Carlos R V Silva Filho ABRELPE. agosto/2010
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- Olívia Chagas Marinho
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2 Política Nacional de Resíduos Sólidos: As mudanças que influenciarão o dia a dia das empresas Carlos R V Silva Filho ABRELPE agosto/2010 2
3 Resíduos Sólidos Urbanos: Situação 3
4 Quantidade de RSU gerados no Brasil Fonte: Panorama ABRELPE 2009
5 Quantidade de RSU coletados no Brasil em Fonte: Panorama ABRELPE 2009
6 Distribuição dos RSU Coletados por Macrorregião 6 Fonte: Panorama ABRELPE 2008
7 Destinação Final dos RSU Coletados no Brasil Fonte: Panorama ABRELPE 2009
8 Destinação Final dos RSU Coletados no Brasil Fonte: Panorama ABRELPE 2009
9 Resíduos Sólidos Urbanos Falta de Recursos Uma análise das despesas médias municipais aplicadas aos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos revela que o gasto mensal dos municípios é significativamente baixo, principalmente quando comparado com outros serviços públicos. Em 2009 a despesa média municipal para fazer frente a todos os serviços de limpeza urbana (coleta, transporte, destino final, varrição, capina, limpeza de vias e logradouros etc) foi de R$ 9,27 por habitante por mês. 9
10 Gestão de RSU e a PNRS Lei , de 02 de agosto de
11 Sujeitos à Lei - art. 1º, 1º as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos. 11
12 Definições art. 3º XV - Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada; XVI - Resíduos Sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d água, ou exijam para isto soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. 12
13 Definições art. 3º VII - Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, e a minimizar os impactos ambientais adversos. VIII - Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, e a minimizar os impactos ambientais adversos. 13
14 LR HG RC 14
15 Definições art. 3º XVII - Responsabilidade Compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei; XII - Logística Reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada; 15
16 Hierarquia na Gestão Art. 9º - Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não-geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Art. 7º - São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. 16
17 Hierarquia na Gestão Os 5 degraus da hierarquia na gestão de resíduos indicam a ordem de prioridade de ações que deverá ser seguida na vigência da lei. Redução Reuso Reciclagem Tratamento Disposição no solo 17
18 Objetivos art. 7º X regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, com adoção dos mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir a sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº , de
19 Diretrizes Art. 9º - Hierarquia na gestão 1º. Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovados pelo órgão ambiental. Art. 10. Incumbe ao Distrito Federal e aos Municípios a gestão integrada dos resíduos sólidos gerados nos respectivos territórios, sem prejuízo das competências de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do Sisnama, do SNVS e do Suasa, bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de resíduos, conforme o estabelecido nesta Lei. 19
20 Diretrizes Art. 12. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão e manterão, de forma conjunta, o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), articulado com o Sinisa e o Sinima. 20
21 21 PNRS Classificação dos Resíduos art. 13 Domiciliares: originários em residências urbanas; De Limpeza Urbana: originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; Urbanos: R. Domiciliares + R. Limpeza Urbana; De Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviços (podem ser equiparados aos domiciliares pelo P. Publico Municipal); Dos Serviços Públicos de Saneamento Básico; Industriais: gerados nos processos produtivos e instalações industriais; De Serviços de Saúde: gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou normas do Sisnama e do SNVS; Construção Civil: gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras + resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; Agrossilvopastoris: gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais + insumos De Serviços de Transportes: originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; De Mineração: gerados na atividade de pesquisa, extração e beneficiamento de minérios.
22 22 PNRS Dos Planos Plano Nacional art. 15 Coordenação: Ministério do Meio Ambiente. Vigência: prazo indeterminado. Horizonte: 20 anos. Atualização: cada 4 anos. Conteúdo mínimo: I diagnóstico; II proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas; III metas de redução, reutilização e reciclagem; IV metas para aproveitamento energético dos gases de aterros; V metas para eliminação e recuperação de lixões + inclusão social e emancipação econômica de catadores; VI programas, projetos e ações para cumprimento das metas; VII normas e condições para acesso a recursos da União para resíduos sólidos; VIII medidas para incentivar e viabilizar gestão regionalizada; X normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de resíduos; XI meios para controle e fiscalização, em âmbito nacional, de sua implementação e operacionalização, assegurado o controle social. - O Plano Nacional será elaborado mediante participação social, incluindo audiências e consultas públicas
23 Dos Planos Planos Estaduais arts. 16 e 17 Condição para acesso a recursos da União. Conteúdo Mínimo: I diagnóstico; II proposição de cenários; III metas de redução, reutilização e reciclagem; IV metas para aproveitamento energético dos gases de aterros; V metas para eliminação e recuperação de lixões + inclusão social e emancipação econômica de catadores; VI programas, projetos e ações para cumprimento das metas; VII normas e condições para acesso a recursos do Estado para resíduos sólidos; VIII medidas para incentivar e viabilizar gestão consorciadas ou compartilhada; IX - diretrizes para o planejamento em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões; 23
24 Dos Planos Planos Estaduais arts. 16 e 17 Conteúdo mínimo: X normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de resíduos, respeitadas as disposições nacionais; XI previsão de zonas favoráveis para localização de unidades de tratamento de resíduos sólidos e disposição final de rejeitos e de áreas degradadas a serem objeto de recuperação ambiental; XII - meios para controle e fiscalização, em âmbito estadual, de sua implementação e operacionalização, assegurado o controle social. Além do plano estadual os Estados poderão elaborar os planos microrregionais e os planos específicos das regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas ( 1º); A elaboração dos planos microrregionais ou metropolitanos será feita obrigatoriamente com a participação dos Municípios ( 2º); 24
25 Dos Planos Planos Municipais arts. 18 e 19 Condição para acesso a recursos da União pelo DF e pelos Municípios. Prioridade no acesso a recursos da União: -Soluções consorciadas intermunicipais; - Coleta seletiva com participação de cooperativas ou associações de catadores. 25 Conteúdo Mínimo: I diagnóstico: origem, volume, caracterização e formas de destinação e disposição final; II identificação de áreas favoráveis para disposição final de rejeitos; III identificação das possibilidades de soluções consorciadas ou compartilhadas; IV identificação dos resíduos e geradores sujeitos ao plano de gerenciamento ou a sistema de logística reversa; V procedimentos operacionais e especificações mínimas para serviços limpeza urbana; VI indicadores de desempenho dos serviços de limpeza urbana; VII regras para o transporte e para gerenciamento de resíduos;
26 26 Dos Planos Planos Municipais arts. 18 e 19 Conteúdo Mínimo: VIII definição de responsabilidades; IX programas e ações de capacitação técnica; X programas e ações de educação ambiental; XI programas e ações para participação de grupos interessados catadores; XII mecanismos para criação de negócios, emprego e renda; XIII sistema de cálculo dos custos de prestação dos serviços; XIV metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem; XV formas e limites de participação do P. Publico na coleta seletiva e logística reversa; XVI meios de controle e fiscalização dos planos de gerenciamento e logística reversa; XVII ações preventivas e corretivas; XVIII identificação dos passivos ambientais e áreas contaminadas; XIX periodicidade de revisão. - PMGIRS: pode estar inserido no Plano de Saneamento Básico
27 Planos de Gerenciamento Art Quem? - geradores de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico; industriais; de serviços de saúde e de mineração. - geradores de resíduos perigosos. - geradores comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos que pela natureza, composição ou volume não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo P. Publico Municipal. - empresas de construção civil nos termos do regulamento ou de normas do Sisnama. - os responsáveis pelos terminais de transportes (portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários, ferroviários e passagens de fronteira). - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris. 27
28 28 Conteúdo Mínimo do Planos de Gerenciamento art descrição do empreendimento ou atividade; - diagnóstico dos resíduos sólidos contendo origem, volume, caracterização e incluindo os passivos ambientais relacionados; - explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos; - definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos sob responsabilidade do gerador; - identificação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores; - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes; - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos e à reutilização e reciclagem; - medidas saneadoras dos passivos ambientais; - periodicidade de revisão, observando o prazo de vigência da licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama.
29 Planos de Gerenciamento art. 22 Para elaboração, implementação, operacionalização e monitoramento de todas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos, nelas incluído o controle da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, será designado responsável técnico devidamente habilitado. 29
30 Responsabilidades Art. 25. O poder público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais determinações estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento. Art. 27, 1º. A contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de disposição final de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas da responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos. Art. 28. O gerador de resíduos sólidos domiciliares tem cessada sua responsabilidade pelos resíduos com a disponibilização adequada para a coleta ou, nos casos do art. 33 (logística reversa), com a devolução. 30
31 Responsabilidade Compartilhada art. 30 É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos (...) Objetivos: - Compatibilizar interesses e processos de gestão empresarial com gestão ambiental; - Promover o aproveitamento de resíduos sólidos; - Reduzir a geração de resíduos, o desperdício, a poluição e danos ambientais; - Incentivar o uso de insumos de menor agressividade e maior sustentabilidade; - Estimular o mercado, produção e consumo de produtos reciclados e recicláveis; - Propiciar eficiência e sustentabilidade nas atividades produtivas; - Incentivar boas práticas de responsabilidade socioambiental. 31
32 Responsabilidade Compartilhada art. 31 Sem prejuízo das obrigações estabelecidas no plano de gerenciamento, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes têm responsabilidade que abrange: - Investimento no desenvolvimento, na fabricação e na colocação no mercado de produtos: a) que sejam aptos, após o uso pelo consumidor, à reutilização, à reciclagem ou a outra forma de destinação ambientalmente adequada; b) cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos possível. - Divulgação de informações relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a seus respectivos produtos. 32
33 Responsabilidade Compartilhada art. 31 Sem prejuízo das obrigações estabelecidas no plano de gerenciamento, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes têm responsabilidade que abrange: - Recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o uso, assim como sua subsequente destinação final ambientalmente adequada, no caso dos produtos objeto de sistema de logística reversa; - Compromisso de, quando firmados acordos ou termos de compromisso com o Município, participar das ações previstas no plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, no caso de produtos ainda não inclusos no sistema de logística reversa. 33
34 Responsabilidade Compartilhada art Embalagens devem propiciar a reutilização ou a reciclagem. - Cabe aos responsáveis assegurar que as embalagens sejam: * restritas em volume e peso às dimensões de proteção do conteúdo; * projetadas para reutilização tecnicamente viável; * recicladas, se a reutilização não for possível Quem é responsável? * Quem manufatura embalagens ou fornece materiais para fabricação de embalagens; * Quem coloca em circulação embalagens, materiais para fabricação de embalagens ou produtos embalados, em qualquer fase da cadeia de comércio.
35 Logística Reversa art. 33 São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, bem como outros produtos cuja embalagem após o uso, constitua resíduo perigoso; - pilhas e baterias; - pneus; - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 35
36 Logística Reversa art Conforme disciplinado por regulamento, acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, os sistemas de logística reversa serão estendidos a produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. - A definição dos produtos e embalagens considerará a viabilidade técnica e econômica da logística reversa. 36
37 Logística Reversa art. 33 Cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dentre outras formas de implementação da LR: - Implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados; - Disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis; - Atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores, nos casos de embalagens plásticas, metálicas ou de vidro. 37
38 Logística Reversa art. 33, 4º, 5º, 6º CONSUMIDORES Efetuar a devolução após o uso Efetuar a devolução dos produtos e embalagens reunidos ou devolvidos COMERCIANTES / DISTRIBUIDORES FABRICANTES / IMPORTADORES Dar destinação adequada 38
39 Responsabilidade Compartilhada art. 35 Sempre que houver coleta seletiva pelo PMGIRS, os consumidores são obrigados a: - Acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução; - Disponibilizar adequadamente os resíduos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução. -O Poder Público municipal pode instituir incentivos econômicos para os consumidores que participam do sistema de coleta seletiva. 39
40 Responsabilidade Compartilhada art. 36 Cabe ao DF e Municípios: I - Adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos reutilizáveis e recicláveis; II - Estabelecer sistemas de coleta seletiva; III - Articular medidas para viabilizar o retorno ao ciclo produtivo dos resíduos reutilizáveis e recicláveis; IV - Realizar as atividades definidas em acordo setorial ou termo de compromisso, mediante remuneração pelo setor empresarial; V - Implantar sistema de compostagem para resíduos orgânicos e articular formas de utilização do composto produzido; VI - Dar disposição final ambientalmente adequada aos resíduos e rejeitos; 40 * Para cumprimento do I ao IV: prioridade de cooperativas ou associação de catadores, que podem ser contratados com dispensa de licitação.
41 Dos Instrumentos Econômicos art. 42 O P. Público poderá instituir medidas indutoras e linhas de financiamento para: 41 - prevenção e redução da geração de resíduos no processo produtivo; - desenvolvimento de produtos com menos impactos à saúde e meio ambiente; - implantação de infraestrutura física e aquisição de equipamentos para cooperativas ou outras formas de associação de catadores; - desenvolvimento de projetos intermunicipais ou regionais; - estruturação de sistemas de coleta seletiva e de logística reversa; - descontaminação de áreas contaminadas, incluindo as áreas órfãs; - desenvolvimento de pesquisas voltadas para tecnologias limpas; - desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento de resíduos.
42 Dos Instrumentos Econômicos arts. 44 e 45 - A União, Estados, DF e Municípios poderão conceder incentivos fiscais, financeiros e creditícios a: * Indústrias e entidades dedicadas à reutilização, ao tratamento e à reciclagem de resíduos sólidos; * Projetos relacionados à responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, prioritariamente em parceria com cooperativas ou associação de catadores; * Empresas dedicadas à limpeza urbana e a atividades a ela relacionadas. - Os Consórcios Públicos terão prioridade na obtenção dos incentivos instituídos pelo Governo Federal. 42
43 Das Proibições art. 47 e 48 São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição de resíduos ou rejeitos: I lançamento em praias, no mar ou quaisquer corpos hídricos; II lançamento in natura a céu aberto, excetuados resíduos de mineração; III queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade; IV outras formas vedadas pelo poder público. 43 São proibidas nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos: I utilização de rejeitos como alimentação; II catação; III criação de animais domésticos; IV fixação de habitações temporárias ou permanentes; V outras atividades vedadas pelo poder público.
44 Das Proibições art. 49 É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reuso, reutilização ou recuperação. 44
45 Penalidades art. 51 Ação ou omissão que importe inobservância aos preceitos da Lei: Obrigação de reparar os dados causados, independentemente de culpa. Sanções previstas em Lei em especial Lei 9605/98. 45
46 Penalidades Lei 9605/98 Da Poluição e outros Crimes Ambientais Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 2º Se o crime: V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: Pena - reclusão, de um a cinco anos. 46
47 Penalidades Lei 9605/98 Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 1º Nas mesmas penas incorre quem: I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput, ou os utiliza em desacordo com as normas de segurança.; II manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento. 47
48 Penalidades Lei 9605/98 Da Infração Administrativa Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia. 48
49 Dos Prazos arts. 54, 55 e 57 - A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos deverá ser implantada em até 4 anos. - A exigência de planos Estaduais e Municipais de GIRS como condição para obtenção de recursos federais entra em vigor após 2 anos. - A Lei entra em vigor na data de sua publicação (03 de agosto de 2010). 49
50 Reflexões Finais 50
51 Reflexões Finais PNRS: importante avanço para continentais. um país de dimensões Destinação Final = principal problema, porém não o único desafio. Gestão de Resíduos Sólidos = Sistema integrado ações encadeadas e conectadas. Não há solução única e nem medidas isoladas. Práticas adequadas = inspiração 51 Práticas inadequadas = prevenção
52 Reflexões Finais planejamento investimentos regulação financiamento conscientização Sustentabilida -de econômica informação 52 Círculo vicioso Ciclo virtuoso
53 Obrigado! Carlos R V Silva Filho carlos@abrelpe.org.br
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