ATA DO XXXVI FONAJE - FÓRUM NACIONAL DE JUIZADOS ESPECIAIS. "Inovações nos Juizados Especiais"

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1 ATA DO XXXVI FONAJE - FÓRUM NACIONAL DE JUIZADOS ESPECIAIS "Inovações nos Juizados Especiais" Belém/PA, 26 a 28 de novembro de 2014 Às dezenove horas e quarenta minutos do dia vinte e seis de dois mil e quatorze, no Complexo São José Liberto, na cidade de Belém/PA, iniciou-se a Cerimônia de Abertura do Trigésimo Sexto Fórum Nacional de Juizados Especiais. Os presentes foram convidados a prestigiar a apresentação do Grupo Menestrel (de Sheakspeare). Foram chamados para compor a mesa de honra a Desembargadora Luiza Nadja Guimarães Nascimento, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará; o Doutor Rui Ramos Ribeiro, Desembargador do Tribunal de Justiça do Mato Grosso e Coordenador da Região Centro-Oeste da Corregedoria Nacional de Justiça, representando a Ministra Nancy Andrighy; o Doutor Milton Augusto de Brito Nobre, Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Pará; o Doutor Manoel Santinho do Nascimento Junior, Procurador-Geral do Estado, em exercício; a Doutora Diracy Nunes Alves, Desembargadora e Coordenadora dos Juizados Especiais do TJPA; o Doutor Mario Roberto Kono de Oliveira, Juiz de Direito e Presidente do Fórum Nacional de Juizados Especiais; o Doutor Gilberto Alves de Araújo, advogado, neste ato representando o Presidente da Seção do Pará; o Dr. João Ricardo dos Santos Costa, Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros; a Sra. Carla Martins, Vice-prefeita de Belém; e o Juiz de Direito Ricardo Cunha Chimenti, Presidente da Comissão Legislativa do FONAJE. Após, foi executado o hino nacional, interpretado pela cantora Diane Darwich. Em seguida, o Presidente do FONAJE, Dr. Mario Roberto Kono de Oliveira, agradeceu a presença de todos, deu as boas-vindas aos presentes, enfatizou o prazer de rever os colegas e desejou que todos contribuam com suas inovações, a fim de engrandecer o Sistema dos Juizados Especiais do Brasil (Anexo 1). Dada a palavra à Coordenadora dos Juizados Especiais do TJPA, Desembargadora Diracy Nunes Alves, esta externou a honra e a satisfação de receber os participantes do FONAJE, relatou brevemente a história da cidade-sede e destacou a importância do Sistema dos Juizados Especiais (Anexo 2). Passada a palavra à Desembargadora Luzia Nadja Guimarães do Nascimento, ela agradeceu o privilégio de sediar o Fórum Nacional de Juizados Especiais, destacou a importância deste Fórum, deu as boas-vindas aos participantes e destacou a importância da Justiça para o bem-estar da população. Ao final manifestou a importância do tema escolhido para o XXXVI encontro, uma vez que a tecnologia atual alterou sobremaneira a forma de atuação da Justiça. Ao final, teceu algumas palavras sobre o Estado do Pará (Anexo 3). Em seguida, o Grupo Percussão da Terra tocou o Hino do Estado do Pará. Desfeita a mesa, foi apresentado vídeo institucional produzido especialmente para o XXXVI FONAJE. Na sequência, logo após a leitura de seu currículo pela cerimonialista, o Professor Doutor José Henrique Mouta proferiu palestra sobre a Inovações do Projeto do Novo CPC e Reflexos no Sistema dos Juizados Especiais (Anexo 4). Na sequencia, os participantes foram convidados a prestigiar apresentações culturais, encerrando-se as atividades. No dia vinte e sete de novembro de 2014, às nove horas e trinta minutos, no auditório do Hotel Crowne Plaza, formou-se a mesa com a participação da Desembargadora Diracy Nunes Alves (TJPA), do Juiz de Direito Mario Roberto Kono de Oliveira (TJMT), do Desembargador Rui Ramos de Oliveira (TJMT), neste ato representando a Ministra Nancy Andrighi, e do Juiz João Ricardo dos Santos Costa, presidente da AMB. O Desembargador Rui Ramos de Oliveira agradeceu a oportunidade de participar deste evento e destacou o trabalho de descentralização da Corregedoria Nacional de Justiça. Após a leitura do currículo do palestrante, o Juiz João

2 Ricardo dos Santos Costa iniciou a exposição da palestra cujo tema foi A complexidade do litígio contemporâneo (Anexo 5). Ao final, foi dada a oportunidade para que os presentes fizessem perguntas. Em seguida, a Diretoria do FONAJE apresentou dados relativos à gestão O Doutro Mario Roberto Kono de Oliveira agradeceu à equipe, prestou homenagem póstuma aos Desembargadores do TJSC Carlos Alberto Silveira Lenzi e Victor José Sebem Ferreira - que intitulou como Homenagem Manoel Soares de Souza (TJPI), um dos pioneiros na atuação do Sistema dos Juizados Especiais também falecido, e repassou a palavra ao Juiz de Direito Ricardo Cunha Chimenti (TJSP) para manifestação quanto às legislações com influência no Sistema dos Juizados Especiais. A seguir, o Doutor Marcos Alexandre Bronzatto Pagan (TJSP) relatou sobre a parceria do FONAJE com a Senacon. Após, foram realizadas rápidas apresentações de inovações de sucesso, nesta ordem: do TJPA - Mutirão Remoto: Juiz Remoto, Desembargadora Diracy Nunes Alves e Cristiano Arantes e Silva; do TJSC - Polícia Pacificadora e Projeto Necrim, Décio Menna Barreto de Araújo Filho; Instrumento de Gestão para os Juizados Especiais da Fazenda Pública, Davidson Jahm Mello; e, por fim, do Ministério da Justiça Política Nacional sobre Drogas, Sr. Robson Robin da Silva. Às quatorze horas e trinta minutos, após o intervalo para almoço, procedeu-se à separação dos Grupos de Trabalhos Temáticos, assim divididos: GRUPO 1 - CÍVEL (juízes facilitadores: Fábio Benezi Póvoa e Ana Patrícia Nunes Alves Fernandes); GRUPO 2 - CRIMINAL (coordenadora, Dra. Cláudia Regina Moreira Favacho Moura; secretário, Prócio Barreto da Rocha Klautau Filho); GRUPO 3 - FAZENDA PÚBLICA (juízes facilitadores: Vanessa Barbosa Figueiredo e Cláudio Hernandes Silva Lima); GRUPO 4 - TURMAS RECURSAIS E UNIFORMIZAÇÃO ESTADUAL (juízes facilitadores Márcia Cristina Leão Murrieta e Maxney do Rosário Cabral). Os grupos discutiram os temas respectivos (cujas conclusões foram apresentadas no dia seguinte, conforme abaixo). No dia vinte e oito de novembro de 2014, às nove horas e cinquenta minutos, a plenária passou à discussão e à votação dos enunciados. GRUPO 1 - CÍVEL. Foram apresentadas e votadas as seguintes matérias: 1. Proposta de alteração do Enunciado 135: ENUNCIADO 135 (substitui o Enunciado 47) O acesso da microempresa ou empresa de pequeno porte no Sistema dos Juizados Especiais depende da comprovação de sua qualificação tributária atualizada e documento fiscal referente ao negócio jurídico objeto da demanda, com observância dos requisitos do art. 3º, 4º, da LC 123/2006. PROPOSTA REJEITADA, POR MAIORIA. 2. Proposta de revogação do Enunciado 37: Em exegese ao art. 53, 4º, da Lei 9.099/1995, não se aplica ao processo de execução o disposto no art. 18, 2º, da referida lei, sendo autorizados o arresto e a citação editalícia quando não encontrado o devedor, observados, no que couber, os arts. 653 e 654 do Código de Processo Civil (nova redação - XXI Encontro Vitória/ES). PROPOSTA REJEITADA, POR MAIORIA. GRUPO 2 FAZENDA PÚBLICA. Foram apresentadas e votadas as seguintes matérias: 1. Proposta de modificação do Enunciado 139: A exclusão da competência do Sistema dos Juizados Especiais quanto às demandas sobre direitos ou interesses difusos ou coletivos, dentre eles os individuais homogêneos, aplica-se tanto para as demandas individuais de natureza multitudinária quanto para as ações coletivas. Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil coletiva, remeterão peças ao Ministério Público e/ou à Defensoria Pública para as providências cabíveis. PROPOSTA APROVADA, POR UNANIMIDADE. GRUPO 3 - CRIMINAL. Foram apresentadas e votadas as seguintes matérias: 1. Propostas de cancelamento de enunciados: 1.1 ENUNCIADO 56 Os Juizados Especiais Criminais não são competentes para conhecer, processar e julgar feitos criminais que versem sobre delitos com penas superiores a um ano ajuizados até a data em vigor da Lei /01 ; PROPOSTA APROVADA, POR UNANIMIDADE. 1.2 ENUNCIADO 79 - É incabível o oferecimento de denúncia após sentença homologatória de transação penal em que não haja cláusula resolutiva expressa, podendo constar da proposta que a sua homologação

3 fica condicionada ao prévio cumprimento do avençado; o descumprimento, no caso de não-homologação, poderá ensejar o prosseguimento do feito. PROPOSTA APROVADA, POR UNANIMIDADE (em razão da recente Edição da Súmula Vinculante 35 do STF). 2. Proposta de novo enunciado: ENUNCIADO 125: É cabível, no Juizado Especial Criminal, a intimação por edital da sentença penal condenatória, quando não localizado o réu. PROPOSTA APROVADA, POR UNANIMIDADE. GRUPO 4 - TURMAS RECURSAIS E UNIFORMIZAÇÃO ESTADUAL; E GESTÃO E INOVAÇÕES. Foram apresentadas e votadas as seguintes matérias: 1. Proposta de cancelamento do Enunciado 103: ENUNCIADO 103: O relator, nas Turmas Recursais Cíveis, em decisão monocrática, poderá dar provimento a recurso se a decisão estiver em manifesto confronto com Súmula do Tribunal Superior ou Jurisprudência dominante do próprio juizado, cabendo recurso interno para a Turma Recursal, no prazo de 5 dias. PROPOSTA REJEITADA, POR MAIORIA. Propostas de alteração de enunciados: 1.1 ENUNCIADO O Relator, nas Turmas Recursais Cíveis, em decisão monocrática, poderá dar provimento a recurso se a decisão estiver em manifesto confronto com Súmula do Tribunal Superior ou Jurisprudência dominante da própria Turma Recursal ou Turma de Uniformização, cabendo recurso interno para a Turma Recursal, no prazo de 5 dias. PROPOSTA APROVADA, POR UNANIMIDADE. 1.2 (preliminarmente foi rejeitada, por maioria, a análise em plenária de alteração não-aprovada no grupo; após, foi analisada a proposta de alteração) ENUNCIADO O relator, nas Turmas Recursais Cíveis, em decisão monocrática, poderá negar seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em desacordo com Súmula ou jurisprudência dominante das Turmas Recursais ou da Turma de Uniformização ou ainda de Tribunal Superior, cabendo recurso interno para a Turma Recursal, no prazo de cinco dias PROPOSTA APROVADA, POR UNANIMIDADE. Em seguida, o Doutor Mario Roberto Kono de Oliveira (TJMT) agradeceu a calorosa recepção e a qualidade do evento de Belém. Prosseguindo com os trabalhos, promoveu-se a eleição para a gestão Foi apresentada chapa única, aprovada por aclamação, cuja composição é a seguinte: DIRETORIA - Gustavo Alberto Gastal Diefenthäler (TJRS), Presidente do Fonaje; Janice Goulart Garcia Ubialli (TJSC), Vice-presidente; Maria do Carmo Honório (TJSP), Secretária-Geral. COMISSÃO LEGISLATIVA - Ricardo Cunha Chimenti (TJSP), Presidente; Marcos Alexandre Bronzatto Pagan (TJSP), Secretário. Representantes da Região Norte: Sueli Pini (TJAP) e Erik Linhares (TJRR); da Região Nordeste: Jones Figueiredo (TJPE) e Carlos Henrique Oliveira (TJCE); da Região Centro-Oeste: Mário Roberto Kono de Oliveira (TJMT) e Sebastião de Arruda Almeida (TJMT); da Região Sudeste: Janete Vargas Simões (TJES) e Vicente Oliveira Silva (TJMG); da Região Sul: Roberto Portugal Bacellar (TJPR) e Antonio Augusto Baggio e Ubaldo (TJSC). COMISSÃO INSTITUCIONAL: Marco Aurélio Gastaldi Buzzi (STJ), José Anselmo de Oliveira (TJSE), José James Gomes Pereira, Joaquim Domingos de Almeida Neto, Paulo Zacarias (TJAL) e Flávio Fernando Almeida da Fonseca (TJDF); COMISSÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO E GESTÃO: Guilherme Baldan (TJRO), Marcelo Mesquita Silva (TJPI), Paulo Cichitosi (TJSP), Mauro Ferrandim (TJSC), Fábio Brandão (TJPR) e Kátia Parente Sena (TJPA). COMISSÃO CONSULTIVA EXTERNA: Maria Abadia de Castro Mariano Soares Lima (TJRO), Rêmulo Leteliero (TJMS), José Fernandes (TJMG), Tiago Ribas (TJRJ) e Denise Kruger (TJPR). A nova administração foi formalmente empossada. Após, o Doutor Gustavo Alberto Gastal Diefenthäler proferiu sua primeira manifestação como Presidente do FONAJE e agradeceu os organizadores do XXXVI encontro. A seguir, foi aclamada sede do XXXVII FONAJE a cidade de Florianópolis/SC - que, na pessoa do Desembargador Jaime Ramos (TJSC), externou votos de participação massiva dos Fonajeanos em Santa Catarina, agradeceu a confiança e parabenizou a Desembargadora Janice Goulart Garcia Ubialli (TJSC) pela conquista. Em seguida, após sorteio de livros cedidos pela Desembargadora Graça Figueiredo (TJAM), o Presidente do Fonaje agradeceu a Sua Excelência pelos

4 livros e procedeu à leitura da Carta de Belém (Anexo 6). A organização do XXXVI FONAJE, na pessoa da Desembargadora Diracy Nunes Alves, agradeceu a presença de todos e ressaltou a felicidade e o orgulho de organizar este importante evento. Na sequência, o Presidente encerrou os trabalhos. E, para constar, encerrou-se e lavrou-se a presente ata, que foi preparada por mim, Paulo José Stramosk, e lavrada pela Desembargadora Substituta, Janice Goulart Garcia Ubialli (TJSC), Secretária-Geral, e pelo Juiz Mario Roberto Kono de Oliveira (TJMT), Presidente do Fonaje; e revisada pelo Juiz Marcos Alexandre Bronzatto Pagan (TJSP). Belém, Estado do Pará, 28 de novembro de 2014.

5 ANEXO 1 RESUMO DO DISCURSO DO DR. MARIO KONO DE OLIVEIRA (ABERTURA DO XXXVI FONAJE) O presidente agradeceu a recepção calorosa dada pelo povo de Belém e se manifestou a respeito do tema do XXXVI FONAJE As inovações no Sistema dos Juizados Especiais. Destacou que a criação dos Juizados Especiais constitui a maior inovação em matéria processual pois prioriza a celeridade, a informalidade, a economia processual e a gratuidade da justiça. Enfatizou a necessidade de se manter o Sistema dos Juizados Especiais atualizado e citou exemplos de inovações (como a teleaudiência utilizada no Pará; e também a intimação realizada pelo oficial de justiça de Mato Grosso, que para o ato utilizou o aplicativo wattsapp). Enalteceu a possibilidade de se efetuar correição de qualquer lugar, inclusive na própria Corregedoria. E enfatizou a realização de mutirão realizado por juízes leigos. Por fim, pontuou que é dever do FONAJE incentivar as inovações no Sistema de Juizados Especiais, bem como o seu compartilhamento ao nível nacional.

6 ANEXO 2 RESUMO DO DISCURSO DA DESEMBARGADORA DIRACY NUNES ALVES Inicialmente a desembargadora agradeceu a presença de todos os participantes, relatou brevemente a história dos quase 400 anos da cidade de Belém. Exaltou a importância do Sistema dos Juizados Especiais, afirmando ser fundamental na missão de pacificação social. Destacou, também, que no XXXVI FONAJE serão demonstrados os novos e modernos mecanismos criados para melhorar a prestação jurisdicional. Por fim, manifestou o desejo de que todos saiam revitalizados do encontro. E finalizou com o poema do jurista paraense Sílvio Augusto de Bastos Meira. BELÉM DO PARÁ Belém, minha cidade, acolhedora e morna, Frondes verdes quais mãos, em prece, que se enlaçam, Seus galhos lembram braços longos que se abraçam, Enquanto o sol sua luz ardente incende e entorna... Belém bosque e jardim onde ainda perpassam Sombras de heróis cabanos; Bela que se adorna Com as cores da paisagem agreste que a contorna Brancas nuvens no céu, em flocos, que esvoaçam... Velhas praças sombrias de sonhos revestidas, São góticas, arcadas vegetais erguidas, Rude templo em que ecoam brandas orações... Nas copas chora a chuva o choro da saudade, Leva o vento a ternura quente da cidade Para aquecer bem longe tantos corações

7 ANEXO 3 RESUMO DO DISCURSO DA DESEMBARGADORA LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO A Desembargadora destacou a imensurável alegria do TJPA em sediar o XXXVI FONAJE e a importância deste Fórum para a continuidade da excelente prestação jurisdicional realizada pelos Juizados Especiais. Deu as boas-vindas aos participantes e enalteceu a importância do trabalho prestado ao jurisdicionado e a necessidade de assunção de medidas proativas em direção à reestruturação e ao reaparelhamento do Poder Judiciário. Em seguida, explanou brevemente sobre o Estado do Pará: sua extensão territorial, suas belezas naturais e a alegria do seu povo. Concluiu demonstrando o seu interesse de que todos tenham profícuos dias de trabalho e relatou que aos Juizados Especiais cabem a análise de 40% dos processos em curso no Poder Judiciário, razão pela qual devem evoluir as soluções existentes.

8 ANEXO 4 RESUMO DO DISCURSO DO PROFESSOR DOUTOR JOSÉ HENRIQUE MOUTA ARAÚJO Relatou brevemente o atual estágio legislativo do projeto, algumas peculiaridades do novo CPC, como a definição de mediação e conciliação, a restrição criada para evitar a extinção da demanda pelo reconhecimento de alguma matéria de ordem pública. Após, destacou a possibilidade da distribuição dinâmica da prova, a necessidade de conciliação entre as partes e o estímulo ao debate quanto aos prazos processuais. Na segunda parte da palestra, enfatizou o tema dos processos em massa.

9 ANEXO 5 RESUMO DA PALESTRA DO JUIZ JOÃO RICARDO DOS SANTOS COSTA O palestrante utilizou um processo paradigma para exemplificar a complexidade do litígio, cuja demanda referia-se a uma ação coletiva relacionada aos planos econômicos. Chamou a atenção para o fato de que referia ação teve em seu curso 77 recursos. Na sequencia, apresentou um comparativo mundial do Poder Judiciário brasileiro que, em comparação com o da Europa, é o 3º mais produtivo e o 1º em taxa de congestionamento. Ao final, apresentou as propostas da Associação dos Magistrados Brasileiros AMB, destacando que foram encaminhadas ao Conselho Nacional da Justiça e ao Poder Legislativo federal para a melhoria da prestação jurisdicional.

10 ANEXO 6 CARTA DE BELÉM XXXVI FÓRUM NACIONAL DE JUIZADOS ESPECIAIS Os magistrados dos Juizados Especiais do Brasil, reunidos no XXXVI Encontro do Fórum Nacional de Juizados Especiais FONAJE, nos dias 26, 27 e 28 de novembro de 2014, em Belém, capital do Estado do Pará, certos de que os tempos atuais exigem a adoção de instrumentos de inovação na administração da atividade judicante, reafirmam o compromisso de buscar a eficiência da prestação jurisdicional, razão pela qual vêm a público para: 1. Reconhecer os benefícios e a juridicidade da experiência de realização de sessão de conciliação e de audiência de instrução e julgamento mediante a utilização de equipamentos de acesso remoto, observados os critérios informativos do Sistema dos Juizados Especiais; 2. Reiterar que os propósitos da Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça devem respeitar a autonomia constitucional do Sistema dos Juizados Especiais; 3. Alertar aos operadores do Sistema que o Novo Código de Processo Civil, tendo em vista sua eventual aplicação subsidiária, não deve comprometer os avanços conquistados pelos Juizados Especiais; 4. Solicitar ao Conselho Nacional de Justiça que seja desenvolvido diálogo com Estados e Municípios visando à edição de leis que autorizem a realização de conciliações nos Juizados Especiais da Fazenda Pública (art. 8º da Lei /09), a exemplo do que ocorre, no âmbito federal, conforme Lei 9.469/97; 5. Afirmar a importância de que os tribunais promovam a institucionalização de ideias, iniciativas e experiências que representem inovação no funcionamento dos Juizados Especiais e que traduzam aumento da eficiência por meio da otimização de recursos disponíveis. Belém, 28 de novembro de 2014