O pai que clamou a Jesus

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1 LIÇÃO 7 O pai que clamou a Jesus 14 de Agosto de 2011 Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água. Mt O clamor sincero e cheio de fé move a mão de Deus. Compreender que os pais têm uma grande responsabilidade; Saber que a bênção chega quando vamos até Jesus; Entender que a fé é um instrumento que deve de contínuo ser utilizado. Advertir: Informar ou avisar; Concomitantemente: Simultaneamente ou que acontece ao mesmo tempo; Indagar: Procurar saber; perguntar ou investigar. 415, 510, 517 Mt E, quando chegaram para junto da multidão, ANÔNIMOS E ATALAIAS DE DEUS aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse; Mt Senhor, compadecete de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e outras muitas, na água. Mt Apresentei-o a teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. Mt Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Trazei-me aqui o menino. Mt E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e desde aquela hora ficou o menino curado. Segunda Terça Sl Co 1.24 Mt 4.1,2 Lc 9.1 Quinta Sexta Quarta Lc 4.41 Sábado Ef 6.16 Introdução 1. Um menino possuído pelo maligno 2. O milagre de Jesus 3. A atuação dos demônios 4. Lições de um pai Conclusão 39

2 Introdução Algumas tradições dizem que o fato ocorreu no monte Tabor, mas havia, na época de Jesus, uma fortaleza romana dominando o monte. O caminho mais lógico seria às alturas do Hermom, a 20 Km de Cesaréia, com quase m de altura. A transfiguração e a cura do rapaz são dois acontecimentos que não ocorreram ao mesmo tempo, pois o evangelista Lucas nos informa que o episódio foi no dia seguinte (Lc 9.37). Um menino possu- 1.ído pelo maligno Quando desceram do monte da transfiguração, Jesus e os discípulos Pedro, Tiago e João, encontraram os demais diante de uma situação embaraçosa (Mc ). Os escribas debatiam com eles o porquê de não conseguirem expulsar o demônio do menino cujo pai, angustiado e triste, havia trazido. O filho único era possuído por um espírito mudo (Mc 9.17) e sofria com a manifestação do maligno, que o perseguia desde a infância O menino era lunático O pai daquele menino o identificava como um lunático. A tradição judaica ensinava que tal enfermidade era influenciada pelas mudanças ou fases da lua, daí o nome lunático. A Bíblia faz a diferença entre enfermidade e uma pessoa possuída por demônios (Mt 4.24) O mal o acompanhava E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: desde a infância (Mc 9.21). Quantos pais não podem dormir devido aos filhos envolvidos com bebidas, drogas e toda sorte de mal que paira sobre o mundo? Mas, a Palavra de Deus nos adverte: e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8.32) O maligno queria destruí-lo A ação de demônios que invadem e dominam o sistema nervoso, a consciência sensorial, a sede da vontade do indivíduo, enfim, possuem o corpo físico do homem que é por eles controlado (Mc 9.18). A intenção do diabo é matar, roubar e destruir (Jo 10.10). Mas Jesus veio para dar vida com abundância. Os antigos acreditavam que 40 JOVENS E ADULTOS DOMINICAL PROFESSOR

3 a epilepsia fosse causada pelo fenômeno cíclico do satélite da terra. Na realidade, a epilepsia nada tem a ver com tais fenômenos da natureza, e sim, segundo a medicina, com uma enfermidade causada por distúrbios do sistema nervoso central. No relato bíblico em voga, o rapaz não era de fato epilético, e sim possesso de espírito maligno, que se manifestava com os sintomas semelhantes ao da epilepsia. Muitas pessoas ainda confundem epilepsia com possessão demoníaca. O milagre de Je- 2.sus Milagre pode ser definido como uma interferência da lei de Deus sobre as leis naturais, mediante poder sobrenatural. Quando o altar é renovado e a fé restaurada, o Senhor opera e as suas maravilhas acontecem. Jesus apontou Oração e Jejum como recursos poderosos nas adversidades Os discípulos não puderam (Mt 17.16; Mc 9.18) A falta de poder da parte dos discípulos é interpretada por Jesus com base na incredulidade (Mt ). Os discípulos foram derrotados: 1) Por haver neles o exagero da autoconfiança, orgulho e esforço puramente humanos; 2) Os seus motivos visavam causar impressão na multidão; 3) O pai do menino não tinha fé suficiente. Pedir oração por um enfermo não é necessariamente sinal de fé. O pai culpava os discípulos (v.16). Lindo é reconhecer quando estamos errados e buscamos trilhar o caminho certo O Perigo da frieza espiritual (Mt 17.17; Mc 9.19) Até quando vos sofrerei? Nesta expressão, Jesus nos mostra a tristeza causada pela aflição de conviver com incrédulos. Sem lenha o fogo se apagará (Pv 26.20; Lv 6.12). Ocorre quando a Igreja começa a ficar morna, não tem mais interesse pela genuína Palavra de Deus, pelos estudos bíblicos, pelo batismo com Espírito Santo e pelos momentos de oração Tudo é possível ao que crê (Mc 9.23) Jesus afirma que tudo é possível se crermos, porque nada é difícil para Deus. Esse comportamento de convicção e pura confiança nas Escrituras, é denominado fé (Hb 11.1,6; Ef 2.8,9). O crescimento na fé é um processo constante da renovação de nossa confiança em Cristo. Pela fé os antigos alcançaram testemunho (Hb 11.2). Deus se manifestou desde o início, testificando na alma dos que nele creram. Fez assim com Abel, que pela fé alcançou um maravilhoso testemunho de que era justo (Hb 11.4). A fé é a prova das coisas que se não veem. Deus é invisível aos olhos naturais (Cl 1.15; 1Tm ANÔNIMOS E ATALAIAS DE DEUS 41

4 1.17), e do mesmo modo as coisas espirituais (2Co 4.18). O homem natural não pode entendê-la (1Co 2.14), mas a fé põe em seu coração a certeza absoluta de que Deus existe e é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). A Palavra de Deus fala a respeito da atitude do crente para com Deus: Ao qual, não havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso (1Pe 1.8). Jesus afirmou: Bem-aventurados os que não viram e creram (Jo 20.29). A atuação dos de- 3.mônios Algumas pessoas negam a existência dos demônios. Pelas Escrituras podemos ver: Sua origem (Is ; Ez ); Seu caráter, isto é, as qualificações do caráter que são indicados pelos seus títulos, como: 1) Satanás, que significa adversário ; 2) Diabo, caluniador ; 3) Destruidor apollyon (grego), Abaddon (hebraico); 4) Serpente (Ap 12.9); 5) Tentador (Mt 4.3); 6) Príncipe e deus deste século (Jo 12.31; 2 Co 4.4). Suas atividades: Perturbar a obra de Deus (1 Ts 2.18) e o seu destino: será aprisionado durante o milênio e depois será lançado no lago de fogo (Ap 12.9; 20.10) Os demônios são opositores de Deus Satanás e seus agentes têm ódio da humanidade e por isso desejam destruí-la ou simplesmente jogá-la contra Deus. Sendo assim, o inimigo se opõe em primeiro lugar a Deus e em segundo lugar à humanidade (Zc 3.1; 1 Pe 5.8). Ele procura em todo momento acusar os homens diante de Deus (Jó 1.9, 11; 2.4,5; Ap 12.10), e também denegrir a imagem de Deus diante da humanidade (Gn 3.1-5; Is 14.13,14) Os demônios oprimem O maligno oprime a mente através de imaginações fantasiosas de pecado, ou de doenças emocionais e físicas. As Santas Escrituras apontam o exemplo de Jó, que foi ferido com tumores por um ataque de Satanás. Não significa que ele tenha ficado endemoninhado (Jó 2.7), apenas foi provado Os demônios tomam posses de vidas Estudiosos afirmam que, no grego, a expressão Daimonizomai implica em estar sob o controle de um espírito maligno. A possessão demoníaca é aquela que invade a personalidade da pessoa e toma o controle total da mente, da alma e do corpo, sendo vistas atitudes irracionais que se manifestam de modo assustador. A Bíblia dá claro testemunho da sua existência real e operação (Mt 12.26,27; Mt 9.33; 12.22; Mc 5.4,5). Satanás é o nome do príncipe do mal, que em hebraico é sãtãn, em grego satanás, e que basicamente significa adversário (Nm 22.22). As referências a satanás, no Antigo 42 JOVENS E ADULTOS DOMINICAL PROFESSOR

5 Testamento, são poucas, mas sempre ocupado em atividades contra os melhores interesses dos homens. Ele impeliu a Davi a enumerar o povo (1 Cr 21.1); Ele se pôs ao lado direito de Josué, o sumo-sacerdote, a fim de resistirlhe, para que atraísse contra si mesmo a repreensão do Senhor (Zc 3.1). 4.Lições de um pai A Bíblia possui dez registros sobre o que o demônio pode causar ao ser humano: 1) Mudez (Mc 9.17,25); 2) Surdez (Mc 9.25); 3) Espuma pela boca (Mc 9.18,20); 4) Ataques (Mc 9. 18,20,26); 5) Ranger de dentes (Mc 9.18); 6) Exaustão (Mc 9.18,26); 7) Quedas (Mc 9.20); 8) Tendências suicidas (Mc 9.22); 9) Gritos (Mc 9.26); 10) Insanidade ou loucura (Mt 17.15). O pai deve ser um exemplo para os seus filhos, um sacerdote em seu lar, um porto seguro para aconselhar e um bálsamo para motivar (Ec 4.9) Buscou a bênção em Jesus Já no versículo 22, disse o pai do menino:...se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos. Devido à decepção sofrida, é possível ver em suas palavras uma pequena dúvida, mas a atitude do Mestre despertou a sua fé (Tg 1.5-8). Aquele pai apelou para a compaixão de Jesus e se humilhou, reconhecendo que precisava ser ajudado O amor pelo seu filho No evangelho de Marcos 9.24 está escrito: E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor!.... É possível imaginar aquela cena, um pai que sentia suas limitações, as forças praticamente esgotadas, decepcionado, mas amava o seu filho. Tudo na vida espiritual se baseia no amor (1Co 16.14). Se o amor entre os cônjuges terminar, que restará desse matrimônio? Se o amor entre os membros de uma família se acabar, restará somente ódio. Da mesma forma, se a Igreja do Senhor perder o amor para com o Noivo e a Sua vinda, não estará em perigo a sua felicidade eterna? Portanto, cada um de nós deve examinar-se a si mesmo (1Co 11.28). A perda do primeiro amor abre a porta às vãs contendas (1Tm 1.5,6). Dá lugar também à manifestação das obras da carne (Gl ), dentre as quais se destacam o ódio, a ira e a inveja. Faltando o amor, corremos o risco de destruir alguém pelo qual Cristo morreu (Rm 14.15). A perda do amor é uma queda, porque a coroa da justiça será dada somente aos que amarem a vinda de Jesus (2Tm 4.8). Quando alguém por descuido, perde a intimidade com Deus, seu amor começa a esfriar. No momento em que Pedro começou a ficar para trás (Hb 4.1) e a seguir a Jesus de longe (Lc 22.54), já estava a um passo da queda. Devemos acompanhar Jesus de perto (Sl 63.8; Gn 32.26; 2 Cr 31.21; Is 26.9). ANÔNIMOS E ATALAIAS DE DEUS 43

6 4.3. Vencendo sua incredulidade Ainda em Marcos 9.24b encontramos:...ajuda a minha incredulidade. Em Mateus 17.19, Jesus chamou-os de geração incrédula. Tanto os escribas, que apenas queriam discutir e nada faziam, como os discípulos sem a devida consagração, o pai do menino possesso e a multidão curiosa, eram todos incrédulos! Por essa razão tudo fadava ao fracasso. Era tão clara a incredulidade que, mesmo depois que o menino ficou liberto, ainda pensavam que ele havia morrido (Mc 9.26). Jesus anulou a incredulidade: 1) Repreendendo (Mt 17.17); 2) Enfrentando o problema (Mt 17.18); 3) Despertando a fé daquele pai, ao demonstrar atenção e amor pelo menino. A incredulidade sempre será uma barreira para a manifestação de um grande milagre. Conclusão Na vida cristã há muitos desafios. Uns parecerão mais difíceis que outros, mas se permanecermos fiéis a Cristo e tivermos fé, certamente venceremos. Ele prometeu estar conosco todos os dias, até a consumação dos séculos. 1. Cite o lugar em que o fato narrado na lição poderia ter acontecido. R. Este fato pode ter ocorrido no sopé do monte Hermom. 2. Durante quanto tempo o menino sofria daquele mal? R. Desde a infância. 3. Cite 10 registros Bíblicos sobre o que o demônio pode causar ao ser humano. R. 1) Mudez (Mc 9.17,25); 2) Surdez (Mc 9.25); 3) Espuma pela boca (Mc 9.18,20); 4) Ataques (Mc 9. 18,20,26); 5) Ranger de dentes (Mc 9.18); 6) Exaustão (Mc 9.18,26); 7) Quedas (Mc 9.20); 8) Tendências suicidas (Mc 9.22); Gritos (Mc 9.26); 10) Insanidade ou loucura (Mt 17.15) 4. Cite duas passagens Bíblicas que comentam sobre a origem de Satanás. R. Is ; Ez Por que os discípulos foram derrotados? R. 1) Por haver neles o exagero da autoconfiança, orgulho e esforço puramente humanos, não confiaram de fato em Deus; 2) Os seus motivos visavam causar impressão na multidão; 3) O pai do menino não tinha fé suficiente. 44 JOVENS E ADULTOS DOMINICAL PROFESSOR