2018, vol. 1. Doi: 58

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "2018, vol. 1. Doi: 58"

Transcrição

1 2018, vol. 1. Doi: 58 ISSN (versão online) Saúde Mental e Trabalho: uma análise dos auxílios-doença acidentários concedidos de2010 a 2017 Resumo Carlos Manoel Lopes Rodrigues O auxílios-doença acidentários são um benefício de prestação continuada destinado ao trabalhador acometido por doença profissional ou do trabalho, ou seja, quando a relação causal entre o trabalho e o adoecimento é reconhecida, inclusive quanto aos transtornos mentais, cuja causalidade torna-se de difícil delimitação. A análise da concessão destes benefícios pode fornecer informações importantes sobre a configuração do trabalho e suas consequências sobre a saúde dos trabalhadores. Neste sentido, este trabalho apresenta uma análise dos auxílios-doença acidentários concedidos no Brasil, entre 2010 e 2017, utilizando como base de dados os acompanhamentos mensais do Ministério da Previdência Social, com foco nos benefícios concedidos em função de transtornos mentais e do comportamento. Os dados foram submetidos a análises descritivas e inferenciais. No período de análise foram concedidos auxílios-doença acidentários (M = ,38, DP = ,54), sendo por transtornos mentais ou comportamentais (M =11.118,87, DP =1.430,33). Constatou-se a tendência redução na concessão de auxílios-doença acidentários em geral, enquanto os benefícios por transtornos mentais como causa dos benefícios mantiveram-se estáveis aumentando a representatividade destes transtornos no conjunto de benefícios. Os auxíliosdoença acidentários foram concedidos majoritariamente por Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o estresse e transtornos somatoformes (53,40%) e Transtornos do Humor (41,07%).A prevalência de transtornos cujos componentes psicossociais relacionados a organização do trabalho e suas condições sugerem um impacto negativo do modelo de produção contemporâneo sobre a saúde mental dos trabalhadores. Palavras-chave: Saúde do Trabalhador, Saúde Mental no Trabalho, Doença do trabalho, Previdência Social Abstract Accidental sickness benefits are a continuing benefit for workers affected by occupational disease or work, ie when the causal relationship between work and illness is recognized, including mental disorders, whose causality becomes difficult to delimit. The analysis of the granting of these benefits can provide important information about the configuration of the work and its consequences on workers' health. In this sense, this paper presents an analysis of the accidental sickness benefits granted in Brazil between 2010 and 2017, using as a database the monthly follow-ups of the Ministry of Social Security, focusing on the benefits granted due to mental disorders and behavior. Data were submitted to descriptive and inferential analyzes. During the period of analysis, 2,151,403 accidental illnesses were granted (M = 268,925,38, SD = 55,728,54), of which 88,951 were due to mental or behavioral disorders (M = 11,118,87, SD = 1,430,33). There was a trend towards a reduction in the granting of accidental sickness benefits in general, while benefits for mental disorders as a cause of benefits remained stable, increasing the representativeness of these disorders in the benefits package. Accident-related illnesses were mainly attributed to "Neurotic disorders, disorders related to somatoform disorders" (53.40%) and "Mood disorders" (41.07%). The prevalence of disorders whose psychosocial components related to the organization of work

2 and its conditions suggest a negative impact of the contemporary production model on workers' mental health. Keywords: Occupational Health, Mental Health at Work, Occupational Disease, Social Security Introdução No Brasil, a Previdência Social é o principal agente responsável pelo pagamento de benefícios sociais, seja em cobertura, seja em valores, sendo os benefícios constituídos por parcelas pecuniárias pagas a título de cobertura a eventos como doenças, acidentes, invalidez, aposentadoria ou falecimento dos segurados. Especificamente quanto ao adoecimento no trabalho, a Previdência Social dispõe de duas categorias de benefícios previdenciários e acidentários, sendo os previdenciários destinados a cobertura dos períodos de inatividade dos segurados decorrentes de doenças comuns sem relação direta com o trabalho, e os acidentários destinam-se aos casos onde o trabalho é considerado causa do adoecimento ou fator agravante de um condição preexistente, incluindo as doenças decorrentes de acidentes típicos. A inclusão de doenças dentro dos benefícios acidentários se dá pela equiparação destas aos acidentes do trabalho dentro da legislação brasileira (BRASIL, 1991/1998, 2009). Os benefícios acidentários concedidos por ocorrência de doenças profissionais, entendidas como as decorrentes de um trabalho peculiar, como a silicose para trabalhadores com corte de pedras; ou por doenças do trabalho, aquelas causadas de condições especificas trabalho, como surdez para trabalhadores expostos a ruído excessivo, estão condicionados a determinação do nexo causal entre trabalho e a doença (GARCIA, 2013). A necessidade de estabelecimento do nexo causal, por um lado apresenta dificuldades de ordem técnica e política (SILVA-JUNIOR, et al., 2014; SIANO et al., 2011), mas por outro, permite que a análise da concessão de benefícios indique características importantes da epidemiologia das doenças que acometem os trabalhadores e da organização do trabalho e seus reflexos na saúde dos trabalhadores (CAVALCANTE, et al., 2015, PEREIRA, 2011). Os levantamentos estatísticos periódicos realizados pela Previdência Social permitem identificar movimentos e tendências na concessão de benefícios, possibilitando a compreensão, tomada de decisão e intervenção por parte de pesquisadores, sindicatos e formuladores de políticas públicas de atenção e vigilância à saúde do trabalhador (PEREIRA, 2011), apesar das ressalvas que dados de grande vulto possuem de mascarar o caso individual (VIZZACCARO-AMARAL, 2011) e algumas limitações como a subnotificação de acidentes e doenças do trabalho, gerando uma taxa desconhecida de casos onde não há solicitação de benefícios; o fato de uma boa parcela dos benefícios só pode ser solicitada após 15 dias de afastamento, o que pode mascarar enfermidades de manifestação lenta ou intermitente; e que os benefícios não se estendem aos trabalhadores informais (BARBOSA-BRANCO, BULTMANN; STEENSTRA, 2012). Em se tratando da saúde do trabalhador, mesmo com as ressalvas que o uso de estatísticas de grande extensão possa ter, seu estudo pode lançar luz sobre fenômenos complexos como a questão da relação entre saúde mental e trabalho, pois o desconhecimento do fenômeno, de seus determinantes e da distribuição de sua ocorrência em determinado território impede ou dificulta uma análise adequada dos fatores potenciais que estão em sua origem (CAVALCANTE, et al., 2015, p. 101). Isto posto, as estatísticas sobre auxílios-doença acidentários

3 concedidos em função de transtornos mentais, podem auxiliar no entendimento dos efeitos da morfologia do trabalho contemporâneo sobre a saúde mental dos trabalhadores, bem como a inferência dos riscos subjacentes ao seu adoecimento. Desta forma, este trabalho tem por objetivo analisar e caracterizar a concessão de auxílios-doença acidentários por transtornos mentais e sua evolução recente. Para tanto, este trabalho apresenta uma breve discussão sobre a concessão de auxílios doença acidentários relacionados a transtornos mentais e do comportamento, seguida da explanação da metodologia utilizada, da apresentação dos resultados e sua discussão, finalizando com uma síntese do estudo, suas limitações e desdobramentos. Auxílio-doença Acidentário e Transtornos Mentais O auxílio-doença acidentário é um benefício temporário, mas sem prazo determinado, cuja concessão, manutenção e término dependem de perícia médica obrigatória, por parte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que ateste a incapacidade laborativa em decorrência de acidente de trabalho ou doença do trabalho, situações que implicam na determinação do nexo causal entre a incapacidade/doença e o trabalho exercido. O benefício contempla trabalhadores urbano e rurais, segurados pela Previdência Social e sem necessidade de tempo mínimo de contribuição previdenciária. O benefício é descontinuado quando da alta médica que indique a capacidade laborativa do trabalhador, com ou sem reabilitação; da conversão do auxílio-doença acidentário em auxílio-acidente, por redução permanente da capacidade de trabalho; da conversão em aposentadoria por invalidez acidentária, quando identificada a perda total e definitiva da possibilidade de exercício laboral; e da morte do segurado (BRASIL, 1991/1998). Sua solicitação é feita a partir de 15 dias de afastamento efetivo do trabalho, contínuos ou intercalados no período de 60 dias, acompanhado da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT). Entretanto, a dependência das perícias médicas, apresentam uma grande dificuldade para os trabalhadores, seja pela burocracia do processo, pela forma de atuação das perícias médicas, dificuldades que se estendem da concessão à manutenção dos benefícios, como apontado por Lourenço (2011, p ): Para os trabalhadores que conseguem o afastamento, é bom lembrar que o dia da perícia é, quase sempre, uma tortura, tamanha a angústia de quem depende do afastamento para continuar comer, beber, entre outros, ou seja, quem está doente e já não tem condições de continuar produzindo, além de enfrentar um amplo percurso para ter o seu problema reconhecido como vinculado ao trabalho, passa a conviver com a possibilidade de corte do afastamento previdenciário, que diante do Estado neoliberal, o tempo reduzido para o tratamento médico tem sido uma constante. A classe trabalhadora convive, então, com o medo. Medo de perder o benefício. Medo de retornar ao ambiente de trabalho que lhe é hostil. Medo, de retornar e ser demitido. Medo, muito medo. Como exposto, a concessão de auxílio-doença acidentário passa pela determinação do nexo causal entre a patologia e a situação de trabalho à qual o trabalhador está submetido, que no caso dos transtornos mentais coloca-se ainda em terreno de difícil acesso, uma vez que envolve o reconhecimento da complexidade da relação do trabalho e subjetividade (SELIGMANN-SILVA, 2011), além da falta de consenso sobre possibilidade da externalidade de gênese dos transtornos mentais como apontado por Lima (2003, 2005) ao discorrer sobre as dificuldades de estabelecimento do nexo causal entre trabalho e transtornos mentais. Para além de divergência teóricas,as dificuldade apontadas, por

4 vezes, transvestem mais uma resistência de reconhecimento do trabalho contemporâneo como causador de adoecimento, ou mesmo tentativas de explicações calcadas em características pessoais dos trabalhadores (PAPARELLI; SATO; OLIVEIRA, 2011),ou entraves burocráticos (SIANO et al., 2011), que uma real dificuldade de estabelecimento de uma relação causal, apesar dos achados empíricos apontarem para a influência direta de agentes externos sobre a saúde mental, especialmente no ambiente laboral (ANSOLEAGA; TORO, 2014; BONDE, 2008), uma vez que o trabalho não é apenas um contexto da atividade ou trabalho psíquico, ele convoca a totalidade do indivíduo e implica relações efetivas capazes de afetar sensivelmente a saúde física e mental (VIEIRA, 2009, p. 160). Segundo Jacques (2007, p. 115) a contribuição do trabalho para a alteração da saúde mental se dá a partir de uma gama de aspectos, desde fatores pontuais como a exposição a agentes tóxicos até a complexa articulação de fatores relativos à organização do trabalho, como indicado pelo Ministério da Saúde e a Organização Pan- Americana da Saúde (2001, p. 161): Os transtornos mentais e do comportamento relacionados ao trabalho resultam, assim, não de fatores isolados, mas de contextos de trabalho em interação com o corpo e aparato psíquico dos trabalhadores. As ações implicadas no ato de trabalhar podem atingir o corpo dos trabalhadores, produzindo disfunções e lesões biológicas, mas também reações psíquicas às situações de trabalho patogênicas, além de poderem desencadear processos psicopatológicos especificamente relacionados às condições do trabalho desempenhado pelo trabalhador. Estas situações de trabalho patogênicas incluem as situações já identificadas na base do desgaste mental no trabalho (SELIGMANN- SILVA, 2012) ritmos acelerados de trabalho, pressão por resultados, relações interpessoais degradadas e comunicação falha, todos identificados como consequências dos modelos de gestão do trabalho constituídos sob a égide da reestruturação produtiva (ALVES, 2010; VALÊNCIA, 2009), além de características próprias do trabalho, como demandas emocionais (ANSOLEAGA; TORO, 2014; BONDE, 2008). Esta complexidade de fatores fica explicita na indicação dosagentes etiológicos e fatores de risco de natureza ocupacional nos transtornos mentais e do comportamento estabelecidos no Decreto nº 6.957, de 9 de setembro de 2009 (Tabela 1), a partir dos quais são definidos os critérios adotados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pela Previdência Social para reconhecimento do nexo causal entre trabalho e a consequente concessão de benefícios, apesar do referido Decreto apresentar um viés organicista por não considerar fatores de ordem psicossocial contrariando evidências de estudos empíricos, por exemplo em transtornos depressivos (BONDE, 2008). Tabela 1: Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados com o trabalho. Transtorno Agentes etiológicos ou fatores de risco de

5 I - Demência em outras doenças específicas classificadas em outros locais (F02.8) II - Delirium, não sobreposto a demência, como descrita (F05.0) III - Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais e de doença física (F06.- ): Transtorno Cognitivo Leve (F06.7) IV - Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de doença, lesão e de disfunção de personalidade (F07.-): Transtorno Orgânico de Personalidade (F07.0); Outros transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de doença, lesão ou disfunção cerebral (F07.8) V - Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não especificado (F09.-) VI - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso do álcool: Alcoolismo Crônico (Relacionado com o Trabalho) (F10.2) VII - Episódios Depressivos (F32.- natureza ocupacional 1. Manganês X49.-; Z57.5); 2. Substâncias asfixiantes: CO, H2S, etc. (sequela) (X47.-; Z57.5); 3. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) 1. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5); 2. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) 1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-; Z57.5); 2. Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5); 3. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-; Z57.5); 4. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5); 5. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5); 6. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5); 7. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5); 8. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; Z57.5) 1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-; Z57.5); 2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-; Z57.5); 3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5); 4. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5); 5. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5); 6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5); 7. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; Z57.5) 1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-; Z57.5); 2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-; Z57.5); 3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.5); 4. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5); 5. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5); 6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5); 7. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; Z57.5) 1. Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego: Condições difíceis de trabalho (Z56.5); 2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96) 1. Tolueno e outros solventes aromáticos

6 ) neurotóxicos (X46.-; Z57.5); 2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-; Z57.5); 3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5); 4. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5); 5. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5); 6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5); 7. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; Z57.5) VIII - Reações ao Stress Grave e Transtornos de Adaptação (F43.-): Estado de Stress Pós- Traumático (F43.1) IX - Neurastenia (Inclui Síndrome de Fadiga ) (F48.0) X - Outros transtornos neuróticos especificados (Inclui Neurose Profissional ) (F48.8) XI - Transtorno do Ciclo Vigília- Sono Devido a Fatores Não- Orgânicos (F51.2) XII - Sensação de Estar Acabado ( Síndrome de Burn-Out, Síndrome do Esgotamento Profissional ) (Z73.0) 1. Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho: reação após acidente do trabalho grave ou catastrófico, ou após assalto no trabalho (Z56.6); 2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96) 1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-; Z57.5); 2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados (X46.-; Z57.5); 3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5); 4. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5); 5. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5); 6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5); 7. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; Z57.5) Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego (Z56.-): Desemprego (Z56.0); Mudança de emprego (Z56.1); Ameaça de perda de emprego (Z56.2); Ritmo de trabalho penoso (Z56.3); Desacordo com patrão e colegas de trabalho (Condições difíceis de trabalho) (Z56.5); Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho (Z56.6) 1. Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego: Má adaptação à organização do horário de trabalho (Trabalho em Turnos ou Trabalho Noturno) (Z56.6); 2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96) 1. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3); 2. Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho (Z56.6) Fonte:Adaptado da Lista B do Decretonº 6.957, de 9 de setembro de 2009.

7 Mesmo com as dificuldades de determinação do nexo causal, e possíveis críticas a lista do Decreto 6.957/2009, tem-se constatado um aumento da concessão de benefícios relacionados a transtornos mentais por parte da Previdência Social, com destaque para os transtornos de humor, aos transtornos relacionados consumo de álcool e às reações graves ao stress, notadamente às reações frente a situações de violência urbana e internas ao ambiente de trabalho (SILVA-JUNIOR; FISCHER, 2014; BARBOSA-BRANCO, BULTMANN; STEENSTRA, 2012; VIERA, 2009). Ressalta-se que uma vez concedido o benefício, quando da volta ao trabalho o trabalhador adquire 12 meses de estabilidade como medida protetiva à demissão arbitrária, tendo em vista uma postura geralmente negativa e não receptiva por parte dos empregadores (LOURENÇO, 2011), o que pode contribuir para subnotificação dos casos, pelo medo da perda do emprego ou perseguições, além do fato de neste período de estabilidade ser comum de exposição dos trabalhadores a situações de assédio e outras violências (JACQUES, JACQUES, 2009; ZANINI, RAGNINI, 2013), ocasião propícia para desenvolvimento de transtornos mentais (SELLIGMANN-SILVA, 2011). Tanto riscos relacionados a agentes bem caraterizados, como agentes químicos; quanto os que se referem à organização do trabalho, característicos das relações de trabalho contemporâneas, seus ritmos e intensidade, condições de trabalho e relações sociais de trabalho, constituem fatores que podem ser alvo de intervenção (BONDE, 2008; MAENO; PAPARELLI, 2013) cuja configuração contemporânea indica uma tendência à precarização e deterioração das condições de trabalho (ANTUNES; DRUCK, 2015; FRANCO; DRUCK; SELIGMANN-SILVA, 2010). Nesta perspectiva, o acompanhamento dos benefícios concedidos pela Previdência Social, pode sinalizar e balizar a ação preventiva de governos, sindicatos, organizações, profissionais de saúde e dos próprios trabalhadores. Método Amostra Dados secundários disponibilizados pela Previdência Social referentes aos anos de 2010 à 2017 nos acompanhamento mensais dos auxílios-doença acidentários segundo os códigos 10ª Edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde CID-10(MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, (2018, 20157, 2017, 2015, 2014, 2013, 2012, 2011).Os dados estão disponíveis no site da Previdência Social para consulta pública. Procedimento Os arquivos referentes aos anos em análise foram baixados e os dados a serem analisados foram selecionados tendo por referência o Capítulo V da CID-10: Transtornos mentais e comportamentais (F00- F99), compilados em uma planilha eletrônica.os dados foram organizados mantendo-se os agrupamentos de transtornos utilizados no Capítulo V: Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos (F00-F09); Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa (F10- F19); Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes (F20-F29); Transtornos do humor [afetivos] (F30-F39); Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o stress e transtornos somatoformes (F40-F48); Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores físicos (F50-F59); Transtornos da personalidade e do comportamento do adulto (F60-F69); Retardo mental (F70-F79); Transtornos do desenvolvimento psicológico (F80- F89); Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência (F90-F98); Transtorno mental não especificado (F99).

8 Análise Foram aplicadas análises estatísticas descritivas e inferenciais. As estatísticas inferenciais incluíram a aplicação do teste não paramétrico de tendência da Mann-Kendall (MANN, 1945) e do estimador de inclinação de Sen (SEN, 1968) para análise dos dados temporais. O teste de Mann- Kendall (S) identifica a tendência de crescimento ou redução, ou mesmo a estabilidade de séries temporais, já o estimador de inclinação de Sen (Q). As análises inferências foram realizadas a partir do pacote trend v.2.2 (POHLERT, 2018) para o software estatístico R. Resultados No período de 2010 a 2017 foram concedidos auxíliosdoença acidentários (M = ,38, DP = ,54), sendo benefícios concedidos em razão de transtornos mentais ou comportamentais, média de11.118,87 benefícios por ano (DP =1.430,33).Enquanto em 2010 os transtornos mentais motivaram 3,69% dos benefícios concedidos, em 2017 essa participação passou para 4,79% (Tabela 2). Tabela 2: Auxílios-doença acidentários concedidos por motivo de transtorno mental, por ano de concessão - Brasil ( ) i Ano Auxílios-doença Acidentários Auxílios-doença Acidentários por Transtornos Mentais Quantidade % ,69% ,86% ,77% ,14% ,21% ,52% ,67% ,79% Fonte: Ministério da Previdência Social (2018, 20157, 2017, 2015, 2014, 2013, 2012, 2011) A análise da tendência temporal das séries, pelo teste não-paramétrico de Mann-Kendall indica a tendência de decréscimo na taxa de benefícios em geral (S = -26, Coeficiente de variação = 0,21, Fator de Confiança = 100,0%, p < 0,00), confirmada pela significativa inclinação negativa indicada pelo estimador de inclinação de Sen (Q = ,21). Já para a série temporal de benefícios concedidos por transtornos mentais, o teste de Mann-Kendall indicou uma tendência de redução menor (S = -14, Coeficiente de variação = 0,13, Fator de Confiança = 94,60%, p < 0,00), com uma inclinação negativa pequena (Q = - 444,25). O Gráfico 1 apresenta a distribuição temporal dos benefícios e suas respectivas linhas de tendência geradas a partir o estimador de inclinação A tendência de decréscimo maior do conjunto total dos benefícios concedidos que a do subconjunto de benefícios por transtornos mentais explica o aumento da participação do subconjunto indicado pelo aumento percentual a cada ano.

9 Gráfico 1: Auxílios-doença acidentários concedidos, por ano,brasil ( ) Fonte:Autoria Própria Quando analisados os auxílios-doença acidentários concedidos a partir dos agrupamentos do Capítulo V da CID-10, encontrou-se a prevalência de benefícios concedidos em função de Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o estresse transtornos somatoformes (F40-F48) com 53,40%, seguidos pelos Transtornos do Humor (F30-F39) com 41,07%. Os agrupamentos Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa (F10-F19) e Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes (F20-F29) motivaram respectivamente3,10% e 1,75% das concessões de auxílios-doença acidentários (Tabela 2). Tabela 1:Auxílios-doença acidentários concedidos por motivo de transtorno mental, por agrupamentos da CID-10, por ano de concessão - Brasil ( ) Agrupamento Auxílios-doença Acidentários Total F00-F F10-F F20-F F30-F F40-F F50-F F60-F F70-F F80-F F90-F F Total Fonte:Ministério da Previdência Social (2018, 2017, 2016, 2015, 2014, 2013, 2012, 2011)

10 Para o agrupamento F40-F48 foi identificada uma tendência de crescimento mais evidente (S = 22, Coeficiente de variação = 1,32, Fator de Confiança = 98,80%, Q = 155,13), e de decréscimo para o agrupamento F30-F39, apesar do teste de Mann-Kendall indicar estabilidade (S = -1, Coeficiente de variação = 1,32, Fator de Confiança = 50,00%, p < 0,05) o estimador de inclinação de Sem apresentou uma linha negativa (Q = -199,66). Os dados desagregados por transtornos específicos indicaram que os 10 transtornos mais comumente diagnosticados respondem por 96,41% dos auxíliosdoença acidentários conforme a Tabela 3. Dentre os motivos mais comuns, as Reações ao "stress" grave e transtornos de adaptação (F43) (M = 3362,00, DP = 299,60) e os Episódios depressivos (F32) (M = 3164,75, DP = 746,35) compreendem 58,70%dos benefícios, sendo a diferença entre a média de benefícios entre eles significativa (t(7) =.0,51, p = 0,68). Tabela 3: Auxílios-doença acidentários concedidos pelos dez transtornos mentais mais frequentes, em ordem decrescente, Brasil ( ). Transtorno Total Reações ao "stress" grave e transtornos de adaptação (F43) Episódios depressivos (F32) Outros transtornos ansiosos (F41) Transtorno depressivo recorrente (F33) Transtorno afetivo bipolar (F31) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool (F10) Transtornos fóbicoansiosos (F40) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas (F19) Psicose não-orgânica não especificada (F29) Esquizofrenia (F20) Fonte: Ministério da Previdência Social (2018, 2017, 2016, 2015, 2014, 2013, 2012, 2011) No período avaliado a reações ao estresse grave concessão de auxílios-doença aumentaram em 9,59%. Este acidentários por episódios depressivos decaíram em 47,06%, enquanto os benefícios motivados por comportamento da série temporal é corroborado pela análise de tendência com os episódios depressivos com forte tendência de decréscimo (S = - 22, Coeficiente de Variação = 0,24,

11 Fator de Confiança = 99,9%, p < 0,00)com inclinação negativa acentuada (Q = -277,50) e os benefícios por reação ao estresse grave com tendência leve de crescimento (S = 4, Coeficiente de Variação = 0,09, Fator de Confiança = 69,89%, p < 0,05) e inclinação positiva pequena (Q = 38,00). A concessão de benefícios em decorrência dos demais transtornos apresentados na Tabela 3 apresentaram redução no período em termos percentuais, mas não foi possível identificar uma tendência nem de redução nem de aumento estatisticamente significante. Discussão A redução da concessão de auxílios-doença acidentários em geral, em números absolutos, segue a tendência observadas por Silva-Junior e Fischer (2011) de redução geral da concessão destes benefícios com aumento das participações dos transtornos mentais como motivadores dos benefícios. Apesar de Siano et al. (2011) indicarem uma redução progressiva no número de benefícios por estas patologias no período de 2004 à 2006, provavelmente em decorrência das mudanças normativas no INSS da época analisada pelos autores, observa-se o aumento da representatividades destes transtornos no período ora analisado. Estes dados diferem dos resultados de estudos anteriores que indicavam os transtornos do humor como doença do trabalho mais prevalente (SILVA-JUNIOR, FISCHER, 2011; BARBOSA-BRANCO; BULTMANN; STEENSTRA, 2012), sendo suplantados pelo agrupamento dos transtornos neuróticos, transtornos relacionados com ao estresse transtornos somatoformes, confirmando a tendência identificada anteriormente por Silva-Junior e Fischer (2011) de inversão das taxas. Esta mudança é relevante, uma vez que os agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional utilizados como critério para estabelecimento do nexo causal para os transtornos que compõem este agrupamento são notadamente de natureza psicossocial (BRASIL, 2009), fatores estes relacionados a organização do trabalho contemporâneo intensificado, competitivo, instável e violento (ANSOLEAGA; TORO, 2014; MAENO; PAPARELLI, 2013; SELIGMANN-SILVA, 2012). Este resultado pode, ainda, estar relacionado com a dificuldade de determinação do nexo causal entre transtornos do humor, principalmente os do espectro depressivo, e o trabalho (GARCIA, 2013), em parte pela caracterização dos transtornos do humor como doenças do trabalho a partir dos critérios norteadores das perícias, em parte por uma arraigada tradição de culpabilização do trabalhador no modelo capitalista de apropriação (PAPARELLI; SATO; OLIVEIRA, 2011; ALVES, 2010), resultando na redução do número de benefício concedidos, para outro diagnóstico, aparentemente mais objetivo. As flutuações em relação aos benefícios concedidos pelos transtornos individualmente, levantam as mesmas possibilidades explicativas evocadas para os transtornos agrupados, mas permitem visualizar a presença significativa de benefícios por as reações ao estresse grave e transtornos de adaptação que pode estar relacionada a fatores conjunturais que potencializam situações notadamente estressoras como a insegurança, a instabilidade e precarização das condições de trabalho (ANTUNES; DRUCK, 2015; FRANCO; DRUCK; SELIGMANN-SILVA, 2010). A redução paulatina de benefício em decorrência de transtornos depressivos recorrentes, não necessariamente indica uma redução da incidência real deste transtorno, tampouco uma melhora das condições de trabalho, mas pode estar relacionada a dificuldades já apontadas de estabelecimento do nexo causal, ao que se soma o fato deste ser normalmente um transtornos de longo curso, característica particularmente

12 problemática, tendo em vista o pouco tempo para tratamento e recuperação disponibilizado no modelo de produção vigente (LOURENÇO, 2011) e toda carga social, preconceito e culpa que estes transtornos carregam (SELIGMANN- SILVA, 2012). Considerações Finais Lima (2003, p. 89) apresenta a seguinte questão: é possível ou não estabelecermos um nexo entre certos distúrbios mentais e certas formas de organização do trabalho?. Se com os dados deste estudonão se pode responder plenamente, pode-se,por ora, responder que o aumento da representatividade dos transtornos mentais como motivadores da concessão auxílios-doença acidentários, pode ser tomado como indício dos efeitos deletérios da organização contemporânea do sistema produtivo sobre a saúde dos trabalhadores, principalmente pela ascendência dos transtornos onde os fatores psicossociais subjazem de forma mais pungente. Algumas questões importantes como a análise por gênero, raça, faixa etária e atividade econômica não foram trabalhadas pela indisponibilidade total ou parcial de dados referentes a estas variáveis, configura-se como uma limitação deste estudo. Entretanto, esta limitação aponta para uma perspectiva interessante de continuidade desta investigação, ao que se deve somar a investigação sobre os procedimentos e viéses que tornam o reconhecimento do nexo causal algo tão difícil para os trabalhadores. Como este trabalho centrou-se nos auxílios-doença acidentários em função da identificação do trabalho como causa ou condição necessária para o desenvolvimento da psicopatologia e consequente afastamento do trabalhador, há que indicar a necessidade de análise dos demais benefícios previdenciários,para fins de comparação, incluindo os auxíliosdoença previdenciários, as aposentadorias por invalidez e pensões por morte. Neste sentindo, a análise dos pedidos de benefícios negados e a inclusão de outros diagnósticos presentes na CID, como por exemplo as Lesões autoprovocadas intencionalmente (X60-X84) e Agressões (X85-Y09) podem contribuir para a identificação de um quadro mais amplo da saúde mental no trabalho, subsidiando a intervenção efetiva sobre as condições de trabalho em busca do resgate do caráter humanizador do trabalho e de sua centralidade, mobilizando para isto, trabalhadores, sindicatos, governos e as próprias organizações do trabalho. Referências ALVES, G.. Trabalho, capitalismo global e captura da subjetividade: uma perspectiva crítica. Em: LOURENÇO, E.et al.. (Orgs.). O Avesso do Trabalho II: trabalho, precarização e saúde do trabalhador. São Paulo: Expressão Popular, 2010, p ANTUNES, R.; DRUCK, G. A terceirização sem limites: a precarização do trabalho como regra. O Social em Questão, v. 18 n. 34, p , FRANCO, T.; DRUCK, G.; SELIGMANN- SILVA, E.As novas relações de trabalho, o desgaste mental do trabalhador e os transtornos mentais no trabalho precarizado. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional,v. 35, n. 122, , ANSOLEAGA, E.; TORO, J. P.. Salud mental y naturaleza del trabajo: cuando las demandas emocionales resultan inevitables. Revista Psicologia, Organizações e Trabalho, v. 14, n. 2, BARBOSA-BRANCO, A.; BULTMANN, U.; STEENSTRA, I.. Sickness benefit claims due to mental disorders in Brazil: associations in a populationbased study. Cadernos de Saúde Pública, v. 28, n. 10, p , 2012

13 BONDE, J. P.. Psychosocial factors at work and risk of depression: a systematic review of the epidemiological evidence. Occupational & Environmental Medicine, v. 65, p , BRASIL. Decreto nº 6.957, de 9 de setembro de Altera o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n o 3.048, de 6 de maio de 1999, no tocante à aplicação, acompanhamento e avaliação do Fator Acidentário de Prevenção - FAP. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de Setembro de Disponível em: < _ato /2009/decreto/d6957.htm>. Acessado em: 11 de janeiro de Lei nº 8.213, de 24 de julho de Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União,republicado em 14 de agosto de Disponível em: < /leis/l8213compilado.htm>. Acessado em: 11 de janeiro de CAVALCANTE, C. A. A.; COSSI, M. S.; COSTA, R. R. O.; MEDEIROS, S. M.; MENEZES, R. M. P.. Análise crítica dos acidentes de trabalho no Brasil.Revista de Atenção à Saúde, v. 13, n.44, p , FRANCO, T.; DRUCK, G.; SELIGMANN- SILVA, E. As novas relações de trabalho, o desgaste mental do trabalhador e os transtornos mentais no trabalho precarizado. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 35, n. 122, , GARCIA, G. F. B. Acidentes do Trabalho: doenças ocupacionais e nexo técnico epidemiológico. 5ª. Ed., São Paulo: Método, JACQUES, M. G.. O nexo causal em saúde/doença mental no trabalho: uma demanda para a Psicologia. Psicologia & Sociedade, v. 19, Edição Especial, n. 1, p , JACQUES, M. G.; JACQUES, C. C.. Acidentes de trabalho e implicações psicossociais: uma discussão introdutória. Pesquisas e Práticas Psicossociais, v. 3, n. 2, p , LIMA, M. E. A. Transtornos mentais e trabalho: o problema do nexo causal. Revista de Administração da FEAD- Minas, v. 2, n. 1, p , A polêmica em torno do nexo causal entre distúrbio mental e trabalho. Psicologia em Revista, v. 10, p , LOURENÇO, E. A. S. Agravos à saúde dos trabalhadores no Brasil: alguns nós críticos. Revista Pegada, v. 12, n. 1, p. 3-33, Disponível em: < /pegada/article/view/927/940>. Acessado em: 14 dezembro MAENO, M.; PAPARELLI, R. O trabalho como ele é e a saúde mental do trabalhador. Em: SILVEIRA, M. A.; SZNELWAR, L. I.; KIKUCHI, L. S.; MAENO, M.. (Orgs.) Inovação para Desenvolvimento de Organizações Sustentáveis: Trabalho, Fatores Psicossociais e Ambiente Saudável.Campinas: CTI, 2013, p MANN, H.B. Nonparametric tests against trend.econometrica,v. 3, n. 3, p MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Acompanhamento Mensal dos Benefícios Auxílios-Doença Acidentários Concedidos segundo os Códigos da CID-10, Janeiro a Dezembro de 2017.Brasília: MPS/DATAPREV, Acompanhamento Mensal dos Benefícios Auxílios-Doença Acidentários Concedidos segundo os Códigos da CID-10, Janeiro a Dezembro de Brasília: MPS/DATAPREV, 2017.

14 . Acompanhamento Mensal dos Benefícios Auxílios-Doença Acidentários Concedidos segundo os Códigos da CID-10, Janeiro a Dezembro de Brasília: MPS/DATAPREV, Acompanhamento Mensal dos Benefícios Auxílios-Doença Acidentários Concedidos segundo os Códigos da CID-10, Janeiro a Dezembro de Brasília: MPS/DATAPREV, Acompanhamento Mensal dos Benefícios Auxílios-Doença Acidentários Concedidos segundo os Códigos da CID-10, Janeiro a Dezembro de Brasília: MPS/DATAPREV, Acompanhamento Mensal dos Benefícios Auxílios-Doença Acidentários Concedidos segundo os Códigos da CID-10, Janeiro a Dezembro de Brasília: MPS/DATAPREV, Acompanhamento Mensal dos Benefícios Auxílios-Doença Acidentários Concedidos segundo os Códigos da CID-10, Janeiro a Dezembro de Brasília: MPS/DATAPREV, Acompanhamento Mensal dos Benefícios Auxílios-Doença Acidentários Concedidos segundo os Códigos da CID-10, Janeiro a Dezembro de Brasília: MPS/DATAPREV, MINISTÉRIO DA SAÚDE, ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde do Brasil, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAUDE. Mental health policies and programmes in the workplace.genebra: OMS, PAPARELLI, R.; SATO, L.; OLIVEIRA, F.. A saúde mental relacionada ao trabalho e os desafios aos profissionais da saúde. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 36, n. 123, p , PEREIRA, E. S.. Ministério da Previdência Social: fontes de informação para a saúde e segurança do trabalho no Brasil. Em: GHAGAS, A. M. R.; SALIM, C. A.; SERVO, L. M. S. (Orgs.). Saúde e Segurança no Trabalho no Brasil: aspectos institucionais, sistemas de informação e indicadores.brasília: IPEA, 2011, p POHLERT, T. Non-Parametric Trend Tests and Change-Point Detection.The R Project for Statistical Computing, Disponível em: Acessado em: 10 de fevereiro de 2018 SELIGMANN-SILVA, E.. Trabalho e Desgaste Mental: o direito de ser dono de si mesmo.são Paulo: Cortez SEN, P. K. Estimates of the regression coeficiente based on Kendall s tau. Journal of the American Statistical Association, v. 63, p , SIANO, A. K.; RIBEIRO, L. C.; SANTIAGO, A. E.; RIBEIRO, M. S.. Influência de alterações normativas da Previdência Social sobre o perfil de concessão de auxílio-doença relativo a transtornos mentais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, n. 4, p , SILVA-JUNIOR, J. S.; ALMEIDA, F. S. S.; SANTIAGO, M. P.; MORRONE, M. P.. Caracterização do nexo técnico epidemiológico pela perícia médica previdenciária nos benefícios auxíliodoença. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 39, n. 130, p , SILVA-JUNIOR, J. S.; FISCHER, F. M.. Adoecimento mental incapacitante: benefícios previdenciários no Brasil

15 entre Revista de Saúde Pública, v. 48, n. 1, p , VALENCIA, A. S.. A Reestruturação do mundo do Trabalho: superexploração e novos paradigmas da organização do trabalho. Uberlândia: EDUFU, VIEIRA, C. E. C.. O nexo causal entre transtorno de estresse pós-traumático e trabalho: controvérsias acerca do laudo de uma perícia judicial. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 34, n. 120, p , VIZZACCARO-AMARAL, S. A.. O aparato técnico da epidemiologia: do mostrar ao governar: Em: VIZZACCARO-AMARAL, A. L.; MOTA, D. P.; ALVES, G. (Orgs.). Trabalho e saúde: a precarização do trabalho e a saúde do trabalhador no Século XXI. São Paulo: LTr, 2011, p ZANIN, F. C.; RAGNINI, E. C. S.. Adoecimento e Trabalho: Considerações sobre a expectativa de retorno ao trabalho. Revista Estudos do Trabalho, v. 6, n. 13, p , 2013.

16

O FUTURO NÓS CONSTRUÍMOS

O FUTURO NÓS CONSTRUÍMOS O FUTURO NÓS CONSTRUÍMOS PROJETO: ANÁLISE TÉCNICA NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP Vulnerabilidades Empresariais da decreto 6042 do INSS ANEXO II AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS

Leia mais

Acidente do Trabalho e CAT. V Fórum de Medicina do Trabalho do CFM

Acidente do Trabalho e CAT. V Fórum de Medicina do Trabalho do CFM V Fórum de Medicina do Trabalho do CFM 1 Acidente do Trabalho Nexo Causal CAT 2 3 Primeira Geração: Acidente tipo Nexo Risco Dano 4 Primeira Geração: Acidente tipo 5 Nexo Risco Dano 6 Segunda e terceira

Leia mais

Maria Dionísia do Amaral Dias

Maria Dionísia do Amaral Dias Maria Dionísia do Amaral Dias OBJETIVO Compreender as relações entre condições de vida e de trabalho e o surgimento, a frequência ou a gravidade dos transtornos mentais. Modelo proposto pelo Ministério

Leia mais

XVI Jornada Catarinense de Saúde Ocupacional. Anderson de Souza Araujo. 02 de dezembro de 2011

XVI Jornada Catarinense de Saúde Ocupacional. Anderson de Souza Araujo. 02 de dezembro de 2011 XVI Jornada Catarinense de Saúde Ocupacional Anderson de Souza Araujo 02 de dezembro de 2011 1 Lei 8213/91 Lei 11430/2006, que alterou a Lei 8213/91; Lei 9784/99 Decreto 3048/99 (Regulamento da Previdência

Leia mais

ESTUDO DA DESCARACTERIZAÇÃO DO NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PELA PERÍCIA MÉDICA PREVIDENCIÁRIA

ESTUDO DA DESCARACTERIZAÇÃO DO NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PELA PERÍCIA MÉDICA PREVIDENCIÁRIA ESTUDO DA DESCARACTERIZAÇÃO DO NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PELA PERÍCIA MÉDICA PREVIDENCIÁRIA JOÃO SILVESTRE DA SILVA-JUNIOR, FLÁVIA SOUZA E SILVA DE ALMEIDA, MÁRCIO PRINCE SANTIAGO, LUIZ CARLOS MORRONE

Leia mais

Adoecimento mental incapacitante: benefícios previdenciários no Brasil entre

Adoecimento mental incapacitante: benefícios previdenciários no Brasil entre Comunicação Breve DOI:10.1590/S0034-8910.2014048004802 João Silvestre da Silva-Junior I Frida Marina Fischer II Adoecimento mental incapacitante: benefícios previdenciários no Brasil entre 2008-2011 Disability

Leia mais

SÍNDROME DE BURNOUT SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL

SÍNDROME DE BURNOUT SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL BETYNA SALDANHA CORBAL Perita Médica Previdenciária DPSSO/SPPS/MTPS dpsso@previdencia.gov.br 1 Termo Burnout: derivado do verbo inglês to burn out: queimar por completo

Leia mais

Doenças Mentais e os Riscos Psicossociais no Trabalho

Doenças Mentais e os Riscos Psicossociais no Trabalho Doenças Mentais e os Riscos Psicossociais no Trabalho Seminário Empresarial de Segurança e Saúde no Trabalho Porto Alegre, Novembro/2010 Especialista em Medicina do Trabalho, Doutora pela USP, Diretora

Leia mais

Advocacia Empresarial Previdenciária: novas possibilidades de atuação

Advocacia Empresarial Previdenciária: novas possibilidades de atuação Advocacia Empresarial Previdenciária: novas possibilidades de atuação Ana Júlia B. Pires Kachan Advogada apires@kachan.adv.br @professoraanajuliakachan - Incidência de contribuição sobre a folha salarial

Leia mais

TRABALHO E SAÚDE MENTAL. Cargas de trabalho e possíveis transtornos

TRABALHO E SAÚDE MENTAL. Cargas de trabalho e possíveis transtornos TRABALHO E SAÚDE MENTAL Cargas de trabalho e possíveis transtornos A influência das características atuais do trabalho sobre a saúde mental dos trabalhadores pode decorrer de inúmeros fatores e situações:

Leia mais

Adoecimento Mental e Trabalho

Adoecimento Mental e Trabalho Adoecimento Mental e Trabalho Benefícios por Incapacidade Relacionados a Transtornos Mentais e Comportamentais Período: 2012 e 2016 Resumo do 1º Boletim Quadrimestral/2017 CGMBI/SRGPS/SPREV/MF 25 de maio

Leia mais

Andréia de Conto Garbin

Andréia de Conto Garbin Andréia de Conto Garbin Promoção: DVST - CEREST ESTADUAL/SP São Paulo, 12 de novembro de 2015 O nexo causal dos Transtornos mentais relacionados ao trabalho e a importância da anamnese ocupacional Por

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário Direito Previdenciário Benefícios em espécie Acidente do Trabalho Parte 2 Prof. Bruno Valente Caracterização do acidente do trabalho: LESÃO INCAPACITANTE OU MORTE DO SEGURADO Acidente do trabalho é o que

Leia mais

DOENÇAS MENTAIS E OS RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO

DOENÇAS MENTAIS E OS RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO DOENÇAS MENTAIS E OS RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO Prof. Duílio Antero de Camargo Psiquiatra clínico e forense Médico do Trabalho Instituto de Psiquiatria HC FM USP Núcleo de Psiquiatria Forense (NUFOR)

Leia mais

ENTREVISTA COM JOÃO SILVESTRE SILVA-JUNIOR AFASTAMENTO, RETORNO AO TRABALHO E APOSENTADORIA NO BRASIL

ENTREVISTA COM JOÃO SILVESTRE SILVA-JUNIOR AFASTAMENTO, RETORNO AO TRABALHO E APOSENTADORIA NO BRASIL ENTREVISTA COM JOÃO SILVESTRE SILVA-JUNIOR AFASTAMENTO, RETORNO AO TRABALHO E APOSENTADORIA NO BRASIL INTERVIEW WITH JOÃO SILVESTRE SILVA-JUNIOR SICKNESS ABSENCE, RETURN TO WORK AND RETIREMENT IN BRAZIL

Leia mais

ABSENTEÍSMO-DOENÇA DE LONGA DURAÇÃO POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS ESTÁ ASSOCIADO A FATORES INDIVIDUAIS E OCUPACIONAIS

ABSENTEÍSMO-DOENÇA DE LONGA DURAÇÃO POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS ESTÁ ASSOCIADO A FATORES INDIVIDUAIS E OCUPACIONAIS ABSENTEÍSMO-DOENÇA DE LONGA DURAÇÃO POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS ESTÁ ASSOCIADO A FATORES INDIVIDUAIS E OCUPACIONAIS JOÃO SILVESTRE DA SILVA-JUNIOR, FRIDA MARINA FISCHER EMAIL: SILVAJUNIOR.JS@GMAIL.COM

Leia mais

Nexo Técnico Previdenciário INSTRUÇÃO NORMATIVA N 31/INSS/PRES, DE 10 DE SETEMBRO DE 2008

Nexo Técnico Previdenciário INSTRUÇÃO NORMATIVA N 31/INSS/PRES, DE 10 DE SETEMBRO DE 2008 Nexo Técnico Previdenciário INSTRUÇÃO NORMATIVA N 31/INSS/PRES, DE 10 DE SETEMBRO DE 2008 Importância: O NTEP foi implementado nos sistemas informatizados do INSS, para concessão de benefícios, em abril/2007

Leia mais

Cuida bem de mim. Programa de Promoção da Saúde dos Trabalhadores em Educação

Cuida bem de mim. Programa de Promoção da Saúde dos Trabalhadores em Educação Programa de Promoção da Saúde dos Trabalhadores em Educação Cuida bem de mim Secretaria da Educação Superintendência de Gestão de Pessoas Diretoria de Gestão de Pessoal Coordenadoria de Capacitação e Desenvolvimento

Leia mais

Transtornos Mentais no Trabalho. Carlos Augusto Maranhão de Loyola CRM-PR Psiquiatra.

Transtornos Mentais no Trabalho. Carlos Augusto Maranhão de Loyola CRM-PR Psiquiatra. Transtornos Mentais no Trabalho Carlos Augusto Maranhão de Loyola CRM-PR 20879. Psiquiatra. carlosamloyola@icloud.com No período Medieval - caráter de Possuído. O tratamento: pregações, exorcismo, santificação

Leia mais

Instrução Normativa INSS nº 16, de 27 de março de 2007

Instrução Normativa INSS nº 16, de 27 de março de 2007 Instrução Normativa INSS nº 16, de 27 de março de 2007 (DOU 28.03.2007) FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei nº 8.212, de 24/7/91, e alterações posteriores; Lei nº 8.213, de 24/7/91, e alterações posteriores; Lei

Leia mais

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1)

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) TAUANE PAULA GEHM Mestre e doutorando em Psicologia Experimental TEMAS Psicopatologia geral. Transtornos psicológicos, cognitivos, relacionados ao uso

Leia mais

UTILIZAR OS CONHECIMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS NO DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO CLÍNICO, POIS, A PRÁTICA CLÍNICA É INDIVIDUAL

UTILIZAR OS CONHECIMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS NO DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO CLÍNICO, POIS, A PRÁTICA CLÍNICA É INDIVIDUAL UTILIZAR OS CONHECIMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS NO DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO CLÍNICO, POIS, A PRÁTICA CLÍNICA É INDIVIDUAL ESTUDO EM POPULAÇÕES HUMANAS da distribuição e dos determinantes dos fenômenos ou

Leia mais

Quem somos A FIESP. A maior entidade de classe da indústria brasileira.

Quem somos A FIESP. A maior entidade de classe da indústria brasileira. Quem somos A FIESP A maior entidade de classe da indústria brasileira. Representa cerca de 130 mil indústrias de diversos setores, de todos os portes e das mais diferentes cadeias produtivas, distribuídas

Leia mais

Projeto Gestão FAP RAT NTEP

Projeto Gestão FAP RAT NTEP Projeto Gestão FAP RAT NTEP RAT x FAP ÚNICO TRIBUTO ADMINISTRÁVEL Ausência ao trabalho Central de Inteligência Atestado Médico Licença Médica 1-15 dias (CLT) Custo da Empresa Afastamento Previdenciário

Leia mais

Contestação e Recurso: NTEP e FAP

Contestação e Recurso: NTEP e FAP Contestação e Recurso: NTEP e FAP Bruno Gil de Carvalho Lima Instituto Nacional do Seguro Social Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues Câmara Técnica de Perícia Médica do CRM-BA 1 Análise Pericial Conclusão

Leia mais

TRANSTORNOS DE HUMOR

TRANSTORNOS DE HUMOR SAÚDE MENTAL TRANSTORNOS DE HUMOR TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: Caracterizase por episódios depressivos que podem ser únicos ou que tendem a se repetir ao longo da vida. TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR: Caracteriza-se

Leia mais

Prof. Michel Gouveia. Professor Michel Gouveia / Previtube. michelogouveia.

Prof. Michel Gouveia. Professor Michel Gouveia / Previtube. michelogouveia. Prof. Michel Gouveia Professor Michel Gouveia / Previtube michelogouveia michel@michelgouveia.adv.br EMENTA: Espécies de Acidente do Trabalho (artigos 19, 20, 21, 21-A, 22 e 23, todos da Lei 8.213/91)

Leia mais

CEENSP SAUDE DO TRABALHADOR: NOVAS REFERÊNCIAS RIO DE JANEIRO 21 DE NOVEMBRO DE 2012

CEENSP SAUDE DO TRABALHADOR: NOVAS REFERÊNCIAS RIO DE JANEIRO 21 DE NOVEMBRO DE 2012 CEENSP SAUDE DO TRABALHADOR: NOVAS REFERÊNCIAS RIO DE JANEIRO 21 DE NOVEMBRO DE 2012 UMA PROPOSTA DE TRABALHO DEFINIÇÃO DE INDICADORES E CONSOLIDAÇÃO DE BANCOS DE DADOS DO INSS COM O OBJETIVO DE POSSIBILITAR

Leia mais

FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO

FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO GESTÃO PARA CUMPRIMENTO DOS PRAZOS DE RECURSOS Carla Soares Gerente Jurídica do Sinduscon-Rio juridico@sinduscon-rio.com.br HISTÓRICO: MP 83/2002 art. 10 Lei 10.666/2003

Leia mais

XX Jornada Catarinense de Saúde Ocupacional. Transtornos Mentais e Trabalho. Criciúma Agosto 2017

XX Jornada Catarinense de Saúde Ocupacional. Transtornos Mentais e Trabalho. Criciúma Agosto 2017 XX Jornada Catarinense de Saúde Ocupacional Transtornos Mentais e Trabalho. Criciúma Agosto 2017 Trabalho X Saúde Trabalho fonte de saúde e pertença! Trabalho X Saúde Trabalho fonte de doença e exclusão!

Leia mais

A "Organização Mundial de Saúde" (OMS) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de A "Organização Mundial de Saúde" (OMS) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades". De acordo com a OMS, saúde mental

Leia mais

Vigilância em Saúde do Trabalhador em frigoríficos

Vigilância em Saúde do Trabalhador em frigoríficos Vigilância em Saúde do Trabalhador em frigoríficos Vigilância em Saúde Cuidado em Saúde Responsabilidade do profissional de saúde Questões éticas (prevenção, precaução, proteção da saúde) Sigilo médico

Leia mais

Benefícios Acidentários e Aposentadorias Especiais custeados pelo Seguro contra Acidentes de Trabalho.

Benefícios Acidentários e Aposentadorias Especiais custeados pelo Seguro contra Acidentes de Trabalho. Benefícios Acidentários e Aposentadorias Especiais custeados pelo Seguro contra Acidentes de Trabalho. Legislação previdenciária Acidente de trabalho Lista aberta de doenças Ratificação da concausalidade

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO THIAGO MORO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO THIAGO MORO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO THIAGO MORO ANÁLISE DE AFASTAMENTOS PREVIDENCIÁRIOS POR TRANSTORNO MENTAL:

Leia mais

5. TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO QUE PODEM ESTAR RELACIONADOS COM O TRABALHO

5. TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO QUE PODEM ESTAR RELACIONADOS COM O TRABALHO 5. TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO QUE PODEM ESTAR RELACIONADOS COM O TRABALHO I. Demência em Outras Doenças Específicas Classificadas em Outros Locais (F02.8) II. Delirium, não Sobreposto a Demência

Leia mais

Informações sobre Auxílio-Doença Previdenciário e Acidentário

Informações sobre Auxílio-Doença Previdenciário e Acidentário Informações sobre Auxílio-Doença Previdenciário e Acidentário Brasília DF Abril/2015 1. INTRODUÇÃO O Ministério da Previdência (MPS), por intermédio da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 16, DE 27 DE MARÇO DE 2007(*) DOU

INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 16, DE 27 DE MARÇO DE 2007(*) DOU INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 16, DE 27 DE MARÇO DE 2007(*) DOU 30-03-2007 Dispõe sobre procedimentos e rotinas referentes ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário-NTEP, e dá outras providências. FUNDAMENTAÇÃO

Leia mais

FACULDADE BAIANA DE DIREITO

FACULDADE BAIANA DE DIREITO FACULDADE BAIANA DE DIREITO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO ADRIANA DE MENEZES MOREIRA MELLO INDENIZAÇÕES POR ACIDENTE DE TRABALHO NAS HIPÓTESES DE PATOLOGIAS PSIQUICAS, DECORRENTES OU AGRAVADAS PELO TRABALHO.

Leia mais

Absenteísmo dos servidores da Universidade Federal do Ceará

Absenteísmo dos servidores da Universidade Federal do Ceará Absenteísmo dos servidores da Universidade Federal do Ceará Francisco José Carneiro Teles 1, André Luiz Gomes Aires 2 Ana Elisa Alencar 3 1,2 Acadêmicos do Curso de Perícia Oficial em Saúde do Centro Universitário

Leia mais

Stress e a caracterização de doenças psicológicas. Camila Helaehil Alfredo Médica do Trabalho

Stress e a caracterização de doenças psicológicas. Camila Helaehil Alfredo Médica do Trabalho Stress e a caracterização de doenças psicológicas Camila Helaehil Alfredo Médica do Trabalho camila@azevedonetto.com.br Definição Uma força que deforma corpos processo corporal para se adaptar a todas

Leia mais

ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTES DE TRABALHO 2014 PRINCIPAIS RESULTADOS

ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTES DE TRABALHO 2014 PRINCIPAIS RESULTADOS ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTES DE TRABALHO 2014 PRINCIPAIS RESULTADOS Brasília, abril de 2016 SPPS Secretaria de Políticas de Previdência Social 1 ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DO TRABALHO 2 ACIDENTE DO

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Questões essenciais relativas aos contratos de emprego Medicina e Segurança do Trabalho. Parte III. Prof.

DIREITO DO TRABALHO. Questões essenciais relativas aos contratos de emprego Medicina e Segurança do Trabalho. Parte III. Prof. DIREITO DO TRABALHO Questões essenciais relativas aos contratos de emprego Medicina e Segurança do Trabalho. Parte III. Prof. Cláudio Freitas - Acidente do Trabalho: fundamento legal: artigos 19 a 23 e

Leia mais

Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho no Serviço Público

Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho no Serviço Público Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho no Serviço Público Um ambiente desfavorável no trabalho é um fator de risco para 60% das doenças não transmissíveis Ban Ki-Moon marcoavezzani@gmail.com

Leia mais

ATITUDE EMPREENDEDORA, PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAUDE

ATITUDE EMPREENDEDORA, PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAUDE ATITUDE EMPREENDEDORA, PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAUDE QUAL A META? QUAL A META? QUAL A META? QUAL A META? QUAL A META? VISÃO SISTÊMICA EM SST: 1. Sistema de Gestão Integrada de QMSR 2. Política de

Leia mais

c) Acidentes de Trabalho ou Doenças relacionadas ao Trabalho

c) Acidentes de Trabalho ou Doenças relacionadas ao Trabalho PROVAS ANAMT 2014 No âmbito da Previdência Social, entende-se como Benefícios Acidentários o recebimento por parte do segurado de pagamentos decorrentes da incapacidade para o trabalho causadas por lesões

Leia mais

SUMÁRIO Capítulo I Capítulo II

SUMÁRIO Capítulo I Capítulo II SUMÁRIO Capítulo I INSERÇÃO DO MEIO AMBIENTE LABORAL nos sistemas de segurança e medicina do trabalho e de direitos humanos fundamentais... 17 Bibliografia... 23 Capítulo II SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO:

Leia mais

WLADIMIR NOVAES MARTINEZ

WLADIMIR NOVAES MARTINEZ WLADIMIR NOVAES MARTINEZ Advogado especialista em Direito Previdenciário AUXÍLIO-ACIDENTE São Paulo LTr 2006 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Leia mais

61,6 milhões cobertos (59,6%)

61,6 milhões cobertos (59,6%) Previdência Social Brasil - 2013 População Residente: 201,4 milhões (2016 205,9) Urbana: 170,7 milhões Rural: 30,7 milhões População Economicamente Ativa - PEA: 103,4 milhões População Desocupada: 6,7

Leia mais

Aula 05 PSICOPATOLOGIA LABORAL OU TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO

Aula 05 PSICOPATOLOGIA LABORAL OU TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO Aula 05 PSICOPATOLOGIA LABORAL OU TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO Esta aula tem por finalidade analisar as psicopatologias laborais ou transtornos mentais relacionados ao trabalho. Porém,

Leia mais

Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho (MPT-OIT)

Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho (MPT-OIT) Lançado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Brasília no dia (27/4), véspera do Dia Mundial de Saúde e Segurança no Trabalho (28/04). A ferramenta

Leia mais

Cód. barras: STJ (2012)

Cód. barras: STJ (2012) Cód. barras: STJ00095904 (2012) SÚMARIO 1 Introdução..,.. "...,...,...,...,...,...,...,... ", 23 2 Conceito.. ".. ".. ".. """,,,..,,..,,.. "" ".. ".. ".. ",...,""'" """""" """.. ", 31 2,1 O Que é Acidente""""..."""""...

Leia mais

DOENÇAS OCUPACIONAIS: O SOFRIMENTO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO 1 OCCUPATIONAL DISEASES: THE SUFFERING IN THE WORK RELATIONSHIPS

DOENÇAS OCUPACIONAIS: O SOFRIMENTO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO 1 OCCUPATIONAL DISEASES: THE SUFFERING IN THE WORK RELATIONSHIPS DOENÇAS OCUPACIONAIS: O SOFRIMENTO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO 1 OCCUPATIONAL DISEASES: THE SUFFERING IN THE WORK RELATIONSHIPS Andressa Da Silva Dias 2, Bruna Sampaio Lovato 3, Cassiane Antunes Carniel 4,

Leia mais

GESTÃO DE FATORES PSICOSSOCIAIS

GESTÃO DE FATORES PSICOSSOCIAIS -------------- GESTÃO DE FATORES PSICOSSOCIAIS -------------- Saúde Saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social (OMS) Saúde mental tampouco é definida como ausência de transtornos mentais, mas

Leia mais

SAÚDE MENTAL DOS MÉDICOS RESIDENTES. Luiz Antonio Nogueira Martins

SAÚDE MENTAL DOS MÉDICOS RESIDENTES. Luiz Antonio Nogueira Martins SAÚDE MENTAL DOS MÉDICOS RESIDENTES Luiz Antonio Nogueira Martins PRIVAÇÃO DO SONO teste de atenção sustentada - 14 R1 detecção de arritmias em ECG resultados: aumento do número de erros 7,3 minutos a

Leia mais

Fatores associados à depressão relacionada ao trabalho de enfermagem

Fatores associados à depressão relacionada ao trabalho de enfermagem Estudos de Psicologia Fatores associados à depressão relacionada ao trabalho de enfermagem Marcela Luísa Manetti Maria Helena Palucci Marziale Universidade de São Paulo Ribeirão Preto Resumo ao trabalho

Leia mais

DICAS DE NOVEMBRO / 2014

DICAS DE NOVEMBRO / 2014 DICAS DE NOVEMBRO / 2014 DICA 01 O segurado especial é o único segurado da previdência social que poderá ter sua inscrição feita após sua morte. DICA 02 O benefício de prestação continuada da Assistência

Leia mais

Médico de Saúde Ocupacional

Médico de Saúde Ocupacional } NR 3 - Embargo ou Interdição } NR 5 - CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes } NR 6 - EPI } NR 7 - PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional } NR 8 - Edificações } NR 9 - PPRA

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO PARECER TÉCNICO I IDENTIFICAÇÃO IC N.º 0064.2013.12.000/3 INQUIRIDO(A): ITAÚ UNIBANCO S.A. II OBJETIVO Foram analisados os registros de benefícios previdenciários contidos no arquivo de planilha eletrônica

Leia mais

Universidade de Brasília. Faculdade de Ciências da Saúde. Departamento de Saúde Coletiva

Universidade de Brasília. Faculdade de Ciências da Saúde. Departamento de Saúde Coletiva 1 Universidade de Brasília Faculdade de Ciências da Saúde Departamento de Saúde Coletiva Análise dos afastamentos por transtorno mental e comportamental na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)

Leia mais

Introdução à Saúde do Trabalhador

Introdução à Saúde do Trabalhador Introdução à Saúde do Trabalhador Papéis das equipes de Saúde do Trabalhador na atenção individual e coletiva Trabalho e usos do corpo Eventos e exposições potenciais de risco x possibilidades e capacidades

Leia mais

DEPARTAMENTO JURÍDICO TRABALHISTA BOLETIM 064/2015

DEPARTAMENTO JURÍDICO TRABALHISTA BOLETIM 064/2015 DEPARTAMENTO JURÍDICO TRABALHISTA ADM 165/2015-13/07/2015 BOLETIM 064/2015 Estabelecidas as regras a serem adotadas pela perícia médica na inspeção no ambiente de trabalho dos segurados Por meio da norma

Leia mais

DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO

DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO LER / DORT DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO José Roberto Teixeira Outubro/2005 PÓLO SAÚDE, Assessoria e Consultoria em Saúde Ocupacional histórico paralisia de mãos em trabalhador após esforço prolongado (Hipócrates,

Leia mais

Alice Marques Conselho Diretivo do Colégio de Medicina do Trabalho. Ordem dos Médicos

Alice Marques Conselho Diretivo do Colégio de Medicina do Trabalho. Ordem dos Médicos Alice Marques Conselho Diretivo do Colégio de Medicina do Trabalho Ordem dos Médicos Fontes: Agência Europeia Para a Segurança e Saúde no Trabalho Fundação Europeia para a melhoria da qualidade de vida

Leia mais

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA MARTINS TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2010 A 2015

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA MARTINS TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2010 A 2015 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAYARA MARTINS TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2010 A 2015 Florianópolis 2018 MAYARA MARTINS TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS

Leia mais

TABELA DE HONORÁRIO AMBULATORIAL ANEXO 11.2 EDITAL 0057/2013

TABELA DE HONORÁRIO AMBULATORIAL ANEXO 11.2 EDITAL 0057/2013 TABELA DE HONORÁRIO AMBULATORIAL ANEXO 11.2 EDITAL 0057/2013 Honorário de Psicologia 1010111 8 Sessao de Psicoterapia / Psicologo - (12 ou ate 40 por ano se cumprir diretriz de utilização definida pelo

Leia mais

A Evolução da Questão do Nexo de Causalidade Entre Doença e Trabalho no Entendimento Técnico-Científico, Legal e Normativo Brasileiro

A Evolução da Questão do Nexo de Causalidade Entre Doença e Trabalho no Entendimento Técnico-Científico, Legal e Normativo Brasileiro A Evolução da Questão do Nexo de Causalidade Entre Doença e Trabalho no Entendimento Técnico-Científico, Legal e Normativo Brasileiro Curso de Formação Continuada: Estabelecimento do Nexo de Causalidade

Leia mais

XVII Congresso Brasileiro de Perícia Médica

XVII Congresso Brasileiro de Perícia Médica XVII Congresso Brasileiro de Perícia Médica Benefícios por Incapacidade Auxílio Doença e Aposentadoria por Invalidez Prof. H. Gustavo Alves Advogado, Mestre e Doutorando em Dir. Previdenciário PUC/SP,

Leia mais

Contestação do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

Contestação do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário Contestação do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário 1 A Previdência Social tem a obrigação constitucional de dar cobertura ao acidente do trabalho: Cabe ao INSS toda a regulamentação do reconhecimento

Leia mais

Questões assunto 2. 1) (ANAMT, 06/2008) Em relação ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, é correto afirmar:

Questões assunto 2. 1) (ANAMT, 06/2008) Em relação ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, é correto afirmar: Questões assunto 2 1) (ANAMT, 06/2008) Em relação ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, é correto afirmar: a) É aplicada apenas aos trabalhadores vítima de Acidente de Trabalho que tiveram a CAT

Leia mais

Clínica Jorge Jaber. Dependência Química. Luciana Castanheira Lobo de Araújo

Clínica Jorge Jaber. Dependência Química. Luciana Castanheira Lobo de Araújo Clínica Jorge Jaber Dependência Química Luciana Castanheira Lobo de Araújo Critérios para o diagnóstico Rio de Janeiro 2018 Resumo Considerado um transtorno mental, além de um problema social pela Organização

Leia mais

Atualização FAP. Decreto /09/09 Resolução CNPS /05/09 Resolução CNPS /05/09

Atualização FAP. Decreto /09/09 Resolução CNPS /05/09 Resolução CNPS /05/09 Atualização FAP Decreto 6957 9/09/09 Resolução CNPS 1308 26 /05/09 Resolução CNPS 1308 26 /05/09 Listas Separadas no Decreto LISTA B Nota: As doenças e respectivos agentes etiológicos ou fatores de risco

Leia mais

VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO: PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA NO ÂMBITO DA SAÚDE NO PERÍODO DE 2009 A 2013.

VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO: PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA NO ÂMBITO DA SAÚDE NO PERÍODO DE 2009 A 2013. VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO: PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA NO ÂMBITO DA SAÚDE NO PERÍODO DE 2009 A 2013. Zirleide Carlos Felix (UFPB) Mariana de Medeiros Nóbrega (UFPB) Renata Lívia Silva F. M. de Medeiros

Leia mais

JUDICIALIZAÇÃO DA SST DESAFIOS PARA AS EMPRESAS

JUDICIALIZAÇÃO DA SST DESAFIOS PARA AS EMPRESAS JUDICIALIZAÇÃO DA SST DESAFIOS PARA AS EMPRESAS Caracterização administrativa dos acidentes de trabalho CAT (empresa, empregado, sindicato, médico, autoridade pública) CF/88, art. 5o; Lei 9784/99 Caracterização

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 6ª aula Psicopatologia

Leia mais

Componente Curricular: Psicopatologia I Professor(a): Dalmir Pereira Lopes Período: 5º Noturno - Ano: TOTAL DE AULAS 72h/a

Componente Curricular: Psicopatologia I Professor(a): Dalmir Pereira Lopes Período: 5º Noturno - Ano: TOTAL DE AULAS 72h/a CRÉDITOS 04 Componente Curricular: Psicopatologia I Professor(a): Dalmir Pereira Lopes Período: 5º Noturno - Ano: 2015.1 TOTAL DE AULAS 72h/a CARGA HORÁRIA ESPAÇOS DIVERSIFICADOS 12hs CARGA HORÁRIA TOTAL

Leia mais

Não-Ergonomia: organização do trabalho e seus impactos na saúde do trabalhador. Engª. Cristiane Galassi

Não-Ergonomia: organização do trabalho e seus impactos na saúde do trabalhador. Engª. Cristiane Galassi Não-Ergonomia: organização do trabalho e seus impactos na saúde do trabalhador. Engª. Cristiane Galassi Formação: - Técnica em Eletrônica; - Graduada em Engenharia de Produção; - Especialista em Engenharia

Leia mais

Nova Metodologia de Cálculo do SAT-Seguro de Acidente de Trabalho. JAQUES SHERIQUE Eng. de Segurança do Trabalho

Nova Metodologia de Cálculo do SAT-Seguro de Acidente de Trabalho. JAQUES SHERIQUE Eng. de Segurança do Trabalho Nova Metodologia de Cálculo do SAT-Seguro de Acidente de Trabalho JAQUES SHERIQUE Eng. de Segurança do Trabalho Contexto Internacional Cobertura pelas políticas públicas muito irregular no mundo: desde

Leia mais

Treinamento Presencial dos Peritos Médicos Previdenciários

Treinamento Presencial dos Peritos Médicos Previdenciários Treinamento Presencial dos Peritos Médicos Previdenciários INSS Introdução Regime Geral da Previdência Social Produtos 10 Benefícios 3 Serviços Benefícios 4 APOSENTADORIAS: Invalidez Idade Tempo de Contribuição

Leia mais

FOZ DO IGUAÇÚ PR. 30/NOV á 02/12/2011

FOZ DO IGUAÇÚ PR. 30/NOV á 02/12/2011 FOZ DO IGUAÇÚ PR 30/NOV á 02/12/2011 Dr. Osni de Melo Martins Especialista em Medicina do Trabalho e Otorrinolaringologia Pós-graduado e Certificado pela AMB em Perícias Médicas Professor convidado do

Leia mais

A Repercussão Previdenciária e Tributária dos Acidentes de Trabalho

A Repercussão Previdenciária e Tributária dos Acidentes de Trabalho A Repercussão Previdenciária e Tributária dos Acidentes de Trabalho Orion Sávio Santos de Oliveira Analista Técnico de Políticas Sociais ATPS DPSSO/SPPS/MF orion.oliveira@previdencia.gov.br Roteiro da

Leia mais

ACIDENTES DE TRABALHO

ACIDENTES DE TRABALHO IESC/UFRJ F.M e IESC/UFRJ ACIDENTES DE TRABALHO Disciplina Saúde e Trabalho Departamento de Medicina Preventiva Faculdade de Medicina Aula para turma M6-2o. Semestre de 2008 Volney de M. Câmara - Professor

Leia mais

ACIDENTES DO TRABALHO Avaliação dos Acidentes

ACIDENTES DO TRABALHO Avaliação dos Acidentes ACIDENTES DO TRABALHO 9.6- Avaliação dos Acidentes Há diversos indicadores que podem ser construídos visando medir o risco no trabalho. A OIT utiliza três indicadores para medir e comparar a periculosidade

Leia mais

Os Impactos e Custos dos Acidentes de Trânsito para a Previdência Social ( )

Os Impactos e Custos dos Acidentes de Trânsito para a Previdência Social ( ) Os Impactos e Custos dos Acidentes de Trânsito para a Previdência Social (2003 2012) Estudo desenvolvido por equipe técnica da Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino, Tecnologia e Cultura FAPETEC para a

Leia mais

GESTÃO DE ABSENTEÍSMO

GESTÃO DE ABSENTEÍSMO GESTÃO DE ABSENTEÍSMO O CENÁRIO - dados - O absenteísmo é um fenômeno de alcance mundial que tem crescido significativamente nos últimos anos trazendo impactos econômicos e sociais aos trabalhadores e

Leia mais

SST Segurança e Saúde no Trabalho. Jeferson Seidler

SST Segurança e Saúde no Trabalho. Jeferson Seidler SST Segurança e Saúde no Trabalho Perigo x Risco Perigo Risco Perigo Atravessar de olhos fechados Atravessar correndo Esperar um bom momento para atravessar Usar uma faixa de pedestres (esperar os carros

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS ACIDENTE DE TRABALHO:

PERGUNTAS E RESPOSTAS ACIDENTE DE TRABALHO: PERGUNTAS E RESPOSTAS ACIDENTE DE TRABALHO: 1- Como se dá o Acidente de Trabalho? R- Trata-se, evidentemente, de um acidente ocorrido em razão do trabalho exercido pelo trabalhador, que pode causar uma

Leia mais

Barbara Correia Neves; Laura Motta Fernandes; Maysa Alahmar Bianchin; Bolsa de IC Faculdade de Medicina de S.J.Rio Preto

Barbara Correia Neves; Laura Motta Fernandes; Maysa Alahmar Bianchin; Bolsa de IC Faculdade de Medicina de S.J.Rio Preto Barbara Correia Neves; Laura Motta Fernandes; Maysa Alahmar Bianchin; Bolsa de IC Faculdade de Medicina de S.J.Rio Preto INTRODUÇÃO No campo dos cuidados da saúde, o trabalho de enfermagem, além de insalubre,

Leia mais

Avaliação do impacto do nexo técnico epidemiológico sobre os benefícios por incapacidade

Avaliação do impacto do nexo técnico epidemiológico sobre os benefícios por incapacidade Avaliação do impacto do nexo técnico epidemiológico sobre os benefícios por incapacidade Maria Maeno Pesquisadora da Fundacentro MTE CTN/ SME Palavras-chave: Nexo técnico epidemiológico, aspectos legais,

Leia mais

DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO

DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO Ministério da Saúde do Brasil Organização Pan-Americana da Saúde/Brasil DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 114 Brasília/DF

Leia mais

Desgaste Mental do professor:

Desgaste Mental do professor: Desgaste Mental do professor: Refletindo sobre causas e formas de enfrentamento Renata Paparelli Alguns conceitos iniciais (com Marx) Trabalho em geral: atividade consciente e planejada através da qual

Leia mais

CRONOGRAMA SESAB 19/ 09 PSICOLOGIA HOSPITALAR 25/09 PSICOLOGIA DA SAÚDE 21/09 SAÚDE COLETIVA

CRONOGRAMA SESAB 19/ 09 PSICOLOGIA HOSPITALAR 25/09 PSICOLOGIA DA SAÚDE 21/09 SAÚDE COLETIVA CRONOGRAMA SESAB 19/ 09 PSICOLOGIA HOSPITALAR PARTE 1: CONCEITOS DE PSICOLOGIA APLICADOS AO CONTEXTO HOSPITALAR Contexto histórico (parte I) Contexto histórico (parte II) Atuação do psicólogo (parte I)

Leia mais

Fórum de Avaliação da Violência no Trabalho Em Saúde. Salvador, 15 de dezembro de 2017 Elias Abdalla-Filho

Fórum de Avaliação da Violência no Trabalho Em Saúde. Salvador, 15 de dezembro de 2017 Elias Abdalla-Filho Fórum de Avaliação da Violência no Trabalho Em Saúde Salvador, 15 de dezembro de 2017 Elias Abdalla-Filho Declaração Não há conflito de interesses. Impacto da violência na saúde do trabalhador em saúde

Leia mais

Os Desafios do RPPS Frente à Reforma da Previdência. Perícia Médica como Instrumento de Controle da Gestão Previdenciária

Os Desafios do RPPS Frente à Reforma da Previdência. Perícia Médica como Instrumento de Controle da Gestão Previdenciária Os Desafios do RPPS Frente à Reforma da Previdência Perícia Médica como Instrumento de Controle da Gestão Previdenciária INSS cancela 80% dos benefícios por incapacidade de quem passou por nova perícia

Leia mais

Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 2. Perspectivas teóricas (a eterna busca da realidade)

Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 2. Perspectivas teóricas (a eterna busca da realidade) Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 1.1 Corpo, cérebro e mente 1.2 Sensação e percepção 1.2.1 Características das sensações 1.2.2 Fatores que afetam a percepção 1.2.3 Fenômenos

Leia mais

Nexo causal: uma análise entre transtorno mental e trabalho

Nexo causal: uma análise entre transtorno mental e trabalho 1 Nexo causal: uma análise entre transtorno mental e trabalho Crislaine Bardini crisbardini@hotmail.com Especialização em Avaliação Psicológica Instituto de Pós-Graduação - IPOG Florianópolis, SC, 15 de

Leia mais

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELO INSS E MINISTÉRIO DO TRABALHO

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELO INSS E MINISTÉRIO DO TRABALHO Informativo Concity Concity Pessoal - 2018 PRINCIPAIS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELO INSS E MINISTÉRIO DO TRABALHO APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Principais requisitos: Regra 85/95 progressiva Não

Leia mais

CONCEITO DOMÍNIO DA PSICOPATOLOGIA 8/13/2013

CONCEITO DOMÍNIO DA PSICOPATOLOGIA 8/13/2013 Prof. José Reinaldo do Amaral Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Psicologia PSICOPATOLOGIA CLÍNICA 2013 / 2 CONCEITO Disposição, inata, pela qual a maneira de reagir do indivíduo

Leia mais

Caracterização clínica e demográfica dos militares contratados internados no Serviço de Psiquiatria do Hospital Militar Principal em 2007

Caracterização clínica e demográfica dos militares contratados internados no Serviço de Psiquiatria do Hospital Militar Principal em 2007 Caracterização clínica e demográfica dos militares contratados internados no Serviço de Psiquiatria do Hospital Militar Principal em 2007 Dra. Joana Alexandre Dra. Teresa Babo Dra. Sofia Moreira Introdução

Leia mais

RISCOS DE ADOECIMENTO NO TRABALHO: estudo entre profissionais de uma instituição federal de educação

RISCOS DE ADOECIMENTO NO TRABALHO: estudo entre profissionais de uma instituição federal de educação RISCOS DE ADOECIMENTO NO TRABALHO: estudo entre profissionais de uma instituição federal de educação Heidi. J. FERREIRA 1 ; Alex R. CARVALHO 2 ; Fernanda M. TAVARES 3 ; Nádia N. ALMEIDA 4 RESUMO Diante

Leia mais