DRAMATIZAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA O AUTOCUIDADO EM DIABETES MELLITUS. Rosiléia Rosa
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- Vagner Meneses Escobar
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1 DRAMATIZAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA O AUTOCUIDADO EM DIABETES MELLITUS Rosiléia Rosa
2 Qual a relação entre a dramatização e o profissional de saúde? Ao fazer referência sobre a atuação do profissional de saúde é comum lembrarmos de ações do cotidiano que envolvam a busca de diagnóstico e o tratamento de patologias específicas. Porém, a proposta deste trabalho demonstra que as atuações no campo da saúde vão além dessas habilidades. O texto aqui intitulado como dramatização irá propor técnicas alternativas de trabalho com o intuito de aproximar o profissional da saúde às pessoas com Diabetes Mellitus (DM), uma vez que essas técnicas podem estimular a comunicação e, como consequência, desvendar as diferentes formas de se sentir e conviver com a doença. O profissional de saúde quando lança mão de diferentes e inovadoras abordagens pode se aproximar da realidade vivida pela pessoa com DM, público-alvo desta temática, e compreender o que essa pensa e sente em relação à doença, assim como suas ações e enfrentamento. No entanto, atuar nesse cenário requer habilidades para lidar com os mais diferentes públicos, sendo preciso estar sensível às informações e necessidades da população. Nessa perspectiva, é importante que o profissional utilize o seu lado mais dinâmico, mais sensível e mais humano, principalmente quando trabalha com ações educativas. Essas ações profissionais devem demonstrar espírito de cidadania, de criticidade, de criatividade, do desenvolvimento da autonomia e da capacidade de resolução dos problemas (BRASIL, 1999). Uma atividade educativa em saúde, quando trabalha com a dramatização, oportuniza o aprendizado coletivo e se torna mais estimulante para iniciativas de autocuidado, sobretudo quando se estimula a expressão espontânea e a comunicação até antes inexplorada, revelando o verdadeiro estado físico e emocional dos participantes. Conforme aponta Meré Rouco (2003, p. 22), a interação mútua e o diálogo produzem novas conexões entre os participantes e criam um ambiente de abertura a novas formas de pensar. Assim, mesmo sem intenção, com a dramatização, cada um pode exprimir o que sente, aumentando as chances de atuação do profissional de saúde.
3 Dessa forma, esta proposta pretende contribuir com algumas dicas para o exercício da dramatização, estimulando reflexões sobre o processo saúdedoença, a troca de informações e experiências com os colegas, além de maior contato com o profissional de saúde, que conhecerá a realidade do grupo e poderá auxiliar na melhora da qualidade de vida da pessoa com DM. Para esta atividade, utilizamos como base a metodologia problematizadora, que tem como ponto de partida a realidade vivenciada para a posterior solução dos problemas apresentados. Neste espaço, cada participante é o protagonista de sua própria história. Os bastidores da atuação do profissional de saúde Antes de entrar em cena É fato comum observarmos profissionais que aplicam diferentes técnicas de interação sem, no entanto, justificar as atividades e os propósitos para sua aplicação. Por isso, este espaço será destinado ao processo que antecede às práticas. Desde já, é importante lembrar que a melhor forma de aperfeiçoar as técnicas será com as experiências que você irá retirar delas. Durante a construção das atividades, atue como participante das técnicas que pretende trabalhar. Você vai se sentir mais seguro e possivelmente irá aproximar-se de algumas sensações que poderão futuramente ser expostas pelo grupo. Estude cada técnica antes de sua aplicação, pense nas possibilidades que elas podem proporcionar. Avalie se a atividade escolhida é oportuna para a idade e para as condições físicas e psicológicas do grupo. Perceba se a atividade exige conhecimento prévio sobre algum tema antes de sua aplicação e, caso necessário, faça as devidas explicações antes de iniciar. Posteriormente à dinâmica, estimule a reflexão sobre os temas
4 aplicados e indique leituras sobre o DM. Considere as contribuições que o grupo trouxer, mesmo que estas sejam descritas com algumas dificuldades ou limitações, devido à carência de informação sobre os assuntos que forem trabalhados. Com o grupo de DM, conheça o que eles sabem sobre ela, ganhe confiança para entrar em determinados assuntos. Lembre-se que cada grupo possui um perfil, uma natureza, uma forma de entender a realidade. Aos poucos, tente sentir o que os participantes pensam e observe como se expressam para, posteriormente, tentar compreender as ações que surgirem. Com esta proposta, nos encontramos com Moreno (2004), que entende a dramatização como proposta de trabalho que trata de conteúdos e compreende o aprender na ação, construindo uma metodologia de ensino democrática e participativa, que gera a espontaneidade, cria desafios e possibilita a oportunidade de trabalhar em situações que envolvam o enfrentamento e a resolução de problemas. Então, porque não tentar essas ações na área da saúde? Seja espontâneo O profissional deve desenvolver sua espontaneidade durante toda a interação com o grupo, favorecendo o seu entrosamento. No início, alguns participantes poderão não se sentir à vontade porque não conhecem os participantes e por estarem diante de um profissional de saúde. Por isso, é importante esclarecer que não há qualquer relação de superioridade ou inferioridade entre eles. O fato de você ser espontâneo e utilizar propostas lúdicas não influencia na seriedade das atividades ou na sua postura profissional. Ao contrário, quanto mais desenvoltura, mais chances de credibilidade você poderá ter com o grupo. Monteiro (2006), afirma que os sentidos individuais são socialmente constituídos. Então, haja naturalmente e perceba que muitas reações do grupo também serão próximas às suas.
5 Planeje-se Preparar uma técnica para um grupo, assim como qualquer outra atividade profissional, necessita de planejamento. Essa etapa é fundamental para que o grupo compreenda o que se quer transmitir e possa responder às técnicas propostas. Comece definindo as informações que serão imprescindíveis transmitir ao grupo, delineando o que falar e o que evitar para conseguir maior participação. Se houver custos envolvidos, faça uma planilha dos gastos e verifique a viabilidade da atividade. Utilize a criatividade para que os custos não superem as expectativas. Conheça o espaço disponível, veja se é possível que o grupo fique bem acomodado. Para evitar imprevistos, chegue antes ao local e arrume o ambiente: disponha as cadeiras, mesas e demais materiais a serem utilizados de forma organizada. Fale ao grupo sobre o espaço e a duração de cada atividade. A sistematização do tempo auxilia no sucesso do encontro, por isso, é sempre interessante ter um relógio por perto. Certifique-se dos recursos disponíveis e confira se todos os equipamentos funcionam: data-show, som, retroprojetor, entre outros. Você precisa saber o número de pessoas que estarão presentes, para que situações desagradáveis sejam evitadas, como a falta de materiais e de espaço disponível. Observe o grupo e perceba se tudo está correndo bem ou se há algumas limitações, como as condições físicas de alguns participantes.assim, todas as tarefas precisam estar bem definidas e é importante que você conduza as atividades de forma horizontal, para que os integrantes se sintam mais seguros. A ausência de planejamento gera insegurança tanto para quem conduz a atividade, como para quem participa, podendo criar um clima desagradável para todo o grupo. Neste trabalho, por exemplo, você já sabe que o tema é DM, então é preciso definir o que e com quais materiais trabalhar, lembrando Monteiro (2006), que afirma que cada material possui seus limites e possibilidades.
6 Explique os objetivos Para a realização de cada atividade, há a necessidade de se explicitar os temas e objetivos. Pergunte se todos concordam que a atividade seja executada de tal maneira e se alguém possui alguma dúvida antes de iniciá-la. Diante de necessidades específicas, relate para o grupo que as manifestações serão respeitadas e que o sigilo também é importante diante do que acontece no contexto grupal. Quando o grupo sabe quais são seus objetivos, sua expressão e produtividade provavelmente aumentarão. Neste caso, todos partilharão dos mesmos esforços, esperanças e atuarão intensamente para que o objetivo seja cumprido. Seja criativo A criatividade é uma ferramenta utilizada para fazer algo diferente, para inovar dentro de uma perspectiva que previamente seria comum. Neste trabalho, a criatividade pode ser colocada em prática para simplificar as soluções para um determinado problema apresentado pelo grupo e estimular o desenvolvimento de novas habilidades entre eles. Algumas formas de representar a criatividade incluem a capacidade de inventar coisas novas, de desestruturar uma determinada realidade e reestruturá-la de outras maneiras e, principalmente, na resolução de problemas encontrados. Aproveite o grupo para desenvolver tanto o seu lado criativo e profissional, quanto o processo criativo dos participantes, numa experiência em que a comunicação e a expressão possuem espaço livre. Algumas pequenas ações, como: um fundo musical, uma decoração mais colorida, painéis expostos de diferentes formas, balões no chão, podem auxiliar no despertar da imaginação do grupo. Não imponha limites para sua criatividade! Hora de aquecer Os procedimentos de aquecimento são essenciais para o bom desenvolvimento das demais atividades. Neste espaço, é importante ir, aos poucos, quebrando a rotina, criar um clima de descontração para o grupo se desinibir. O aquecimento não só é o ponto de partida, mas está presente durante todo o tempo, tornando-se essencial para desenvolver qualquer atividade temática.
7 Sugira para o grupo ir soltando o corpo, aos poucos. Pode-se começar soltando os pés, pernas, cintura, braços, pescoço e cabeça. Estimule a respiração. Peça para o grupo fechar os olhos e inspirar e expirar devagar, estimulando o diafragma e percebendo o ar entrando e saindo, relaxando o corpo e trazendo energias boas para o grupo. Inicie movimentos faciais e peça que os participantes repitam. Mexa os olhos, sobrancelhas, nariz, abra e feche a boca. Comece a emitir alguns sons e solicite que o grupo também o faça. Vá aumentando o volume dos sons e comece a mexer o corpo no ritmo dos sons emitidos. Estimule a participação de todos. O aquecimento amplia as percepções internas e externas. Pequenos exercícios de estimulação desinibem e proporcionam bons resultados. Como desenvolver o roteiro Antes de iniciar o desenvolvimento de um roteiro você precisa saber qual o objetivo que se quer alcançar. Você precisa ter claro o que vai desenvolver, ter informações sobre o perfil do grupo e a realidade dos participantes. É preciso considerar que possivelmente os integrantes não se conheçam. Por isso, inicialmente, o roteiro deve ser organizado para que cada um consiga, aos poucos, integrar-se com o grupo. Crie sua própria ficha de controle, contendo início, meio e fim de cada atividade. Além de mentalizar todas as atividades, é relevante levar o registro para maior segurança. Diferentes técnicas devem ser adaptadas à realidade e interesse do grupo. Ao final de cada atividade, proponha uma pequena reflexão sobre o que acabou de ser vivenciado. É nesta hora que o profissional colhe importantes informações. Por isso, faça perguntas como: Vocês gostaram da atividade? Como se sentiram participando? Qual foi o maior desafio? Como desenvolver o tema Para iniciar um tema específico, é recomendado que o condutor da atividade inicie a conversa, muitas vezes, relatando sua própria experiência pessoal sobre o assunto a ser explorado. Essa é uma maneira de estabelecer a primeira ligação com o grupo, criando um clima mais informal de comunicação. Sobre o DM, você pode falar de sua proximidade com o tema, o que e como trabalha, quais as experiências pessoais que traz sobre o assunto.
8 Em que momentos aplicar atividades de dramatização? Segundo Williams (1998, p. 116), os grupos formados com base nos métodos de dramatização procuram: a. criar condições que propiciem a aprendizagem; b. aumentar a confiança mútua e dar oportunidade para desenvolver conexões entre os participantes; c. liberar a espontaneidade no grupo, para que as pessoas estejam abertas e para a criatividade; d. introduzir a dramatização logo no início, para que os membros do grupo comecem a se identificar como atores. Este trabalho de educação em saúde objetiva que os envolvidos interajam com a mesma sensibilidade com que a dramatização atua e, mesmo que ocorram interferências ou reações adversas, segundo Fela (2007), estas constituirão o próprio processo de interação humana. Então, boa sorte e ótimo trabalho! Exemplos de técnicas de dramatização para trabalhar com o grupo 1. Aquecimento e recepção O profissional de saúde agradece a presença de todos, apresenta-se, explica os objetivos das atividades e esclarece que a proposta terá maior sucesso mediante a participação e integração de todos os envolvidos. Considerando que o grupo ainda não se conhece, inicia-se com: O grupo caminhando, de forma informal, confortável; Ao caminharem, começarão a perceber os demais colegas, observando quem passa ao seu lado. Então, a troca de olhares deve acontecer diante de cada novo colega encontrado; Continuam caminhando e agora devem ocupar todo o espaço disponível, evitando deixar espaços vazios;
9 Os participantes são convidados a caminhar de forma mais rápida, aumentando de velocidade a cada passo. Ao toque do profissional, todos devem parar de caminhar e congelar sua imagem. Ao novo toque, todos voltam a caminhar na velocidade indicada, diminuindo, aos poucos, o ritmo dos passos; Agora, ao caminharem lentamente, o grupo não só troca olhares, como também se permite trocar um sorriso, cumprimentando cada colega; Para simbolizar a harmonia do grupo, todos agora caminham e, com a mão direita estendida, tocam a mão direita do colega que encontram; Para finalizar o acolhimento, vão formando um círculo e de mãos dadas recebem boas-vindas do profissional de saúde. Nesse espaço, é importante que o profissional reforce que a atividade foi criada para o grupo, por isso é tão importante haver participação e engajamento de todos os presentes. Também é relevante, que o profissional mentalize o que aponta Meré Rouco (2003), considerando que primeiro é preciso encontrar sentido naquilo que cada um faz para, depois, focalizar sua energia positiva para o desenvolvimento das potencialidades. 2. Apresentação O profissional distribui para o grupo um bilhete dobrado contendo um nome de um animal. Para que já na apresentação inicie a descontração do grupo, cada integrante fala seu nome, sua atividade profissional e representa o animal que estava em seu papel, para o grupo tentar adivinhar. Essa técnica propicia aquecimento para os próximos passos da oficina, por isso, é importante observar, desde o início, as primeiras reações do grupo para o bom andamento das atividades futuras. Isso, porque, segundo Fela (2007), as interações exigem de cada participante um determinado desempenho, o qual variará em função da dinâmica, de sua personalidade e da dinâmica do grupo.
10 3. Entrosamento O personagem Os integrantes devem ficar em dupla e serão orientados para que um deles seja o personagem e o outro o espelho. Então, o personagem inicia fazendo diferentes movimentos e o colega deverá repeti-los no mesmo instante, como se fosse um espelho. Ao sinal do profissional de saúde, as duplas trocam de papéis. Reflita com o grupo: É difícil se colocar no lugar do outro? Por quê? É mais fácil ser personagem ou espelho? Você, atualmente, é mais espelho ou mais personagem da sua vida? Atividade temática 4. Imaginação O profissional deverá colocar diferentes materiais espalhados no centro da sala: escorredor de macarrão, martelo, boneco, esmalte, entre vários outros. Quanto mais inesperado o material, mais interessante ficará a técnica. O objetivo dessa atividade é estimular a imaginação, que segundo Adler (2005), desperta reações imediatas. Através dela, é possível ver e pensar rapidamente. Nesse exercício proposto pela autora, ela afirma que é importante procurar pelas reações instantâneas do grupo diante de quaisquer objetos com que estiver trabalhando e ressalta que para a imaginação vir depressa, tudo o que se precisa fazer é deixá-la acontecer. Para executar essa atividade, um voluntário retira um material do centro da sala que deve servir de inspiração para ele começar uma história. Ao sinal do profissional, incrementamos a técnica e este voluntário deve passar o material para o colega da sua direita que deve continuar a história e incluir na sua narração um novo material disponível no centro. Cada integrante exercita a atividade durante trinta segundos. Criatividade Nesta técnica, os participantes imaginam uma situação de sua vida e depois tentam utilizar a criatividade para modificar essa situação conforme desejarem. Utilizando as indicações de Kaplan (2005), o profissional pode
11 realizar a seguinte sugestão: pedir para que todos fechem os olhos e pensem numa situação difícil, na qual tenham sido testados ou desafiados pela vida. Depois disso, cada integrante vai olhar a situação de um ponto de observação superior, como se estivesse vendo sua própria vida, só que do lado de fora. O profissional faz as seguintes perguntas (aguardando alguns segundos antes de passar para a próxima questão): Como estou convivendo com o DM? Eu poderia viver melhor? Olhando minha vida do lado de fora, o que poderia fazer no dia-adia para melhorar minha qualidade de vida? Eu posso conviver com o DM tendo uma vida mais criativa? Como? Depois de alguns segundos, o profissional pede para cada um, da forma que se sentir mais à vontade, comentar o que conseguiu enxergar no seu momento de reflexão, estimulando para usarem a criatividade na resolução dos problemas sentidos. Conforme Alves (2003, p.119) a criatividade é precisamente isto: inventar. Fazer existir coisa que não existe. Nesse ambiente será possível estimular a recriação da própria realidade apresentada. Reconstruindo o hoje Esta atividade é uma adaptação da técnica proposta por Simão de Miranda, em Para iniciá-la, é preciso atribuir a cada integrante uma numeração e depois orientá-los no sentido de que a Equipe l seja composta pelos participantes com os números de l a 5; para a Equipe 2, os números de 6 a 11; para a Equipe 3, os números de 12 a 17. A seguir, o profissional deve entregar recortado o texto abaixo (ou outro texto conforme escolha) e distribuir somente um verso para cada integrante de cada equipe. São 17 frases, incluindo o título. Se o grupo possuir número menor de pessoas, poderão ser entregues dois recortes para alguns, até que se esgotem. Feito isso, cada equipe terá cinco minutos para dispor as frases na ordem que entender ser a do texto original e deverão posicionar-se conforme a ordem que estabeleceram para as frases. Em seguida, sem desmanchar a ordem das equipes, o grupo refaz o gran-
12 de círculo e, a partir da Equipe l, cada uma lê sua sequência. Depois disso, o grupo terá mais 10 minutos para tentar montar a sequência original do texto e posicionar-se tal qual, precisando para isto trabalhar coletivamente. Esgotado o tempo estabelecido, o profissional solicita que o grupo apresente a leitura do texto construído. No final, o profissional entrega para cada um uma cópia do poema original e solicita que um ou mais voluntários leiam publicamente. É importante conversar com o grupo sobre a experiência, parabenizá-los pelo esforço de tentar colocar o texto na ordem correta e aproveitar para refletir com eles sobre os versos analisados. Texto sugerido: Sou Trovador Sou rico de saúde e paz Muito limitada minha ambição Ter pouco já me satisfaz Nunca neguei estender minha mão Não minto, sou fiel à verdade Sempre fui trabalhador Privo pelo valor da amizade E do amor sou um trovador Vivas ao amor e a lealdade! Viva quem da esperança se alimenta! Viva quem priva da liberdade! Viva quem a paz apascenta! A vida tem limitações E maléfico é o excesso O exagero cria distorções Ela segue em frente não tem retrocesso Ubirajara Fernandes
13 Fechamento Para verificar se a mensagem do trabalho foi alcançada pelo grupo, utilizaremos alguns passos da técnica de Andreola (1998), sugerida para alcançar os seguintes objetivos: revisão e fixação dos temas trabalhados; levantamento e fixação dos temas-chave; capacitação para a descoberta de novas relações entre os conceitos. DESENVOLVIMENTO 1. Entrega-se aos membros do grupo com DM 3 bilhetes em branco; 2. Individualmente, o grupo escreve 3 conceitos-chave sobre as atividades vivenciadas, um em cada bilhete, e dobra; 3. Os bilhetes são recolhidos numa caixa e depois misturados bem; 4. Agora, cada membro do grupo retira 3 bilhetes da caixa; 5. Durante 1 minuto (ou mais, segundo as características do tema e o tempo disponível), cada um disserta sobre os conceitos, tentando relacioná-los entre si. Avaliação O processo de avaliação de toda atividade é um grande mediador para sabermos até que ponto o trabalho atingiu os objetivos e as necessidade do grupo. Por isso, tal momento é altamente relevante antes que o grupo se disperse e o profissional de saúde oficialize o encerramento das atividades. Aubry e Saint-Aurnaud (1997) demonstram as questões abaixo como proposta de avaliação.
14 Que pensa você desta reunião? 1. Que pontos lhe pareceram agradáveis ou úteis ao longo da reunião? 2. Que pontos lhe desagradaram? 3. Que melhoramentos você sugere para a próxima reunião? 4. Quantas vezes você quis falar e esteve impedido porque: a. não podia obter a palavra? b. parecia-lhe inútil ou pouco importante? c. temia que o grupo não aceitasse sua contribuição? d. sua contribuição não teria ajudado o grupo? e. não conseguia expressar-se bastante claramente? f. alguém já o fizera? g. outras razões? (especificar, por favor) Outros comentários (verso) Não assinar, por favor
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