PROJETO DE RELATÓRIO

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1 ACP-EU JOINT PARLIAMENTARY ASSEMBLY ASSEMBLEE PARLEMENTAIRE PARITAIRE ACP-UE Comissão dos Assuntos Políticos ACP-EU/ /B PROJETO DE RELATÓRIO sobre diversidade cultural e direitos humanos nos países ACP e nos Estados-Membros da EU Comissão dos Assuntos Políticos Correlatores: Abdoulaye Touré (Costa do Marfim) e Davor Ivo Stier PARTE B: EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DR\ doc AP Unida na diversidade

2 1. Introdução Ninguém pode invocar a diversidade cultural para justificar a violação dos direitos humanos garantidos pelo direito internacional, nem para restringir o seu âmbito. UNESCO 2001 Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural Graças à globalização, as sociedades da Europa, da África, das Caraíbas e do Pacífico são cada vez mais heterogéneas. A diversidade cultural é uma realidade, existindo numerosas culturas diferentes nos quase 200 países do mundo. Consequentemente, a conceção de políticas deveria explicitamente reconhecer as diferenças culturais, assegurando simultaneamente o desenvolvimento dos países e a promoção e proteção dos direitos humanos. A preservação do património cultural enquanto património comum da humanidade é uma preocupação central da sociedade civil, contribuindo a preservação e a promoção da diversidade cultural para a garantia da paz, da segurança, da estabilidade e do desenvolvimento. Esta diversidade cultural deve ser intensificada através do recurso a meios regionais, nacionais e internacionais. Ainda assim, a preservação da diversidade e dos valores culturais é por vezes interpretada como uma afirmação de que os valores humanos, longe de serem universais, variam muito consoante as diversas perspetivas culturais (relativismo cultural). Segundo o relativismo cultural 1, os valores humanos, longe de serem universais, variam muito consoante as diversas perspetivas culturais. Há quem aplique este relativismo à promoção, proteção, interpretação e aplicação dos direitos humanos, o que pode ocasionar interpretações distintas no âmbito de diferentes tradições culturais, étnicas e religiosas. Ou seja, segundo esta linha de pensamento, mais do que universais, os direitos humanos são relativos do ponto de vista cultural. 2. Instrumentos internacionais Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente da nacionalidade, religião, crença, do local de residência, do género, da origem social ou étnica, da cor da pele, do idioma, ou de outra situação. Todos devemos beneficiar dos mesmos direitos humanos sem discriminação. Trata-se de direitos interrelacionados, interdependentes e indivisíveis. Os direitos humanos universais são frequentemente declarados e garantidos por lei, através de tratados, do direito internacional consuetudinário, dos princípios gerais e de outras fontes do direito internacional. O direito internacional em matéria de direitos humanos estabelece as obrigações dos governos no sentido de agirem de determinadas formas ou de se absterem de determinados atos, para promoverem e protegerem os direitos humanos e as liberdades fundamentais dos indivíduos ou grupos. 1 Nações Unidas Nota Informativa "The Challenge of Human Rights and Cultural Diversity" (o desafio dos direitos humanos e da diversidade cultural) da autoria de Diana Ayton-Shenke, the United Nations Department of Public Information DPI/1627/HR março de AP /6 DR\ doc

3 Universais e inalienáveis O princípio da universalidade dos direitos humanos é a pedra angular do direito internacional em matéria de direitos humanos. Este princípio, enfatizado pela primeira vez na Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, tem sido reiterado em numerosas convenções, declarações e resoluções internacionais sobre direitos humanos. A título de exemplo, a Conferência de Viena sobre os Direitos do Homem, de 1993, chamou a atenção para o facto de que cabe aos Estados promoverem e protegerem o conjunto dos direitos humanos e das liberdades fundamentais dos indivíduos, independentemente dos seus sistemas políticos, económicos e culturais. Todos os Estados ratificaram pelo menos um dos principais tratados em matéria de direitos humanos, tendo 80% dos Estados-Membros ratificado pelo menos quatro, o que demonstra a conformidade destas obrigações legais com os respetivos pontos de vista, além de conferir uma expressão concreta à universalidade. Segundo o direito internacional consuetudinário, certas normas fundamentais em matéria de direitos humanos gozam de proteção universal transfronteiras e na totalidade das civilizações. Os direitos humanos são inalienáveis. Não podem ser retirados, exceto em circunstâncias específicas e segundo procedimento devido. A título de exemplo, pode ser restringido o direito à liberdade de uma pessoa que tenha cometido um crime. Interdependentes e indivisíveis Todos os direitos humanos são indivisíveis, interrelacionados e interdependentes, quer sejam direitos civis e políticos, designadamente o direito à vida, à liberdade, à igualdade perante a lei e à liberdade de pensamento e de expressão; direitos culturais, económicos e sociais, tais como o direito à liberdade de consciência ou religião, o direito do indivíduo a um nível de vida adequado ao seu bem-estar e à sua saúde e da sua família, o direito à proteção social e à educação; Ou direitos coletivos, tais como o direito ao desenvolvimento e à autodeterminação. Equitativos e não discriminatórios A não-discriminação é um princípio transversal do direito internacional em matéria de direitos humanos. O princípio está presente nos principais tratados em matéria de direitos humanos e constitui o tema central de algumas das convenções internacionais sobre direitos humanos, como a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, a Declaração sobre os Direitos das Pessoas Pertencentes a Minorias Nacionais ou Étnicas, Religiosas e Linguísticas, e a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres. O princípio aplica-se a todo o ser humano relativamente a todos os direitos humanos e a todas as liberdades e proíbe a discriminação com base numa lista não exaustiva de categorias, nomeadamente o género, a raça, a cor da pele, a religião, o idioma, a opinião política ou de qualquer outra natureza, a origem nacional ou social, a propriedade, o nascimento ou qualquer outra situação. O princípio da não-discriminação é complementado pelo princípio da igualdade, tal como previsto no artigo 1.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos." DR\ doc 3/6 AP

4 Direitos e obrigações Os direitos humanos abrangem direitos e obrigações. Ao abrigo do direito internacional, os Estados assumem obrigações e deveres no sentido de respeitar, proteger e cumprir os direitos humanos. A obrigação de respeitar significa que os Estados se devem abster de interferir no pleno gozo dos direitos humanos ou de os restringir. A obrigação de proteger requer dos Estados a proteção dos indivíduos e grupos contra violações dos direitos humanos. A obrigação de cumprir significa que os Estados devem tomar medidas positivas para facilitar o gozo dos direitos humanos fundamentais. Ao nível individual, não só usufruímos dos nossos direitos humanos, como devemos também respeitar os direitos humanos dos outros. 3. Diversidade cultural, desenvolvimento e direitos humanos A boa gestão da diversidade cultural e dos conflitos que daí possam advir é uma condição prévia obrigatória para que as sociedades possam viver num ambiente harmonioso, algo que é indispensável para apoiar o crescimento económico, a saúde, a educação e, portanto, conseguir erradicar a pobreza. Cabe ainda salientar o facto de que a igualdade de direitos entre homens e mulheres deve ser rigorosamente assegurada. As práticas prejudiciais inaceitáveis da perspetiva dos direitos humanos devem ser proibidas, tais como a mutilação genital feminina, os casamentos precoces e forçados, o generocídio, nomeadamente o infanticídio ou o feticídio feminino, os crimes de honra, ou a recusa de educação adequada às mulheres, entre outras práticas, devendo a violação dessas proibições ser severamente punida. Muitos direitos humanos contribuem para a promoção e proteção da diversidade cultural. "Simultaneamente, o exercício dos direitos humanos é promovido pela sociedade pluralista" 1. A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, adotada pela UNESCO em 2001, declara que "a defesa da diversidade cultural é um imperativo ético, indissociável do respeito pelos direitos humanos" e "implica um compromisso para com os direitos humanos e liberdades fundamentais". De igual modo, a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, adotada também pela UNESCO em 2005, prevê que só é possível proteger e promover a diversidade cultural se os direitos humanos e as liberdades fundamentais estiverem garantidos. Efetivamente, a promoção e a proteção de práticas culturais específicas podem constituir violações dos direitos humanos. Os direitos culturais não podem justificar a tortura, o homicídio, o genocídio, a discriminação em razão do género, da raça, do idioma ou da religião, ou a violação de qualquer dos outros direitos humanos universais e liberdades fundamentais estabelecidos na legislação internacional. "Os direitos humanos e a diversidade cultural são demasiado complexos e dinâmicos para serem abordados apenas pela lei e pelo Estado 2." 1 Y. Donders, "Human Rights and Cultural Diversity: Too Hot to Handle", Netherlands Quarterly of Human Rights, 2012, vol. 30, n.º 4, p Ibid., p. 381 AP /6 DR\ doc

5 O correlator ACP deseja salientar que é necessário reconhecer também que esta complexidade requer cautela na universalização unilateral das práticas de certos povos. Seria perigoso, senão mesmo desastroso, impor os modelos de civilização a povos afrontosamente contrários aos seus valores, sob o pretexto da universalidade dos direitos humanos. Por outro lado, o correlator do PE gostaria de salientar que, apesar de todo ser humano ter direito à cultura, nomeadamente o direito de desfrutar e desenvolver a vida e a identidade culturais, os direitos culturais atingem o seu limite no momento em que infringem outros direitos humanos. Em conformidade com a legislação internacional, nenhum direito pode ser exercido em detrimento ou destruição de outro direito. Por conseguinte, as comunidades culturais devem ter uma participação acrescida na matéria, pois desempenham um papel importante neste contexto. As comunidades culturais são órgãos sociais importantes, cuja participação na implementação dos direitos humanos é necessária, para que sejam gradualmente aceites pela população e respeitados na prática. 4. Abordagens institucionais à diversidade O facto de vivermos num mundo cada vez mais diversificado torna necessário desenvolver modelos de Estado que garantam o respeito de toda a diversidade. Nos Estados democráticos da Europa e da África, das Caraíbas e do Pacífico, existe uma multiplicidade de soluções constitucionais e políticas muito diferentes: A criação de um instrumento avançado para a preservação e a promoção da diversidade cultural é algo de óbvio para a União Europeia e os seus Estados-Membros. É também a via seguida por um número crescente de países preocupados com a integração de estratégias globais para o desenvolvimento sustentável. É necessário passar de uma mera declaração a uma convenção juridicamente vinculativa e do reforço das capacidades orientadas para a ação, através da Aliança Global para a Diversidade Cultural, à ação normativa através do processo intergovernamental. Tal instrumento deve ter por objetivo geral a promoção da diversidade cultural, contribuindo para o diálogo cultural e promovendo a compreensão e o respeito mútuos. A legitimidade adquirida pela UNESCO neste contexto é uma condição indispensável para o sucesso, embora não seja uma garantia, uma vez que as decisões são tomadas por consenso entre cerca de 200 membros. Afortunadamente, a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (da UNESCO) e a Declaração sobre a Diversidade Cultural (do Conselho da Europa), que são sem dúvida os alicerces para uma convenção nesta área, suplantam os meros aspetos comerciais dos serviços educacionais e culturais e dos bens culturais, englobando também objetivos específicos, designadamente o desenvolvimento das indústrias culturais locais viáveis e o aperfeiçoamento da distribuição de obras culturais à escala mundial. A União e o Parlamento Europeu têm, portanto, todo o interesse em encarar seriamente este assunto e em assegurar a coerência entre as políticas internas e externas da UE e os acordos multilaterais. A Comissão reafirmou recentemente o empenho da União nas soluções multilaterais como elemento fundamental da sua política externa 1. Num contexto de incerteza global e de ameaças diversas à convivência pacífica e à compreensão mútua entre os povos e as culturas, uma abordagem multilateral é preferível a uma abordagem unilateral. Ou seja, nas 1 COM(2003) 526 final DR\ doc 5/6 AP

6 palavras dos Ministros da Cultura aquando da sua reunião informal em Salónica, sob a Presidência grega: "A Europa, na qualidade de continente de cultura, não pode aceitar a ameaça da homogeneidade cultural, nem a ameaça do choque de civilizações. A resposta da Europa a tudo isto é a insistência na salvaguarda e na promoção da diversidade cultural. " 5. CONCLUSÃO A diversidade cultural em si não constitui um problema para o desenvolvimento dos direitos humanos. Muito pelo contrário, a relação entre os direitos humanos e a diversidade cultural é mutuamente interdependente e benéfica. Muitos direitos humanos, como a liberdade de religião, pensamento ou expressão, desempenham um papel direto na promoção e proteção da diversidade cultural. AP /6 DR\ doc

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