CONTABILIDADE NA PRÁTICA, RÁPIDA E FÁCIL
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- Sebastião Peres Caldeira
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1 1 CONTABILIDADE NA PRÁTICA, RÁPIDA E FÁCIL
2 2 SUMÁRIO CONTABILIDADE, INFORMAÇÃO CONTÁBIL...3 PATRIMÔNIO...3 METODOS DAS PARTIDAS DOBRADAS...7 BALANÇO PATRIMONIAL...7 FÓRUMULAS DE LANÇAMENTOS...7 RETIFICAÇÃO OU CORREÇÃO...8 CAPITAL SUBSCRITO E CAPITAL A REALIZAR...9 CONTABILIZAÇÃO DE JUROS...10 CONTABILIZAÇÃO DESCONTOS...12 FÓRMULA PRÊMIO DE SEGURO...14 FÓRMULA DE MATERIAL DE EXPEDIENTE...15 FÓRMULA DE CUSTO DE MERCADORIA VENDIDA (CMV)...15 FÓRMULA DO RESULTADO DA CONTA DE MERCADORIAS (RCM)...17 DEPRECIAÇÃO...19 AMORTIZAÇÃO...20 BIBLIOGRAFIA...21
3 3 Contabilidade, informação contábil Primeiramente devemos ter em mente o básico do básico, mas também um pouco de teoria para complementar as informações. Contabilidade é uma ciência social, e seu objeto é o Patrimônio, e seu objetivo é fornecer informações aos interessados. Interessados esses como: usuários internos, usuários externos, investidores, fornecedores, governos, sócios e administradores ou público em geral. A contabilidade é um instrumento fundamental para auxiliar a administração moderna de uma empresa, e como principal objetivo, fornecer informações úteis para tomada de decisões. Informações essas, de forma estruturada e de um planejamento contábil em que um sistema de informação é desenhado. Seguindo esses conceitos, chegamos ao Plano de Contas, esse o qual deve ser muito bem elaborado e estruturado para que não haja problemas periodicamente ou futuramente. Cada usuário tem uma necessidade de informação contábil o qual se resume em seguida: Empregados Interesse em informações sobre a estabilidade e lucratividade da empresa, dentre outras, como avaliar a capacidade que a empresa tem em fornecer remuneração, benefícios, aposentadoria e/ou oportunidades de emprego. Público Se a empresa tem capacidade de fornecer contribuição à economia local, dentro de uma sociedade. Governo e Agências Seu interesse é na destinação de recursos e atividades da empresa. Também se interessam pelo motivo de regulamentar as atividades da empresa, estabelecendo políticas fiscais, também servir de base para determinar a renda nacional. Clientes Interesse sobre a continuidade operacional da empresa, onde tem um relacionamento de longo prazo ou de depender da empresa como fornecedor. Fornecedores (credores) Interesse em informações para avaliar se a empresa tem capacidade de cumprir com seus respectivos vencimentos. Bancos Interesse em informações sobre a empresa e se a mesma tem condições de pagar por empréstimos e jutos no respectivo vencimento. Investidores Principal interesse é se a empresa tem condições de pagar seus dividendos, oferecendo oportunidades e condições de novos investimentos. Patrimônio Patrimônio é um conjunto de Bens, Direitos e Obrigações avaliado em moeda. Resumindo de uma maneira simples, Patrimônio é tudo o que uma empresa possui. Bens: Estoque de Mercadorias, Veículos, Moveis e Utensílios, Computadores e Periféricos, Terrenos, etc. Direitos: Duplicatas a Receber, Promissórias a Receber, uma venda ocorrida de um valor o qual a empresa tem Direito a receber. Obrigações: Seus pagamentos a Fornecedores, Salários, Impostos a Recolher, exemplo: Duplicatas a Pagar, Promissórias a Pagar, Salários a Pagar, etc. Patrimônio Líquido o qual pode ser caracterizado como a diferença entre o Ativo e Passivo. [Bens + Direitos] [Obrigações] = Patrimônio Líquido, onde Bens e Direitos = ATIVO e Obrigações = PASSIVO.
4 4 Abaixo alguns exemplos de elementos de Ativos e Passivos. ATIVO ELEMENTOS EXPRESSÃO Duplicatas a Receber Promissórias a Receber Aluguéis a Receber PASSIVO ELEMENTOS EXPRESSÃO Duplicatas a Pagar Promissórias a Pagar Aluguéis a Pagar Impostos a Pagar Salários a Pagar Aspectos qualitativos e quantitativos, são dois aspectos que a contabilidade leva em conta para representar os elementos que compõem o Patrimônio. Aspecto Qualitativo: onde podemos especificar a natureza de cada Bens, Direitos e Obrigações. Exemplo: PATRIMÔNIO Bens: Dinheiro/Caixa Veículos Computadores e Periféricos Direitos: Duplicatas a Receber Promissórias a Receber Obrigações: Duplicatas a Pagar Salários a Pagar Aspecto Quantitativo: consiste em colocar valor em cada aspecto qualitativo, ou seja, dar valor as naturezas de Bens, Direitos e Obrigações. PATRIMÔNIO Bens: Dinheiro/Caixa Veículos Computadores
5 5 Direitos: Duplicatas a Receber Promissórias a Receber Obrigações: Duplicatas a Pagar Salários a Pagar Vamos ver agora a representação gráfica do Patrimônio, muito simplificada para ilustrar é denominada conta em T ou Razonete. Veja abaixo: Título da Conta Débito Crédito Ativo Título da Conta Passivo Débito Bens Direitos Crédito Obrigações No lado esquerdo, temos o Ativo, seguido dos Bens e Direitos, o qual são contas Devedoras, ou seja, todos os seus lançamentos a Débito. No lado direito, temos o Passivo, seguido das Obrigações, o qual são contas Credoras, todos os lançamentos a crédito. Por quê? Vamos lá! Regras do Débito e Crédito: Para contas do Ativo todo lançamento que gera aumento no Ativo, é denominado como Débito, todo lançamento que gera diminuição no Ativo, é denominado como Crédito. Ao contrário de sua conta no banco, que quando o dinheiro entra na sua conta (aumenta) é denominado como Crédito, quando sai da sua conta (diminui) é denominado como Débito. Para contabilidade, esse conceito é ao contrário. Vejamos na imagem abaixo: Ativo Título da Conta Débito Crédito Aumento Diminuição (+) (-)
6 6 Para contas do Passivo, os lançamentos seguem o mesmo conceito, porém, quando á aumento no Passivo, o lançamento será á Crédito, quando houver diminuição do Passivo, o seu lançamento será á Débito. Passivo Título da Conta Débito Crédito Diminuição Aumento (-) (+) O mesmo conceito serve para lançamentos no Patrimônio Líquido, quando houver aumento, credita o valor, quando houver diminuição, debitamos o valor. Patrimônio Líquido Título da Conta Débito Crédito Diminuição Aumento (-) (+) Lançamentos das contas de resultado, Despesas, Receitas, Custos: Despesas: Sempre à Débito; Custos: Sempre à Débito; Receitas: Sempre à Crédito. Contas de Resultado Receita Crédito Aumento (+) Contas de Resultado Despesas/Custos Débito Diminuição (-) Para fixar: Todo aumento que ocorrer no Ativo: Lançamento no lado esquerdo do razonete à Débito; Quando houver diminuição no Ativo: Lançamento no lado direito do razonete à Crédito. Todo aumento que ocorrer no Passivo e no Patrimônio: Lançamento no lado direito do razonete à Crédito; Quando houver diminuição do Passivo: Lançamento no lado esquerdo do razonete à Débito. Outra dica: Despesas sempre a Débito Receita sem a Crédito.
7 7 Métodos das partidas dobradas. Ao ouvir sobre esse método, você sempre irá assemelhar essas palavras com essa frase Suma de aritmética, geometria, proportioni et proportionalita que nada mais é do grande autor e um dos Pai da Contabilidade. Luca Pacioli, um Frade Franciscano, que em 1494 consolidou o método das partidas dobradas, expressando causa/efeito com os termos débito e crédito, da seguinte forma, para cada débito um crédito de igual valor. Houve muitos outros autores, precursores, e nomes da contabilidade, porém iremos tratar dos lançamentos mais práticos aqui. Por esse princípio, ao elaborar um balanço patrimonial, os saldos das contas do ativo (lado esquerdo) deve se igualar com o saldo das contas do passivo e patrimônio líquido (lado direito) do balanço. Balanço Patrimonial É a peça fundamental que retrata a posição das contas de uma empresa após todos os seus lançamentos, e operações de um período (provisões, depreciações, devedores, credores, etc) e ajustados depois do encerramento das contas de Despesas e Receitas. É a mais importante demonstração contábil. Básico e rápido, Balanço Patrimonial se resume em: a soma dos débitos é sempre igual dos créditos, e a soma de todos os saldos devedores será sempre igual a soma dos saldos credores. A contabilidade utiliza o método das partidas dobradas para representar débitos por créditos do mesmo valor, indicando a conta onde foi feita a aplicação do recurso para creditar a conta de origem. Débito -> Aplicação do Recurso Crédito -> Origem do Recurso Fórmulas de Lançamentos. Lançamentos efetuados no Livro Diário (iremos tratar em outro documento em breve) onde registramos os lançamentos a Débito e a Crédito conforme imagem abaixo: Exemplo de Livro Diário D C Caixa Banco conta movimento Conta Descrição Débito Crédito 101 Caixa 1.000,00 a Saque em dinheiro no Banco X (102) 1.000,00 Neste exemplo temos um lançamento de 1º Fórmula, onde: 1º Fórmula: um Débito para um Crédito; 2º Fórmula: um Débito para dois ou mais Crédito; 3º Fórmula: dois ou mais Débito para um só Crédito; 4º Fórmula: dois ou mais Débito para dois ou mais Crédito;
8 8 Na imagem acima, o lançamento a Crédito é sinalizado com a letra a não sendo necessário estar na coluna Crédito pois o a já indica que o lançamento é a Crédito. Em algumas empresas ainda se utiliza o a e não é registrado na coluna crédito, mas já sabendo que se trata de um registro a Crédito. Devemos ficar atentos, pois se os lançamentos não se igualarem, podem estar com algum problema já no registro do Livro Diário e poderá ser analisado e se possível efetuar a sua correção. Retificação ou Correção É um processo técnico de correção de um registro realizado com erro na escrituração contábil da empresa, podemos chamar também de: Estorno, Transferência ou complementação. Estabelecido através de normas do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) e NBC o qual trata de escrituração contábil, não devendo conter rasuras, emendas, escritos entre linhas ou raspaduras. Com essas informações decoradas, já podemos começar a exercitar os lançamentos. Utilizaremos um exemplo de situação líquida positiva, onde o Patrimônio Líquido será positivo. Registros nos razonetes: Caixa 200,00 Móveis e Utensílios 300,00 Duplicatas a Pagar R4 170,00 Veículos 30,00 Salários a Pagar 20,00 Duplicatas a Receber 70,00 CAIXA Móveis e Utensílios 200,00 300,00 30,00 Veículos Salários a Pagar Duplicatas a Receber Duplicatas a Pagar 20,00 70,00 170,00
9 9 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO CONTA DESCRIÇÃO DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR 100 CAIXA 200,00 200, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 300,00 300, VEÍCULOS 30,00 30, DUPLICATAS A RECEBER 70,00 70, DUPLICATAS A PAGAR 170,00 170, SALÁRIOS A PAGAR 20,00 20, RESERVAS DE LUCRO 410,00 410,00 TOTAL 600,00 600,00 600,00 600,00 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO CAIXA 200,00 Duplicatas a Pagar 170,00 Móveis e Utensílios 300,00 Salários a Pagar 20,00 Veículos 30,00 190,00 Duplicatas a Receber 70,00 Patrimônio Líquido Reservas de Lucros 410,00 TOTAL ATIVO 600,00 TOTAL PASSIVO 600,00 Neste exemplo utilizamos valores simbólicos apenas para demonstrar que esse Balanço Patrimonial é um balanço de Situação Líquida Positiva, pois o valor do Patrimônio Líquido é maios que zero 0 (PL>0), sendo que se o mesmo for menor que zero 0 (PL<0) seria uma Situação Líquida Negativa ou se o Patrimônio Líquido for igual a zero 0 (PL=0) seria uma Situação Líquida Neutra ou Nula. Capital Subscrito e Capital a Realizar Para constituição de uma empresa, precisamos de um Capital, podendo ser composto por dinheiro ou Bens e/ou Direitos. Capital subscrito e/ou Capital a Realizar, vem nos dizer que, na constituição da empresa o proprietário investe todo o seu dinheiro na empresa, ou na Integralização (Capital a Realizar) o proprietário, investe uma parte em dinheiro e outras partes em Bens ou Direitos. Exemplo: Na subscrição de uma empresa o Capital seria no valor de ,00 sendo a sua integralização Capital Subscrito, em: ,00 em Dinheiro (Caixa), ,00 em Móveis e Utensílios e ,00 em Veículos. Os registros desses lançamentos ficariam da seguinte forma:
10 10 Capital Móveis e Utensílios* Caixa* , , ,00 Capital a Realizar , ,00 M* , ,00 C* ,00 V* , ,00 Veículos* Contabilização de Juros Temos duas formas de contabilizar Juros: Juros Ativos e Juros Passivos, ao contrário dos registros de lançamentos de Ativo (quando aumenta debita) Passivo (quando aumenta credita), Juros estão em Contas de Resultados como Receitas e Despesas*. Juros Ativos: Podendo ser considerado em um plano de contas como sendo, Receita Operacional Financeira. É quando a empresa Recebe Juros, ou seja, no Recebimento de uma Duplicata em atraso onde a mesma tem juros de 5% após o vencimento. Nesse caso, contabilizamos da seguinte forma: Duplicatas a Receber no valor de 5.000,00 com juros de 5%. Recebimento na Conta do Banco X. Duplicatas a Receber Juros Ativos Banco conta Movimento , ,00 250, ,00 No exemplo acima, suponhamos que a empresa tem ,00 em Duplicatas a Receber, o qual está registrado em Débito da Conta Duplicatas a Receber (Aumento do ativo = Débito). Recebemos então, o valor de 5.000,00 com juros de 5% o qual o valor dos Juros é de 250,00 (5.000,00 x 5% = 250,00). E o recebimento irá ocorrer com depósito em conta. Para Recebimento Creditamos da Conta Duplicatas a Receber o valor de 5.000,00, em seguida registramos o valor dos juros como crédito na conta Juros Ativo (estamos gerando uma receita de um Direito) para finalizar somamos os valores dos créditos de suas respectivas contas e registramos em Débito na Conta Banco conta Movimento. Totalizando o valor da Duplicata a Receber com os Juros. Duplicatas a Receber , ,00
11 11 Juros Ativos 250,00 Banco conta Movimento 5.250,00 Sendo este um lançamento de 2º Fórmula: um Débito para dois ou mais Crédito Juros Passivos: Podendo ser considerado em um plano de contas como sendo, Despesas Financeiras. É quando a empresa Paga Juros, ou seja, no Pagamento de uma Duplicata em atraso onde a mesma tem juros de 5% após o vencimento. Nesse caso, contabilizamos da seguinte forma: Duplicatas a Pagar no valor de ,00 com juros de 3%. Pagamento em Cheque do Banco X. Duplicatas a Pagar Juros Passivos Banco conta Movimento , ,00 300, ,00 No exemplo acima, suponhamos que a empresa tem ,00 em Duplicatas a Pagar, o qual está registrado em Crédito da Conta Duplicatas a Pagar (Aumento do Passivo = Crédito). Pagamos então, o valor de ,00 com juros de 3% o qual o valor dos Juros é de 300,00 (10.000,00 x 3% = 300,00). E o pagamento irá ocorrer com cheque do Banco X. Para Pagamento Debitamos da Conta Duplicatas a Pagar o valor de ,00, em seguida registramos o valor dos juros como débito na conta Juros Passivo (está ocorrendo uma despesa de uma Obrigação) para finalizar somamos os valores dos débitos de suas respectivas contas e registramos em Crédito na Conta Banco conta Movimento. Totalizando o valor da Duplicata a Pagar com os Juros. Duplicatas a Pagar , ,00
12 12 Juros Passivos 300,00 Banco conta Movimento ,00 Sendo este um lançamento de 3º Fórmula: dois ou mais Débito para um só Crédito Contabilizando Descontos Primeiro vamos diferenciar dois tipos de descontos, que são: Descontos Incondicionais e Descontos Condicionais. Descontos Incondicionais: a empresa oferece ao cliente sem lhe impor condições. Exemplo na venda de mercadorias será destacado na Nota Fiscal o valor do Desconto. Descontos Condicionais: Quando a empresa concede o desconto impondo alguma condição. Exemplo: A empresa concede o desconto se o cliente antecipar o recebimento antes da data de vencimento. Quando ocorre o pagamento de Duplicatas temos também os Descontos Obtidos, no pagamento de uma Duplicata antecipada (ou negociada) ganhamos um desconto. Nesse caso, contabilizamos da seguinte forma: Pagamento de uma Duplicata em dinheiro no valor de 5.000,00 com desconto de 10%. Duplicatas a Pagar Descontos Obtidos Caixa 5.000,00 500, ,00 Nesse exemplo ganhamos um desconto ao pagar uma Duplicata, onde debitamos o valor da Duplicata a Pagar em sua respectiva conta, (diminuição do Passivo=Débito) creditamos o valor do desconto em sua respectiva conta Descontos Obtidos (gerou uma Receita, pois deixamos de pagar esse valor) e creditamos a conta Caixa (diminuição do Ativo=Crédito) subtraindo o valor de Duplicatas menos o Desconto.
13 13 Duplicatas a Pagar 5.000,00 Descontos Obtidos 500,00 Caixa 4.500,00 Quando ocorre o recebimento de Duplicatas temos também os Descontos Concedidos, no recebimento de uma Duplicata antecipada (ou negociada) oferecemos um desconto. Nesse caso, contabilizamos da seguinte forma: Recebimento de uma Duplicata em dinheiro no valor de 8.000,00 com desconto concedido de 5%. Caixa Descontos Concedidos Duplicatas a Receber 7.600,00 400, ,00 Nesse exemplo perdemos um valor a receber, onde creditamos o valor da Duplicata a Receber em sua respectiva conta, (diminuição do Ativo=Crédito) debitamos o valor do desconto em sua respectiva conta Descontos Concedidos (gerou uma Despesa, pois deixamos de receber esse valor) e debitamos a conta Caixa (aumento do Ativo=Crédito) subtraindo o valor de Duplicatas menos o Desconto ,00 Caixa Descontos Concedidos 400,00
14 14 Duplicatas a Receber 8.000,00 Fórmula de Prêmio de Seguro Algumas regras para apropriação de Prêmios de Seguros, onde o prêmio de seguro ocorre no número x de meses utilizados durante o ano exercício. Regras de utilização no mês vigente: De 01(dia) a 15(dia) considere o mês vigente; De 16(dia) a 31(dia) não considere o mês vigente. Exemplo: Contabilização de Prêmio de Seguro, com assinatura em 07/04/XX valor pago pelo Seguro 500,00. Prêmio de Seguro a Apropriar 500,00 375,00 125,00 Prêmio de Seguro O que ocorreu neste lançamento? Temos um Seguro o qual foi assinado na data de 07/04/XX (seguir as regras acima), ou seja, consideramos o mês vigente para apropriação do Seguro, então faremos o seguinte: (500,00 / 12 = 41,666) * (41,666 x 9meses = 375,00) Por que nove meses? Pois o dia 07 ainda está dentro do mês considerado, (do dia 01 ao dia 15 -> considerar o mês). Prêmio de Seguro a Apropriar é que teremos que pagar até o final do ano. Relacione a palavra Apropriar com A vencer. Prêmio de Seguro a Apropriar 500,00 375,00 Da mesma forma podemos proceder para um Seguro assinado após o 16º dia do mês vigente, onde os registros ocorrerão da mesma maneira, porém, não considerando o mês vigente e realizando o cálculo a partir do mês seguinte. Contabilização de Prêmio de Seguro, com assinatura em 16/04/XX valor pago pelo Seguro 500,00. Prêmio de Seguro a Apropriar 500,00 333,33 166,67 Prêmio de Seguro
15 15 Temos um Seguro o qual foi assinado na data de 16/04/XX (seguir as regras acima), ou seja, não consideramos o mês vigente para apropriação do Seguro, então faremos o seguinte: (500,00 / 12 = 41,666) * (41,666 x 8 meses = 333,33) Por que oito meses? Pois o dia 16 não está dentro do mês considerado, (do dia 16 ao dia 31 -> não considerar o mês). Prêmio de Seguro a Apropriar 500,00 333,33 Fórmula do Material de Expediente Uma empresa de grande ou médio porte sempre tem em grandes quantidades de materiais de expediente. O que são considerados materiais de expediente? São considerados materiais de expedientes: Canetas, Elásticos, Pastas, Grampeador, etc. Fórmula para cálculo: ME= EI EF ME: Material de Expediente; EI: Estoque Inicial; EF: Estoque Final ou Inventário de Material de Expediente. Material de Expediente Estoque de Material de Expediente 700, ,00 700,00 300,00 Primeiro registramos o Estoque Inicial 1.000,00 em seguidas temo o Inventário de 300,00 ou seja Material de Expediente utilizado 700,00 com um saldo de 300,00. A conta Material de Expediente é uma conta de Despesas, sendo, todavia como Débito, a conta Estoque de Material de Expediente é uma conta do Ativo, Bens da Empresa, o que tem disponível em estoque. Fórmula de Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) Como o próprio nome diz, Custo de Mercadorias Vendidas, com essa fórmula iremos apurar o custo de mercadorias, de uma forma simples e rápida, prática e fácil de entender. Aqui teremos dois exemplos simples da fórmula CMV: 1º: CMV = EI + (C + FC CA DOI) EF EI: ESTOQUE INICIAL C: COMPRAS DE MERCADORIAS FC: FRETES SOBRE COMPRAS CA: COMPRAS ANULADAS
16 16 DOI: DESCONTOS OBTIDOS INCONDICIONAIS EF: ESTOQUE FINAL 2º: CMV = EI + C CA EF EI: ESTOQUE INICIAL C: COMPRAS DE MERCADORIAS CA: COMPRAS ANULADAS EF: ESTOQUE FINAL Esses são alguns fatos que alteram o valor das compras de mercadorias, Compras anuladas, Descontos Obtidos Incondicionalmente e Fretes e Seguros sobre compras. Exemplo prático: - Estoque de Mercadorias (inicial) de 500,00; - Compras de Mercadorias no valor de 700,00; - Compras anuladas no valor de 50,00; - Estoque Final de Mercadorias (inventário) no valor de 300,00 Aplicamos a fórmula e representamos no razonete os lançamentos logo abaixo. Estoque de Mercadorias (EI) Compras de Mercadorias Compras Anuladas 500,00 700,00 50,00 EF 300,00 Temos na imagem acima um estoque inicial de 500,00 com Compras de Mercadorias a 700,00, Compras Anuladas de 50,00 e um estoque final ou inventário de 300,00. Fórmula: CMV = EI + C CA EF CMV = 500, ,00 50,00 300,00 CMV = 850,00 No razonete da conta Custo de Mercadorias Vendidas ficaria dessa forma: Custo de Mercadorias Vendidas 500,00 50,00 700,00 300, ,00 350,00 CMV 850,00 Onde encerramos as contas Compras de Mercadorias, Compras Anuladas o Estoque Inicial e transferimos o valor do Inventário a Crédito na conta de Custo de Mercadorias Vendidas. Assim,
17 17 teremos o valor de CMV de 850,00. Esse valor será transferido logo em seguida para a conta de Resultado da Conta de Mercadorias (RCM). Estoque de Mercadorias (EI) Compras de Mercadorias Compras Anuladas 500,00 500,00 700,00 700,00 50,00 50,00 EF 300,00 Fórmula do Resultado da Conta de Mercadorias (RCM) Com essa fórmula começamos obter os resultados de nosso lucro ou prejuízo antes das contribuições, deduções, participações e distribuições de lucros. Para isso temos a seguinte fórmula: RMC = (V VA DCI ICMS PIS COFINS) CMV RCM = Resultado da Conta de Mercadorias; V = Vendas VA = Vendas Anuladas DCI = Desconto Concedido Incondicionalmente; ICMS = Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços; PIS = Programa de Integração Social; COFINS = Contribuição Social sobre Faturamento; CMV = Custo de Mercadorias Vendidas. Seguindo os mesmos procedimentos da conta de Custo de Mercadorias Vendidas, iremos realizar os lançamentos das seguintes contas que compõem a fórmula do Resultado da Conta de Mercadorias: Exemplo prático (complemento do exemplo anterior): - Vendas de Mercadorias 3.000,00 - ICMS sobre vendas 200,00 - PIS sobre faturamento 50,00 - COFINS 80,00 - Vendas Anuladas 100,00 - Descontos Concedidos Incondicionalmente 30,00 Vendas de Mercadorias Vendas Anuladas 3.000,00 100,00 30,00 Descontos Concedido Incondicional ICMS 200,00 50,00 80,00 PIS COFINS
18 18 Após lançar os registros em suas devidas contas, vamos fazer os encerramentos transferindoos para a conta de Resultado da Conta de Mercadorias. Para isso, abrimos uma conta com o nome RCM conforme abaixo: Resultado da Conta de Mercadorias Encerrando os lançamentos. Vendas de Mercadorias Vendas Anuladas Descontos Concedido Incondicional 3.000, ,00 100,00 100,00 30,00 30,00 ICMS COFINS 200,00 200,00 50,00 50,00 80,00 80,00 PIS Custo de Mercadorias Vendidas 500,00 50,00 700,00 300, ,00 350,00 850,00 850,00 Resultado da Conta de Mercadorias 100, ,00 30,00 200,00 50,00 80,00 850, , , ,00 Neste caso tivemos um lucro e esse lucro pode ser chamado de Lucro Bruto o qual este valor deverá ser transferido para a conta de Resultado do Exercício. Se o saldo da conta Resultado da
19 19 Conta de Mercadoria for devedor, então a empresa teve Prejuízo sobre Vendas, se o saldo for credor, então a empresa obteve Lucro sobre Vendas (Lucro Bruto). As deduções sobre Receita Bruta, são representadas pelas contas de Vendas Anuladas, abatimentos e Impostos incidentes sobre vendas. Como, Vendas anuladas o qual a conta é Devedora onde deve-se incluir as devoluções sobre vendas e/ou serviços. Abatimentos podem ser considerados os descontos sobre vendas e/ou serviços onde são concedidos incondicionalmente. Impostos incidentes sobre vendas, devem ser deduzidos da receita bruta da venda. Receita Bruta, deve ser registrada pelo valor total, incluindo impostos. Depreciação Incide sobre os Bens do Ativo Imobilizado onde ocorre a diminuição parcelada de seu valor. Pode ser considerado pelo desgaste pelo uso, ação da natureza e/ou obsolescência normal. Desgaste por uso: Quando um Bem perde sua capacidade de produção e/ou há desgaste. Exemplo: um veículo utilizado todos os dias durante cinco anos. Ação do tempo: Quando um Bem fica exposto ao sol ou chuva sofrendo desgaste pela ação do tempo. Obsolescência: Quando máquinas, equipamentos e instalações mecânicas, elétricas e eletrônicas vão se tornando obsoletas, em função de evolução tecnológica. O tempo e vida de um Bem é determinado em função do prazo o qual é possível a sua utilização econômica, normalmente as taxas de depreciação utilizadas são fixadas por legislação do imposto de renda que seguem exemplos abaixo: DEPRECIAÇÃO CONTAS PRAZO TAXA Computadores e Periféricos 5 anos 20% Edificios e Benfeitorias 25 anos 4% Motociclos 4 anos 25% Móveis e Utensílios, Instalações e Máquinas 10 anos 10% Veículos de passageiros e cargas 5 anos 20% A depreciação pode ser calculada de duas formas, Quotas Anuais ou Quotas Mensais. Quota anual, quando calculada e contabilizada em uma única vez ao ano, aplica-se a taxa normal de depreciação sobre o valor do Bem. Quota mensal, quando calculada e contabilizada mensalmente, aplica-se a taxa dividindo quota anual por 12. Exemplo: Depreciação de Veículos no valor de ,00 a taxa de depreciação a ser aplicada é de 20% a.a. acima. - 1ºLançamento: Temos a conta Veículos o qual será utilizada para o cálculo, vide tabela
20 20 VEÍCULOS ,00 20% a.a Após sofrer o cálculo de Depreciação de 20% a.a, temos o seguinte lançamento na conta de Depreciação (Despesas Administrativas). Depreciação 2.000,00 Está conta precisa ser encerrada no final do exercício então os lançamentos ficariam conforme abaixo: , , , ,00 20% a.a VEÍCULOS (-) Depreciação Acumulada Depreciação Se for mensal, divide o valor de 2.000,00 / 12 = 166,67. A conta veículo não sofre alteração no valor, porém o cálculo base dessa conta deve ser registrado em Depreciação [Despesas] em seguida no fechamento da conta Depreciação, deve-se creditar o valor e transferir para conta do Balanço Patrimonial (-) Depreciação Acumulada, este será o valor anual da depreciação do Bem. Observação: Não será permitido o registro de depreciação dos seguintes bens: Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos e construções; Prédios e construções não alugados nem utilizados por seu proprietário na produção de seus rendimentos ou imóveis destinados à venda; Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou antiguidade. Amortização Amortização são despesas do ativo diferido, ou seja, a diminuição do valor dos Bens imateriais em razão do tempo, como Fundo de Comércio, Direitos autorais, Marcas e Patentes. O cálculo é semelhante ao cálculo da Depreciação. A taxa de amortização é fixada de acordo com o número de anos de permanência do direito amortizável. Como exemplo vamos utilizar a taxa de 10% a.a sobre o valor do Bem.
21 21 anos. AMORTIZAÇÃO CONTAS VALOR TAXA Fundo de Comércio 2.000,00 10% Marcas e Patentes 5.000,00 10% Usualmente o prazo mínimo para amortização é de cinco anos, e o prazo máximo, de dez Os lançamentos ficariam conforme abaixo: 5.000,00 500,00 500,00 500,00 10% Marcas e Patentes (-) Amortização Acumulada Amortização Débito na conta Marcas e Patentes, após o cálculo, debita a conta Amortização em seguida após encerrar a conta de Despesa Amortização, credita-se o valor em (-) Amortização Acumulada. A diferença entre Amortização e Depreciação, é que, enquanto a Depreciação é utilizada para os Bens Materiais (Tangíveis) a Amortização é utilizada para Bens Imateriais (Intangíveis). Bom até aqui aprendemos a realizar os lançamentos básicos na contabilidade e suas devidas contas, vamos comentar um pouco sobre os encerramentos das contas de Receita e Despesas, porém trataremos com mais detalhes em um próximo e-book. As contas de receita e despesa são contas temporárias, pois são encerradas a fim de se apurar o resultado do exercício. O lucro ou prejuízo de um determinado exercício (lembrando que exercício significa o período contábil) o qual é determinado através do confronto de receita e despesa, e esse resultado líquido apurado na conta é denominado de Apuração do Resultado do Exercício (ARE). Após esse confronto chegamos a Demonstração do Resultado do Exercício, que tem como objetivo apresentar de forma resumida o resultado apurado durante o período contábil de doze meses. Esperamos que tenha gostado e aguarde que logo estaremos enviando um novo para você. Bibliografia consultada Ribeiro, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil 26º edição: Saraiva Marion, José Carlos. Introdução à Contabilidade com Ênfase em Teoria: Campinas/SP: Alínea Marion, José Carlos e Fahl, Alessandra Cristina. Contabilidade Financeira: Valinos/SP: Anhanguera Publicações LTDA Barros, Sidney Ferro. Entendendo a Contabilidade 2º Edição São Paulo/SP: Thomson, 2004 coleção IOB.
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