Ilha. Cidadã. Tocando. os direitos. Edição II Ano I Novembro de 2015

Transcrição

1 Ilha Cidadã Edição II Ano I Novembro de 2015 Tocando os direitos 1

2 editorial Olá, leitor! A segunda edição do boletim Ilha Cidadã traz muitas novidades sobre a Ilha do Bispo. São muitos os projetos desenvolvidos pelas associações do bairro! A Corporação Musical Índio Piragibe desenvolve projeto musical com crianças e adolescentes (p. 3), assim como o projeto Tocando e construindo novos ritmos, da Arca (p. 8). A Arca também incentiva pequenos leitores com atividades de letramento (p. 6). A formação da rede da infância também não poderia ficar de fora! O projeto Ilha de Direitos capacita profissionais de diferentes área que atuam com crianças e adolescentes (p. 7). Os idosos também são contemplados pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (p. 4). Para realizar tantos projetos, as associações da Ilha do Bispo precisam se fortalecer. E é esse o objetivo do projeto Rumo ao Futuro (p. 5) Boa leitura! Foto-legenda Foto: Arquivo CDC Em uma demonstração prática do poder transformador da solidariedade, o Dia do Bem-Fazer foi realizado no dia 23 de agosto, impactando positivamente mais de pessoas da Ilha do Bispo. Mais de 350 voluntários, entre profissionais da InterCement e empresas parceiras, seus familiares e amigos, além de membros da comunidade, contribuíram para a melhoria de 8 locais da comunidade, fazendo com que os espaços se tornam mais adequados, agradáveis e seguros. Pautadas pelo slogan Quem faz hoje muda o amanhã, as ações foram oficialmente entregues e também incluíram atividades esportivas, recreativas, educativas e culturais para envolver a comunidade beneficiada e espalhar a mensagem de que, com a união de todos, um futuro mais positivo, justo e de oportunidades para todos é possível. expediente Este boletim faz parte do projeto Comunica CDC, realizado pelo Instituto InterCement e InterCement Brasil, em parceria com a Oficina de Imagens. Instituto InterCement Diretora Executiva: Carla Duprat Superintendente: Jair Resende Coordenador de Investimento Social: Flávio Seixas Analista Regional Nordeste: Aristides Gusmão dos Santos Neto Contato: institutointercement@intercement.com Comitê de Desenvolvimento Comunitário de João Pessoa: Associação Comunitária, Associação Recreativa Cultural e Artística (Arca), Cras Ilha do Bispo, Crei Maria José de Miranda Burity, Escolas Municipais de Ensino Fundamental Frutuoso Barbosa, José Peregrino de Carvalho e Raul Machado, Pastoral da Criança, Secretaria de Saúde (IV Regional) e Unidade de Saúde da Família da Ilha do Bispo (IV Regional) Oficina de Imagens Diretor Institucional: Adriano Guerra Edição: Gabriella Hauber e Bárbara Pansardi Site: Projeto Gráfico: Ronei Sampaio Diagramação: Gabriella Hauber e Anna Cláudia Pinheiro Foto da capa: Divulgação Instituto Camargo Corrêa Impressão: Gráfica Formato Tiragem: exemplares 2

3 Perfil Corporação Musical Índio Piragibe desenvolve projeto com crianças e adolescentes da Ilha do Bispo Além de ensinar música, as aulas também buscam desenvolver hábitos disciplinares, responsabilidade e autoestima Por Sandra Helena Fabião de Araújo Freitas, Assistente Social Foto: Alams Calaça Apresentação da Corporação Índio Piragibe no Desfile Cívico de 2015, na Ilha do Bispo A Corporação Musical Índio Piragibe (CMIP) surgiu com a ideia inovadora de agregar valores musicais ao ritmo dos instrumentos e da dança, valorizando a expressão artístico-cultural. O objetivo é dar oportunidade a crianças e adolescentes da comunidade da Ilha do Bispo a ter um contato maior com a música. A corporação oferece aulas gratuitas e jáalcança 100educandos atualmente, entre crianças e adolescentes, de ambos os sexos distribuídos no corpo musical e coreográfico. Ainda recém-nascido, pois foi criado em julho de 2015, o projeto cresce consideravelmente a cada dia. Seu principal objetivo é agregar jovens aos projetos da Associação Comunitária Índio Piragibe, tirando-os dos grupos de risco e da ociosidade, através do desenvolvimento de hábitos disciplinares, responsabilidade, autoestima, sensibilidade e a frequência assídua na escola regular de ensino. As aulas são ministradas nas terças, quintas e sábados, no horário de 14h às 20h, dividido em duas turmas distintas para crianças e adolescentes, com duração de 3h por turma. A proposta, além de integrar e socializar os envolvidos, é também desenvolver princípios de solidariedade, amizade e cooperação entre os componentes. A CMIP, embora ainda recente, tem realizado brilhantes apresentações e participação em campeonatos. Sem fins lucrativos, a Corporação Musical Índio Piragibe desenvolve na comunidade um trabalho cultural e social, na formação de jovens músicos. Segundo Wellington Fideles, de 15 anos, aluno da CMIP, participar das aulas fez toda a diferença para sua vida. A Corporação pra mim é meu futuro, pois aqui eu aprendo várias coisas, como aprimorar minhas habilidades, faço novas amizades e mudei meu comportamento em relação a minha família. No futuro penso em ser um trompetista famoso, afirma. 3 3

4 Políticas Públicas Projeto na Ilha do Bispo busca melhorar a qualidade de vida dos idosos Cras da região oferece o Serviço de Convivência e Fortalecimento de vínculos para maiores de 60 anos com diversas atividades Por Gilmara A. Maciel e Thamara A. Bernardino Chaves, técnicas do Cras Foto: Arquivo CDC Participantes de projeto do Cras da Ilha do Bispo vistiam a Fazenda da Graça O serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoas Idosas compõe a política pública de Assistência Social, sendo assim destinado à população que dela necessita. Está constituído como um serviço de proteção social básica, especificamente no Centro de Referência da Assistência Social (Cras), que visa a prevenção de riscos sociais, a universalização de acesso aos direitos para toda a população potencialmente usuária, a promoção da autoestima, a integração em diferentes ambientes, o resgate da autonomia por meio de atividades. Tudo isso objetivando o favorecimento de uma melhor qualidade de vida à pessoa idosa. O território da Ilha do Bispo conta com uma rede socioassistencial atuante e empenhada em contribuir para a construção de ações sociais que beneficiam toda comunidade, entre elas, estão passeios, palestras, orientações sobre os direitos do idoso, dinâmicas motivacionais, atividades culturais e esportiva. Com o intuito de melhorar o atendendimento aos idosos, o Dia do Bem-Fazer de 2015 contemplou a unidade do Cras com uma melhoria na estrutura de uma sala e. Assim, fomentar um qualificado aos usuários. O Cras atua em consonância com o Estatuto do Idoso, sendo importante ressaltar o seu Art 3 : é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do seu direito. Por fim, informamos que as atividades voltadas para a terceira idade, por meio do grupo Vida Nova, acontecem no Cras, duas vezes por semana, no período da manhã das 08h às 10h. 4 Foto: Arquivo CDC

5 Políticas Públicas Foto: Arquivo CDC Projeto Rumo ao Futuro colabora com o desenvolvimento institucional de associações Por meio do Planejamento Estratégico Participativo, projeto fortalece as associações da Ilha do Bispo com discussões sobre suas forças e fragilidades Por Vivianne Sousa, da ONG Amazona Foto: Arquivo ONG Amazona/Projeto Rumo ao Futuro Projeto Rumo ao Futuro realiza planejamento estratégico com associações da Ilha do Bispo O projeto Rumo ao Futuro, executado pela ONG Amazona e realizado pelo Instituto InterCement na Comunidade da Ilha do Bispo, tem como propostas ampliar a oferta de qualificação sócio-profissional para jovens. A iniciativa busca incentivar e fomentar a inserção no mercado de trabalho e o empreendedorismo e tem desenvolvido a metodologia do Planejamento Estratégico Participativo com a Associação Comunitária Índio Piragibe e a Associação Recreativa Cultural e Artística (Arca). Esse processo tem como objetivo o desenvolvimento e o fortalecimento institucional dessas organizações sociais de base, a partir de uma avaliação sobre suas forças e suas fragilidades e o direcionamento para o planejamento estratégico de suas ações pensando sua missão enquanto entidade social e política. O Planejamento Estratégico Participativo tem sido realizado durante o ano de 2015 através de etapas que reúnem os membros, diretores, sócios e colaboradores das associações. Nesses momentos foi possível compartilhar a história, o surgimento, os desafios, os avanços e os impactos sociais e políticos dessas organizações locais, assim como seu papel diário na vida dos moradores e moradoras da Ilha do Bispo. Após as etapas de planejamento estratégico, será realizado o monitoramento a partir do acompanhamento e assessoria para o desenvolvimento organizacional. O objetivo é o pleno fortalecimento das associações da Ilha do Bispo, que com autonomia e competências sociais possam captar recursos para o desenvolvimento das atividades propostas e a consolidação das práticas políticas em busca de uma sociedade justa e fraterna. Atualmente estão sendo executados o curso de instalador encanador predial, na Arca, e o curso de operador de caixa, na Associação Comunitária Índio Piragibe, ambos no turno da tarde. 5

6 Em dia com a Rede O desenvolvimento do prazer pela leitura faz importantes mudanças na vida de uma criança Ações e atividades de leitura e contação de histórias desenvolvidas pela Arca estimulam o letramento de crianças da Ilha do Bispo Por Maria Danielle da Conceição, educadora de Letramento da Arca Quando a criança se encanta pela leitura, o novo mundo se abre, a imaginação toma conta e viagens se iniciam. É dessa forma que as ações e atividades de leitura realizadas na Associação Recreativa Cultural e Artística (Arca) estimulam os pequenos leitores. Apesar das dificuldades de algumas crianças em ler e escrever, é possível perceber o quanto elas contemplam essa vivência de encantamento com os livros. A Arca tem o letramento como uma de suas atividades para as crianças e os adolescentes da Ilha do Bispo, que acontecem de segunda a quinta, nos turnos da manhã e da tarde. Essa proposta visa despertar o hábito da leitura e o melhoramento da escrita, através da realização das oficinas de produção textual. As oficina são realizadas a partir da realidade do público atendido, tendo o cotidiano de cada um/a, com suas vivências, emoções e habilidade dando forma aos textos. Também são desenvolvidas rodas literárias, contação de história e manuseio com o livro, estimulando a capacidade de construir e visualizar fantasia que possibilitem uma maior aprendizagem dessa infância. Os resultados e efeitos dessas ações são mensurados a partir do interesse em pegar livros emprestados para a leitura em casa e as motivações de comentar a sua leitura para os demais coleguinhas de maneira coletiva. Essas ações se consolidam a partir da articulação em rede onde a instituição compõe o Pólo de Leitura na Rede da Paraíba, juntamente com as instituições dentro de um recorte territorial da Região Metropolitana de João Pessoa, onde atuam a Biblioteca Livro em Rodas, as Aldeias Infantis SOS Brasil - Paraíba, a Casa Pequeno Davi, a Escola Viva Olho do Tempo, a Escola Assis Chateaubriand e a Casa dos Sonhos. Dessa forma, acreditamos que fomentar o surgimento e o crescimento do número de pequenos leitores contribui na construção de uma educação de qualidade e na formação de uma sociedade leitora. Atividades da Associação Arca incentiva o gosto pela leitura entre crianças e adolescentes Foto: Arquivo Arca 6

7 Em dia com a Rede A formação em cidadania e direitos humanos: cuidando do cuidador Projeto Ilha de Direitos, na Ilha do Bispo, incentiva e fomenta o trabalho em rede para o atendimento adequado à primeiríssima infância Por Cristiane Freire e Patrícia Sony, da Casa Pequeno Davi Foto: Arquivo Casa Pequeno Davi Uma das estratégias do projeto Ilha de Direitos é a capacitação de profissionais que fazem parte da rede da infância É desenvolvido na Ilha do Bispo o projeto Ilha de Direitos, realizado pela Casa Pequeno Davi, em parceria com a Rede Sócio-Assistencial e apoio pelo Instituto InterCement. O projeto enfatiza a importância do trabalho em rede, garantindo ações junto aos serviços locais e profissionais. O projeto tem o intuito de aperfeiçoar o atendimento à primeiríssima infância na comunidade da Ilha do Bispo, como também fomentar a responsabilização do poder público, contribuindo para efetivação de políticas voltadas à primeira infância. Nesta perspectiva, são realizadas atividades complementares, como formação em cidadania, massagem para bebês (shantala), contação de história, conversa com doulas, biodança e pilates. Dentre as diversas ações do projeto, a Formação Cidadania e Dirietos Humanos é uma das estratégias adotadas para fortalecer e capacitar cerca de 30 profissionais que fazem parte da rede e atuam nas áreas de Saúde, Educação e Assistência social e nas associações que desenvolvem atividades e atendimentos junto à primeiríssima infância, como Arca, Índio Piragibe, Amazona e Pastoral. Para a educadora social da Arca, Mônica da Silva, as formações têm sido proveitosas. A formação está contribuindo na minha vida pessoal e profissional, com instrução, dedicação e formação, através de aprendizado sobre nossos direitos para melhorar a qualidade de vida da comunidade, conta. São realizados encontros mensais na última sexta-feira de cada mês, na sede do Cras. Utiliza-se da metodologia participativa, enfatizando os princípios criativos, igualitários e o saber popular de cada um/a. Hás um calendário temático que trata de conteúdos relativos ao cuidado com a saúde da mãe e do bebê. Alguns temas já foram debatidos, tais como as relações de gênero; família e suas diversidades; abuso e exploração sexual; a importância da família na gestação; e pré-natal. Há ainda a previsão de discussão de outros temas até final do projeto, como amamentação; direitos da gestante e do bebê; paternidade responsável; e carregadores de bebês. 7

8 Educação e Cultura A partir do contato com a música, o ritmo da vida de crianças, adolescentes e jovens pode mudar para melhor É assim que o projeto Tocando e construindo novos ritmos faz sua intervenção na comunidade da Ilha do Bispo Por José Geraldo de Aguiar Silva, coordenador da Arca Foto: Arquivo Arca Banda Marcial da Arca oferece formação musical, além de atividades de dança, inclusão digital e formação profissionalizante O projeto Tocando e construindo novos ritmos é uma iniciativa da Arca, que visa possibilitar um novo rumo a vida de crianças, adolescentes e jovens que vivem na ociosidade e fortalecer a caminhada daqueles que vislumbram um futuro com mais oportunidades. As atividades do projeto acontecem de terça a sexta no turno da tarde e proporcionam a inserção social e cultural através do fomento à musicalidade da juventude do bairro e adjacências. Na região, há um índice altíssimo de envolvimento de adolescentes e jovens no percurso das drogas, seja através do consumo ou por meio do tráfico. A Banda Marcial da Arca (Bandarca) é o espaço atrativo onde os envolvidos têm formação na área musical e aprendem o manuseio dos instrumentos de sopro e percussão. Os membros do projeto também participam das atividades de dança do corpo coreográfico, além de encontros socioeducativos, de inclusão digital e formação profissionalizante. O conjunto das atividades contribui para o crescimento pessoal e funciona como instrumento de multiplicação das ações para a família e para a comunidade onde crianças, adolescentes e jovens residem, fomentando valores para uma cultura de paz. realização: parceria: 8