decisão sobre a infração penal e seu autor, fazendo com que o julgador ou intérprete desenvolva o seu raciocínio em etapas. Sob esse ângulo, crime é todo fato típico e ilícito.

14 13 Diante desse posicionamento entendemos que deve ser observada a tipicidade da conduta, onde se for positiva a resposta, só neste caso verificamos se a conduta é ilícita ou não. A partir desse momento sendo o fato típico e ilícito surgirá à infração penal. Adiante será verificado se o autor foi culpado ou não pela prática de seus atos, devendo ou não sofrer reprovação pelo delito cometido. Assim, entendemos que para a ocorrência da infração penal é necessário que o fato seja típico e ilícito. 2.2 Tipos Ativos Dolosos: Aspecto Objetivo Os tipos dolosos ativos formam a maior parte dos tipos penais, pois o legislativo se vale dessa técnica a fim de proibir as condutas que se fazem necessárias a esfera penal atuar. O tipo doloso acaba por apresentar dois aspectos, quais sejam, um objetivo e outro subjetivo, evidenciando que as condutas são individualizadas por circunstâncias que se encontram externamente e circunstâncias que se encontram no interior, ou seja, pertencendo ao campo psiquíco-espiritual, aquilo que o autor incute em sua mente. A causação de um resultado é pressuposto do tipo doloso, assim chamamos de aspecto externo, entretanto, precisamos da vontade de querer causar esse resultado, chamado assim de aspecto interno. Zaffaroni e Pierangeli (2007, p. 406) ao abordarem sobre o tema explicam que: [...] Essa vontade do resultado, o querer do resultado, é o dolo, [...] O aspecto externo do tipo doloso, isto é, a manifestação da vontade no mundo físico exigida pelo tipo, chamamos aspecto objetivo do tipo legal, ou, de uma maneira mais simples, tipo objetivo. Ao aspecto interno, ou seja, á vontade em si, chamamos aspecto subjetivo do tipo legal, ou, de forma mais sucinta, tipo subjetivo. O raciocínio chega onde podemos observar que o tipo objetivo é composto por um núcleo e de elementos complementares, representando a exteriorização da vontade.

15 2.2.1 Tipos Ativos Dolosos: Aspecto Subjetivo 14 O agente age com dolo, quando em sua mente, mediante vontade e consciência dirige a sua conduta de modo a realizar os elementos objetivos do tipo penal previstos no ordenamento jurídico. Reale Jr (2000, p. 126) leciona que: A ação humana, como já vimos, no seu realizar-se é provida de sentido, como expressão que é de uma escolha conscientemente realizada e da eleição dos meios consonantes com os fins propostos.[...] A vontade não é uma qualidade refletida pelo fato, mas constitui a própria ação, visto que é a intencionalidade que precede a ação e a instaura. Assim, o dolo, para melhor compreensão, é o saber e o querer realizar o tipo objetivo de um delito. Existe dessa forma um elemento cognitivo, ou seja, a consciência, o conhecimento da realização da ação típica e também um elemento volitivo, que é a vontade incondicionada de realização dos elementos objetivos do tipo penal. 2.3 Dolo No Código Penal (CP), o crime doloso está definido no artigo 18, inciso I. Art. 18, inciso I: Diz-se o crime: I doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. (BRASIL, 2008, p. 36). Para tornar mais claro o entendimento, vale transcrever a conceituação dada por alguns dos renomados juristas brasileiros. Para Julio Fabbrini Mirabete (2004, p. 140), [...] dolo é a vontade dirigida à realização do tipo penal. Assim, pode-se definir o dolo como a consciência e a vontade na realização da conduta típica, ou a vontade da ação orientada para a realização do tipo. É indispensável uma determinada relação de vontade entre o resultado e o agente, e é exatamente esse elemento volitivo que distingue o dolo da culpa. Como lucidamente sustenta Alberto Silva Franco (2001, p. 307), [...] tolerar o resultado, consentir em sua provocação, estar a ele conforme, assumir o

16 15 risco de produzi-lo não passam de formas diversas de expressar um único momento, o de aprovar o resultado alcançado, enfim, o de querê-lo. Para Fernando Capez (2005, p. 198) dolo: [...] é a vontade e a consciência de realizar os elementos constantes do tipo legal. Mais amplamente, é a vontade manifestada pela pessoa humana de realizar a conduta. Luiz Regis Prado (2004, p. 345) leciona que: [...] o dolo como elemento essencial da ação final compõe o tipo subjetivo. Entende-se por dolo a consciência e a vontade de realização dos elementos objetivos do tipo de injusto doloso. Destarte, vimos que existem dois elementos fundamentais para a existência e caracterização do dolo, ou seja, a consciência e a vontade ao qual serão detalhados a seguir Elementos do Dolo Diante dos conceitos acima citados, podemos relacionar que o dolo possui os seguintes elementos: a) A consciência (conhecimento do fato que constitui a ação típica), ou seja, é o elemento cognitivo ou intelectual que se faz pela consciência atual da realização dos elementos objetivos do tipo. Podemos afirmar que a consciência do autor deve referir-se a todos os elementos do tipo, prevendo ele os dados essenciais dos elementos típicos futuros em especial o resultado e o processo causal. b) A vontade (elemento volitivo) incondicionada de realização dos elementos objetivos do tipo. Esse elemento consiste em resolver executar a ação típica, estendendo-se a todos os elementos objetivos conhecidos pelo autor que servem de base a sua decisão em praticá-la. (MIRABETE, 2004, p. 140) Teorias do Dolo Na busca de se entender o conteúdo do dolo, algumas teorias foram elaboradas pela doutrina a fim de explicar sua incidência, quais sejam: a) Teoria da Vontade (Teoria Clássica) o dolo é a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado.

17 16 Cézar Roberto Bitencourt (2000, p. 206), explica em sua obra que: [ ] a essência do dolo deve estar na vontade, não de violar a lei, mas de realizar a ação e obter o resultado. Essa teoria não nega a existência da representação (consciência) do fato, que é indispensável, mas destaca, sobretudo, a importância da vontade de causar o resultado. Novamente Prado (2004, p. 346) acerca dessa teoria explica que: [ ] dolo é a vontade dirigida ao resultado (o autor deve ter consciência do fato, mas sobretudo, vontade de causá-lo). Essa teoria esclarece que dolo é a intenção de praticar um fato que se conhece contrário á lei, tendo como requisitos que o agente deve conhecer os atos e suas significações e também deve estar disposto a produzir o resultado. É necessário para sua existência, portanto, a consciência da conduta e do resultado e que o agente a pratique voluntariamente. Essa teoria é a que foi adotada pelo nosso Código Penal. b) Teoria da Representação fala-se em dolo toda vez que o agente tiver, tão somente, previsão do resultado como possível e, ainda assim, decide continuar a conduta (esta teoria abarca também a culpa consciente). Fernado Capez em sua obra (2005, p. 200) nos esclarece nessa teoria que: Dolo é a vontade de realizar a conduta, prevendo a possibilidade de o resultado ocorrer, sem, contudo, desejá-lo. Denomina-se teoria da representação, porque basta ao agente representar (prever) a possibilidade do resultado para a conduta ser qualificada como dolosa. Em sua obra o renomado professor Luiz Regis Prado (2004, p. 346) quando leciona sobre essa teoria nos ensina que: [...] dolo é previsão do resultado como certo, provável ou possível (representação subjetiva). Assim entendemos que na teoria da representação o dolo é a simples previsão do resultado. Embora não esteja negado a existência da vontade na ação praticada, o que importa para esse raciocínio é a consciência de que a conduta provocará o resultado. Porém, podemos verificar que a simples previsão do resultado, sem a vontade efetivamente exercida na ação, nada representa e que, além disso, quem tem vontade de causar o resultado logicamente tem a representação deste, e nesse sentido, a representação já está prevista na teoria da

18 17 vontade. O juízo subjetivo realizado pelo agente é irrelevante para essa teoria, pois ela sustenta que basta que o resultado danoso seja previsível à época da execução da ação delituosa. c) Teoria do Consentimento ou Assentimento (Teoria da Assunção) fala-se em dolo sempre que o agente tiver previsão do resultado como possível, e, ainda assim, decide continuar a conduta assumindo o risco de produzi-lo (esta teoria exclui a culpa consciente). O professor Damásio de Jesus (2005, p. 290) nos ensina que na teoria do assentimento: [ ] o dolo ocorrerá quando o agente, prevendo um possível resultado danoso proveniente de sua conduta, mantém-se indiferente e executa-a, aceitando assim o risco de produzi-lo. Ele não busca o resultado danoso, mas aceita com indiferença o risco de vir a produzi-lo. O dolo nessa teoria é [ ] o assentimento do resultado, isto é, previsto do resultado com a aceitação dos riscos de produzi-lo. Não basta, portanto, representar; é preciso aceitar como indiferente a produção do resultado. (CAPEZ, 2005, p. 200). Esta indiferença que Capez comenta, onde o agente aceita as possíveis consequências advindas de sua conduta, é o elemento essencial para que fique caracterizado o dolo através desta teoria. Se essa indiferença não estiver presente na ação e se for possível identificar que o agente agiu de outra forma por acreditar sinceramente que teria condições de evitar a produção do resultado (por acreditar excessivamente em sua habilidade por exemplo), então, através dessa teoria não podemos falar em dolo Teorias Adotadas pelo Código Penal O Código Penal Brasileiro, em análise ao texto disposto no art. 18, I, agasalhou a teoria da vontade (dolo direto, primeira parte do art. 18, I) e a teoria do consentimento (dolo eventual, segunda parte do art. 18, I). Verificando o texto do código, é possível afirmar que o dolo direto é traçado pela teoria da vontade, já o dolo eventual é definido pela teoria do assentimento.

19 18 Temos então, com base no texto legal, que dolo é a vontade de realizar o resultado ou a aceitação dos riscos de produzi-lo. Verificamos que há um tratamento equiparador às duas especies de dolo, não obstante essa diferença deverá ser operada pelo juiz quando da aplicação da pena. Em análise as doutrinas elaboradas por nossos juristas temos visto que: [ ] a ciência do Direito Penal moderna, após anos de estudos, e, sob o impulso do pensamento finalista explicita ser o dolo elemento subjetivo penal do injusto consciência e vontade de realizar os elementos objetivos do tipo (tipo objetivo). Compõe-se de um momento intelectual (conhecimento do que se quer) e de um momento volitivo (decisão no sentido de sua realização). Esses elementos ou fatores que configuram a ação típica real formam o dolo. (PRADO, 2004, p. 347). Desta forma, entendemos para que seja caracterizado o dolo, deverá ser analisado tanto o elemento cognitivo (intelectual) quanto o volitivo (vontade) que envolviam o agente no momento do cometimento da ação delituosa. O Código Penal pátrio adotou a teoria finalista da ação, que tem como peça basilar o preceito de que todo comportamento humano tem uma finalidade, ou seja, [...] não se concebe vontade de nada ou para nada, e sim dirigida a um fim. A conduta realiza-se mediante a manifestação da vontade dirigida a um fim. (MIRABETE, 2003, p ). Neste ângulo, o dolo subsistirá apenas quando o agente tiver a intenção de realizar a conduta efetivamente. Por excluirem a apreciação do elemento volitivo (vontade), ou seja, não há análise da vontade do agente ao percorrer a conduta, tanto a teoria da previsão como a da probabilidade não foram recepcionadas em nosso ordenamento jurídico Espécies de Dolo Veremos que todas essas espécies de dolo, classificadas em diversos tipos é pura criação da doutrina, pois em termos práticos não causa nenhum efeito, além do mais, o Código Penal brasileiro não absorveu essas diversas hipóteses de dolo, equiparando todas em seu art. 18, I. Assim independente da classificação que é dada ao agente, será este reprimido com a mesma intensidade, pois como vimos no artigo citado, não há diferenças entre um e outro, muito menos está previsto pena

20 19 distintas para cada espécie. Quanto às espécies, podemos classificar o dolo em: a) Dolo natural este dolo tem como requisitos a consciência e a vontade. É o dolo que integra a conduta. Para Capez (2005, p. 201) essa espécie de dolo diz que: É o dolo concebido como um elemento puramente psicológico, desprovido de qualquer juízo de valor. Trata-se de um simples querer, independente de o objeto da vontade ser licito ou ilícito, certo ou errado. Esse dolo compõese apenas de consciência e vontade, sem a necessidade de que haja também a consciência de que o fato praticado é ilícito, injusto ou errado. Dessa forma, qualquer vontade é considerada dolo. É o dolo concebido pela teoria finalista da ação, ao qual integra a conduta e, por conseguinte, o fato típico. É um querer, que independe do objeto da vontade ser lícito ou ilícito, justo ou injusto, compondo-se apenas de consciência e vontade. Se a pessoa quis realizar, de forma consciente, é dolo. Portanto não é elemento da culpabilidade e a consciência que o ato é ilícito aqui se faz desnecessária. b) Dolo normativo (dolus malus) este dolo tem como requisitos a consciência, a vontade e a consciência atual da ilicitude. Integra a culpabilidade, tendo sido criado pelos Neokantistas. É a existência, no dolo do agente, juntamente aos elementos volitivos e cognitivos, um elemento de natureza normativa (real ou potencial de consciência da ilicitude do fato). É a vontade, previsão, e mais o conhecimento de que a conduta realizada é proibida. Além da consciência e da vontade de praticar a conduta, irá existir dolo quando o agente tenha a consciência que esteja cometendo algo que mereça repulsa, [...] dolo normativo, portanto, não é um simples querer, mas um querer algo errado, ilícito (dolus malus). Deixa de ser um elemento puramente psicológico (um simples querer), para ser um fenômeno normativo, que exige juízo de valoração (um querer algo errado). (CAPEZ, 2005, p. 201). c) Dolo direto é aquele dolo que fica configurado quando o agente prevê um resultado, dirigindo sua conduta na busca de realizar esse mesmo resultado. E ainda, [...] diz-se direto o dolo quando o resultado no mundo exterior corresponde perfeitamente à intenção do agente. O objetivo por ele representado e a direção da vontade se coadunam com o resultado do fato praticado. (MARQUES, 1997 p. 198).

21 20 O dolo direto pode ser classificado em: 1) Dolo direto de 1º grau é o dolo direto imediato, expressando a finalidade ou propósito desejado pelo agente. 2) Dolo direto de 2º grau é o dolo direto mediato, abrangendo os efeitos colaterais necessários para atingir a finalidade desejada (caso do agente que para matar seu inimigo, coloca bomba no interior do ônibus que aquele toma todos os dias para ir trabalhar, matando não só a vítima pretendida, como também os demais passageiros. Distingue-se o dolo direto de segundo grau do dolo eventual porque, no primeiro, o autor tem consciência de que o resultado é inevitável, no dolo eventual ele aparece como resultado possível. d) Dolo indireto/indeteminado - o agente com sua conduta, não busca um resultado certo e determinado. Podemos dizer que: [...] é indireto quando, apesar de querer o resultado, a vontade não se manifesta de modo único e seguro em direção a ele, ao contrário do que sucede com o dolo direto. (NORONHA, 2004, p. 138). Se desdobra em duas subespécies: 1) Dolo alternativo o agente prevê uma pluralidade de resultados, dirigindo sua conduta, visando com igual intensidade, um ou outro (matar ou ferir, por exemplo). 2) Dolo eventual o agente prevê uma pluralidade de resultados, buscando realizar o querido, assumindo o risco de realizar o outro apenas aceito. Trataremos dessa espécie em capitulo próprio. e) Dolo cumulativo aqui, o agente pretende alcançar dois ou mais resultados em sequência (é uma hipótese de progressão criminosa). O agente quer os dois resultados vislumbrados, entretanto, o crime mais grave absorverá o menos grave. f) Dolo de dano a vontade do agente é causar efetiva lesão ao bem jurídico tutelado pela norma. g) Dolo de perigo o agente atua com a intenção de expor a perigo o bem jurídico tutelado pela norma. h) Dolo genérico o agente tem vontade de realizar a conduta descrita no tipo, sem uma finalidade específica. i) Dolo específico o agente quer realizar a conduta do tipo, visando um fim específico. A doutrina mais atual nega este especial fim de agir;

22 21 para os autores modernos o fim específico é elemento subjetivo do tipo (deve estar expresso na norma). j) Dolo geral ocorre quando o agente supondo ter alcançado o resultado, pratica nova ação, que efetivamente provoca o resultado visado anteriormente. k) Dolo antecedente ou dolo concomitante ou dolo subsequente o dolo antecedente, como o próprio nome já diz, antecede a conduta, o dolo concomitante é contemporâneo à conduta e, no dolo subsequente, o dolo é posterior a conduta. O direito penal não admite o dolo antecedente e o dolo subsequente, aceitando apenas o dolo concomitante. 2.4 Tipos Culposos O crime culposo está definido também no artigo 18, II do CP. Art. 18, inciso II: Diz-se o crime: II culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (BRASIL, 2008, p. 36). Veremos que [...] o tipo culposo não individualiza a conduta pela finalidade e sim porque, na forma em que se obtém essa finalidade, viola-se um dever de cuidado, ou seja, como diz a própria lei penal, a pessoa, por sua conduta, dá causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (ZAFFARONI; PIERANGELI, 2007, p. 437). Como existe a impossibilidade de o legislador prever todas as condutas culposas, ela não está descrita, somente vem prevista de forma genérica no tipo. Como bem explica o admirável professor Fernando Capez (2005, p. 206): [...] sabedor dessa impossibilidade, o legislador limita-se a prever genericamente a ocorrência da culpa, sem defini-la. Com isso, para a adequação típica será necessário mais do que simples correspondência entre conduta e descrição típica.torna-se imprescindível que se proceda a um juízo de valor sobre a conduta do agente no caso concreto, comparando-a com a que um homem de prudência média teria na mesma situação. No tipo culposo, o que será punido é o comportamento mal dirigido a um

23 22 fim irrelevante (ou licito). Assim, a finalidade buscada pelo autor geralmente é irrelevante, entretanto, os meios ao qual ele escolhe ou a forma que utiliza não o são. O que se observa é o fato de que [...] como decorrência da inobservância do cuidado devido produzem-se um resultado material externo ou um perigo concreto para o bem jurídico não queridos pelo autor. (PRADO, 2004, p. 350). 2.5 A Culpa A culpa consiste numa conduta voluntária que realiza o fato ilícito não querido pelo agente, mas que foi previsto ou lhe era previsível, e que podia ser evitado se o agente atuasse com o devido cuidado para proteger o bem jurídico tutelado. O crime culposo é norteado pelo Código Penal Brasileiro pela excepcionalidade, uma vez que só se admitirá o tipo culposo, quando assim estiver previsto expressamente em lei (Art. 18, par. único, CP). O dolo é a regra, a culpa, a exceção. Segundo Mirabete (2004, p. 145), [...] tem-se conceituado na doutrina o crime culposo como a conduta voluntária (ação ou omissão) que produz resultado antijurídico não querido, mas previsível, e excepcionalmente previsto, que podia, com a devida atenção, ser evitado. Bitencourt (2000, p. 219) ao manifestar sobre esse instituto leciona que a [...] culpa é a inobservância do dever objetivo de cuidado manifestada numa conduta produtora de um resultado não querido, objetivamente previsível. Como leciona Juarez Tavares (1985, p. 124) ao destacar sobre o assunto onde salienta que a culpa é conceituada como: [...] a forma de conduta humana que se caracteriza pela realização do tipo de uma lei penal, através da lesão a um dever de cuidado, objetivamente necessário para proteger o bem jurídico e onde a culpabilidade do agente se assenta no fato de não haver ele evitado a realização do tipo, apesar de capaz e em condição de fazê-lo. Assim entendemos que a culpa é o elemento normativo da conduta, sendo assim chamada porque para sua existência há a necessidade de um prévio juízo de valor, sem o qual não se sabe se ela está ou não presente.

24 Elementos do Tipo Culposo Classificamos os seguintes elementos que formam o crime culposo, vejamos cada um deles a seguir: a) conduta ação/omissão (sempre voluntária) o mais importante na culpa é a análise do comportamento, e não do resultado. (NUCCI, 2003, p. 144). Por sua vez podemos dizer que: [...] os tipos culposos proíbem, assim, condutas em decorrência da forma de atuar do agente para um fim proposto e não pelo fim em si. O elemento decisivo da ilicitude do fato culposo reside não propriamente no resultado lesivo causado pelo agente, mas no desvalor da ação que praticou. (MIRABETE, 2004, p. 145). b) inobservância do dever de cuidado objetivo o agente atua em desacordo com o esperado por lei e pela sociedade, é o dever que todas as pessoas devem ter; o dever norma de cuidado, imposto às pessoas de razoável diligência. (CAPEZ, 2005, p. 206). A todos nós que vivemos em sociedade temos o dever, ao praticar os atos da vida, agir com cautela para que dessa ação não resulte nenhum dano aos bens protegidos juridicamente de outrem. A rigor Mirabete (2004, p. 146) salienta que: [...] quem vive em sociedade não deve, com uma ação irrefletida, causar dano a terceiro, sendo-lhe exigido o dever de cuidado indispensável a evitar tais lesões. Assim, se o agente não observa esses cuidados indispensáveis, causando com isso dano a bem jurídico alheio, responderá por ele. É a inobservância do cuidado objetivo exigível do agente que torna a conduta antijurídica. c) resultado lesivo involuntário não há crime culposo sem resultado naturalístico, tornando-se imprescindível que o evento danoso jamais tenha sido desejado ou mesmo acolhido pelo agente. Ademais podemos observar que: Em si mesma, a inobservância do dever de cuidado não constitui conduta típica porque é necessário outro elemento do tipo culposo: o resultado. Só haverá ilícito penal culposo se da ação contrária ao cuidado resultar lesão a um bem jurídico. Se, apesar da ação descuidada do agente, não haver resultado lesivo, não haverá crime culposo. (MIRABETE, 2004, p. 147).

25 24 d) nexo causal entre conduta e resultado Para Nucci (2003, p. 145) [...] somente a ligação, através da previsibilidade, entre a conduta do agente e o resultado danoso pode constituir o nexo de causalidade no crime culposo, já que o agente não deseja a produção do evento lesivo. Deve haver uma relação entre a conduta e o resultado, como se observa, [...] é indispensável que o resultado seja consequência da inobservância do cuidado devido, ou, em outros termos, que este seja a causa daquele. (BITENCOURT, 2000, p. 223). e) previsibilidade é a possibilidade de qualquer pessoa dotada de prudência mediana conhecer o perigo advindo da conduta, ou seja, prever o resultado. Nos crimes culposos deverá subsistir ao menos a possibilidade de previsão do resultado para que o fato seja punível. Mirabete (2004, p. 147) ensina que a previsibilidade: [ ] é a possibilidade de ser antevisto o resultado, nas condições que o sujeito se encontrava. Exige-se que o agente, nas circunstâncias que se encontrava, pudesse prever o resultado de seu ato. A condição mínima de culpa em sentido estrito é a previsibilidade; ela não existe se o resultado vai além da previsto. Já a previsibilidade subjetiva, [ ] é a possibilidade que o agente, dadas as suas condições peculiares, tinha de prever o resultado. Não importa se uma pessoa de normal diligência poderia ter previsto, relevando apenas se o agente podia ou não o ter feito. (CAPEZ, 2005, p. 208). f) tipicidade a lei expressa quando quer incriminar a culpa (excepcionalidade). O tipo culposo precisa estar expressamente previsto no tipo legal. A tipicidade nos crimes culposos determina-se através da comparação entre a conduta do agente e o comportamento presumível que, nas circunstâncias, teria uma pessoa de discernimento e prudência ordinários. (MIRABETE, 2004, p.149). A ação será típica quando se observa que o agente não atendeu ao cuidado e à atenção adequados às circunstâncias provocando assim o resultado.

26 Modalidades da Culpa São formas de realização do crime culposo, ou seja, o agente pode praticar um crime culposo, seja por imprudência, por negligência ou por imperícia. Para tornar mais claro o entendimento, será especificado os conceitos dessas modalidades de culpa com base na doutrina elaborada por diferentes doutrinadores. Segundo Cézar Roberto Bitencourt (2000, p. 226), [...] imprudência é a prática de uma conduta arriscada ou perigosa. Essa modalidade nada mais é que a ação descuidada, um agir sem cautela. Um exemplo bastante simples é daquele motorista que atravessa com seu veículo o semáforo no sinal vermelho. O professor Magalhães Noronha (2004, p. 144) trata essa modalidade como: [...] um agir sem a cautela necessária. É forma militante e positiva da culpa, consistente no atuar o agente com precipitação, insensatez ou inconsideração, já por não atentar para a lição dos fatos ordinários, já por não perseverar no que a razão indica. Já a negligência, conforme Bitencourt (2000, p. 226), [...] é a displicência no agir, a falta de precaução, a indiferença do agente, que, podendo adotar as cautelas necessárias, não o faz. De fácil compreensão Prado (2004, p. 352) define essa modalidade no sentido de que ela se relaciona com a inatividade (forma omissiva), a inércia do agente que, podendo agir para não causar ou evitar o resultado lesivo, não o faz por preguiça, desleixo, desatenção ou displicência. Bitencourt (2000, p. 226) ainda define a terceira modalidade dizendo que [...] imperícia é a falta de capacidade, despreparo ou insuficiência de conhecimento técnico para o exercício de arte, profissão ou ofício. É a incapacidade, onde o agente não possui conhecimento ou habilidade para o exercício de uma atividade. Como salienta Noronha (2004, p. 145) a imperícia, [...] pode provir ou da falta de prática ou da ausência de conhecimentos técnicos de profissão, ofício ou arte, pois todos eles têm princípios e normas que devem ser conhecidos pelos que a eles se dedicam. Em exemplos bastante simples de entendimento outro grande jurista, Paulo José da Costa Jr. (1996, p. 82), também define as três modalidades de culpa:

27 26 A imprudência é uma culpa positiva in agendo: o agente faz o que não deve (imprime velocidade ao veículo, incompatível com as condições de tráfego). [...] a negligência é uma forma de culpa negativa, in ommitendo (o agente não troca as pastilhas gastas do freio). [...] Imperícia é a culpa técnica, em que o agente mostra-se inabilitado para o exercício de determinada profissão, embora possa estar credenciado por diploma, que é mera presunção de competência. (grifo nosso). Diante dos conceitos destacados ficam claras as diferenças entre as três modalidades de culpa inseridas em nossa legislação penal Espécies de Culpa Quanto às espécies, podemos classificar a culpa em: a) Culpa consciente o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra, podendo evitá-lo com suas habilidades (culpa com previsão). Abordaremos em capitulo próprio as peculiaridades dessa espécie. b) Culpa inconsciente o agente não prevê o que era previsível (culpa sem previsão). Esta espécie de culpa, [...] existe quando o agente não prevê o resultado que é previsível. Não há no agente o conhecimento efetivo do perigo que sua conduta provoca para o bem jurídico alheio. (MIRABETE, 2004, p. 150). Podemos então concluir que o autor não prevê o resultado que lhe é possível prever naquele momento, [...] não prevê o resultado, embora possível, transgredindo, desse modo, sem saber, o cuidado objetivo exigível. O agente não conhece concretamente o dever objetivo de cuidado, apesar de lhe ser conhecível. (PRADO, 2004, p. 353). c) Culpa própria ou propriamente dita Culpa própria é a comum, em que o resultado não é previsto, embora seja previsível. Nela o agente não quer o resultado nem assume o risco de produzi-lo. d) Culpa Mediata ou indireta - Trata-se quando o sujeito, determinando de forma imediata certo resultado, vem a dar causa ao outro. Para melhor entendimento, [...] a configuração dessa modalidade de culpa,

28 27 será imprescindível que o resultado esteja na linha de desdobramento causal da conduta, ou seja, no âmbito do risco provocado, e, além disso, que possa ser atribuído ao autor mediante culpa. (CAPEZ, 2005, p. 212). e) Culpa imprópria ou por extensão ou por assimilação ou por equiparação o agente por erro, fantasia ou outra situação fática, que se real, justificaria sua conduta, e em razão disso, provoca intencionalmente um resultado ilícito. Agiu com dolo, mas punido com culpa. De forma bastante didática Capez (2005, p. 210) esclarece que a culpa imprópria é: [...] aquela em que o agente, por erro de tipo inescusável, supõe estar diante de uma causa de justificação que lhe permita praticar, licitamente um fato típico. Há uma má apreciação da realidade fática, fazendo o autor supor que está acobertado por causa de uma exclusão da ilicitude. Entretanto, como esse erro poderia ter sido evitado pelo emprego de diligência mediana, subsiste o comportamento culposo. A culpa do tipo imprópria deriva do erro inescusável nas discriminantes putativas ou do excesso nas causas justificativas. Nessa hipótese, o agente quer o resultado, porém sua vontade está eivada por um erro que poderia ter evitado, se tivesse agido com cuidado.

29 3 DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE Dolo Eventual A figura do dolo eventual ocorre quando o agente assume o risco de produzir um resultado, admitindo e aceitando o risco de produzi-lo. Ele, em sua mente antecipa o resultado e mesmo assim prossegue. Essa possibilidade que o agente prevê da ocorrência de um resultado não é interrompida e ele pratica a conduta consentindo com o resultado. O autor tem consciência da possibilidade de ocorrência do ato ilícito se praticar a conduta e se conforma com isso, não interrompendo a sua ação, admitindo, anuindo, aceitando, concordando com o resultado. Para melhor entendimento citaremos os conceitos formulados por alguns juristas que esclarecem em detalhes a questão. Para o professor Mirabete (2004, p. 141), [...] no dolo eventual a vontade do agente não está dirigida para a obtenção do resultado; o que ele quer é algo diverso, mas prevendo que o evento possa ocorrer, assume assim mesmo o risco de causá-lo. O resultado não só pode ser possível como também ser provável o seu acontecimento, é o que nos ensina o professor gaúcho Bitencourt (2000, p. 210) de forma segura que: Haverá dolo eventual quando o agente não quiser diretamente a realização do tipo, mas a aceitar como possível ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado (art. 18, in fine, do CP). No dolo eventual o agente prevê o resultado como provável, ou, ao menos, como possível, mas, apesar de prevê-lo, age aceitando o risco de produzi-lo. Como afirmava Hungria, assumir o risco é alguma coisa mais que ter consciência de correr o risco: é consentir previamente no resultado, caso este venha efetivamente a ocorrer. Outro detalhe que podemos acrescentar é a questão da indiferença como bem nos esclarece Miguel Reale Júnior (2000, p. 219) que: [...] o dolo é eventual, quando o agente inclui o resultado possível, de forma indiferente, como resultado da ação que decide realizar, assentindo em sua realização, que confia possa se dar. Em outras palavras os professores argentinos Zaffaroni e Pierangeli

30 29 deixam sua lição: Haverá dolo eventual sempre que o agente, embora não querendo diretamente a realização do tipo, o aceita como possível ou mesmo como provável, assumindo o risco da produção do resultado. Não se requer, entretanto, que a previsão da causalidade ou da forma em que se produza o resultado seja detalhada. (2007, p. 415). O que podemos observar nos conceitos formulados por nossos juristas, é que o fator em comum, constante nas citações, se resume em que ante um resultado nocivo possível, o agente arrisca e prefere agir, admitindo e não lhe repugnando assim a ocorrência do resultado, a partir desta situação podemos caracterizar o dolo eventual Elementos do Dolo Eventual. Para que ocorra o dolo eventual, a maior parte da doutrina defende que essa espécie é composta de dois elementos, quais sejam, a previsão de um resultado lesivo (previsibilidade) e a aceitação ou anuência a este resultado. Como bem assevera Jesus (2005, p. 302) onde diz que: [ ] o dolo eventual caracteriza-se pela presença de duas características elementares, a saber: a previsibilidade objetiva, que é a possibilidade do agente antever que a conduta a ser percorrida poderá produzir um resultado danoso (devendo esta previsibilidade se nortear pelo discernimento que um cidadão comum teria na mesma situação); e a anuência do autor para com este possível resultado (indiferença). O fundamental para a caracterização dessa espécie é que se apresente estes dois componentes, quais sejam, a representação da possibilidade do resultado e anuência à sua ocorrência, assumindo o risco de produzi-lo Previsibilidade Objetiva Conforme a doutrina, somente haverá a previsibilidade objetiva do

31 30 resultado se for possível ao homem médio 1 antever que, da realização de sua conduta, via de regra lícita, poderá advir um resultado danoso a outrem. Damásio de Jesus diz que a previsibilidade objetiva é a [...] possibilidade do agente antever que a conduta a ser percorrida poderá produzir um resultado danoso (devendo esta previsibilidade se nortear pelo discernimento que um cidadão comum teria na mesma situação. (2005, p. 304). A previsibilidade subjetiva do resultado leva em consideração a capacidade cognitiva do próprio agente. Devemos perguntar se o agente, especificamente, tinha capacidade para prever o resultado Anuência do Resultado O segundo elemento que compõe o dolo eventual, a anuência do resultado, apresenta-se de identificação bem mais complexa que o primeiro. Anuência é o posicionamento ou conformação mental do agente que, após a representação do evento lesivo como provável resultado de sua conduta, não desiste de seu procedimento, mas, pelo contrário, dá prosseguimento à ação, pouco importando-se, anuindo com o evento lesivo que poderá ocasionar e cuja consumação lhe é indiferente. O agente dá sua anuência se, após prever o evento lesivo como provável resultado de sua conduta, não desiste de seu procedimento, mas, ao invés, dá continuidade à ação. Francisco de Assis Toledo (1994, p. 303) deixa sua lição ao nos ensinar que [...] no dolo eventual, o agente não só prevê o resultado danoso como também o aceita como uma das alternativas possíveis. É como se pensasse: vejo o perigo, sei de sua possibilidade, mas, apesar disso, dê no que der, vou praticar o ato arriscado. 1 Homem Médio: Aquele razoavelmente diligente e capaz, inserido na sociedade de acordo com os preceitos da época, com habilitação e conhecimentos comuns do seu tempo, com comportamentos e reações relativamente padronizados à luz das normas de conduta comuns.(brasil, 2005).

32 Culpa Consciente O professor Julio Fabbrini Mirabete (2004, p. 150), conceitua que: [...] a culpa consciente ocorre quando o agente prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que não ocorrerá. Há no agente a representação da possibilidade do resultado, mas ele afasta por entender que o evitará, que sua habilidade impedirá o evento lesivo que está dentro de sua previsão. Bitencourt (2000, p. 227) diz que: [...] há culpa consciente, também chamada culpa com previsão, quando o agente, deixando de observar a diligência a que estava obrigado, prevê um resultado, previsível, mas confia convictamente que ele não ocorra. Na mesma linha de pensamento, onde o agente confia em sua habilidade, na sua destreza, Capez (2005, p. 210) em singelas palavras explica com clareza que culpa consciente: É aquela em que o agente prevê o resultado, embora não o aceite. Há no agente a representação da possibilidade do resultado, mas ele a afasta, de pronto, por entender que a evitará e que sua habilidade impedirá o evento lesivo previsto. Para Nucci (2005, p. 182) a culpa consciente também chamada culpa com previsão acaba [...] ocorrendo quando o agente prevê que sua conduta pode levar a um certo resultado lesivo, embora acredite, firmemente, que tal evento não se realizará, confiando na sua atuação (vontade) para impedir o resultado. Com base nestes conceitos, vimos que para configurar essa espécie de culpa não bastará somente a previsibilidade, será também necessário que o agente não deseje e se esforce para que o resultado não ocorra. A previsão cobrada do agente é a chamada de objetiva, ou seja, [ ] a possibilidade de qualquer pessoa dotada de capacidade mediana prever o resultado. (CAPEZ, 2005, p. 207). Portanto, aos homens normais, pela perspicácia comum se exige essa previsibilidade. Bitencourt (2000, p. 224) em sua obra explica que a previsibilidade objetiva: [ ] determina mediante um juízo levado a cabo, colocando-se o observador (por exemplo, o juiz) na posição do autor no momento do começo da ação, e levando em consideração as circunstâncias do caso concreto cognocíveis

33 32 por uma pessoa inteligente, mais as conhecidas pelo autor e a experiência comum da época sobre os cursos causais. A partir desse detalhe, onde o resultado, nas circunstâncias que o agente se encontrava, era previsível por qualquer pessoa de capacidade considerada mediana, é que podemos classificar a culpa consciente Requisitos da Culpa Consciente De forma sucinta esclarece o professor Damásio que devem estar presentes, na culpa consciente, dentre outros requisitos comuns (2005, p. 304), 1 ) vontade dirigida a um comportamento que nada tem com a produção do resultado ocorrido; 2 ) Crença sincera de que o evento não ocorra em face de sua habilidade ou interferência de circunstancia impeditiva, ou excesso de confiança; 3 ) Erro de execução. 3.3 Diferença entre Dolo Eventual e Culpa Consciente A definição de dolo eventual apresenta um contorno muito sutil, que, por vezes, se confunde com a culpa consciente. Como vimos, trata-se, pela expressão utilizada em nosso código, de uma dificuldade terminológica. Não obstante, o legislador ao elaborar o art. 18, I, do CP, foi infeliz ao usar a expressão assumir o risco, para se referir à espécie do dolo eventual. É inegável que assumir o risco é uma postura mental que nem sempre expressa totalmente, com o que se pretende alcançar, o conteúdo do dolo eventual, assim urge a necessidade de novos parâmetros para se realizar essa diferenciação. De toda forma existe mesmo uma região de nebulosidade, de limites fronteiriços, que separam o dolo eventual da culpa consciente. Entretanto, existem sem sombra de dúvida, entre as duas modalidades de tipo de injusto, algumas diferenças que não autorizam a generalização de conceitos e, menos ainda, a aplicabilidade indiscriminada de um instituto por outro, assim, não há, portanto,

34 33 fungibilidade de situações. Diante dessa tormentosa discussão, a par de toda a divergência e polêmica existente, citaremos alguns conceitos formulados de forma brilhante por nossos doutrinadores que elucidam com clareza essa problemática do Direito Penal. Começaremos com o professor Mirabete (2004, p ) que tem seu conceito salientando que: A culpa consciente avizinha-se do dolo eventual, mas com ela não se confunde. Naquela (na culpa consciente), o agente, embora prevendo o resultado, não o aceita como possível. Nesse (no dolo eventual), o agente prevê o resultado, não se importando que venha ele a ocorrer. Na mesma linha de pensamento podemos observar com clareza sobre essa diferença como bem explica Fernando Capez, (2005, p. 210): A culpa consciente difere do dolo eventual, porque neste o agente prevê o resultado, mas não se importa que ele ocorra ( se eu continuar dirigindo assim, posso vir a matar alguém, mas não importa; se acontecer, tudo bem, eu vou prosseguir ). Na culpa consciente, embora prevendo o que possa vir a acontecer, o agente repudia essa possibilidade ( se eu continuar dirigindo assim, posso vir a matar alguém, mas estou certo de que isso, embora possível não ocorrerá ). O traço distintivo entre ambos, portanto, é que no dolo eventual o agente diz: não importa, enquanto na culpa consciente supõe: é possível, mas não vai acontecer de forma alguma. Miguel Reale Júnior (2000, p. 219) afirma em sua obra: No dolo eventual une-se o assentimento à assunção do risco, a partir da posição do agente de que confia que pode ocorrer o resultado e assim mesmo age. Na culpa consciente assoma ao espírito do agente a possibilidade de causação do resultado, mas confia ele que este resultado não sucederá. Na culpa consciente o agente considera que tudo andará bem, tudo vai dar certo. O imortal Nelson Hungria (1958, p. 114) deixa seu magistério dizendo: Há, entre elas, é certo, um traço comum: a previsão do resultado antijurídico; mas, enquanto no dolo eventual o agente presta anuência ao advento desse resultado, preferindo arriscar-se a produzi-lo, ao invés de renunciar à ação, na culpa consciente, ao contrário, o agente repele, embora inconsideradamente, a hipótese de superveniência do resultado, e empreende a ação na esperança ou persuasão de que este não ocorrerá. De acordo com Luiz Regis Prado (2004, p. 348), [...] no dolo eventual, o agente presta a anuência, concorda com o advento do resultado, preferindo arriscarse em produzi-lo, do que renunciar a ação. Todavia, não se pode olvidar que, em verdade, como bem anota Munõz

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