Impactes do Turismo nas Zonas Costeiras
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- Ana Clara Marques Marreiro
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1 Impactes do Turismo nas Zonas Costeiras J. Alveirinho Dias Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente Universidade do Algarve jdias@ualg.pt w3.ualg.pt/~jdias
2 a
3 As modificações costeiras, designadamente a erosão das praias, das dunas e das arribas contituem problemas para os edifícios e outras infra-estruturas construídas em zonas de risco a Os custos sociais e económicos são actualmente muito elevados, estando a crescer exponencialmente
4 As modificações costeiras, designadamente a erosão das praias, das dunas e das arribas contituem problemas para os edifícios e outras infra-estruturas construídas em zonas de risco a Os custos sociais e económicos são actualmente muito elevados, estando a crescer exponencialmente Torna-se necessário adoptar novos princípios inovadores de gestão, cientificamente suportados e adaptados à intensa dinâmica que caracteriza as zonas costeiras
5
6 Para compreender o Presente e perspectivar o Futuro é preciso entender o Passado
7 Funcionamento
8 Funcionamento Abastecimento Sedimentar Transporte Sedimentar Costeiro As praias nascem nas montanhas
9 Início das Perturbações
10 Início das Perturbações O Homem perturbou, desde sempre, o funcionamento dos sistemas naturais costeiros A agricultura foi uma das actividades que mais impactes induziu no litoral Porém, as consequências no litoral eram, geralmente, pequenas
11 Leg Litoral Evitado pelo Homem
12 Leg Litoral Evitado pelo Homem OS LITORAIS OCEÂNICOS SEMPRE FORAM EVITADOS PELO HOMEM AO LONGO DOS TEMPOS HISTÓRICOS
13 razões
14 razões São zonas: + climaticamente agrestes (muito quentes durante o dia, frias durante a noite, ventosas, ) + de elevado risco (temporais, ventos fortes, ) + em geral parcas em recursos alimentares (pesca difícil devido à rebentação das ondas, agricultura difícil, ) + em geral de difícil acessibilidade + muito vulneráveis (p.ex.: pirataria e corso) + populações rudes (adaptadas à rudeza desses ambientes) + etc. etc....
15 Graf Ocup
16 Os litorais oceânicos foram evoluindo naturalmente Graf Ocup embora com influência antrópica indirecta Abastecimento sedimentar quantidade Ocupação dos litorais oceânicos tempo
17 Coutos Homiziados
18 Razões Bronzeado
19 Razões Bronzeado Além do mais, nos séculos XVII a XIX, o litoral era zona a evitar por razões estéticas/sociais. Efectivamente, os critérios de beleza valorizavam a brancura da pele. A Dama das Camélias (Marguerite Gauthier) de Alexandre Dumas Filho (1852) Greta Garbo no papel de Marguerite Gauthier no filme A DAMA DAS CAMÉLIAS (Camille, EUA, 1936) de George Cukor O bronzeado da pele denunciava falta de recursos financeiros e necessidade de trabalhar ao ar livre. Consequentemente, era factor de discriminação social
20 Razões talassoterapia
21 Razões talassoterapia É em meados do século XIX que se inicia a corrida ao litoral que se vulgariza em meados do séc. XX - Reconhecimento das virtudes da talassoterapia - Utilização pela aristocracia e alta burguesia - Transformação de pequenos povoados piscatórios - Aparecimento das estâncias balneares, com casinos e clubes A praia era utilizada com fins terapeuticos havendo o cuidado de evitar o bronzeado.
22 Granja Granja
23 Granja Surgem, assim, as primeiras estâncias balneares Granja
24 banhistas
25 Banhistas, no início do século XX. banhistas
26 Razões corrida litoral
27 Razões corrida litoral As grandes revoluções sócio-económicas do século XIX a meados do séc. XX. O início da corrida ao litoral. Aumento do poder de compra (consequências da revolução industrial, etc.) Revolução dos transportes (combóio, automóvel, avião ) Melhoria das acessibilidades (rede viária, rede ferroviária, ) Consignação do direito às férias - ampliação dos tempos livres Os estratos sociais mais baixos imitam os mais elevados o que se traduz na vulgarização da utilização da praia.
28 cartazes
29 cartazes O bronzeado começa a vulgarizar-se e a sua falta é utilizada como factor de discriminação social
30 ferrovias
31 ferrovias Consolida-se a sociedade tecnológica moderna O Espaço encolhe O Tempo acelera
32 Figueira da Foz Figueira da Foz
33 Com a intensificação da utilização da praia Figueira da Foz Figueira da Foz verifica-se o crescimento dos aglomerados urbanos costeiros
34 barragens
35 barragens Simultaneamente verifica-se expansão da rede eléctrica nacional Constroem-se bastantes empreendimentos hidro-eléctricos A barragem do Lindoso começa a construir-se em 1915 O transporte sedimentar é profundamente afectado O abastecimento sedimentar ao litoral começa a diminuir drasticamente
36 dragagens
37 dragagens Simultaneamente verifica-se grande intensificação do comércio internacional A dimensão dos navios vai progressivamente aumentando O transporte de petróleo adquire extrema relevância Os portos vão sendo progressivamente ampliados O transporte sedimentar é profundamente afectado O abastecimento sedimentar ao litoral começa a diminuir drasticamente
38 Graf Ocup 2
39 Graf Ocup 2 As actividades antrópicas começam a condicionar a evolução dos litorais oceânicos Abastecimento sedimentar quantidade Ocupação dos litorais oceânicos tempo
40 Foto praia ocupada
41 Foto praia ocupada O TURISMO DE MASSAS VULGARIZOU-SE RAPIDAMENTE CONSTITUINDO UM DOS FENÓMENOS SÓCIO-ECONÓMICOS MAIS IMPORTANTES, A NÍVEL MUNDIAL, NA 2ª METADE DO SÉCULO XX
42 balneário
43 balneário surgem os grandes aglomerados urbanos (marcados por forte sazonalidade) nos litorais oceânicos
44 VA1019
45 VA1019 A ocupação do litoral processou-se com grande rapidez não havia experiência suficiente neste novo tipo de ocupação do território, nem das problemáticas socioeconómicas associadas Até meados do século XX o conhecimento científico dos processos costeiros era bastante limitado os organismos de gestão não tiveram tempo nem capacidade para se adaptarem à nova realidade
46 VA346 Praia de Faro
47 VA346 Mesmo muitas das zonas de risco muito elevado Praia de Faro foram indiscriminadamente ocupadas!
48 Azenhas do Mar Evolução
49 Evolução Início do séc. XX anos 40 anos 60 anos 80 Azenhas do Mar
50 Graf Ocup 3
51 Graf Ocup 3 As actividades antrópicas fazem com que muitos litorais oceânicos entrem em colapso Abastecimento sedimentar quantidade Ocupação dos litorais oceânicos tempo
52 destruições
53 A situação actual é muito preocupante destruições sendo mesmo crítica quando se consideram os efeitos da Modificação Climática Global (Global Change)
54 Que que fazer? fazer?
55 Funcionamento Abastecimento Sedimentar Transporte Sedimentar Costeiro As praias nascem nas montanhas
56 Funcionamento Informar / Sensibilizar a Sociedade Abastecimento Sedimentar Transporte Sedimentar Costeiro As praias nascem nas montanhas
57 Funcionamento Informar / Sensibilizar a Sociedade dragagens Extracçã o de inertes Abastecimento Sedimentar barragens Esporões e outras estruturas Transporte Sedimentar Costeiro As praias nascem nas montanhas mas morrem no caminho para o mar
58 Ideias
59 Informar / Sensibilizar a Sociedade Ideias Realidade Legislativa vs Realidade Factual
60 Informar / Sensibilizar a Sociedade Ideias Realidade Legislativa vs Realidade Factual Direitos Adquiridos vs Direitos da População
61 Informar / Sensibilizar a Sociedade Ideias Realidade Legislativa vs Realidade Factual Direitos Adquiridos vs Direitos da População PINs vs (verdadeiro) Interesse Nacional
62 Informar / Sensibilizar a Sociedade Ideias Realidade Legislativa vs Realidade Factual Direitos Adquiridos vs Direitos da População PINs vs (verdadeiro) Interesse Nacional Monitorização Avulsa vs Monitorização Coerente
63 Informar / Sensibilizar a Sociedade Ideias Realidade Legislativa vs Realidade Factual Direitos Adquiridos vs Direitos da População PINs vs (verdadeiro) Interesse Nacional Monitorização Avulsa vs Monitorização Coerente Percepção do Perigo vs Cartografia de Riscos
64 futuro1
65 Em grande parte O Futuro do Turismo depende do Futuro do Litoral futuro1
66 Horta, Açores Neptuno Açores
67 Horta, Açores Neptuno Açores O Futuro do Litoral depende do respeito que tivermos pelos processos naturais
68 FIM J. Alveirinho Dias Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente Universidade do Algarve jdias@ualg.pt web page: w3.ualg.pt/~jdias
69 FIM J. Alveirinho Dias Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente Universidade do Algarve jdias@ualg.pt web page: w3.ualg.pt/~jdias
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