Aplicação de Redes Auto-organizáveis de Kohonen para Identificação de Correntes de Inrush na Proteção de Transformadores de Potência

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Aplicação de Redes Auto-organizáveis de Kohonen para Identificação de Correntes de Inrush na Proteção de Transformadores de Potência"

Transcrição

1 Aplicação de Redes Auto-organizáveis de Kohonen para Identificação de Correntes de Inrush na Proteção de Transformadores de Potência Raidson Jenner Negreiros de Alencar e Ubiratan Holanda Bezerra Resumo As redes auto-organizáveis de Kohonen são redes neurais que possuem alta capacidade de seleção e identificação de padrões. Utilizando-se dessa capacidade de identificação, este artigo apresenta a proposta de um algoritmo capaz de realizar a correta distinção entre as correntes de magnetização inrush e as correntes de faltas internas na proteção diferencial de transformadores de potência através do treinamento e implementação de uma rede neural de Kohonen com padrões de entrada baseados em um índice que mede o deslocamento do gradiente a partir de uma referência, para todos os pontos da janela de dados da corrente diferencial para as situações de faltas internas e correntes de inrush. A eficiência do método proposto foi testada através do desenvolvimento do algoritmo em Matlab, com base em diversas simulações de faltas internas e correntes de inrush em um sistema de potência através do software EMTP/ATP demonstrando resultados altamente satisfatórios. Palavras Chave Correntes de Inrush, Gradiente da Corrente Diferencial, Proteção Diferencial, Redes Auto-organizáveis, Transformadores de Potência A I. INTRODUÇÃO principal dificuldade encontrada no desempenho de relés diferenciais na proteção de transformadores de potência é a correta distinção entre as correntes de curto-circuito interno e as correntes de magnetização inrush. Os relés diferenciais atualmente disponíveis geralmente realizam essa tarefa através do método denominado Restrição por Harmônicos, cuja premissa se baseia no fato de que as correntes de inrush possuem, geralmente, concentrações elevadas de componentes harmônicas de segunda ordem, enquanto que as correntes de curto-circuito são compostas, basicamente de componentes à frequência fundamental. Entretanto, essa metodologia nem sempre responde corretamente para todas as configurações do sistema elétrico, tendo em vista que certas situações operativas podem provocar o surgimento de correntes de inrush com baixas concentrações de harmônicos e correntes de curtocircuito com altos percentuais dessas componentes [1]-[2]. Tendo em vista a necessidade de uma operação rápida e segura do relé diferencial no caso da ocorrência de um curtocircuito, faz-se necessário o desenvolvimento e implementação de uma metodologia confiável, que não seja dependente das componentes harmônicas da corrente diferencial e que ao mesmo tempo responda rapidamente no caso da ocorrência de curto-circuito interno no transformador de potência desconectando o equipamento do sistema elétrico, bem como o mantenha em operação no caso da ocorrência de correntes de inrush. Este trabalho apresenta os resultados dos testes de uma nova metodologia, baseada na capacidade de seleção e reconhecimento de padrões das redes neurais autoorganizáveis de Kohonen. A técnica foi exaustivamente testada através da modelagem de um transformador de potência trifásico 25 MVA, 13.8/138 KV no EMTP/ATP e desenvolvimento do algoritmo em MATLAB demonstrando resultados altamente promissores. II. PROTEÇÃO DIFERENCIAL A filosofia de proteção diferencial baseia-se no pressuposto de que, em situações normais de operação, as correntes que circulam no secundário dos transformadores de corrente (TC) localizados nos lados primário e secundário do transformador de potência serão aproximadamente iguais. A diferença entre essas correntes é denominada de Corrente Diferencial (II DD ). Na prática, uma pequena corrente diferencial é esperada, no entanto, essa corrente não é suficientemente significativa para sensibilizar o relé diferencial. Essa situação também é verificada quando ocorre uma falta externa à zona de proteção do relé diferencial, que é definida pelos TCs localizados nos lados primário e secundário do transformador de potência. A Fig. 1 a seguir ilustra o esquema de proteção diferencial para um transformador de potência monofásico com dois enrolamentos. Para que o relé diferencial entre em estado de potencial operação é necessário que a corrente diferencial seja superior a um determinado percentual de uma corrente de restrição de acordo com a seguinte relação: II DD KKII RR (1) Onde K é a Característica diferencial percentual do relé. Valores típicos de K variam na faixa de 15% a 40%. R. J. N. de Alencar, Dr. Professor Associado, GESEP, Instituto Federal do Pará IFPA, Belém, PA, Brasil ( raidson.alencar@ifpa.edu.br). U. H. Bezerra, Dr. Professor Titular, PPGEE, ITEC, Universidade Federal do Pará UFPA, Belém, PA, Brasil ( bira@ufpa.br).

2 Figura 1 Esquema de Proteção Diferencial A simples extrapolação da característica diferencial percentual do relé diferencial não resulta necessariamente na atuação do relé, pois diversas situações operativas podem provocar o surgimento de correntes diferenciais significativas, mesmo em situações em que não haja nenhuma falta no sistema elétrico de potência. O exemplo mais comum onde essa situação se verifica é no caso das correntes de inrush. Essas falsas correntes diferenciais podem provocar o acionamento indevido do relé diferencial, provocando desligamentos desnecessários, logo, precisam ser identificadas e bloqueadas. Os algoritmos tradicionais de proteção diferencial se propõem resolver este problema através da análise das componentes harmônicas da corrente diferencial, pois é comprovado que as correntes de inrush normalmente possuem valores significativos da componente harmônica de segunda ordem [3]. Por outro lado, as correntes de curtocircuito possuem baixos percentuais de componentes harmônicos. III. ALGORITMO DE PROTEÇÃO DIFERENCIAL PROPOSTO As Redes Neurais de Mapeamento Auto-organizável de Kohonen são redes neurais que apresentam elevada capacidade de reconhecimento, seleção e classificação de padrões. Utilizando-se dessa capacidade intrínseca das Redes de Kohonen e também do fato de que a forma de onda das correntes de inrush possui características bastante peculiares que a diferenciam das correntes de curto circuito será desenvolvido o algoritmo proposto nesse trabalho. A. Mapeamento Auto-organizável de Kohonen O funcionamento do córtex cerebral biológico se dá de tal forma que cada tarefa executada pelo organismo, tais como visão, audição, controle motor e tato, possui regiões específicas responsáveis pela sua execução e que informações relacionadas a essas tarefas ocupam posições vizinhas a essas regiões. As redes neurais auto-organizáveis de Kohonen funcionam inspiradas nessa característica, o que permite que padrões de entrada da rede sejam mapeados na superfície bidimensional que compõe a rede neural [4]. Para cada estímulo apresentado na entrada da rede é calculado o valor da função discriminante, que fornece o nível de ativação dos neurônios da camada de saída. Aquele neurônio que obtiver o maior valor discriminante será identificado como o neurônio mais ativado e será declarado de neurônio vencedor (winner). A partir do momento em que a rede neural consegue estabelecer similaridades nos padrões de entrada, desenvolve-se nela a habilidade de identificar características intrínsecas nos estímulos de entrada agrupandoos em clusters na superfície de saída com características similares de tal maneira que, a cada novo estímulo apresentado à rede, esta decidirá se o agrupará em um cluster já existente ou se formará um novo no mapa topológico da rede. O algoritmo de mapeamento auto-organizável é basicamente composto por três processos: Competitivo, Cooperativo e Adaptativo. O processo competitivo é responsável pela identificação do neurônio vencedor, através do cálculo da função discriminante utilizada, que deverá ser capaz de refletir similaridades entre o vetor de entrada normalizado e o vetor de pesos dos neurônios. A função discriminante adotada neste trabalho é a medida da Mínima Distância Euclidiana entre vetores, dada pela equação 4: N 1 i= 0 ( x ( t) w ( t) ) 2 d = (2) i i Onde N é o número de neurônios na camada de entrada, xx ii (tt) é o estímulo de entrada da rede no tempo t e ww iiii (tt) é o vetor de pesos do neurônio j no tempo t. Apenas o neurônio vencedor, ou seja, aquele que apresentar maior ativação, e aqueles que estiverem dentro de um determinado raio de vizinhança [4], determinados pelo processo cooperativo, terão seus pesos atualizados. Esta etapa representa o processo adaptativo do treinamento autoorganizável: B. O Reconhecimento da Forma de Onda O uso de redes neurais na proteção diferencial de transformadores de potência vem demonstrando resultados bastante satisfatórios [5], fato que motivou a pesquisa da aplicabilidade das redes de Kohonen para realização da tarefa. Como se sabe, as correntes de inrush apresentam forma de onda bastante distinta, quando comparadas com as correntes de curto-circuito. Por outro lado, as redes auto-organizáveis de Kohonen possuem elevada capacidade de identificação e reconhecimento de padrões. Essas características, tanto das redes de Kohonen quanto das correntes de inrush podem ser utilizadas na proteção diferencial de transformadores de potência, desde que se tenha como extrair e representar matematicamente as particularidades inerentes a cada tipo de ocorrência. Dessa forma, pode-se usar a capacidade de reconhecimento e classificação de padrões das redes de mapeamento auto-organizável de Kohonen para identificar o tipo de ocorrência de forma segura e confiável. Aplicando-se os conceitos do vetor gradiente à corrente diferencial tem-se o gradiente da corrente diferencial dado por [6]-[7]: I D I D = i (A/s) (3) t Onde: ij

3 i - Vetor unitário na direção do eixo dos tempos I D - Derivada de primeira ordem da corrente diferencial em t relação ao tempo t. Considerando um vetor, denominado vetor gradiente, tangente à curva da corrente diferencial no ponto em análise, o ângulo do vetor gradiente em relação ao vetor unitário ii, será dado por: θθ ii = tan 1 II DD (Rad) (4) Analisando-se o comportamento do gradiente da corrente diferencial, refletido através do seu ângulo calculado em cada ponto da janela de dados da corrente diferencial, conforme Fig. 2 percebe-se o seguinte: Para a corrente de curto-circuito, representada na Fig. 2(a), o valor absoluto do ângulo do gradiente da corrente diferencial quase não varia ao longo do tempo, permanecendo próximo de 90, com relação ao vetor unitário i. No caso da ocorrência de correntes de magnetização, conforme Fig. 2(b), essa situação não se verifica, pois, em virtude da característica peculiar da forma de onda das correntes de inrush, durante os semiciclos ausentes, o ângulo do vetor gradiente é reduzido, muitas vezes próximo de zero. Figura 2 Comportamento do Vetor Gradiente em: (a) Curto-circuito e (b) Inrush Tomando-se, portanto, essa característica particular do gradiente da corrente diferencial, define-se um índice que quantifique a média dos deslocamentos angulares do gradiente da corrente diferencial, calculado levando-se em conta cada ponto da janela de processamento, para todas as fases da corrente diferencial, tomando-se como referência o ângulo padrão de 90. Esse índice será dado por: NS θ j 90 j= 1 δ = (5) NS Onde NS é o número de amostras da janela de dados, que nesse trabalho é de 84 amostras, e θ j é o ângulo do gradiente da corrente diferencial para cada ponto j. Dividindo-se, portanto, a janela de dados, cuja largura equivale a um ciclo de processamento, em quatro quartos de ciclo, conforme Fig. 2, e calculando-se o índice de deslocamento angular, proposto na equação 8, para cada quarto de ciclo, para as três fases da corrente diferencial (ABC) compõem-se os vetores de treinamento que serão utilizados como padrões de entrada da rede neural, dado por: δ = A A A A B B B B C C C C [ δ ] T 1 δ2 δ3 δ4 δ1 δ2 δ3 δ4 δ1 δ2 δ3 δ T 4 A dimensão do vetor de treinamento δ T definirá o número de neurônios na camada de entrada da rede neural, que nesse caso é de 12 neurônios. C. Treinamento da Rede Neural Através do software EMTP/ATP foi gerado um conjunto de padrões de treinamento que incluíram diversas situações operativas de energização do transformador, inclusive com energização solidária, energização sob falta, faltas internas monofásicas, bifásicas e trifásicas e faltas internas monofásicas, bifásicas e trifásicas entre espiras de enrolamentos da mesma fase. A rede neural utilizada foi quadrada, com 25 neurônios em arranjo 5x5. A topologia dos neurônios utilizados foi hexagonal, tendo em vista que essa topologia permite a formação de até 06 conexões sinápticas para cada neurônio. O tempo despendido no treinamento da rede foi de cerca de 22 minutos, destacando-se que o treinamento é realizado off-line apenas uma vez. Foram gerados um total de 1358 padrões de treinamento, que após realizada essa etapa foram mapeados na superfície bidimensional da rede de Kohonen, obtendo-se como mapeamento final a superfície mostrada na Fig. 3(a). Verificase a formação de dois clusters com características distintas, sendo a região de bloqueio (amarelo) e de disparo do relé (vermelho). Nesse caso o algoritmo realizará o monitoramento da corrente diferencial do transformador de potência mantendo a ativação dos neurônios pertencentes à região de bloqueio enquanto não for detectada nenhuma situação de falta interna. Caso algum neurônio da região de disparo for ativado, a rede neural entenderá que uma falta interna estará ocorrendo enviando comando de abertura do disjuntor. O método proposto nesse artigo será denominado Kohonen δ. IV. TESTES E RESULTADOS O sistema elétrico de potência usado nos testes do algoritmo proposto é uma subestação de geração com um gerador síncrono 13.8 KV, 60 Hz, 25 MVA, dois transformadores de potência trifásicos em paralelo 25 MVA -

4 13.8/138 KV, uma linha de subtransmissão, uma carga de 25 MVA, Cosφ = Os TCs usados foram 2000:5 A no primário e 125:5 A no secundário, conforme Fig. 4. Os enrolamentos do transformador foram subdivididos em 5%, 20%, 60%, 80% e 100% permitindo a simulação de faltas internas em porções dos enrolamentos. secundário, com configuração em estrela. O ângulo de incidência da fonte de tensão foi 0. A Fig. 5 mostra a corrente diferencial nas três fases do transformador de potência para o caso simulado. O desempenho do método diante dessa situação foi satisfatório, conforme esperado, tendo em vista que identificou a existência da falta interna rapidamente, em tempo aproximado de um ciclo de processamento. A Fig. 3(b) ilustra a região do mapa topológico ativada durante a simulação (a) (b) Figura 4 Diagrama Unifilar do Sistema de Potência -Região de Bloqueio -Região de Disparo -Região Ativada (c) Figura 3 Mapeamento fornecido pela Rede de Kohonen As simulações foram realizadas no transformador T1, sendo que o transformador T2 foi utilizado apenas para a simulação de sympathetic inrush. Os ângulos de incidência da fonte de tensão foram variados na faixa de e os ângulos de incidência das faltas na faixa de A janela de dados utilizada é deslizante com deslocamento de um quarto de ciclo a cada processamento e com largura de um ciclo (16,6 ms), o intervalo de amostragem foi de TT ss = 0.2 ms, o que equivale a uma frequência de amostragem de 5 KHz. Do total de 1358 casos simulados, 988 cenários foram apresentados ao algoritmo proposto. Com o intuito de validar a metodologia, foi realizada uma análise comparativa entre o desempenho do método proposto com o método tradicional da restrição por harmônicos que foi executado computacionalmente para essa finalidade. Neste trabalho, o melhor desempenho do método tradicional foi demonstrado para 20% de declividade percentual. Como demonstração do desempenho do método proposto inclui-se nesse trabalho três diferentes cenários, que abrangem as três diferentes situações possíveis. A. Energização sob Falta Nesse caso específico, trata-se de um curto-circuito monofásico na fase A, localizado a 5% do enrolamento Figura 5 - Corrente Diferencial para Energização sob Falta Em adição a esse exemplo, outras situações de energização sob falta foram testadas. Em todos os eventos o algoritmo proposto identificou corretamente a situação faltosa no primeiro ciclo de processamento da janela de dados. A tabela I mostra os resultados gerais obtidos pelo método proposto, para um total de 200 casos simulados, sendo 60 faltas monofásicas, 60 faltas bifásicas, 60 faltas bifásicas para a terra e 20 faltas trifásicas. A tabela I mostra também os tempos máximos, mínimos e médios de ativação bem como os erros de classificação obtidos pelos diferentes métodos. TABELA I - Resultado das Simulações para Inrush sob Faltas Monofásicas, Bifásicas e Trifásicas Tempo de Ativação (ms) Erros Max Min Med (Un) Total Kohonen δ Restrição por Harmônicos B. Falta Interna A Fig. 6 mostra as correntes diferenciais para as fases ABC para uma falta monofásica localizada a 5% do enrolamento secundário da fase A. Figura 6 - Corrente Diferencial nas Fases ABC para Falta Monofásica

5 O transformador operava em plena carga e o ângulo de incidência da falta foi de 90 após 0.1 ss de simulação. O método proposto identificou rapidamente a ocorrência com tempo de atuação de 9.03 ms após a ocorrência da falta, o que demonstra a capacidade de atuação do método proposto em intervalo de tempo inferior a um ciclo de processamento após a ocorrência da falta. A Fig. 3(b) mostra a região do mapa topológico ativada pela ocorrência, que no caso foi a mesma região ativada no caso da energização sob falta. Diversas outras ocorrências de curto-circuito foram simuladas nos enrolamentos primários e secundários num total de 320 ocorrências no primário e 400 ocorrências no secundário. As faltas simuladas foram monofásicas, bifásicas, bifásicas+terra, trifásicas e faltas intraespira. A tabela II mostra o sumário dos resultados obtidos em todos os curtoscircuitos simulados no primário e secundário, bem com os tempos máximo, mínimo e médio de ativação do relé para o método Kohonen δ e para o método da restrição por harmônicos. C. Manobras Não-treinadas As sucessões de manobras realizadas nessa simulação não foram incluídas na fase de treinamento da rede neural, obrigando-a, portanto, a realizar interpolações. A Fig. 7 ilustra a corrente diferencial para o caso simulado. Durante todo o período de simulação, ainda que tenham surgido correntes diferenciais significativas e ainda que os padrões em questão não tenham sido incluídos na etapa de treinamento da rede neural, o algoritmo identificou corretamente as ocorrências mantendo-se bloqueado, como ilustra a Fig. 3(c) indicando a região ativada durante as manobras, mantendo-se sempre dentro da área de bloqueio do relé. Vale ressaltar que entre as manobras realizadas incluem-se correntes de inrush, sympathetic inrush, corrente de operação normal e curtocircuito fora da zona de proteção do relé diferencial. D. Comparação com o Tradicional Cada um dos 988 casos simulados foi apresentado ao algoritmo proposto e, com o intuito de validar a metodologia, foi realizada uma análise comparativa do desempenho obtido, com o desempenho do método tradicional da restrição por harmônicos. Foi implementado computacionalmente o método denominado Second Harmonic-Cross Blocking Restraint Method, encontrado na referência [8] Todos os 68 casos de energização e energização solidária foram identificados corretamente pelo método Kohonen δ, que se manteve bloqueado durante todo o período de simulação, demonstrando sua capacidade de identificação de correntes de inrush e sympathetic inrush. Da mesma forma, no caso da energização sob falta, o método proposto identificou corretamente todas as 200 ocorrências dentro da primeira janela de dados processada, ou seja, 16.6 ms. Por outro lado, o método tradicional apresentou 04 erros de classificação na ocorrência de energização solidária (5.88%) e 05 erros de identificação de energização sob falta (2.5%). O método tradicional, em algumas ocorrências, apresentou ainda atrasos de tempos muito elevados, como demonstrados na tabela I, que mostra o tempo máximo de atuação de ms. Da mesma forma, para as ocorrências de faltas internas nos enrolamentos do transformador, o método Kohonen δ identificou corretamente as 720 ocorrências simuladas com tempo médio de atuação de 4.74 ms para ocorrências no enrolamento secundário e de 4.78 ms para ocorrências no enrolamento primário. Por outro lado, o método tradicional apresentou tempo médio de atuação de ms para ocorrências no secundário e 18.3 ms para ocorrências no primário. Com base nos resultados obtidos, demonstra-se que o método proposto é capaz de realizar rapidamente a distinção entre as correntes de inrush e de faltas internas com tempo médio de atuação próximo a um quarto de ciclo de processamento após a ocorrência da falta. O tempo de atuação do algoritmo constitui-se num fator de extrema importância na operação do relé diferencial. Quanto mais rápida for a atuação do relé na ocorrência de curtos-circuitos menor será a possibilidade de que danos irreversíveis ocorram, fazendo com que seja necessária a retirada do equipamento de operação para manutenção, provocando a indisponibilidade do sistema por longos períodos de tempo. V. CONCLUSÕES Neste trabalho, uma nova metodologia para proteção diferencial de transformadores de potência foi apresentada. O método é baseado na identificação da forma de onda através de redes neurais auto-organizáveis de Kohonen com base no comportamento do vetor gradiente, gerado a partir da diferenciação numérica do sinal da corrente diferencial. O método foi desenvolvido em MATLAB com base em simulações realizadas através do software EMTP/ATP. Baseado nos resultados obtidos é demonstrado que o método proposto é capaz de realizar a distinção entre as correntes de inrush e de faltas internas em transformadores de potência rapidamente, com tempo médio de identificação inferior a meio ciclo de processamento após a ocorrência do distúrbio, sendo que, em diversas situações o tempo de atuação foi inferior a um quarto de ciclo. Em oposição, o método tradicional na maioria das ocorrências apresentou tempo de atuação próximo de um ciclo de processamento. Os resultados obtidos demonstraram que o método proposto apresenta elevado potencial de identificação de correntes de inrush na proteção diferencial de transformadores de potência com potencial para aplicações reais. VI. REFERÊNCIAS [1] Sidhu, T. S., Sachdev, M. S., Wood, H. C. e Nagpal, M. (1992). Design, Implementation and Testing of a Microprocessor-based High-speed Relay for Detecting Transformer Winding Faults. IEEE Transactions on Power Delivery, Vol. 7 No.1, January [2] Liu, P., Malik, O. P., Chen, D., Hope, G. S. e Guo, Y. (1992). Improved Operation of Differential Protection of Power Transformers for Internal Faults. IEEE Transactions on Power Delivery, Vol. 7, No. 4, October [3] S. H. Horowitz and A. G. Phadke, Power System Relaying, 3ª Ed, John Wiley & Sons Ltd, [4] T. Kohonen, The self-organizing maps, Proceedings of the IEEE, Vol. 78, No. 9, September, 1990 [5] Tripathy, M., Maheshwari, R. P. e Verma, H. K. Power Transformer Differential Protection Based On Optimal Probabilistic Neural Network. IEEE Transactions on Power Delivery, Vol. 25 No.1, January 2010 [6] Alencar, R. J. N. e Bezerra, U. H. Power Transformer Differential Protection Through Gradient of the Differential Current, Journal of Control, Automation and Electrical Systems, Vol. 24, No. 1-2, p , April 2013.

6 [7] J. D. Hoffman, Numerical Methods for Engineers and Scientists, 2. Ed. by Marcel Dekker, Inc, [8] R. W. Patterson, W. P. McCannon and G. L. Kobet, A Consideration of inrush restraint methods in transformer differential relays, 54th Annual Georgia Tech Protective Relaying Conference, 3-5 May, Figura 7 Corrente Diferencial para as Manobras Diversas TABELA II Sumário dos Curtos-circuitos Simulados Curto-Circuito Monofásico Kohonen δ Restrição por Harmônicos Curto-Circuito Bifásico sem Terra (2F) Kohonen δ Restrição por Harmônicos Curto-Circuito Bifásico + Terra (2F+T) Kohonen δ Restrição por Harmônicos Curto-Circuito Trifásico (3F) Kohonen δ Restrição por Harmônicos Curto-Circuito entre Espiras da mesma Fase (Intraespiras) Kohonen δ Restrição por Harmônicos

TÍTULO: PROPOSTA DE METODOLOGIA BASEADA EM REDES NEURAIS ARTIFICIAIS MLP PARA A PROTEÇÃO DIFERENCIAL DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA

TÍTULO: PROPOSTA DE METODOLOGIA BASEADA EM REDES NEURAIS ARTIFICIAIS MLP PARA A PROTEÇÃO DIFERENCIAL DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA TÍTULO: PROPOSTA DE METODOLOGIA BASEADA EM REDES NEURAIS ARTIFICIAIS MLP PARA A PROTEÇÃO DIFERENCIAL DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS

Leia mais

TÍTULO: SIMULAÇÃO DE METODOLOGIA BASEADA EM REDES DE KOHONEN PARA IDENTIFICAÇÃO DE CORRENTES DE INRUSH NA PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA

TÍTULO: SIMULAÇÃO DE METODOLOGIA BASEADA EM REDES DE KOHONEN PARA IDENTIFICAÇÃO DE CORRENTES DE INRUSH NA PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA TÍTULO: SIMULAÇÃO DE METODOLOGIA BASEADA EM REDES DE KOHONEN PARA IDENTIFICAÇÃO DE CORRENTES DE INRUSH NA PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA:

Leia mais

Capítulo II. Faltas entre fases e entre espiras Por Geraldo Rocha e Paulo Lima* Proteção de geradores

Capítulo II. Faltas entre fases e entre espiras Por Geraldo Rocha e Paulo Lima* Proteção de geradores 22 Capítulo II Faltas entre fases e entre espiras Por Geraldo Rocha e Paulo Lima* A proteção do gerador deve ser analisada cuidadosamente, não apenas para faltas, mas também para as diversas condições

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA RAIDSON JENNER NEGREIROS DE ALENCAR IDENTIFICAÇÃO DE CORRENTES DE

Leia mais

SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SISTEMAS DE POTÊNCIA GPC

SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SISTEMAS DE POTÊNCIA GPC SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GPC 01 14 a 17 Outubro de 2007 Rio de Janeiro - RJ GRUPO V GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SISTEMAS DE POTÊNCIA

Leia mais

ALGORITMO PARA PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA UTILIZANDO TRANSFORMADA WAVELET DISCRETA

ALGORITMO PARA PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA UTILIZANDO TRANSFORMADA WAVELET DISCRETA ALGORITMO PARA PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA UTILIZANDO TRANSFORMADA WAVELET DISCRETA JEFERSON P. MARQUES 1, CARLOS A. L. MENCO 1, GHENDY CARDOSO JR 1, RAFAEL CORRÊA 2. 1. Universidade Federal

Leia mais

Análise Técnico/Financeira para Correção de Fator de Potência em Planta Industrial com Fornos de Indução.

Análise Técnico/Financeira para Correção de Fator de Potência em Planta Industrial com Fornos de Indução. Análise Técnico/Financeira para Correção de Fator de Potência em Planta Industrial com Fornos de Indução. Jeremias Wolff e Guilherme Schallenberger Electric Consultoria e Serviços Resumo Este trabalho

Leia mais

Detecção do Intervalo de Saturação de Transformadores de Corrente através do Cálculo do Desvio Padrão entre Amostras da Corrente Secundária

Detecção do Intervalo de Saturação de Transformadores de Corrente através do Cálculo do Desvio Padrão entre Amostras da Corrente Secundária PAPER 1/6 Title Detecção do Intervalo de Saturação de Transformadores de Corrente através do Cálculo do Desvio Padrão entre Amostras da Corrente Secundária Registration Nº: (Abstract) 266 Company Centro

Leia mais

Capítulo III Comparações entre algoritmos para análise dos resultados de SFRA Por Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino*

Capítulo III Comparações entre algoritmos para análise dos resultados de SFRA Por Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino* 44 Capítulo III Comparações entre algoritmos para análise dos resultados de SFRA Por Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino* Os diferentes algoritmos para análise de resposta em frequência e comparação dos

Leia mais

Do neurônio biológico ao neurônio das redes neurais artificiais

Do neurônio biológico ao neurônio das redes neurais artificiais Do neurônio biológico ao neurônio das redes neurais artificiais O objetivo desta aula é procurar justificar o modelo de neurônio usado pelas redes neurais artificiais em termos das propriedades essenciais

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica Apostila de Automação Industrial Elaborada pelo Professor M.Eng. Rodrigo Cardozo Fuentes Prof. Rodrigo

Leia mais

AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas

AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas CONSIDERAÇÕES INICIAIS AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas Quando planejamos construir uma subestação, o aspecto de maior importância está na escolha (e, conseqüentemente, da definição)

Leia mais

Capítulo IV. Dispositivos de proteção Parte II. Proteção e seletividade. 26 O Setor Elétrico / Abril de 2010. Relé direcional de potência

Capítulo IV. Dispositivos de proteção Parte II. Proteção e seletividade. 26 O Setor Elétrico / Abril de 2010. Relé direcional de potência 26 Capítulo IV Dispositivos de proteção Parte II Por Cláudio Mardegan* Relé direcional de potência Quando instalado na interconexão com Em concepção, os relés direcionais de potência são relés que operam

Leia mais

9º ENTEC Encontro de Tecnologia: 23 a 28 de novembro de 2015

9º ENTEC Encontro de Tecnologia: 23 a 28 de novembro de 2015 ANÁLISE DE DISTORÇÕES HARMÔNICAS Michelle Borges de Oliveira¹; Márcio Aparecido Arruda² ¹Universidade de Uberaba, Uberaba Minas Gerais ²Universidade de Uberaba, Uberaba Minas Gerais oliveiraborges.michelle@gmail.com;

Leia mais

5.1 Modelo de uma rede óptica com conversores de comprimento de onda

5.1 Modelo de uma rede óptica com conversores de comprimento de onda 5 Trabalho Realizado Na seção 2.3, estabeleceu-se que uma das alternativas sub-ótimas de alocação de conversores de comprimento de onda em redes parciais é fazer uso de simulações para gerar estatísticas

Leia mais

Uma viagem pelas instalações elétricas. Conceitos & aplicações

Uma viagem pelas instalações elétricas. Conceitos & aplicações Uma viagem pelas instalações elétricas. Conceitos & aplicações Avaliação do Sistema de Transformação em Subestações e Painéis de Média Tensão - Operação, Manutenção e Ensaios Eng. Marcelo Paulino Sistema

Leia mais

GRUPO V GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SISTEMAS DE POTÊNCIA - GPC

GRUPO V GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SISTEMAS DE POTÊNCIA - GPC SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GPC - 3 16 a 21 Outubro de 25 Curitiba - Paraná GRUPO V GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SISTEMAS DE POTÊNCIA -

Leia mais

Figura 5.1.Modelo não linear de um neurônio j da camada k+1. Fonte: HAYKIN, 2001

Figura 5.1.Modelo não linear de um neurônio j da camada k+1. Fonte: HAYKIN, 2001 47 5 Redes Neurais O trabalho em redes neurais artificiais, usualmente denominadas redes neurais ou RNA, tem sido motivado desde o começo pelo reconhecimento de que o cérebro humano processa informações

Leia mais

3 Metodologia de calibração proposta

3 Metodologia de calibração proposta Metodologia de calibração proposta 49 3 Metodologia de calibração proposta A metodologia tradicional de calibração direta, novamente ilustrada na Figura 22, apresenta uma série de dificuldades e limitações,

Leia mais

PAULO HENRIQUE GONÇALVES LEONEL DA SILVA

PAULO HENRIQUE GONÇALVES LEONEL DA SILVA 0 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Campus de Ilha Solteira PAULO HENRIQUE GONÇALVES LEONEL DA SILVA PROTEÇÃO DIFERENCIAL DE TRANSFORMADORES USANDO A TRANSFORMADA WAVELET Ilha Solteira

Leia mais

XIII Simpósio Brasileiro de Automação Inteligente Porto Alegre RS, 1 o 4 de Outubro de 2017

XIII Simpósio Brasileiro de Automação Inteligente Porto Alegre RS, 1 o 4 de Outubro de 2017 IDENTIFICAÇÃO DE CORRENTES DE INRUSH EM TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA POR MEIO DA REDE NEURO FUZZY HAROLDO MARTINS RAMOS FILHO 1 RAIDSON JENNER N. DE ALENCAR 1 1. GESEP - Grupo de Estudos de Sistemas Elétricos

Leia mais

O que é uma Sobreintensidade?

O que é uma Sobreintensidade? O que é uma Sobreintensidade? Uma sobreintesidade é uma corrente de intensidade superior à nominal. Para este efeito, a intensidade de corrente máxima admissível num condutor é considerada como a sua intensidade

Leia mais

Estudo Submetido ao Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013

Estudo Submetido ao Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 EFEITO DO DESBALANÇO DE CARGA NAS PERDAS TÉCNICAS DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO R. Salustiano* I. P. de Faria* G. P. Lopes* S. S. Pinto* M. L. B. Martinez* *LAT-EFEI / UNIFEI RESUMO Pequenas diferenças

Leia mais

Análise e visualização de dados utilizando redes neurais artificiais auto-organizáveis

Análise e visualização de dados utilizando redes neurais artificiais auto-organizáveis Análise e visualização de dados utilizando redes neurais artificiais auto-organizáveis Adriano Lima de Sá Faculdade de Computação Universidade Federal de Uberlândia 20 de junho de 2014 Adriano L. Sá (UFU)

Leia mais

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z Rua Oto de Alencar nº 5-9, Maracanã/RJ - tel. 04-98/4-98 Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z Podemos epressar o produto de quatro fatores iguais a.... por meio de uma potência de base e epoente

Leia mais

REPRESENTAÇÃO DE SISTEMAS DE POTÊNCIA

REPRESENTAÇÃO DE SISTEMAS DE POTÊNCIA 1 REPRESENTAÇÃO DE SISTEMAS DE POTÊNCIA revisão mar06 1 - Introdução A maioria dos sistemas elétricos de potência é em corrente alternada. As instalações em corrente contínua são raras e tem aplicações

Leia mais

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta *

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta * 40 Capítulo VI Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta * A ABNT NBR 15749, denominada Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA CONHECIENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO E ELETROTÉCNICA 26. Analise o circuito a seguir. Considerando que a lâmpada L foi projetada para funcionar numa rede de 120 V, dissipando 60 W, o valor da resistência Rx,

Leia mais

LABORATÓRIO DE CONTROLE I APLICAÇÃO DE COMPENSADORES DE FASE DE 1ª ORDEM E DE 2ª ORDEM

LABORATÓRIO DE CONTROLE I APLICAÇÃO DE COMPENSADORES DE FASE DE 1ª ORDEM E DE 2ª ORDEM UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO COLEGIADO DE ENGENHARIA ELÉTRICA LABORATÓRIO DE CONTROLE I Experimento 5: APLICAÇÃO DE COMPENSADORES DE FASE DE 1ª ORDEM E DE 2ª ORDEM COLEGIADO DE ENGENHARIA

Leia mais

REQUISITOS MÍNIMOS FUNCIONAIS QUANTO A CONFIGURAÇÕES DE BARRAS PARA SUBESTAÇÕES DA REDE BÁSICA DO SISTEMA INTERLIGADO BRASILEIRO.

REQUISITOS MÍNIMOS FUNCIONAIS QUANTO A CONFIGURAÇÕES DE BARRAS PARA SUBESTAÇÕES DA REDE BÁSICA DO SISTEMA INTERLIGADO BRASILEIRO. 1 GAT/017 21 a 26 de Outubro de 2001 Campinas - São Paulo - Brasil GRUPO IV GRUPO DE ESTUDO DE ANÁLISE E TÉCNICAS DE SISTEMAS DE POTÊNCIA GAT REQUISITOS MÍNIMOS FUNCIONAIS QUANTO A CONFIGURAÇÕES DE BARRAS

Leia mais

DIAGRAMA DE BLOCOS DE UMA FONTE DE TENSÃO

DIAGRAMA DE BLOCOS DE UMA FONTE DE TENSÃO DIAGRAMA DE BLOCOS DE UMA FONTE DE TENSÃO Essa deficiência presente nos retificadores é resolvida pelo emprego de um filtro Essa deficiência presente nos retificadores é resolvida pelo emprego de um filtro

Leia mais

PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA

PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA Marcelo da S. VIEIRA 1, Elder Eldervitch C. de OLIVEIRA 2, Pedro Carlos de Assis JÚNIOR 3,Christianne Vitor da SILVA 4, Félix Miguel de Oliveira

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO DE CORRENTES DE INRUSH EM TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA ATRAVÉS DA TRANSFORMADA WAVELET DISCRETA

IDENTIFICAÇÃO DE CORRENTES DE INRUSH EM TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA ATRAVÉS DA TRANSFORMADA WAVELET DISCRETA Natal RN, 25 a 28 de outubro de 2015 IDENTIFICAÇÃO DE CORRENTES DE INRUSH EM TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA ATRAVÉS DA TRANSFORMADA WAVELET DISCRETA RAIDSON JENNER N. DE ALENCAR 1 HAROLDO MARTINS RAMOS FILHO

Leia mais

3 Estratégia para o enriquecimento de informações

3 Estratégia para o enriquecimento de informações 34 3 Estratégia para o enriquecimento de informações Podemos resumir o processo de enriquecimento de informações em duas grandes etapas, a saber, busca e incorporação de dados, como ilustrado na Figura

Leia mais

Modelo Elétrico da Impedância do Transformador Baseado em Células RLC Passivas

Modelo Elétrico da Impedância do Transformador Baseado em Células RLC Passivas Modelo Elétrico da Impedância do Transformador Baseado em Células RLC Passivas Rogério Coelho Guimarães e Roberto Petry Homrich Resumo O método de Análise da Resposta em Frequência (Frequency Response

Leia mais

Equações Diferenciais

Equações Diferenciais Equações Diferenciais EQUAÇÕES DIFERENCIAS Em qualquer processo natural, as variáveis envolvidas e suas taxas de variação estão interligadas com uma ou outras por meio de princípios básicos científicos

Leia mais

Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 3, pág. 2451

Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 3, pág. 2451 O PLURAL DAS PALAVRAS TERMINADAS EM -ÃO: MUDANÇA OU VARIAÇÃO ESTÁVEL? Miriam Cristina Almeida Severino (UFRJ) cristinasmiriams@yahoo.com.br Christina Abreu Gomes (UFRJ) christina-gomes@uol.com.br 1. Introdução

Leia mais

Guia de utilização da notação BPMN

Guia de utilização da notação BPMN 1 Guia de utilização da notação BPMN Agosto 2011 2 Sumário de Informações do Documento Documento: Guia_de_utilização_da_notação_BPMN.odt Número de páginas: 31 Versão Data Mudanças Autor 1.0 15/09/11 Criação

Leia mais

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Versão 1.0 GPC.YY 22 a 25 Novembro de 2009 Recife - PE GRUPO V GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SISTEMA DE POTÊNCIA

Leia mais

GESTÃO DAS PERDAS EM ALIMENTADORES DA COPEL

GESTÃO DAS PERDAS EM ALIMENTADORES DA COPEL COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA REGIONAL COMITÊ NACIONAL BRASILEIRO V CIERTEC - SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO DE PERDAS, EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA E PROTEÇÃO DA RECEITA NO SETOR ELÉTRICO Área

Leia mais

GABARITO - DEF30. Questão 1

GABARITO - DEF30. Questão 1 GABARITO - DEF30 Questão 1 a) Ensaio em aberto: Um dos lados do transformador é deixado em aberto, normalmente o lado de alta tensão. Instrumentos de medição são conectados para medir a corrente I 1, V

Leia mais

SUBESTAÇÃO TIPOS DE SUBESTAÇÕES

SUBESTAÇÃO TIPOS DE SUBESTAÇÕES SUBESTAÇÃO Uma subestação elétrica é um grupamento de equipamentos elétricos com a finalidade de dirigir o fluxo de energia elétrica num sistema de potência e de possibilitar a operação segura do sistema,

Leia mais

Sum u ário i Introdução Indução Auto-indução Indutores em corrente alternada Fator de qualidade (q)

Sum u ário i Introdução Indução Auto-indução Indutores em corrente alternada Fator de qualidade (q) Sumário ntrodução 5 ndução 6 Auto-indução 7 ndutores em corrente alternada 14 Fator de qualidade (q) 16 Determinação experimental da indutância de um indutor 16 Associação de indutores 18 Relação de fase

Leia mais

SISTEMÁTICA OPERACIONAL DE CONTROLE DA POTÊNCIA REATIVA DAS USINAS DE ANGRA 1 E ANGRA 2 DA CENTRAL NUCLEAR ALMTE. ÁLVARO ALBERTO

SISTEMÁTICA OPERACIONAL DE CONTROLE DA POTÊNCIA REATIVA DAS USINAS DE ANGRA 1 E ANGRA 2 DA CENTRAL NUCLEAR ALMTE. ÁLVARO ALBERTO SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GAT - 25 16 a 21 Outubro de 5 Curitiba - Paraná GRUPO IV GRUPO DE ESTUDO DE ANÁLISE E TÉCNICAS DE SISTEMAS DE POTÊNCIA - GAT SISTEMÁTICA

Leia mais

Método analítico para o traçado da polar de arrasto de aeronaves leves subsônicas aplicações para a competição Sae-Aerodesign

Método analítico para o traçado da polar de arrasto de aeronaves leves subsônicas aplicações para a competição Sae-Aerodesign SIMPÓSIO INTERNAIONA E IÊNIAS INTEGRAAS A UNAERP AMPUS GUARUJÁ Método analítico para o traçado da polar de arrasto de aeronaves leves subsônicas aplicações para a competição Sae-Aerodesign uiz Eduardo

Leia mais

Análise de Risco de Taludes na Estrada de Ferro Vitória-Minas

Análise de Risco de Taludes na Estrada de Ferro Vitória-Minas Análise de Risco de Taludes na Estrada de Ferro Vitória-Minas Stefânia Moreira Alves Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, stefaniamoreiraalves@yahoo.com.br Romero César Gomes Universidade

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM DINAMÔMETRO PARA MOTORES ELÉTRICOS EMPREGADOS EM VEÍCULOS EM ESCALA, COM MEDIDA DE DIRETA DE TORQUE E CARGA VARIÁVEL

DESENVOLVIMENTO DE UM DINAMÔMETRO PARA MOTORES ELÉTRICOS EMPREGADOS EM VEÍCULOS EM ESCALA, COM MEDIDA DE DIRETA DE TORQUE E CARGA VARIÁVEL DESENVOLVIMENTO DE UM DINAMÔMETRO PARA MOTORES ELÉTRICOS EMPREGADOS EM VEÍCULOS EM ESCALA, COM MEDIDA DE DIRETA DE TORQUE E CARGA VARIÁVEL Aluno: Vivian Suzano Orientador: Mauro Speranza Neto 1. Introdução

Leia mais

Aula 3 OS TRANSITÒRIOS DAS REDES ELÉTRICAS

Aula 3 OS TRANSITÒRIOS DAS REDES ELÉTRICAS Aula 3 OS TRANSITÒRIOS DAS REDES ELÉTRICAS Prof. José Roberto Marques (direitos reservados) A ENERGIA DAS REDES ELÉTRICAS A transformação da energia de um sistema de uma forma para outra, dificilmente

Leia mais

dv dt Fig.19 Pulso de tensão típico nos terminais do motor

dv dt Fig.19 Pulso de tensão típico nos terminais do motor INFLUÊNCIA DO INVERSOR NO SISTEMA DE ISOLAMENTO DO MOTOR Os inversores de freqüência modernos utilizam transistores (atualmente IGBTs) de potência cujos os chaveamentos (khz) são muito elevados. Para atingirem

Leia mais

Classificação Rápida de Faltas em Sistemas Elétricos Utilizando Redes Neurais Artificiais

Classificação Rápida de Faltas em Sistemas Elétricos Utilizando Redes Neurais Artificiais Proceedings of the IV Brazilian Conference on Neural Networks - IV Congresso Brasileiro de Redes Neurais pp. 281-286, July 2-22, 1999 - ITA, São José dos Campos - SP - Brazil Classificação Rápida de Faltas

Leia mais

Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA.

Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA. Motores elétricos Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA. Para melhor entender o funcionamento desse

Leia mais

Acionamento de Motores CA

Acionamento de Motores CA Fundação Universidade Federal ACIONAMENTOS de Mato Grosso do CA Sul 1 Acionamentos Eletrônicos de Motores Acionamento de Motores CA Prof. Márcio Kimpara Prof. João Onofre. P. Pinto Universidade Federal

Leia mais

GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SIST. DE POTÊNCIA

GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SIST. DE POTÊNCIA GPC/023 21 a 26 de Outubro de 2001 Campinas - São Paulo - Brasil GRUPO V GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SIST. DE POTÊNCIA UM ESQUEMA COMPLETO PARA DETECÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO

Leia mais

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES:

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES: 9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES: 9.1 OTIMIZAÇÃO E MONITORAMENTO DA OPERAÇÃO DOS TRANSFORMADORES Os transformadores são máquinas estáticas que transferem energia elétrica de um circuito para outro, mantendo

Leia mais

OANAFAS é um programa computacional

OANAFAS é um programa computacional ANAFAS Análise de Faltas Simultâneas OANAFAS é um programa computacional para cálculo de curtos-circuitos. Permite a execução automática de grande variedade de faltas e possui facilidades, como estudo

Leia mais

IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011

IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011 IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011 Rogério Carlos Tavares 1, José Luis Gomes da Silva² 1 Universidade de

Leia mais

PEA 2400 - MÁQUINAS ELÉTRICAS I 60 CARACTERIZAÇÃO DAS PERDAS E RENDIMENTO NO TRANSFORMADOR EM CARGA: PERDAS NO FERRO (HISTERÉTICA E FOUCAULT)

PEA 2400 - MÁQUINAS ELÉTRICAS I 60 CARACTERIZAÇÃO DAS PERDAS E RENDIMENTO NO TRANSFORMADOR EM CARGA: PERDAS NO FERRO (HISTERÉTICA E FOUCAULT) PEA 400 - MÁQUINAS ELÉTRICAS I 60 CARACTERIZAÇÃO DAS PERDAS E RENDIMENTO NO TRANSFORMADOR EM CARGA: PERDAS NO FERRO (HISTERÉTICA E FOUCAULT) PERDAS CONSTANTES: p C INDEPENDENTES DA CARGA EFEITO DO CAMPO

Leia mais

SISTEMA DE AUTOMONITORAMENTO INDIVIDUALIZADO DE TI s E MÉTODO DE DIAGNÓSTICO PARA SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

SISTEMA DE AUTOMONITORAMENTO INDIVIDUALIZADO DE TI s E MÉTODO DE DIAGNÓSTICO PARA SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA SISTEMA DE AUTOMONITORAMENTO INDIVIDUALIZADO DE TI s E MÉTODO DE DIAGNÓSTICO PARA SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Luiz Carlos Grillo de Brito Julio César Reis dos Santos CENTRO DE PESQUISAS DE

Leia mais

1 CIRCUITOS COMBINACIONAIS

1 CIRCUITOS COMBINACIONAIS Curso Técnico em Eletrotécnica Disciplina: Automação Predial e Industrial Professor: Ronimack Trajano 1 CIRCUITOS COMBINACIONAIS Um circuito digital é dito combinacional quando em um dado instante de tempo

Leia mais

Capítulo IV. Aterramento de sistemas elétricos industriais de média tensão com a presença de cogeração. Aterramento do neutro

Capítulo IV. Aterramento de sistemas elétricos industriais de média tensão com a presença de cogeração. Aterramento do neutro 60 Capítulo IV Aterramento de sistemas elétricos industriais de média tensão com a presença de cogeração Paulo Fernandes Costa* Nos três capítulos anteriores, foram discutidos os aspectos da escolha e

Leia mais

White-box test: Também conhecido como teste estrutural, tem por objetivo validar os dados derivados das funções do sistema.

White-box test: Também conhecido como teste estrutural, tem por objetivo validar os dados derivados das funções do sistema. 22. Planejamento, Especificação e Execução dos Testes A implantação de um sistema de boa qualidade, dentro de um prazo específico, pode ser seriamente prejudicada caso uma etapa extremamente importante

Leia mais

Controle II. Estudo e sintonia de controladores industriais

Controle II. Estudo e sintonia de controladores industriais Controle II Estudo e sintonia de controladores industriais Introdução A introdução de controladores visa modificar o comportamento de um dado sistema, o objetivo é, normalmente, fazer com que a resposta

Leia mais

TRANSFORMADORES. P = enrolamento do primário S = enrolamento do secundário

TRANSFORMADORES. P = enrolamento do primário S = enrolamento do secundário TRANSFORMADORES Podemos definir o transformador como sendo um dispositivo que transfere energia de um circuito para outro, sem alterar a frequência e sem a necessidade de uma conexão física. Quando existe

Leia mais

Aula 9 ESCALA GRÁFICA. Antônio Carlos Campos

Aula 9 ESCALA GRÁFICA. Antônio Carlos Campos Aula 9 ESCALA GRÁFICA META Apresentar as formas de medição da proporcionalidade entre o mundo real e os mapas através das escalas gráficas. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: estabelecer formas

Leia mais

Estudo de Casos 57. 5.1. Estudo de Caso 1: Velocidade Intervalar e Espessura da Camada

Estudo de Casos 57. 5.1. Estudo de Caso 1: Velocidade Intervalar e Espessura da Camada Estudo de Casos 57 5 Estudo de Casos Neste capítulo são relatados três estudos de caso com sismogramas de referência sintéticos que têm como objetivo avaliar o modelo proposto. Na descrição dos estudos

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 PROPOSTA DE UMA ARQUITETURA DE INTERFACE DE SOFTWARE PARA GERAÇÃO DE NOTAS MUSICAIS PARA DETECÇÃO DE OBSTÁCULOS MAGNA CAETANO DA SILVA 1, GABRIEL DA SILVA 2 RESUMO Para realização deste trabalho foi realizada

Leia mais

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento 30 Capítulo VIII Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Parte 3: Método da queda de potencial com injeção de alta corrente e ensaios em instalações energizadas Jobson Modena e

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE SELEÇÃO DE PEÇA USANDO CONCEITOS DE PROGRAMAÇÃO DE SISTEMA DE AUTOMAÇÃO. João Alvarez Peixoto*

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE SELEÇÃO DE PEÇA USANDO CONCEITOS DE PROGRAMAÇÃO DE SISTEMA DE AUTOMAÇÃO. João Alvarez Peixoto* IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE SELEÇÃO DE PEÇA USANDO CONCEITOS DE PROGRAMAÇÃO DE SISTEMA DE AUTOMAÇÃO João Alvarez Peixoto* * Mestrando do Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica - UFRGS Porto

Leia mais

Velocidade Média Velocidade Instantânea Unidade de Grandeza Aceleração vetorial Aceleração tangencial Unidade de aceleração Aceleração centrípeta

Velocidade Média Velocidade Instantânea Unidade de Grandeza Aceleração vetorial Aceleração tangencial Unidade de aceleração Aceleração centrípeta Velocidade Média Velocidade Instantânea Unidade de Grandeza Aceleração vetorial Aceleração tangencial Unidade de aceleração Aceleração centrípeta Classificação dos movimentos Introdução Velocidade Média

Leia mais

SK, SÉRGIO KIMURA. ELEKTRO Eletricidade e Serviços SA BRASIL RESUMO

SK, SÉRGIO KIMURA. ELEKTRO Eletricidade e Serviços SA BRASIL RESUMO SK, SÉRGIO KIMURA ELEKTRO Eletricidade e Serviços SA BRASIL RESUMO O trabalho tem a finalidade de compartilhar a experiência da ELEKTRO com a utilização da norma IEC61850 implantada atualmente em 18(dezoito)

Leia mais

Redes Neurais Artificiais na Engenharia Nuclear 2 Aula-1 Ano: 2005

Redes Neurais Artificiais na Engenharia Nuclear 2 Aula-1 Ano: 2005 Redes Neurais Artificiais na Engenharia Nuclear 1 - Apresentação do Professor: dados, lista de E-mail s, etc. - Apresentação da Turma: Estatística sobre origem dos alunos para adaptação do curso - Apresentação

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Acerca de equipamentos que utilizam sistemas de controle para o seu funcionamento, julgue o item abaixo. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 5 As modernas máquinas de lavar roupa, em que é possível controlar desde

Leia mais

2 Texturas com Relevo e Equações de Pré Warping

2 Texturas com Relevo e Equações de Pré Warping 2 Texturas com Relevo e Equações de Pré Warping A noção de warping de imagens é fundamental para o entendimento da técnica abordada nesta dissertação. Este capítulo apresenta definições formais para vários

Leia mais

FÍSICA - 3 o ANO MÓDULO 32 ACÚSTICA

FÍSICA - 3 o ANO MÓDULO 32 ACÚSTICA FÍSICA - 3 o ANO MÓDULO 32 ACÚSTICA (FIOLHAIS, C. Física divertida. Brasília: UnB, 2001 [Adaptado].) Em qual das situações a seguir está representado o fenômeno descrito no texto? a) Ao se esconder

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA SÉRIE DE EXERCÍCIO #A4 (1A) FONTE CHAVEADA PAINEL SOLAR Uma aplicação possível

Leia mais

Classificação da imagem (ou reconhecimento de padrões): objectivos Métodos de reconhecimento de padrões

Classificação da imagem (ou reconhecimento de padrões): objectivos Métodos de reconhecimento de padrões Classificação de imagens Autor: Gil Gonçalves Disciplinas: Detecção Remota/Detecção Remota Aplicada Cursos: MEG/MTIG Ano Lectivo: 11/12 Sumário Classificação da imagem (ou reconhecimento de padrões): objectivos

Leia mais

PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL. Projeto 914 BRA5065 - PRODOC-MTC/UNESCO DOCUMENTO TÉCNICO Nº 03

PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL. Projeto 914 BRA5065 - PRODOC-MTC/UNESCO DOCUMENTO TÉCNICO Nº 03 PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL Diretrizes e Estratégias para Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil Projeto 914 BRA5065 - PRODOC-MTC/UNESCO DOCUMENTO TÉCNICO Nº 03 RELATÓRIO TÉCNICO CONCLUSIVO

Leia mais

Operação Dinâmica de Bancos de Capacitores com Eliminação de Correntes de Inrush

Operação Dinâmica de Bancos de Capacitores com Eliminação de Correntes de Inrush Operação Dinâmica de Bancos de Capacitores com Eliminação de Correntes de Inrush Sidelmo M. Silva CEFET-MG Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Av. Amazonas, 7675. Nova Gameleira. Belo

Leia mais

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Artigo publicado na revista Lumiere Electric edição nº 166 Aplicações de investimentos dentro das empresas sempre são questionadas

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA AUTOMATIZADO PARA INSPEÇÃO ULTRA-SÔNICA EM CASCO DE NAVIO

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA AUTOMATIZADO PARA INSPEÇÃO ULTRA-SÔNICA EM CASCO DE NAVIO DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA AUTOMATIZADO PARA INSPEÇÃO ULTRA-SÔNICA EM CASCO DE NAVIO Antonio A. de Carvalho, Raphael C. S. B. Suita, Ivan C. da Silva, João M. A. Rebello Universidade Federal do Rio

Leia mais

A velocidade escalar constante do caminhão é dada por:

A velocidade escalar constante do caminhão é dada por: 46 c Da carroceria de um caminhão carregado com areia, pinga água à razão constante de 90 gotas por minuto. Observando que a distância entre as marcas dessas gotas na superfície plana da rua é constante

Leia mais

ENGENHEIRO ELETRICISTA

ENGENHEIRO ELETRICISTA ENGENHEIRO ELETRICISTA QUESTÃO 01 O projeto de uma S.E. consumidora prevê dois transformadores, operando em paralelo, com as seguintes características: 500kVA, 13800//220/127V, Z = 5% sob 13.8KV; I n =

Leia mais

Conceitos e definições para correção do fator de potência através de carga capacitiva

Conceitos e definições para correção do fator de potência através de carga capacitiva Conceitos e definições para correção do fator de potência através de carga capacitiva anobra de capacitores Na ligação de capacitores a uma rede ocorre um processo transitório severo até que seja atingido

Leia mais

3.1 Definições Uma classe é a descrição de um tipo de objeto.

3.1 Definições Uma classe é a descrição de um tipo de objeto. Unified Modeling Language (UML) Universidade Federal do Maranhão UFMA Pós Graduação de Engenharia de Eletricidade Grupo de Computação Assunto: Diagrama de Classes Autoria:Aristófanes Corrêa Silva Adaptação:

Leia mais

ABAIXO ENCONTRAM-SE 10 QUESTÕES. VOCÊ DEVE ESCOLHER E RESPONDER APENAS A 08 DELAS

ABAIXO ENCONTRAM-SE 10 QUESTÕES. VOCÊ DEVE ESCOLHER E RESPONDER APENAS A 08 DELAS ABAIXO ENCONTRAM-SE 10 QUESTÕES. VOCÊ DEVE ESCOLHER E RESPONDER APENAS A 08 DELAS 01 - Questão Esta questão deve ser corrigida? SIM NÃO Um transformador de isolação monofásico, com relação de espiras N

Leia mais

Análise de componentes independentes aplicada à avaliação de imagens radiográficas de sementes

Análise de componentes independentes aplicada à avaliação de imagens radiográficas de sementes Análise de componentes independentes aplicada à avaliação de imagens radiográficas de sementes Isabel Cristina Costa Leite 1 2 3 Thelma Sáfadi 2 Maria Laene Moreira de Carvalho 4 1 Introdução A análise

Leia mais

Memória cache. Prof. Francisco Adelton

Memória cache. Prof. Francisco Adelton Memória cache Prof. Francisco Adelton Memória Cache Seu uso visa obter uma velocidade de acesso à memória próxima da velocidade das memórias mais rápidas e, ao mesmo tempo, disponibilizar no sistema uma

Leia mais

APLICAÇÕES DA CURVA s NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS

APLICAÇÕES DA CURVA s NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS CONCEITOS GERAIS : A curva S representa graficamente o resultado da acumulação das distribuições percentuais, parciais, relativas à alocação de determinado fator de produção (mão de obra, equipamentos

Leia mais

Previsão da Manutenção de Disjuntores de Alimentadores de Distribuição através do Método Probabilístico

Previsão da Manutenção de Disjuntores de Alimentadores de Distribuição através do Método Probabilístico Previsão da Manutenção de Disjuntores de Alimentadores de Distribuição através do Método Probabilístico F. Sato, Unicamp e J. P. Mamede, ELEKTRO Resumo Na previsão da manutenção de disjuntores utiliza-se

Leia mais

Tecnologia de faixa para falha

Tecnologia de faixa para falha Tecnologia de faixa para falha Por Tom Bell e John Nankivell Índice 1. Introdução 1 2. Equipamento de teste / processo de teste de PIM existente 2 3. Nova análise de RTF / limitações técnicas 3 4. Fluxograma

Leia mais

Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição.

Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição. Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição. De acordo com a Norma NBR 1001, um grande número de fatores influência a freqüência de calibração. Os mais importantes,

Leia mais

Disciplina: Biologia Série: 2ª série EM - 1º TRIM Professora: Ivone Azevedo da Fonseca Assunto: Genética de Populações

Disciplina: Biologia Série: 2ª série EM - 1º TRIM Professora: Ivone Azevedo da Fonseca Assunto: Genética de Populações Disciplina: Biologia Série: 2ª série EM - 1º TRIM Professora: Ivone Azevedo da Fonseca Assunto: Genética de Populações GENÉTICA DE POPULAÇÕES Quando estudamos, em determinada família ou linhagem, o modo

Leia mais

Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ

Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ Instituída pela Lei 0.45, de 9/04/00 - D.O.U. de /04/00 Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROEN Disciplina: Cálculo Numérico Ano: 03 Prof: Natã Goulart

Leia mais

Plano de Continuidade de Negócios

Plano de Continuidade de Negócios Plano de Continuidade de Negócios Objetivo Contingenciar situações e incidentes de segurança que não puderam ser evitados. Deve ser eficaz como um pára-quedas reserva o é em um momento de falha do principal,

Leia mais

Objetivo: Verificação dos pickups de cada enrolamento

Objetivo: Verificação dos pickups de cada enrolamento Tutorial de Teste Tipo de Equipamento: Relé de Proteção Marca: Ingeteam Modelo: PD250 Função: 64 - PHIZ - Falta a Terra Restrita Ferramenta Utilizada: CE-6003 & CE-6006 Objetivo: Verificação dos pickups

Leia mais

ESTUDO GRÁFICO DOS MOVIMENTOS. Gráfico posição x tempo (x x t)

ESTUDO GRÁFICO DOS MOVIMENTOS. Gráfico posição x tempo (x x t) ESTUDO GRÁFICO DOS MOVIMENTOS No estudo do movimento é bastante útil o emprego de gráficos. A descrição de um movimento a partir da utilização dos gráficos (posição x tempo; velocidade x tempo e aceleração

Leia mais

SARESTA SISTEMA DE RESTABELECIMENTO INTEGRADO AO SISTEMA DE SUPERVISÃO E CONTROLE DISTRIBUÍDO DA CEMIG

SARESTA SISTEMA DE RESTABELECIMENTO INTEGRADO AO SISTEMA DE SUPERVISÃO E CONTROLE DISTRIBUÍDO DA CEMIG GOP / 08 17 a 22 de Outubro de 1999 Foz do Iguaçu Paraná - Brasil GRUPO IX OPERAÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS (GOP) SARESTA SISTEMA DE RESTABELECIMENTO INTEGRADO AO SISTEMA DE SUPERVISÃO E CONTROLE DISTRIBUÍDO

Leia mais

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 69 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Rafael de Freitas Manço (UNI-FACEF) Antônio Acra Freiria (UNI-FACEF) INTRODUÇÃO Nas mais diversas áreas das ciências as equações diferenciais aparecem em situações práticas.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA SÉRIE DE EXERCÍCIO #A22 (1) O circuito a seguir amplifica a diferença de

Leia mais