ALFABETIZAÇÃO ESTATÍSTICA NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA. GD12 Ensino de Probabilidade e Estatística

Transcrição

1 ALFABETIZAÇÃO ESTATÍSTICA NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA GD12 Ensino de Probabilidade e Estatística Ednei Leite de Araújo 1 Este trabalho apresenta a trajetória inicial de uma pesquisa de mestrado em andamento. O objetivo geral desse estudo é apresentar concepções de pesquisadores em Educação Matemática sobre a Alfabetização Estatística. Inicialmente, entramos em contato com alguns professores cadastrados no GT 12 da SBEM referente à disponibilidade em colaborar com esse estudo. Ao constatar que grande parte desses pesquisadores estariam na conferência satélite IASE, utilizamos esse ambiente para realizar entrevistas seguindo os procedimentos de pesquisa da História Oral. Durante o evento, foram realizadas 6 entrevistas e os colaboradores levantaram temas relevantes relacionados à Educação Estatística ao responder a nossa problemática, como por exemplo, tendências e novos desafios da Educação Estatística. Assim, esperamos que essa pesquisa possa contribuir para o avanço dessa ascendente temática. Palavras-chave: Educação Estatística; Alfabetização Estatística; História Oral Ideias iniciais A Estatística é uma ciência que se dedica ao desenvolvimento e ao uso de métodos para a coleta, resumo, organização, apresentação e análise de dados. (FARIAS, SOARES & CÉSAR, 2003, p. 6). No Brasil, a história do ensino de estatística está associada à formação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), criado no século XVII. Porém, apenas no final do século XVIII a estatística passa a ser ensinada, inicialmente, no treinamento de engenheiros militares, conforme aborda Carzola (2002). O surgimento da ideia de acrescentar a Estatística no ensino da matemática nas escolas ocorreu em 1970 na primeira conferência do Comprehensive School Mathematics Program, onde foi proposto que no currículo da matemática fossem incluídas noções de estatística e probabilidade desde o curso secundário. Os principais motivos que justificaram esta decisão foram: A relevância da probabilidade e da estatística em quase todas as atividades da sociedade moderna; Muitos estudantes, nas suas vidas futuras, usarão noções de probabilidade e estatística como instrumentos em suas profissões e, quase todos, terão que argumentar baseados na probabilidade e no raciocínio estatístico; A introdução da probabilidade e da estatística no currículo de matemática produzirá um forte efeito estimulante por ser um ramo dinâmico da matemática e por já ficarem evidentes suas aplicações. 1 Universidade Federal do Paraná, ednei.araujo@outlook.com, orientadora: Luciane Mulazani dos Santos.

2 Nos ensinos primário e secundário, o ensino de estatística estava inserido, geralmente, no final do programa da disciplina de matemática. Entretanto, segundo Carzola (2002), esta situação mudou fundamentalmente através da elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), em 1997, enfatizando o ensino de estatística da educação básica ao ensino secundário e esta mudança nos PCNs gerou condições para o surgimento das pesquisas em Educação Estatística, conforme abordam Lopes e Coutinho (2010). Nos PCNs (1997), o ensino de probabilidade e estatística está inserido no bloco denominado Tratamento da Informação. De acordo com o documento, estes assuntos possibilitam o desenvolvimento de pensamento e raciocínio críticos, desenvolvendo no aluno uma maior autonomia ao realizar previsões e tomar decisões. De acordo com os Parâmetros, o ensino de estatística na educação básica está fortemente ligado aos avanços de uma sociedade que, na maioria das vezes se comunica por meio de gráficos e tabelas, fazendo uso da estatística na saúde, em campeonatos de futebol etc.. Para que o cidadão possa compreender toda esta estatística presente no seu dia a dia, é necessário que alguns conceitos sejam trabalhados desde as séries iniciais. Desde 1982 o ISI (International Statistical Institute) tem organizado conferências internacionais sobre o ensino da estatística (ICOTS - International Conferences on Teaching Statistics). A partir da criação do IASE (International Association for Statistical Education), em 1991, como uma seção do ISI, todas as atividades de ensino em estatística foram aí concentradas, em particular a organização da ICOTS 6 que foi realizada na África do Sul em julho de 2002, com o tema Developing a statistically literate society, em que o público-alvo é a sociedade como um todo e não somente um subgrupo de educadores em estatística. Logo, o ambiente do IASE 2015 foi tomado como o local mais apropriado para entrevistar os pesquisadores, uma vez que o presente estudo visa a apresentar a Alfabetização Estatística tal como é relatada por alguns pesquisadores da Educação Matemática, integrantes do GT 12 da SBEM (Ensino de Probabilidade e Estatística). Logo, o problema de pesquisa consiste em investigar que concepções sobre alfabetização estatística os pesquisadores de Educação Matemática desenvolvem nas pesquisas voltadas para a Educação Estatística. Para tal, serão utilizados os procedimentos de pesquisa da História Oral para apresentar como as pesquisas nessa área avançaram nas últimas décadas, após a inserção dos conceitos de estatística na educação básica, evidenciando as vozes desses pesquisadores para identificar algumas transformações ocorridas ao longo de suas trajetórias profissionais e suas concepções de Alfabetização Estatística. Procedimentos da pesquisa Com o objetivo de captar na fala de pesquisadores cadastrados no GT12 da SBEM, as concepções sobre Alfabetização Estatística, foram realizadas 6 entrevistas no evento satélite durante o IASE 2015 (International Association For Statistical Education), que aconteceu de 22 a 24 de julho de 2015 no Rio de Janeiro, utilizando os procedimentos de pesquisa da da História Oral Temática, com base no referencial teórico do Grupo GHOEM (Grupo de Pesquisa História Oral e Educação Matemática da UNESP de Rio Claro).

3 De acordo com Meihy, a História Oral pode ser definida como Um recurso moderno usado para a elaboração de documentos, arquivamento e estudos referentes à vida social de pessoas. Ela é sempre uma história do tempo presente e também conhecida por história viva (MEIHY, 1996, p.13). Nesta perspectiva, os procedimentos de pesquisa da História Oral fazem parte desse trabalho uma vez que nosso objetivo consiste em evidenciar a história viva de cada colaborador no que diz respeito à Educação Estatística. Os procedimentos de pesquisa da História Oral possibilitam a compreensão de certo fenômeno por meio da oralidade, construindo narrativas a partir de situações de entrevista. De fato, as entrevistas estão presentes no desenvolvimento de pesquisa qualitativa há muito tempo. Porém, a entrevista realizada de acordo com os procedimentos da História Oral possui fundamentos historiográficos, constituindo fontes históricas com a intenção de captar coisas que não foram ditas antes e/ou que sempre foram ditas mas não estão registradas. De acordo com Garnica (2003), um dos pesquisadores atuantes do GHOEM, a História Oral se encontra com a Educação Matemática para organizar um fundante metodológico visando o levantamento de fontes que permitem a reconstrução de cenários a partir das vozes que refletem memórias dos entrevistados. Assim, nas entrevistas, o papel do pesquisador é ouvir, aceitar e respeitar as memórias dos colaboradores que aceitaram serem entrevistados, ou seja, o personagem principal não é o entrevistador. Logo, essa foi a postura adotada durante a realização das entrevistas com os colaboradores desse estudo. Basicamente, o processo da Historia Oral passa por três momentos. O primeiro momento é o da gravação, que tem fortes relações com equipamento, com qualidade, com disposição. Numa entrevista, o colaborador pode ficar inibido em consequência do dispositivo de gravação. Alguns pesquisadores usam gravador e outros usam vídeo. Conforme o tipo de equipamento, a pessoa pode sentir-se constrangida. Assim, durante as entrevistas foi utilizado um gravador portátil e discreto, deixado num lugar propício. O segundo momento consiste em transformar a fala daquilo que foi gravado em texto. Essa parte é chamada de transcrição e ela é cheia de técnica que varia conforme os objetivos da pesquisa. A transcrição é um processo obrigatório e de certo modo, muito exaustivo, pois nesse estudo, cada 10 minutos de gravação correspondem a aproximadamente uma hora de transcrição e ela é a base a partir da qual será realizada a textualização. Em resumo, o texto da transcrição tem que registrar o áudio. É o relato oral escrito de acordo com as entonações, pausas e vícios de linguagem, aproximando o texto o máximo possível do registro oral. O terceiro momento é o da textualização. A textualização é a transformação do texto da transcrição em um texto para ser lido. Não é mais um texto técnico do áudio que reproduz isso, mas ele é um texto com características literárias e acadêmicas. Textualização, então, é um texto para ser lido, que apresenta o discurso em uma narrativa mais coerente, apropriando-se da fala do entrevistado, conforme afirma Silva (2010)

4 A textualização que, por sua vez, passa por um processo de legitimação pelo entrevistado torna-se, neste caso, um novo objeto no sentido de que não se trata mais nem do que ocorreu no momento da entrevista, nem da transcrição do registro daquele momento para o qual o entrevistado produz novos significados ao ler e sugerir alterações e acréscimos. A textualização (em seu desenvolvimento) pode ser vista, assim, como um processo colaborativo entre aquele que quer se fazer entendido o entrevistado e aquele que almeja produzir um texto com os pensamentos do outro o pesquisador-entrevistado. (SILVA, 2010, p. 6). O processo de legitimação, de acordo com Garnica (2003), acontece em paralelo com a textualização, quando o texto retorna aos colaboradores para conferência e posterior cessão de direitos. Nesta etapa, o colaborador pode realizar alterações no texto antes da cessão de direitos, sugerindo supressões ou inserindo alguma informação que não foi explicitada no momento da entrevista. A escolha dos pesquisadores se deu após uma revisão de literatura sobre o estado da arte das pesquisas em Educação Estatística. Essa pesquisa preliminar se deu por meio de uma busca por teses e dissertações realizada no site da Capes, utilizando as seguintes palavras chaves: Educação Estatística; Ensino de Estatística; Ensino de probabilidade e estatística; Educação Estocástica. Conduzindo-nos a uma das pioneiras nos estudos nessa temática, a professora Drª. Cileda Coutinho, que foi a primeira entrevista registrada. Por meio da fala dessa pesquisadora, mais 5 professores participantes do evento também foram entrevistados. Sobre as entrevistas, os colaboradores e os resultados preliminares As entrevistas foram realizadas no IASE A Conferência Satélite IASE 2015 foi realizada no Rio de Janeiro, de 22 a 24 julho de 2015, pouco antes do 60º Congresso Mundial da Estatística, julho, também no Rio. A conferência Satélite IASE acontece a cada dois anos e reúne diversos pesquisadores de todo o mundo e do país onde acontece o evento para compartilhar conhecimentos e experiências na temática da Educação Estatística. O evento congrega especialistas, acadêmicos, profissionais e pesquisadores para discutir pontos de vista e abordagens relacionadas aos avanços da Educação Estatística. A seguir, é apresentado o perfil de cada colaborador desse estudo. Entrevista 1: Realizada em 22 de julho de h38min Drª Cileda de Queiroz e Silva Coutinho: Possui graduação em Licenciatura Plena em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1979), graduação em Bacharelado em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1978), mestrado em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1993) e doutorado em Didatica da Matematica - Université Joseph Fourier - Grenoble I (2001). Professora assistente doutor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no programa de Estudos Pós-graduados em Educação Matemática e no curso de Licenciatura em Matemática, modalidade a distância. Atua também na Universidade Católica de Santos como assessora técnica da Comissão Própria de Avaliação, grupo que coordena a

5 autoavaliação Institucional nesta universidade. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino-aprendizagem, educação estatística e financeira, formação de professores, livro didático. Participa (vice-coordenadora) do grupo de pesquisa Pea-mat, coordenado pelo prof. Dr. Saddo Ag Almouloud, no qual desenvolveu o projeto PEA-ESTAT, que trata especificamente do Ensino e da Aprendizagem da Estatística (Descritiva, Probabilidade e Inferencial) e da Combinatória, com financiamento da FAPESP. Ainda trabalha na análise dos dados coletados nesse projeto, hoje atualizado para um novo projeto, ainda na área de Educação Estatística mas incluindo Educação Financeira. Coordenadora do GT12-Ensino de Probabilidade e Estatística, pertencente à Sociedade Brasileira de Educação Matemática - SBEM, no período Entrevista 2: Realizada em 23 de julho de h13 Profª Drª Gilda Lisbôa Guimarães: Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo(1982), mestrado em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco(1994), doutorado em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco(2002), pós-doutorado pela Universidad de Burgos(2011) e pós-doutorado pela Université Laval(2013). Atualmente é Professor Efetivo da Universidade Federal de Pernambuco, Membro de corpo editorial da EM TEIA - Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana, Revisora de periódico da Bolema - Boletim de Educação Matemática (UNESP. Rio Claro. Impresso), Revisora de periódico da Ciências e Educação (ISSN ), Membro de corpo editorial do Educação Matemática em Revista (São Paulo), Revisora de periódico da Educar em Revista (Impresso), Revisora de periódico da EM TEIA Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana e Revisora de periódico do Educação Matemática em Revista (São Paulo). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem. Atuando principalmente nos seguintes temas: aprendizagem, gráficos/tabelas, classificação. Entrevista 3: Realizada em 23 de julho de h02 Profª. Drª. Irene Mauricio Cazorla: Doutora em Educação pela UNICAMP e Pósdoutora em Educação Matemática pela PUC-SP. Professora Plena da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, do Mestrado em Educação Matemática e de Licenciaturas. De 2011 a 2014 foi Diretora Geral do Instituto Anísio Teixeira (IAT), centro de formação de professores da Secretaria da Educação do Estado da Bahia e Vice-presidente do Fórum Permanente Estadual de Apoio a Formação Docente, Forprof-BA, que coordena a Política Nacional de Formação de Professores da Educação Básica na Bahia. É autora do livro "Tratamento da Informação para o Ensino Fundamental e Médio" e organizadora do livro "Do tratamento da Informação ao Letramento Estatístico". Foi Diretora da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, Regional Bahia, SBEM-BA de 2007 a 2013 e organizou quatro edições do Encontro Baiano de Educação Matemática e cinco edições do Fórum Baiano das Licenciaturas em Matemática. Faz parte do GT12: Educação Estatística da SBEM.

6 Entrevista 4: Realizada em 23 de julho de h22 Profº. Drº. Ailton Paulo de Oliveira Junior: Possui graduação em Ciências Estatísticas pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (1988), Licenciatura em Matemática pela Universidade Católica de Brasília (2005), Mestrado em Pesquisa Operacional pelo Instituto Militar de Engenharia (1991), Doutorado em Educação (Didática, Práticas Escolares e Técnicas de Ensino) pela Universidade de São Paulo (2003) e Pós-Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é professor do curso de Licenciatura em Matemática, do Programa de Pós-Graduação em Educação e do Programa de Pós- Graduação Latto Sensu em Geomática da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, vice coordenador do Mestrado Acadêmico em Educação da UFTM, coordenador do sub-projeto Matemática Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID, coordenador do projeto FAPEMIG: Tendências da pesquisa sobre Educação Estatística no Brasil e FAPEMIG/CAPES: Concepção e Prática de Professores das Séries Iniciais do Ensino Fundamental de Escolas em Uberaba no Triângulo Mineiro em Relação à Matemática e à Estatística. Coordenador do Grupo de Estudos em Educação Estatística e Matemática - GEEM, certificado junto ao CNPq. Entrevista 5: Realizada em 24 de julho de h57 Profª. Drª. Mauren Porciúncula Moreira da Silva: é técnica em Processamento de Dados pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS (1992), licenciada em Matemática pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG (1999), mestre em Engenharia Oceânica pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG (2001) e doutora em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2009). É professora de Estatística do Instituto de Matemática, Estatística e Física - IMEF da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Atua no Ensino de Graduação e Pós-Graduação de Estatística e Pesquisa e Extensão em Educação Estatística. Líder do Grupo de Pesquisa em Educação Estatística. Responsável pelo Laboratório de Estudos Cognitivos e Tecnologias na Educação Estatística - LabEst. Coordenadora do Programa de Extensão Letramento Multimídia Estatístico - LeME. Tutora do PET Conexões de Saberes Estatísticos - SabEst. Coordenadora da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP/RS-05. Coordenadora do Curso de Matemática - Licenciatura - FURG. Entrevista 6: Realizada em 24 de julho de h10 Profª. Drª. Lisbeth Kaiserlian Cordani: Bacharel e Licenciada em Matemática pela Universidade de São Paulo (1966), mestre em Estatística pela Universidade de São Paulo (1976) e doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (2001). É professora aposentada do Instituto de Matemática e Estatística da USP, desde Foi professora plena do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia de 1997 a Tem experiência na área de Estatística, tendo atuando principalmente nos seguintes temas:

7 modelos lineares, variáveis com erros de medida, parametrização ortogonal. Atualmente está envolvida em atividades ligadas a Educação Estatística e formação de professores da escola básica. Fez parte da diretoria e Conselho da Associação Brasileira de Estatística e da Região Brasileira (RBRAS) da Sociedade Internacional de Biometria. Foi membro do conselho internacional da International Biometric Society, atuou como correspondente da Região Brasileira da Sociedade Internacional de Biometria (RBRAS) e foi vice-presidente da International Association for Statistical Education (IASE). Na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência foi Secretária Geral (biênio ), 2a. Tesoureira (biênio ), reeleita 2a. Tesoureira (biênio ) e Conselheira ( ). No momento, a pesquisa encontra-se na etapa de textualização das entrevistas realizadas e já é possível identificar que alguns temas são convergentes, como por exemplo a concepção da Estatística como ciência e não como uma área da matemática e a constatação da falta de linhas de pesquisa focadas em Educação Estatística nos programas de pós-graduação em Educação Matemática. Já outras ideias se distanciam, como por exemplo o fato de que alfabetização e letramento são conceitos distintos. Referências BRASIL, Ministério da Educação Secretaria da Educação Básica. Elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização (1º., 2º. e 3º. anos) do ensino fundamental. Brasília, BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Fundamental, CARZOLA, I. M. A relação entre a habilidade viso-pictórica e o domínio de conceitos estatísticos na leitura de gráficos. Tese de doutorado. Campinas: UNICAMP. São Paulo FARIAS A., SOARES, J. & CÉSAR, C. Introdução à Estatística. Rio de Janeiro. LTC, FILLOS, L. M. A Educação Matemática em Irati (PR): memórias e história. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Educação, UFPR. Curitiba, GARNICA, A. V. M. História Oral e Educação Matemática: do inventário à regulação. ZETETIKÉ. Campinas: FE/CEMPEM. v.11, n.19, p LOPES, C. E.; COUTINHO, C. Q. S.; ALMOULOUD, S. A. (Orgs). Estudos e reflexões em Educação Estatística. São Paulo: Mercado de Letras, MEIHY, J. C. S. B., RIBEIRO, S. L. S. Guia Prático de História Oral Para Empresas, Universidades, Comunidades, Famílias. São Paulo: Contexto, 2011.

8 VIANNA, Carlos Roberto. Vidas e circunstâncias na educação Matemática. Tese de doutorado. Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo, março de p. SILVA, H. A História Oral como Instrumento no Desenvolvimento da Formação Inicial e Continuada de Professores de Matemática. Projeto de Pesquisa. Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2010.