PATRIMÔNIO ESCOLAR Adenilton Santos de ALMEIDA 1 Dra. Lilian Rodrigues de Oliveira ROSA 2

Transcrição

1 PATRIMÔNIO ESCOLAR Adenilton Santos de ALMEIDA 1 Dra. Lilian Rodrigues de Oliveira ROSA 2 Resumo: Trataremos da valorização do patrimônio, cultura e memória, até o tombamento histórico da Escola Estadual Francisco Ferreira de Freitas localizada na cidade de Serra Azul, no interior do estado de São Paulo, no período de 2010, onde iremos apontar o significado da Escola, e o que ela representa culturalmente para os Serra-azulenses, por meio de fundo do memorialista Mazotto de Lima e autores que trabalham com Patrimônio, junto com o processo de Tombamento, onde iremos relatar por que e como que se deu o tombamento da citada escola. Palavras Chaves: Patrimônio, Cultura e Memória. Introdução Este projeto pretende estudar o patrimônio cultural escolar, em especial a escola Francisco Ferreira de Freitas, na cidade de Serra Azul, a partir do processo nº: Processo: 24929/1986 Tombamento: Res. SC 60 de 21/07/2010 Diário Oficial: Poder Executivo, Seção I, 11/11/2010, páginas 112,113 e 114 Código Sec. Est. Educ.: Um dos objetivos é abordar os motivos do tombamento da referida escola, qual iremos analisar os motivos de seu tombamento. Foram pesquisados os arquivos do CONDEPHAAT, em São Paulo este processo, extraindo dele a referente ao tombamento da Francisco Ferreira de Freitas, como se deu e quais as características que a levaram fazer parte do 1 Graduando do curso de História do Centro Universitário Barão de Mauá 2 Doutora em História Unesp Franca, coordenadora e professora do curso de História do Centro Universitário Barão de Mauá.

2 projeto do CONDEPHAAT, que contém um conjunto de sessenta escolas de mesma característica histórica. Os estudos iniciaram a partir da entrada do pedido de tombamento até o desfecho do processo que aconteceu em 2010, todo o processo envolvido será analisado no desenvolvimento do trabalho. A importância desta pesquisa se da pelo motivo de ser o primeiro patrimônio tombado na cidade de Serra Azul. A Instituição a ser Estudada é a Escola Estadual Francisco Ferreira de Freitas localizada na cidade de Serra Azul, Rua: Padre Soares, nº 5. Foi inaugurada no ano de 1911, com quatro salas em u variando esquemas de alas e núcleo central autoria não identificada. Exemplar de uma das tipologias de edificação escolar implantadas durante a Primeira República pelo Governo do Estado de São Paulo, como parte da política pública de amplos investimentos feitos para promover a educação básica da população, ministrada fundamentalmente nos Grupos Escolares, e a formação adequada de professores, nas Escolas Normais. As construções resultaram de projetos e obras realizadas pelo Departamento de Obras Públicas (DOP), estrutura ligada à Secretaria da Agricultura responsável por criar e manter a estrutura paulista. Entre as motivações para escrever sobre o tema, está o desejo de aprofundamento sobre o tema patrimônio e fato do autor desta pesquisa ter estudado na Escola Estadual Francisco Ferreira de Freitas. Durante os anos cursando Colegial e hoje no curso de História, despertou-se o interesse em escrever sobre essa instituição, que colaborou com a formação de várias gerações na cidade de Serra Azul. Conhecer bem a Cidade de Serra Azul e o fato da E. E. Francisco, (Chicão), ter sido o primeiro bem tombado na cidade, contribuiu para que o interesse se concretizasse na pesquisa que hora se apresenta. Objetivos:

3 O objetivo deste trabalho será entender como ocorreu e porque ocorreu o tombamento da Escola Estadual Francisco Ferreira de Freitas. Além de comparar os valores e significados para a história, tal como memória e cultura. Conhecer ações administrativas de programa e/ou serviços, como modo implementar as ações de modo a agilizar o processo, a documentação e o processo de avaliação em todos os níveis de intervenção de tombamento. Entender a metodologia aplicada é leitura bibliográfica e análise para melhor formular o desenvolvimento do trabalho. Metodologias Revisão bibliográfica, como parte do processo de investigação, e para tal as referências deste método usado por António V. Bento do Centro de Investigação em Educação Universidade da Madeira, que no seu artigo da um caminho muito prático. Uma revisão abrangente envolve essencialmente quatro passos: 1º Identificar palavras-chave ou descritores. A primeira coisa a fazer é constituir uma série de descritores ou lista de palavras-chave relacionadas com o seu tópico para fazer a pesquisa nas bases de dados e nos motores de busca. 2º Rever fontes secundárias. Fontes secundárias são aquelas que são escritas por autores que interpretam os trabalhos de outros. Incluem resumos, enciclopédias, dicionários temáticos e manuais. São importantes porque combinam conhecimento a partir de várias fontes primárias e dão uma visão geral rápida sobre o assunto. 3º Recolher fontes primárias. Nesta fase determine quais livros e artigos são mais relevantes para o seu estudo e recolha cada uma das fontes primárias 3. 3 BENTO, A. (2012, Maio). Como fazer uma revisão da literatura: Considerações teóricas e práticas. Revista JA (Associação Académica da Universidade da Madeira), nº 65, ano VII (pp ). ISSN: p.2, disponível em << >> ( acessado em 19/08/2015)

4 Com estes métodos de revisão e análise, além de estudar a fundo o Processo de Tombamento extraindo as informações a respeito do Tombamento cultural e histórico da Escola Estadual Francisco Ferreira de Freitas. Diante dos estudos feitos, no decorrer do trabalho, explicaremos como, e por que se deu o processo de tombamento da escola já citada. Compreenderemos a implantação da política pública de patrimônio cultural, especialmente no tange ao papel do CONDEPHAATH. Como fonte principal, pesquisa documental do processo de tombamento das escolas paulistas: processo nº 24929/86 já citado anteriormente, e como parte ilustrativa fotos do fundo pessoal do Memorialista Mazotto de Lima. A fim de compreender a escola como patrimônio cultural onde realizaremos um breve histórico da implantação das escolas em São Paulo, entendendo como vem se realizando a preservação do patrimônio escolar no Brasil, a partir de estudos já realizados por outros autores. E por final descrever a atuação do Condeephaat e o processo de tombamento das escolas paulistas estudando o tombamento da Escola estadual Francisco Ferreira de Freitas. Referências ALMEIDA, Adenilton Santos de. FIGUEIREDO, Natália Maria. Paper. Graduandos do Curso de História, 3º semestre, do Centro Universitário Barão de Mauá, BRASIL, LEI Nº , DE 22 DE OUTUBRO DE Disponível em: _cria%C3%A7%C3%A3o%20do%20CONDEPHAAT.pdf Acesso em: 15/05/2015. CAMPOS, Guilherme Pires de. Memórias de velhas crianças: a Revolução de 1932 nos relatos de moradores de Cássia dos Coqueiros, SP. Ribeirão Preto, 2014.Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) Centro Universitário Barão de Mauá, CASTRIOTA, Leonardo Barci. Patrimônio Cultural: Conceitos, políticas, instrumentos. São Paulo: Annablue; Belo Horizonte: IEDS, CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São paulo: Unesp, 2001.

5 DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil?. Rio de Janeiro: Rocco. Documentário sobre o aniversário de 78 anos de emancipação política de Serra Azul, disponível em << >> ( acessado em 20/05/2015) EAGLETON, Terry. A ideia de cultura. trad. Sandra Castello Branco. São Paulo: Unesp, FIRAVANTI, Carlos. Arquitetura do Saber. Pesquisa/ FATESP.nº228,fevereiro FONSECA, Maria de Cecília Londres. O patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ; MinC- Iphan, FUNARI, Pedro Paulo Abreu, PELEGRINI, Sandra C. Araújo. Patrimônio Histórico e Cultural. Rio de Janeiro:Jorge Zahar, HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 7ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, IPHAN. Coletânea de leis sobre preservação do patrimônio. Rio de Janeiro: IPHAN, LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas, Editora da Unicamp, NASCIMENTO, Rodrigo Modesto. Instituições de proteção ao patrimônio cultural: um olhar sobre as práticas políticas do Condephaat no Oeste Paulista ( ). A ESCRITA HISTÓRICA E SUAS MÚLTIPLAS FACES, p NORA, Pierre. Entre memória e história: A problemática dos lugares. In: projeto História. São Paulo, Dezembro,1993. MESENTIER, Leonardo Maques de. A Natureza Política do Patrimônio Cultural Disponível em: o-marques-mesentier.pdf Acesso em: 08/05/2015. POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos 5.10(1992): (1993). REVISTA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Rio de janeiro: SPHAN, nº1 - Artigo 15.

6 RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 2º ed. São Paulo: Companhia das letras SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. 16. Ed. São Paulo: Brasiliense, 2006, pp SOUZA, Rosa Fátima de. Preservação do Patrimônio Histórico escolar no Brasil: Notas para um debate. Revista Linhas, Florianópolis,v.14,n.26,jan./jun.2013.