POSTER/PAINEL O PROJETO PIBID E A INSERÇÃO DO TEATRO NO ENSINO MÉDIO

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1 POSTER/PAINEL O PROJETO PIBID E A INSERÇÃO DO TEATRO NO ENSINO MÉDIO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência PIBID CAPES UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA Curso de Licenciatura da Escola de Teatro Projeto: Teatro e Recepção nas Escolas Públicas de Salvador Coordenador de Área: Luiz Claudio Cajaiba Soares Colégio Estadual Deputado Manoel Novaes Supervisora: Andreia de Andrade Bolsistas: Edilene Lima, Eric Rocha, Heyde Moura, Jacqueline Almeida, Liliane Pires, Marco Aurélio Calil, Omar Leoni, WellingtonSantos Resumo: Muitas são as possibilidades de inserção do teatro na escola formal e o pôster visa apresentar o funcionamento do Teatro enquanto disciplina curricular no Ensino Médio a partir da atuação dos licenciandos em Artes Cênicas no Colégio Estadual Deputado Manoel Novaes no ano corrente tendo como bases metodológicas os jogos dramáticos e teatrais, a apreciação teatral e a participação ativa dos estudantes secundaristas na elaboração e apresentação de criações cênicas. Palavras-chave: pedagogia do teatro, teatro e educação, teatro no ensino médio

2 Os bolsistas PIBID-Teatro se envolvem e desenvolvem a partir das reuniões e encontros do grupo. Desta forma o projeto PIBID oferece uma grande oportunidade ao licenciando de vivenciar o ambiente da escola formal do ponto de vista do docente, através do contato com o um professor experiente em sua futura área de atuação. É uma oportunidade também de conhecer os meandros, as formalidades e, algumas vezes, os absurdos do cotidiano escolar. Experiência esta que lhe permite uma reflexão profunda sobre as funções de um professor e do teatro no Ensino Médio da rede pública de ensino. E muitos são os teatros que podem adentrar na sala de aula, já que o termo teatro por si só pode abarcar uma gama de diversas tendências e práticas cabíveis e possíveis de desenvolvimento no ambiente escolar, especificamente, no nível médio. Entretanto, é possível observar que dentre as atividades em sala de aula há uma predominância dos jogos dramáticos e teatrais. A ideia de uma prática teatral voltada unicamente para a produção de um espetáculo não se apresenta como o formato mais adequado para o teatro curricular, com suas duas horas semanais, de cinqüenta minutos cada e com alunos que não escolheram fazer teatro. O que não exclui um possível trabalho de elaboração de cenas ou colagens que podem vir a ser apresentados na sala ou na escola.

3 As mostras de cenas são estimulantes para os alunos e para os bolsistas e fazem parte da proposta de levar o teatro à escola, estimulando a sua recepção e facilitando as discussões e aprendizados em dos termos, teorias e história do teatro. A mostra de cenas também é momento de colocar em prática o aprendizado teórico sobre os elementos do teatro, tais como Cenografia, Figurino, Iluminação, Dramaturgia etc. Outro ponto importante das apresentações é que desse modo o teatro se realiza plenamente, ao se mostrar para um público, mesmo que sejam apenas os colegas da turma vizinha. E tudo se conecta em cena: brincadeira, jogo, teatro, drama e improvisação. Entretanto, ao relacionar brincadeira e representação, atividade dramática e cena, a característica primeira do jogo, a liberdade, pode suscitar alguns questionamentos sobre a obrigatoriedade do ensino do Teatro no nível médio da escola formal. O que justifica o fato de, por vezes, ser difícil o trabalho com Teatro como disciplina regular, por já quebrar, de antemão, o pacto da livre iniciativa que o formato de oficinas de Teatro consegue manter, uma vez que só se inscrevem os alunos interessados.

4 Levando-se em conta esse princípio da livre participação, foi percebido que é preciso criar alternativas para o bom funcionamento da disciplina. É preciso fazer adaptações para que o Teatro se adéque à sala de aula, e vice-versa.

5 É bom também dar vez ao discurso dos estudantes sobre a inclusão do Teatro enquanto disciplina no currículo do Ensino Médio, pois as respostas são reveladoras. Foi constatado, por exemplo, que enquanto nas oficinas é necessária a autorização dos pais, na sala de aula o aluno não precisa de nada, apenas participar. E isso facilita muito o fato de não haver custos adicionais com transporte, nem alimentação, por não ser em turno oposto, e sim, já fazer parte da grade curricular. Todavia, o mais significativo foram os estudantes que enfatizaram o quanto as atividades teatrais, aqui entendidas como jogos dramáticos e teatrais e a criação de pequenas cenas, contribuem para a melhoria das relações interpessoais da turma, para o autoconhecimento, desinibição, socialização, espírito de iniciativa e por reconhecerem a importância do teatro enquanto atividade que facilita o seu desenvolvimento nas outras disciplinas do currículo, bem como no seu desenvolvimento para toda a vida. E assim, entre os processos criativos em sala de aula, as mostras de cenas, a apreciação teatral e os trabalhos interdisciplinares, caminha o projeto Pibid-Teatro no Colégio Manoel Novaes, que procurar incorporar diferentes metodologias e temáticas

6 para crescer enquanto grupo de trabalho que visa contribuir para a melhoria da educação pública. REFERÊNCIAS ANDRADE, A. F. Práticas Teatrais no Ensino Médio: dez anos de Oficinas de Teatro no Colégio Manoel Novaes Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) - Escola de Teatro, Universidade Federal da Bahia, Salvador ASSIS, A. Detalhamento do Projeto Institucional- PIBID. FACED/UFBA Em: ufba.br/pibid/ projeto.pdf. Acesso em 05/10/2010. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMT, FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, GROSSI, É. (Org.) Lei de diretrizes e bases da educação nº 9394/96. RJ: Casa Ed.Pargos, SOARES, L.C.C. Detalhamento do sub-projeto PIBID de Teatro. Salvador: FACED/Escola de Teatro - UFBA, (Apostila) SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, REVERBEL, Olga. O Teatro na sala de aula. São Paulo: Ed. José Olympio, Jogos teatrais na escola. São Paulo: Scipione, 1989.