RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PESQUISA
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- Maria das Dores Chaplin da Mota
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1 RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PESQUISA Projeto Agrisus No: 779/11 Título da Pesquisa: Influência do uso da terra sobre o funcionamento do solo e na sustentabilidade dos sistemas agroextrativistas da Amazônia Oriental Interessado (Coordenador do Projeto): Miguel Cooper Instituição (com endereço, tel e ): Avenida Pádua Dias, 11 - Piracicaba/SP - CEP (19) siesalq@esalq.usp.br Local da Pesquisa: Projeto de Assentamento Agroextrativista Praialta Piranheira, Nova Ipixuna, Sudeste do Pará. Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 4.200,00 Vigência do Projeto: a RESUMO DO RELATÓRIO O comportamento que o solo apresenta sob diferentes tipos de uso, é resultado do manejo aplicado sobre ele, bem como do seu material de origem. É objetivo deste trabalho fazer uma caracterização físico-hídrica espacial dos solos sob vegetação nativa e pastagens numa área de agricultura familiar; analisando as características existentes, a fim de criar cenários de sistemas de produção diversificados adaptados ao relevo e ao tipo de solo, respeitando a legislação ambiental, e proporcionem dados que norteiem as intervenções dos atores locais, bem como direcionem o uso de recursos financeiros que sejam destinados ao projeto de assentamento. Este relatório diz respeito à primeira viagem realizada para instalação dos equipamentos, a fim de fazer as coletas de solo e instalação dos equipamentos, como primeiro passo para se realizar o objetivo principal desta pesquisa. 1. INTRODUÇÃO A agricultura familiar tem sido apontada como uma das grandes modificadoras da cobertura vegetal amazônica. Embora os pequenos agricultores sejam responsáveis por apenas 30% do
2 desmatamento, a intensidade das práticas nas áreas ocupadas por estes, é maior que a dos grandes proprietários (Fearnside, 1994; Hurtienne, 2005). O sul e sudeste do Pará concentravam 443 assentamentos agrários no ano de 2006 (Navegantes Alves, 2006). Esse território possui a agricultura familiar como categoria social mais representativa, considerado recentemente pela política de desenvolvimento agrário do Governo Federal (Silva & Martins, 2008). Mas um agravante dessa concentração é que segundo estudos de Steeg et al. (2003), esta área está localizada onde existe grande limitação dos solos quando comparados à média nacional, onde 64% dos projetos de assentamentos (PAs) se concentram em solos com condições inferiores considerando profundidade de enraizamento, capacidade de retenção de água, disponibilidade de nutrientes e susceptibilidade à erosão. Devido isto, estudos que busquem uma forma dinâmica de utilização sustentável destes solos é uma necessidade latente, pois o desconhecimento desta qualidade deficiente influencia de forma direta nas decisões tomadas pelos pequenos agricultores, que tendem a avançar nas áreas de floresta em busca de melhores solos para produção, ao invés de promover uma diversificação dos sistemas de cultivo e criação, ou de buscar manejos que agridam menos o solo e o meio como um todo. Este trabalho se propõe a formular novos cenários de uso do solo a fim de direcionar ações que resgatem características semelhantes aos solos de floresta que preservam a estrutura natural e desempenham seus serviços ecossistêmicos. 2. MATERIAIS & MÉTODOS O local estudado é na Amazônia Oriental, em um projeto de assentamento localizado no Sudeste do Pará, o Agroextrativista Praialta Piranheira (Nova Ipixuna/PA) entre as coordenadas: 04º45'00" a 04º58'11"S e 49º15'02" a 49º25'21"W, distando, aproximadamente 573 km da capital Belém. Foram instalados equipamentos que monitoram o comportamento físico-hídrico do solo. A primeira viagem a campo foi feita no mês de março de 2011 para coletas de solo e a instalação de equipamentos. Coletas de solo Foram feitas descrições de perfis e coletas de solo deformadas e indeformadas. As amostras deformadas foram coletadas para realização de: Análise química de rotina: ph, Al Ca, Mg, K, P e matéria orgânica. Análises físicas: densidade do solo, granulometria. Mineralogia. Calibração do equipamento de medição de umidade do solo. As amostras indeformadas possibilitarão fazer as: Análises micromorfológicas.
3 Curva de retenção de água no solo. Retratrometria Figura 2. Agregados de solo, com nódulos de Fe e quartzo. Figura 1. Perfil sob pastagem em parte intermediária do relevo. Figura 3. Amostras indeformadas para análises micromorfológicas. Instalação dos equipamentos Estações meteorológicas: medição de velocidade do vento, umidade do ar, radiação solar, pluviosidade. Pluviógrafos. WCR (Water Content Reflectometer) Piezômetros
4 Figura 5. Estação meteorológica instalada em pastagem. Figura 4. Instalação dos sensores monitoramento de umidade do solo. Figura 7. Piezômetro instalado na floresta. de Figura 6. Medida de infiltração em solo sob floresta. 3. CONCLUSÕES A presente solicitação teve por objetivo a obtenção de recursos para primeira viagem de campo, realizada no período de 10 a 20 de março de 2011, bem, como para os gastos ocorridos relacionados a esta viagem, antes e depois, de sua ocorrência. O financiamento viabilizou a instalação dos equipamentos e as coletas feitas para análises químicas, físicas, micromorfológicas, como material para abastecimento dos modelos matemáticos, que contribuirão para a formulação de novos cenários da paisagem amazônica. Agradeço a Fundação AGRISUS pelo apoio financeiro, sem o qual dificultaria a realização desta primeira parte do projeto.
5 4. COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS Após o término do trabalho, o nome da Agrisus aparecerá como um dos financiadores de parte do projeto, em todos os locais onde este trabalho for publicado e/ou divulgado. 5. DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO AGRISUS Valor solicitado: R$ 6.200,00 Valor aprovado: R$ 4.200,00 (prestação de contas já realizada) DATA E NOME DO COORDENADOR Observações: a) Prazos de entrega: indicados no TERMO DE OUTORGA b) Enviar uma cópia digital, via , e duas cópias impressas. 6. Outros materiais como vídeos, Cds, programas, etc deverão ser enviados em duplicata. 7. LITERATURA CONSULTADA FEARNSIDE, P.M. Biomassa das florestas amazônicas brasileiras, In.: Seminário Emissão e Seqüestro de CO2: uma nova oportunidade de negócios para o Brasil. Porto alegre. Anais. CVRD, Rio de Janeiro. p HURTIENNE, T. Análise socioeconômica dos sistemas de uso de terra por pequenos produtores agrários na Amazônia Oriental. Novos Cadernos NAEA, v. 7, n. 2, p , SILVA, L. M. S.; MARTINS, S. R. Limites do PRONAF para a sustentabilidade da agricultura familiar: peculiaridades na porção Sudeste do Pará, Disponível em: - Acesso em 17 de abril de 2011, às 14h38min. STEEG, J. van de. et al. Os assentamentos inseridos no contexto nacional. In: SPAROVEK, G. A qualidade dos assentamentos de reforma agrária brasileira. São Paulo: Páginas & Letras, pp Disponível em: < Acesso em: 19 de abril de 2011, às 20h08min.
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