A bicicleta, Rotas Cicloviárias, Ativismo e Demandas. 18/08/2015 SÃO PAULO, SP

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1 A bicicleta, Rotas Cicloviárias, Ativismo e Demandas. 18/08/2015 SÃO PAULO, SP

2 Pesquisa coordenada por Daniel Marcis Demeter: graduando do último ano de Relações Internacionais, na PUC-SP. O pesquisador tem experiência acadêmica desenvolvida durante o curso e durante atividades no Programa de Educação Tutorial. Escrevendo artigos para blogs e realizando pesquisas para a Universidade. Introdução São Paulo tem 17,2 mil km de ruas pavimentas, se cumprida a promessa do Prefeito Fernando Haddad ( ), a porcentagem de vias destinadas a ciclistas em São Paulo vai ser de 2,3% do total existente de vias em geral. Até 2012 a cidade contava com aproximadamente 60 km de vias destinadas a bicicleta, no final da atual gestão, se cumprida a meta, a cidade deve contar com cerca de 460 km. Importante: Ligação com outros meios de transportes. Há várias estações do Metro que possuem um bicicletário para deixar as bicicletas. O serviço é gratuito e o usuário somente precisa levar um documento e um cadeado, porém a circulação de bikes nos trens só é permitida após as 20:00 horas em dias de semana, 14:00 horas no sábado e livre aos domingos e feriados. Foram usadas como fontes diversos trabalhos publicados sobre a bicicleta no Brasil e no Mundo. Todas as fontes terão o devido crédito. Além disso o trabalho desenvolveu uma pesquisa própria durante a inauguração da Ciclovia da Avenida Paulista. A Bicicleta, Rotas Cicloviárias, Ativismo e Demandas A virada do século XIX para o XX foi uma época de grandes revoluções. A consolidação do capitalismo e do seu modo de consumo de massa está profundamente ligada a indústria automobilística, principalmente ao modo fordista de produção em massa. O carro é um dos maiores fetiches dos consumidores. E como poderia deixar de ser? Um meio de transporte confortável, que oferece a autonomia de percorrer longas distâncias em pouco tempo e sem esforço físico algum. Porém os tempos são outros. Londres, por exemplo, tem uma espécie de pedágio para circular no centro de carro. É a

3 chamada Congestion Charge, qualquer carro que quiser circular no centro da cidade deve pagar uma taxa que custa em torno de 14 libras, algo como R$50,00. Medidas como essa vão mostrando para a população que há outras alternativas ao transporte individual motorizado. São Paulo é uma cidade onde o trânsito só piora. Não vão ser mais carros e vias que vão melhorar isso, muito pelo contrário. A cidade precisa de um investimento maciço em transporte público. E precisa também pensar em formas alternativas ao transporte individual motorizado. O investimento em uma rede cicloviária pode ser uma dessas alternativas, pois, ao contrário do metro, uma obra de construção de ciclovias ou ciclofaixas é mais barata e consideravelmente mais simples. Analisando os conceitos de ciclovia e ciclofaixa notamos que: a ciclovia é um pouco mais complexa, pois para ser qualificada como tal ela precisa ser um espaço segregado para fluxo de bicicletas. Isso significa que há uma separação física isolando os ciclistas dos demais veículos, a exemplo da ciclovia da Faria Lima e a da Paulista. Já na ciclofaixa há apenas uma faixa pintada no chão, sem separação física de qualquer tipo (inclusive cones ou cavaletes). Pode haver olhos de gato ou no máximo os tachões do tipo tartaruga, como os que separam as faixas de ônibus. É lógico que a construção de uma rede cicloviária não substitui a de uma rede metroviária, mas já é um avanço. De acordo com a pesquisa de Mobilidade Urbana, realizada pelo Ibope, no ano de 2014, podemos apontar alguns importantes fatos. O percentual de paulistanos que apoia as ciclovias é de 88%; o trânsito da cidade foi considerado ruim ou péssimo por 70% dos entrevistados; 71% deixariam de usar o carro caso houvesse alternativas. A pesquisa "Origem e Destino" é feita de 10 em 10 anos e é coordenada pelo Metro De São Paulo. Entrevistou cerca de 90 mil pessoas. Levou em conta cinco faixas de renda familiar mensal, variando entre quem recebe até R$760,00 e os que ganham mais de R$5,7 mil. Quando se leva em consideração esses dados e soma-se o fator de que o tempo perdido no trânsito pelas pessoas de renda entre (R$760,00 até R$1.250,00) e entre R$1.520,00 e R$3.040,00 é de 41 minutos por viagem. O que comprova que a classe média, apesar de morar relativamente perto do local de trabalho, gasta um tempo grande no trânsito. Esse tempo é gasto, em grande parte, quando as pessoas estão presas no tráfico. O que aumenta uma demanda reprimida de modais alternativos ao carro.

4 Levando em consideração que a maioria dos paulistanos trocaria o carro por outro modo de transporte, caso houvesse uma alternativa viável. Somando-se a isso o fato de que o tempo gasto pela classe média nos deslocamentos é de quase 40 minutos, e a maioria desse deslocamento é feita de carro. Podemos afirmar que há uma demanda reprimida de ciclistas, que moram relativamente perto do trabalho, mas optam pelo carro, ficando um grande tempo em congestionamentos. Essa demanda é a 3 geração de ciclistas que serão impulsionados a pedalar pela cidade devido a ampliação da rede cicloviária. Os dados apresentados pelas pesquisas anteriores levaram a hipótese de que a implementação da malha cicloviária levaria a um aumento no uso da bicicleta. Essa hipótese é confirmada pela pesquisa "SP de Bike", realizada pelo Observatório de Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo. A pesquisa entrevistou 513 pessoas que circulavam pelas ciclovias e ciclofaixas da cidade no ano de Segundo a pesquisa, 84,41% dos entrevistados foram incentivados a andar de bicicleta pelas ciclovias e ciclofaixas; 34,50% usam diariamente a bike e 30,80% usam mais de uma vez por semana. Já o percentual dos que usam a malha cicloviária diariamente é de 30,99% e dos que a utilizam mais de uma vez por semana é de 32,24%. Fonte: SP DE BIKE: PESQUISA DE PERFIL DO USUÁRIO DE BICICLETA EM SÃO Observatório de Turismo de São Paulo. PAULO. Os entrevistados usam a bicicleta para ir ao trabalho (38,01%); ir ao estudo (6,43%); atividades de lazer (5,65%); prática de esporte (88,30%) e outros motivos (38,40%). Vale ressaltar que foi possível marcar mais de uma resposta, ou seja, mesmo que esteja utilizando a bicicleta para ir ao trabalho não haveria problema em marcar também a opção de prática de esporte.

5 Fonte: SP DE BIKE: PESQUISA DE PERFIL DO USUÁRIO DE BICICLETA EM SÃO PAULO. Observatório de Turismo de São Paulo. A porcentagem de rota em que existe ciclovia e/ou ciclofaixa implementada foi a seguinte: para 11,26% dos entrevistados há 100% de ciclovias; para 15,64% há uma variação de 71% a 99%; para 19,37% há uma variação de 51 a 70%; para 31,83% há uma variação de 21 a 50%; para 18,95% há uma variação de 0 a 20% e 3,95% dos entrevistados não possuem ciclovias e ou ciclofaixas em sua rota habitual. Fonte: SP DE BIKE: PESQUISA DE PERFIL DO USUÁRIO DE BICICLETA EM SÃO PAULO. Observatório de Turismo de São Paulo.

6 Analisando os dados é possível perceber que a grande maioria dos ciclistas (73,10%) não consegue fazer mais que 50% do seu caminho utilizando a malha cicloviária (gráfico 3). Ou seja, eles precisam seguir por rotas compartilhadas com carros, ônibus e motos. Provavelmente eles optam por vias menos movimentadas. Fonte: SP DE BIKE: PESQUISA DE PERFIL DO USUÁRIO DE BICICLETA EM SÃO PAULO. Observatório de Turismo de São Paulo. Quando perguntados sobre o que poderia melhorar na ciclovia 45,81% disseram que uma melhor sinalização das rotas ajudaria. Lembrando existia a possibilidade de escolher múltiplas respostas. As demais respostas mais escolhidas foram: pavimentação adequada (54,58%); sinalização para motoristas (50,49%); sinalização para ciclistas (44,25%).

7 Fonte: SP DE BIKE: PESQUISA DE PERFIL DO USUÁRIO DE BICICLETA EM SÃO PAULO. Observatório de Turismo de São Paulo. Quando perguntados se recomendariam a ciclovia para crianças e idosos as respostas foram as seguintes: sim (47,37%), pois as ciclovias são seguras (76,57%); as ciclovias são bem sinalizadas (9,62%); é uma prática saudável (7,53%); outros motivos (6,28%). Já quando a resposta foi negativa: não (52,63%), pois o trânsito é perigoso (54,82%); pedestres e motoristas não respeitam as ciclovias (27,41%); a pavimentação é ruim (15,82%). Outros motivos (2,95%) Fonte: SP DE BIKE: PESQUISA DE PERFIL DO USUÁRIO DE BICICLETA EM SÃO PAULO. Observatório de Turismo de São Paulo.

8 Fonte: SP DE BIKE: PESQUISA DE PERFIL DO USUÁRIO DE BICICLETA EM SÃO PAULO. Observatório de Turismo de São Paulo. Fonte: SP DE BIKE: PESQUISA DE PERFIL DO USUÁRIO DE BICICLETA EM SÃO PAULO. Observatório de Turismo de São Paulo. É possível levantar a hipótese, como a malha cicloviária ainda não está completa, que as vezes os ciclistas desconheçam algumas ciclovias que podem utilizar. Mesmo que essa ciclovia signifique alguns quilômetros a mais, com base nas respostas dos ciclistas sobre recomendações e dificuldades encontradas, eles iriam optar pelo caminho com ciclovia. Com a entrega no dia 29/06 da ciclovia da avenida paulista a cidade chegou a 298,6 km de ciclovias e ciclofaixas, destes, 238,3 km só na atual gestão. A meta da prefeitura é chegar aos 400 km. Segundo a ONG Ciclocidade, o número de ciclistas só

9 aumenta. Uma contagem feita pela ONG na ciclovia da Avenida Faria Lima, em 12/09/2013, durante 14 horas, contabilizou ciclistas. No mesmo ponto da avenida, em 07/04/2015, em um dia com momentos de chuva, segundo a organização, o número de ciclistas contados no mesmo período de tempo foi de ciclistas. Um aumento de 12,5% em relação a última contagem. Fonte: relatórios de contagem da CICLOCIDADE. Já na avenida Eliseu de Almeida, na região Oeste da cidade, em 13/08/2010, a organização registrou em um período de 14 horas, 561 ciclistas. Em 31/08/2012, no mesmo local e período de tempo, o número de ciclistas foi de 580. Em 09/09/2014, no mesmo período de tempo e mesmo local, porém agora com a Ciclovia implementada o número registrado foi de 888 ciclistas. No dia 12/05/2015, no mesmo local e período de tempo o fluxo de ciclistas atingiu a marca de Se comparado com a contagem de 2010, quando não havia ciclovia no local, houve um aumento de 121,9%.

10 Fonte: relatórios de contagem da CICLOCIDADE. Pesquisa realizada com 61 pessoas na Av. Paulista 28/06/ Gênero: Masculino: 44 \ Feminino: 15 Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. 2. Faixa etária: 20 a 25 anos 1 26 a 30 anos 5 31 a 35 anos 19

11 36 a 40 anos a 50 anos a 60 anos a 70 anos 1 Com base na análise das faixas etárias entrevistadas é possível levantar a hipótese que a maioria dos ciclistas são jovens adultos e adultos de meia idade. Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. 3. Profissões: Profissões Quantidade Assessora 1 Administrador 2 Advogado 2 Analista de relacionamento 1 Arquiteto 2 Artista 4 Bancário 3 Consultor de mobilidade urbana 1

12 Consultor de vendas 1 Coordenador pedagógico 1 Corretor de Seguros 1 Designer 1 Designer educacional 1 Editor 1 Educador físico 1 Empresário 4 Enfermeiro 1 Engenheiro 2 Foodbike 1 Fotografo 3 Freelancer 1 Gerente de projeto 1 Jornalista 2 Marceneiro 1 Médico 1 Metalúrgico 1 Modelista de roupas 1 Motorista 1 Professor 10 Publicitário 1 Secretaria executiva 1 TI 5 Turismologo 1 Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. 4. Tem Smartphone? Qual sistema operacional?

13 Smartphone Quantidade Android 39 IOS 14 Windows 2 Não tem Smartphone 6 Chama a atenção o alto número de pessoas que possuem um smartphone, 90% dos entrevistados possuem algum tipo. O número se torna ainda mais interessante quando somado ao número de pessoas que possui um plano de internet no celular. seja 3g ou 4 g. 5. Dos que tem Smartphone (55 pessoas), 49 tem acesso à internet,

14 Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. Quantos Vantagens escolheram Economia 13 Humanização 18 Lazer 7 Meio Ambiente 16 Mobilidade 43 Saúde 31 Segurança 1 Turismo 1 6. Quais as vantagens de andar de bike em São Paulo? (Cada entrevistado podia citar mais de uma vantagem).

15 Nesta parte da pesquisa as perguntas eram abertas, ou seja, o entrevistado poderia escrever sua resposta livremente. Para fins de organização foi criado um padrão para encaixar as respostas. Por exemplo: resgatar a cidade para a população foi padronizada e colocada como humanização, outro exemplo de resposta que foi encaixada como humanização foi ver o visual da cidade e conhecer o visual da cidade. Nota-se pelas respostas que uma das maiores vantagens de se andar de bike pela cidade é a mobilidade (33%) e depois saúde (24%). As pessoas se locomovem mais facilmente, segundo elas, pela cidade e ainda aproveitam e já fazem um exercício físico, que muitas vezes tomaria tempo e dinheiro (economia 10%). Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. 7. Quais as desvantagens de andar de bike em São Paulo? (Cada entrevistado podia citar mais de uma desvantagem).

16 Quantos Desvantagens escolheram Altimetria 2 Cansaço físico 1 Clima 1 Falta de ciclistas 1 Falta de incentivo público Falta de infraestrutura 18 Falta de respeito 31 Não há 4 Poluição 1 Risco de acidentes 19 Risco de furtos/roubos 5 Nesta parte da pesquisa as perguntas eram abertas, ou seja, o entrevistado poderia escrever sua resposta livremente. Para fins de organização foi criado um padrão para encaixar as respostas. Por exemplo: medo do trânsito foi padronizado e colocado como risco de acidente, assim que como motoristas agressivos foi colocado em falta de respeito Fica claro, pelas respostas dos entrevistados, que as maiores dificuldades encontradas pelos ciclistas não são, como alguns insistem em pensar, a altimetria (3%) e o clima (1%). Mas sim a falta de respeito dos motoristas em geral (37%), a falta de mais estrutura (23%), e estrutura significa também as ciclovias e ciclofaixas, mas segundo os entrevistados, quer dizer também chuveiros e

17 vestiários em empresas, lugar para estacionar a bike e assim por diante. Outro ponto preocupante é o medo da violência no trânsito (22%). Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Clicoviárias, Ativismo e Demandas. uso). 8. Como faz uso da bike? (Cada entrevistado pode citar mais de um Uso da bike Quantidade Transporte, esporte, lazer, turismo 14 Esporte, lazer, turismo 9 Lazer 8 Esporte, lazer, turismo 5 Transporte, lazer, turismo 5 Transporte, esporte, lazer, veículo de entrega 4 Transporte, esporte, lazer 4 Lazer, turismo 3 Transporte, esporte, lazer, turismo, veículo de entrega 2 Transporte, lazer 2 Transporte, lazer, turismo, veículo de entrega 1 Transporte, lazer, veículo de entrega 1 Transporte, esporte, foodbike 1 Transporte 1 Esporte, lazer, turismo 1 Turismo 1

18 Esporte, turismo 1 Esse foi um ponto interessante da pesquisa. Independentemente de quem use a bike para meio de transporte, locomoção ou somente lazer durante o final de semana, todos se divertem fazendo isso. Houve praticamente uma unanimidade dentre os entrevistados que citaram que um dos motivos para usar a bike era a diversão, o LAZER (57 pessoas), logo depois veio ESPORTE (39 pessoas), TRANSPORTE (35 pessoas) e TURISMO (31 pessoas). Mais interessante ainda é notarmos outras particularidades. A pessoa entrevistada dificilmente usa a bike com um proposito só. Por exemplo, somente 10 pessoas marcaram na pesquisa que usam a bike com 1 único propósito, e dessas 10, 8 marcaram a opção lazer e as outras duas marcaram transporte e turismo. É importante ressaltar também que, para as pessoas que utilizam a bike como meio de transporte, ela não é só um meio de locomoção. Apenas 1 pessoa disse que a bike servia apenas como meio de locomoção e, para as outras 34, a bike serve de transporte, esporte, lazer e turismo (14 pessoas); transporte, lazer e turismo (5 pessoas); transporte, esporte, lazer e veículo de entrega (4 pessoas); Transporte, esporte e lazer (4 pessoas)... O que podemos concluir? Que a pessoa que opta pela bicicleta como meio de transporte não está somente escolhendo um veículo, mas uma vida mais saudável (esporte), mais divertida (lazer) e que a bicicleta a acompanha inclusive em momentos de viagem (turismo) ou no trabalho (veículos de entrega). Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. 9. Frequência que usa a bike: Frequência que usa a bike Quantidade Ocasionalmente 1 5x por semana 1 6x por semana 2

19 4x por semana 6 1x por semana 9 2x por semana 10 3x por semana 11 Diariamente 21 Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. 10. Ponto de saída: Saída Quantidade Itaquera 3 Cotia 1 Perdizes 1 Vila Prudente 2 Vila Leopoldina 1 Vila Mariana 4 Santo André 3 São Bernardo 2 Osasco 6 Rodoviária do Tietê 1 Vila Matilde 1 Centro 7 Jardins 1 Indianópolis 1 Moema 2 Av. 9 de Julho 1 Pompéia 1 Guarulhos 1 Penha 1

20 Butantã 2 Vila Clementino 1 Não especificado Destino: Destino Quantidade Aclimação 1 Pinheiros 7 Ibirapuera 4 Parque 6 Av. Paulista 7 Capital 4 Centro 4 Berrini 1 Itaim Bibi 1 Congonhas 1 Butantã 2 Sumaré 1 Vila Mariana 1 Vila Lobos 1 Trabalho 2 Não especificado O que a bike representa na sua vida? (Entrevistados puderam escolher mais de uma opção). O que representa? Quantidade Qualidade de vida 12 Liberdade 11 Economia 2 Estilo de vida 24 Saúde 18 Lazer 13 Esporte 5 Transporte 10 Trabalho 1

21 Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. Nesta pergunta os entrevistados também davam respostas abertas que foram padronizadas. Exemplo: sentir o vento no meu rosto enquanto pedalo livremente foi encaixada em liberdade, muitos realmente citaram liberdade como o que ela representa e outros também citaram diretamente qualidade de vida. Estilo de vida foi a opção mais escolhida. A pesquisa mostrou que os entrevistados optam por um estilo de vida mais saudável, por uma relação com a cidade diferente, mais próxima. É possível perceber também uma preocupação com o meio-ambiente. uma opção). 13. Onde atua pela bike? (Entrevistados puderam escolher mais de Onde atua pela bike? Associações de ciclistas (com CNPJ) 9 Associações de ciclistas (Sem CNPJ) 15 Com amigos 27 Instituições do poder público 2 Instituições de 3 Quantidade

22 ensino/academia Empresas privadas 1 Sozinho 4 Não atuo nem quero atuar 5 Não atuo, mas gostaria 12 Outros: Vá de bike 1 Outros: fotografo cicloativista 1 Outros: pesquisa CEBRAP 1 Outros: família 1 Outros: patrocinador de piloto 1 Outros: bicicletada 1 Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. Interessante: muitos participam de grupos de pedal, pessoas que se reúnem para pedalar pela cidade ou viajar. A maioria atua com os amigos, seja falando sobre bike ou pedalando juntos. bike? 14. Quer se tornar um associado de uma organização local em prol da

23 Quer se tornar um associado de uma organização local em prol da bike? Sim 32 Não 23 Já sou: CicloBR 1 Já sou: Empresa 1 Já sou: Pedal Livre 1 Já sou: ciclocidade 1 Já sou: 1 Quantidade Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. Aqui nota-se que há uma possibilidade de engajamento grande e, provavelmente, somente falta algo que os ligue. 15. Qual o motivo de não haverem mais ciclistas em São Paulo? (Entrevistados puderam escolher mais de uma opção). Neste quesito as respostas se assemelham muito com as que foram dadas na pergunta número 7. Coisas que desencorajam são o trânsito, falta de infraestrutura e medo da violência urbana. Qual o motivo de não haver mais ciclistas em São Paulo Quantidade Risco de acidente 26

24 Risco de furto/roubo 24 Falta de infraestrutura 22 Hostilidade 6 Preço da bike 2 Partidarização 1 Altimetria 1 Fonte: BPS Creative Projects. Bicicleta, Rotas Cilcoviárias, Ativismo e Demandas. Redes sociais Como se tornou habitual a interação, divulgação, militância, propaganda e tantas outras atividades corriqueiras da atualidade através das redes sociais, com a bicicleta não poderia ser diferente. A internet é usada para divulgar a bicicleta como meio de transporte, organizar passeios, unir grupos de ciclistas, e muitas outras atividades. A baixo serão listados algumas páginas e grupos que abordam a temática da bicicleta. BicicletadaSP: Grupo público no Facebook, com 3,949 membros. Grupo formado majoritariamente por ciclistas ou simpatizantes da bicicleta. As postagens vão desde a divulgação de notícias até dicas de rotas, manutenção, compra de bicicletas e discussões políticas. É importante ressaltar que o grupo tem um alto índice de conteúdo político. Bike ZonaSul página de um coletivo que representa ciclistas da zona sul da cidade, com 5,447 likes:

25 Além de realizar atos divulgando a bicicleta como meio de transporte, organizar pedaladas pela cidade e também atividades turísticas, o coletivo realiza contagem de ciclistas na região sul da cidade. Bike Zona Oeste página de um coletivo que representa ciclistas da zona oeste da cidade likes 645: Além de realizar atos divulgando a bicicleta como meio de transporte, organizar pedaladas pela cidade e também atividades turísticas, o coletivo realiza contagem de ciclistas na região oeste da cidade. Vá de Bike: O Vá de Bike é um dos maiores portais sobre a bicicleta do país. Atua como um portal de notícias, além de divulgar fortemente a bike como meio de transporte. São patrocinados pelo ITAU e sua página no Facebook tem mais de 70 mil likes. Ciclocidade ONG que atua em prol da causa da bicicleta: Associação é uma das que mais cobra o poder público para a implementação e ampliação da estrutura cicloviária da cidade. Foram eles que pressionaram os últimos candidatos à prefeitura da cidade a assinarem um termo de compromisso com os ciclistas. Sua página no Facebook tem 8,319 likes. Dentre suas atividades estão cursos de formação em mobilidade urbana, a oficina mão na roda, contagem de ciclistas e muitas outras. Bike Anjo: Plataforma virtual em rede, criada por ciclistas para incentivar e ensinar outras pessoas a pedalar. Fazem o mapeamento do uso da bicicleta no país, e dão aula de manutenção e mecânica de bicicleta. Sua página no Facebook tem mais de 40 mil likes. Grupos e associações que atuam pela bicicleta no Brasil: país. A rede BikeAnjo mapeou 527 organizações/movimentos que atuam pela bike no 2015 : Bicicleta em outras cidades do Brasil, segundo o livro A bicicleta no Brasil

26 Aracaju Aracaju tem mil habitantes e km². São cerca de 3.430,04 hab/km². Com uma temperatura média anual de 26,00C, o clima não é um impedimento para o transporte via bicicleta. Há por volta de 160 mil automóveis na cidade. A distância média percorridas por ciclistas na cidade é de 7 quilômetros, os principais destinos são: "17 de Março, Siqueira Campos, Atalaia, Olaria, Farolândia, Porto Dantas. Há 59 km de ciclovias e 64 bicicletários, que oferecem 797 vagas. Belo Horizonte Belo Horizonte tem milhões de habitantes e 331,40km². São cerca de hab/km². A temperatura média é de 21 C, agradável para o deslocamento via bicicleta. A cidade colocou como meta a quantidade de deslocamentos feitos por bicicleta em 6%. Em 2012 foram 0,4% os deslocamentos por bicicleta. Brasília Brasília tem 2,852 milhões de habitantes e 5.779km². São cerca de 491,62 hab/km². A temperatura média é de 20,6 C, porém há dias em que a umidade é muito baixa, desencorajando a prática de exercícios físicos. Vale ressaltar que, apesar disso, o longo período de estiagem faz o transporte por bicicleta propicio. Na cidade há cerca de 1 veículo motorizado para cada 2 pessoas. A bicicleta representa 2,3% dos deslocamentos diários feitos no DF. Curitiba Curitiba possui 1,864 milhões de habitantes e hab/km². São cerca de 430,9 km², com uma região metropolitana que abrange 14 municípios com aproximadamente 3,2 milhões de habitantes. A média anual é de 16,5 C. De 2009 a 2011 houve um aumento de 2% nos deslocamentos por bicicleta, que chegaram a 3%. Cresce a demanda pelo uso na cidade. Florianópolis Florianópolis tem mil habitantes e 683,3 hab/km². São cerca de 675,409 km². A temperatura média anual é de 21 C. Há 1 veículo para cada 2,64 habitantes. São 26,9 km de ciclovias e 22,46 km de ciclofaixas.

27 Fortaleza Fortaleza tem milhões de habitantes e 7.986,44 hab/km². A cidade possui cerca de 314,930 km² e temperatura média anual de 26 C. Há veículos e, dentre estes, carros. Em Janeiro de 2015 a cidade possuía 75 km de ciclovias e 38 km de ciclofaixas. Manaus Manaus tem milhões de habitantes e 158,06 hab/km². A cidade possui cerca de ,09 km² e uma temperatura média de 26,9 C. A frota motorizada da cidade é de um veículo para cada 3 cidadãos. São 6 km de ciclovia existentes e 14 em obras. Fato interessante é que a grande maioria das bicicletas brasileiras são feitas na Zona Franca. Recife Recife tem milhões de habitantes e 7.031,61 hab/km². A cidade tem 218 km² e possui um clima tropical, quente e úmido com chuvas concentradas. Os deslocamentos são feitos, seguindo ordem decrescente, por: transporte individual (31,14%); transporte coletivo (22,87%); a pé (22,87%) e de bicicleta (1,3%). Rio de Janeiro A cidade do Rio de Janeiro tem milhões de habitantes e 491,62 hab/km² e uma área de 1.255,3 km². A média anual é de 22²C, com um clima tropical quente e úmido. A cidade possui automóveis. Os deslocamentos diários feitos por bicicleta são em torno de 3%, o que dá, aproximadamente, 420 mil viagens por dia. Em 2014 já existiam 374 km de ciclovias e a meta é que até o final de 2015 existam 493 km. Conclusão Focando na cidade de São Paulo, que serviu de base para esse estudo, é possível afirmar que a cidade ainda tem um longo caminho a percorrer para se tornar uma referência no uso da bicicleta, ou mesmo se igualar ao patamar de outras grandes metrópoles do Mundo. É preciso ressaltar que, até 2012, a cidade possuía apenas 60 km de vias destinadas a bicicleta, quantidade ínfima se comparada aos 17 mil km de vias

28 pavimentadas. Apesar disso a bicicleta e os ciclistas sempre estiveram presentes, como mostram as contagens da organização Ciclocidade antes do início da implementação do plano cicloviário da gestão do Prefeito Fernando Haddad. Muitos são os argumentos de quem tenta descaracterizar a bicicleta como modal. Cidade muito íngreme, clima inapropriado e etc. Alguns opositores as ciclovias chegaram a falar que a instalação delas afastaria os clientes de estabelecimentos. A verdade é que, como se pode observar nas ruas da cidade, as ciclovias vieram para ficar. Cresce o número de estabelecimentos que prestam serviços especiais para ciclistas, cresce o número de bicicletário públicos e privados pela cidade e, mais importante, cresce o número de ciclistas na cidade. Até o ano de 2012, o debate sobre a bicicleta como meio de transporte se restringia a grupos específicos de cicloativistas. Hoje já está em toda a sociedade e é um mercado que não pode ser ignorado por futuros empreendedores, a hora de se consolidar é agora e, quem inovar em tempos como o atual dificilmente será deixado de lado. Em primeiro lugar por ter acreditado na bicicleta quando poucos acreditam. Referências bibliográficas: A bicicleta no Brasil 2015 / organizadores: André Geraldo Soares... [et al.]. B583 São Paulo: D. Guth, Cycling for everyone: a regional cycling strategy for Vancouver. Mapeamento Bike Anjo. Disponível em: Acesso em 09/08/2015. Pesquisa de mobilidade da região metropolitana de São Paulo, Relatórios de Contagem da Ciclocidade. (Faria Lima, Eliseu de Almeida). SP de Bike. São Paulo Turismo, 2014.

29 Produção de artigos e trabalhos do autor da pesquisa, DEMETER, Daniel. In: Produção de artigos publicados no blog do PET Pesquisa quantitativa sobre os estágios vigentes dos alunos de relações internacionais da PUC. - Questionário da Pesquisa realizada com 61 pessoas na Av. Paulista 28/06/2015 (abaixo): 1. Gênero (...) 1.1. Masculino (...) 1.1. Feminino (...) 1.3. Outros - Especifique ; 2. Ano de nascimento?? ; 3. Qual sua profissão?? ; 4. Tem Smartphone?? Android ou IOS?? : 5. Possui plano de internet no celular?? 4G - 3G ou Pré-pago? : 6. Na sua opinião, quais as vantagens de andar de bike em São Paulo?? (04 Linhas) ; 7. Na sua opinião, quais as desvantagens de andar de bike em São Paulo?? (04 Linhas) ;

30 8. Quando começou usar a bike? Especifique - mês/ano : 9. Como faz uso da bike? (...) 9.1. Transporte/mobilidade (...) 9.2. Esporte (...) 9.3. Lazer (...) 9.4. Turismo (...) 9.5. Veículo de entrega (...) 9.6. Não uso bicicleta (...) 9.7. Outros - Especifique : 10. Qual seu Ponto de partida (ex: casa, prédio, chácara..) e em qual bairro? : 11. Qual destino final (ex. trabalho, clube, casa, faculdade...) e em qual bairro? : 10. Com qual frequência faz uso da bike? (...) Nunca (...) Ocasionalmente (...) x semana (...) x semana (...) x semana (...) x semana (...) x semana (...) x semana (...) Diariamente 11. O que a bike representa na sua vida? (03 Linhas) ; 12. Onde atua pela bike? (...) Associação de ciclistas (com CNPJ) (...) Grupo/coletivo de ciclistas (sem CNPJ) (...) Com amigos (...) Instituições do poder público (...) Instituição de ensino/academia (...) Empresas privadas (...) Sozinho

31 (...) Não atuo nem quero atuar (...) Não atuo, mas gostaria de atuar (...) Outros - Especifique : 13. Quer se tornar um associado de organização local em prol da bike?? (...) Sim (...) Não (...) Já sou Associado -? : 14. Na sua opinião por que o numero de ciclistas nas ruas não é maior? (04 Linhas) ; Dados opcionais: Nome: : Tel: ; ;

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