Livro Eletrônico RECEITA FEDERAL. Direito Previdenciário Segurados

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1 Livro Eletrônico RECEITA FEDERAL Direito Previdenciário

2 CASSIUS GARCIA Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pelotas UFPel. Professor de Direito Previdenciário para concursos desde Auditor- -Fiscal da Receita Federal do Brasil.

3 SUMÁRIO 1. Conceito e Disposições Gerais Obrigatórios Disposições Específicas Empregado Empregado Doméstico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso Segurado Especial Segurado Facultativo Disposições Específicas Filiação e Inscrição Filiação Inscrição Trabalhadores Excluídos do Regime Geral Empresa e Empregador Doméstico Conceito Previdenciário...92 Resumo...95 Questões Comentadas em Aula Questões de Concurso Gabarito de 138

4 Olá! Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada. Retomamos aqui nosso Curso de Direito Previdenciário para Auditor-Fiscal da RFB. Você vai notar que, a partir de agora, a matéria se torna mais densa, um pouco mais pesada mesmo. Temos MUITA informação para absorver, muitos detalhes, muitos artigos para memorizar, mas o Edital ainda não saiu, há tempo para isso. Vamos nos preparando previamente, rumo ao gabarito. E o professor aqui está sempre à disposição para tirar TODAS as dúvidas que surgirem. Pergunte sempre TUDO o que quiser, por mais simples que possa parecer. Se minha meta é prepará-lo(a) para acertar 100% da prova, preciso dar-lhe o suporte necessário. Agora, chega de papo e vamos ao trabalho. Temos tempo de sobra, mas a matéria não tem fim. E quem quer ganhar remuneração inicial acima de ,00 tem que ralar muito! Nesta aula trataremos do seguinte: TÓPICO 1. Conceito e Disposições Gerais 2. Obrigatórios Disposições Específicas 2.1. Empregado 2.2. Empregado Doméstico 2.3. Contribuinte Individual 2.4. Trabalhador Avulso 2.5. Segurado Especial 3. Segurado Facultativo Disposições Específicas 4. Filiação e Inscrição 4.1. Filiação 4.2. Inscrição 4 de 138

5 5. Trabalhadores Excluídos do Regime Geral 6. Empresa e Empregador Doméstico Conceito Previdenciário 7. Resumo da Aula 8. Questões Comentadas na Aula 9. Questões de Concurso 10. Gabarito Preparado(a)? Então vamos em frente! Um grande abraço. Bons estudos. Que Deus permaneça conosco. 1. Conceito e Disposições Gerais A legislação previdenciária divide os beneficiários (ou seja, os destinatários dos benefícios previdenciários) em duas classes: e Dependentes. Segurado é todo aquele que, seja em razão do exercício de atividade de vinculação obrigatória (não se assuste, eu explico em seguida), seja por opção, é diretamente vinculado ao RGPS. Em um conceito bem generalista, podemos dizer que segurado é toda pessoa física brasileira ou estrangeira, ainda que aposentada que contribui (ou quem teria a obrigação de contribuir, embora não o faça) para o INSS. Professor, sou empregado(a) doméstico(a), quem contribui é meu patrão, o segurado é ele? NÃO, meu(minha) caro(a), ele realiza o recolhimento da contribuição previdenciária, mas a pessoa identificada na guia de pagamento é A DOMÉSTICA. Portanto, para todos os efeitos, é a doméstica que contribui, então, nesse teu caso, TU ÉS O(A) SEGURADO(A). 5 de 138

6 A legislação previdenciária subdivide os segurados em OBRIGATÓRIOS e FACUL- TATIVOS. Dependente é a pessoa física que não possui vínculo direto, mas indireto com o RGPS, em razão de sua dependência econômica de um segurado. A esposa é beneficiária do RGPS como dependente do marido; o marido é beneficiário do RGPS como dependente da esposa; os filhos menores são beneficiários como dependentes dos pais. É perfeitamente possível que uma pessoa seja, ao mesmo tempo, segurada e dependente. É o caso do marido que é empregado em uma fábrica (por essa atividade, é segurado) e é dependente previdenciário de sua esposa; ela, por sua vez, é secretária (por essa atividade, ela é segurada) e, concomitantemente, dependente previdenciária de seu marido. Ao estudarmos para a RFB, nos interessam apenas os segurados. Neste momento, mais especificamente, os segurados obrigatórios. Sabe o que é segurado obrigatório? É só pensar um pouquinho, como é fácil conceituar algo quando o nome já nos auxilia. Segurado obrigatório é aquele que tem a obrigação de se filiar ao RGPS. Essa filiação obrigatória atende à regra do caput, do art. 201, da Constituição (regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória). Se enquadram nesse conceito todos os trabalhadores que exercem alguma das atividades listadas no art. 11 da LBPS. Repito: A FILIAÇÃO É OBRIGATÓRIA. Isso significa que um trabalhador que exerça alguma das atividades do art. 11 e não contribua para o INSS está em débito com o RGPS. Contribuir não é uma opção, mas uma imposição constitucional. 6 de 138

7 Buenas... como eu já disse, a LBPS, em seu art. 11, apresenta os segurados obrigatórios. O Decreto n /1999 também o faz em seu art. 9º. Esses artigos são IMENSOS, mas você precisa conhecê-los. Leia, releia, leia novamente. CHO- VEM questões sobre esse tema em provas. Antes da leitura, contudo, permita que eu apresente a você cada um dos 5 tipos de segurado obrigatório atualmente existentes. Depois de aprender TUDO comigo, aí sim é necessário que leia o texto legal para tentar memorizar (decoreba MESMO) onde a lei enquadra cada trabalhador. São bastante comuns questões que nos pedem apenas para dizer à que classe de segurado pertencem este ou aquele trabalhador. Nessa hora, meu(minha) caro(a), um pouco de raciocínio lógico auxilia, mas a única forma 100% garantida de acerto é por meio da DECOREBA pura e simples. Triste, mas verdadeiro. Retomando o fio da meada, a legislação previdenciária divide os segurados em CADES F. Olha o professor aí auxiliando você na decoreba. Esse CADES F é um memorex clássico aprendi na minha fase concurseira que nos ajuda a lembrar das 5 espécies de segurado obrigatório (CADES art. 11 da LBPS) e traz, à parte, o F de Facultativo, que está no art. 13 da mesma Lei. Contribuinte Individual Art. 11, V, LBPS. Avulso art. 11, VI, LBPS. Doméstico art. 11, II, LBPS. Empregado art. 11, I, LBPS. Segurado Especial art. 11, VII, LBPS. Facultativo art. 13, LBPS. 7 de 138

8 Em instantes nos debruçaremos com atenção sobre cada uma dessas classes de segurado. Antes, contudo, vamos passar para o final do art. 11 da LBPS. Ali há algumas disposições gerais sobre os segurados que, por razões didáticas, é melhor estudar neste momento. Comecemos pelo 2º, que traz disposição interessantíssima. Vale a pena transcrevê-lo: Art. 11. [...] 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas. Se pensarmos bem, é uma obviedade absoluta o que esse dispositivo diz. Se o RGPS é um sistema de filiação obrigatória e se a filiação ocorre pelo mero exercício de atividade remunerada, é ÓBVIO que um segurado que exerça duas ou mais atividades de vinculação obrigatória será filiado em relação a todas elas. Exemplo: um advogado que à noite leciona em universidade privada; ele será filiado como contribuinte individual em razão da advocacia e como empregado pela função de magistério. O mesmo vale para o professor que leciona em duas escolas; para a enfermeira que trabalha em mais de uma clínica/hospital, qualquer situação de duplo (ou triplo ou quádruplo...) exercício de atividade remunerada desde que a referida atividade seja sujeita ao RGPS implica a filiação automática do segurado. Ficou claro? 1. (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DP-DF/2013) Acerca do RGPS, julgue o item a seguir. 8 de 138

9 Aquele que exerça, concomitantemente, duas atividades remuneradas sujeitas ao RGPS é obrigatoriamente filiado ao referido regime em relação a cada uma delas. Certo. Não preciso transcrever de novo o 2º, do art. 11, da LBPS, preciso? O enunciado em análise é cópia quase literal do referido dispositivo, não deixando dúvidas acerca da resposta da questão. Se ninguém se opõe, vamos ao 3º: Art. 11. [...] 3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata a Lei n , de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social. Você já deve ter percebido que esse dispositivo também carrega uma obviedade. Se para nós é certo que todo mundo que exerce atividade remunerada e não participa de um regime próprio de previdência é obrigatoriamente filiado ao RGPS, por que razão estaria o aposentado excluído? Ora essa, professor, ele já contribuiu o suficiente pra se aposentar, por que precisaria continuar contribuindo? Pois é, meu(minha) amigo(a), esse argumento de você é o mais usado para defender a isenção do aposentado. Mas o Regime Geral de Previdência Social funciona fundado na solidariedade e no pacto de gerações. A geração economicamente ativa contribui para o pagamento dos benefícios dos aposentados de hoje; no futuro, ao aposentar-se, terá seus benefícios custeados por aquela que então será a geração economicamente ativa. Mas, professor, então por que o aposentado contribui? 9 de 138

10 Ora essa, meu(minha) caro(a), é só prestar atenção ao que estou dizendo. Aqueles economicamente ativos contribuem para pagar as aposentadorias. O aposentado que ainda permanece trabalhando pode ser considerado economicamente ativo, não é? Ele não contribui sobre os seus proventos de aposentadoria, mas é, sim, obrigado a contribuir sobre os rendimentos da atividade profissional que permanece exercendo. Entendido? Depois do 3º vem, se não me falha a memória, o 4º. Diz ali que o dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no RGPS de antes da investidura. Ora, não há necessidade de grande esforço interpretativo. O dirigente sindical pode se licenciar de suas atividades profissionais durante o exercício do mandato eletivo; isso poderia gerar dúvidas a respeito do seu enquadramento como segurado. A Lei elimina qualquer dúvida. Era empregado? Permanece como empregado. Era doméstico? Doméstico continua. Era contribuinte individual? Se mantém no mesmo enquadramento. Simples, não? Sim, simples. Muito simples. E mesmo assim cai em prova. 2. (CEPERJ/ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL/RIOPREVIDÊNCIA/2014) Nos termos da lei federal que regula as prestações previdenciárias do regime geral de previdência, o dirigente sindical, durante o exercício do mandato eletivo, mantém enquadramento no Regime Geral de Previdência Social-RGPS na qualidade de contribuinte: a) autônomo, por não possuir vínculo formal b) avulso, por falta de previsibilidade legal c) empregador, diante da situação de líder associativo d) do mesmo tipo de antes da investidura e) associativo, por força do sindicato 10 de 138

11 Letra d. A condição do dirigente sindical perante a Previdência Social é objeto de disposição específica na LBPS, LOCSS e RPS. Veja o que diz o 4º, do art. 11, da LBPS, também presente no art. 12, 5º, da LOCSS e no art. 9º, 10, do RPS: Art. 11. [...] 4º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no Regime Geral de Previdência Social-RGPS de antes da investidura. Era empregado? Continua empregado. Era CI? CI permanece. Era trabalhador avulso? Se mantém como trabalhador avulso. Nada mais a acrescentar. De LBPS era só o que precisávamos ver... por enquanto. Os parágrafos 5º a 12 trazem regras relacionadas às classes de segurado e serão, portanto, estudadas no momento oportuno. Mas temos ainda o RPS Decreto n /1999, que costuma ser um tantinho mais detalhado que a Lei. No artigo que trata das classes de segurado, ele tem não 12, mas vinte e cinco parágrafos. A imensa maioria trata de questões atinentes às classes de segurado, mas há mais UMA disposição geral, não tratada na LBPS, que o professor aqui precisa apresentar a você. Ela diz que a mesma regra acima exposta, relativa ao dirigente sindical, vale para o magistrado da Justiça Eleitoral nomeado por meio da lista sêxtupla prevista no art. 119, II (para o TSE) ou 120, 1º, III (para os TREs), da Constituição. E onde está isso? No RPS, art. 9º, de 138

12 2. Obrigatórios Disposições Específicas 2.1. Empregado É, sem sombra de dúvida, o maior grupo de segurados do Regime Geral. Abrange todos os trabalhadores urbanos e rurais que tenham relação de emprego. Temos, ao todo, DEZESSEIS hipóteses de enquadramento de um segurado como empregado; 9 delas, na LBPS; outras 7 foram inseridas no Decreto n /1999. Comecemos pela LBPS: Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: I como empregado: a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; Essa alínea a dispensa maiores explicações, pois ela descreve, me parece, exatamente o que, para o senso comum, é o empregado. É o trabalhador urbano ou rural (importante: os trabalhadores rurais foram incluídos no RGPS apenas com a Constituição de 1988; antes, possuíam um sistema previdenciário à parte, bastante precário e com escassa cobertura) que presta serviço não eventual (ou seja, exige habitualidade, presença constante) à empresa (isso diferencia o empregado do doméstico). Simples assim. Mas, professor, o que seria diretor empregado? Existe algum diretor que não seja empregado? Bem, dessa vez, pelo menos, o RPS Decreto n /1999 cumpriu direitinho seu papel de explicar, detalhar, pormenorizar a Lei que regulamenta. 12 de 138

13 Nos parágrafos 2º e 3º, do art. 9º, ele diz que diretor empregado é aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja contratado ou promovido aqui está a grande distinção para cargo de direção das sociedades anônimas, mantendo as características inerentes à relação de emprego. Se ele foi contratado para ser diretor, então é diretor empregado. Agora fica fácil deduzir o que diz o RPS logo a seguir, diretor não empregado é aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito, por assembleia geral dos acionistas, para cargo de direção das sociedades anônimas, não mantendo as características inerentes à relação de emprego. O diretor não empregado, embora não seja segurado empregado, também é segurado obrigatório do RGPS, na categoria CONTRIBUINTE INDIVIDUAL, que estudaremos daqui a pouco. Está excelente, professor. Entendi tudo. Mas agora me surgiu outra dúvida. Um pedreiro contratado para reformar a empresa, dependendo da dimensão da obra, pode trabalhar durante vários meses. Ele é um trabalhador urbano prestando serviço não eventual a uma empresa. Será considerado empregado? QUE EXCELENTE PERGUNTA, meu(minha) amigo(a). Você acabou de antecipar o que seria meu próximo ponto a tratar aqui. A resposta para a sua pergunta é NÃO! Embora APARENTEMENTE ele preencha os requisitos da alínea a, veja o que diz o 4º, do art. 9º, do RPS: Art. 9º. [...] 4º Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa. 13 de 138

14 Mesmo que o tal pedreiro passe um ano laborando diariamente na empresa, ele não será empregado, por não se encaixar nessa exigência do Decreto. Compreendeu? Então vamos em frente. b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas; A tal lei específica mencionada no artigo é a de n /1974. Não vejo motivo para me alongar neste tema, pois não encontrei nenhuma questão que tenha tratado em detalhes do trabalho temporário. A nós importa apenas saber que o cidadão contratado por empresa de trabalho temporário será segurado do RGPS como empregado e que a duração máxima deste contrato temporário é, conforme prevê o art. 10 da referida lei, de três meses. Há, contudo, permissão legal para prorrogação deste prazo. c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior; O estrangeiro pode ser segurado do RGPS? CLARO QUE SIM! A legislação não o exclui em momento algum, embora não esteja explícito, é perfeitamente possível que o estrangeiro seja enquadrado nas hipóteses das alíneas a ou b já estudadas; nesta alínea c, pela primeira vez, há referência expressa a ele. E estamos também diante de um caso de extraterritorialidade da lei previdenciária. Em regra, a lei previdenciária brasileira só abrange os trabalhadores e as empresas situadas no território nacional; excepcionalmente, porém, ela amplia seu escopo, como no caso ora em estudo. 14 de 138

15 Se (a) a empresa for nacional; (b) o trabalhador brasileiro ou estrangeiro for domiciliado no Brasil; e (c) contratado no Brasil, então, embora exerça suas atividades profissionais no exterior, estará coberto pelo RGPS, vertendo para o INSS suas contribuições previdenciárias. d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; Nessa extensa alínea, a única intenção do legislador foi proteger os cidadãos residentes e domiciliados no Brasil. O segurado estará prestando serviços a um terceiro país, mas, mesmo assim, será segurado empregado, devendo contribuir para o RGPS e possuindo direito aos benefícios previdenciários a ele inerentes. Isso só não ocorrerá para: (a) o não brasileiro sem residência permanente no Brasil, exemplo um motorista de Embaixada estrangeira, que resida no prédio da embaixada não formule requerimento de residência permanente, estará excluído do RGPS; ou (b) o brasileiro que, contratado pela missão diplomática ou repartição consular, seja amparado pela legislação previdenciária do respectivo país. e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio; A alínea é autoexplicativa. Um brasileiro que trabalhe em embaixadas ou consulados brasileiros no exterior ou que trabalhe para a União junto à ONU ou junto à 15 de 138

16 OMC ou a qualquer outro organismo internacional será segurado do RGPS como empregado, salvo se estiver amparado por regime de previdência daquele país. Uma pequena pausa para ver como isso é cobrado em concursos, quem topa? 3. (TRT16R/JUIZ DO TRABALHO/TRT 16ª REGIÃO/2011) Assinale a opção INCOR- RETA. São segurados obrigatórios da previdência social: a) Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado. b) O brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, mesmo que seja segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio. c) O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior. d) Aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular. e) Aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas. 16 de 138

17 Letra b. Aqui está o gabarito da questão. O enunciado começa certinho, fazendo referência à alínea que revisamos agorinha mesmo, de fato é segurado obrigatório o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior: Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: I como empregado: [...] e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio; Mas observe o trecho que destaquei no texto da Lei. Se a pessoa for segurada na forma da legislação vigente no país do domicílio, não será segurado obrigatório do Regime Geral. A banca, malandramente, inseriu um mesmo que no lugar do salvo se. Ainda bem que você não caiu nessa! a) Certa. Não, meu(minha) amigo(a), a expressão diretor empregado no finalzinho do texto não é uma pegadinha, como você certamente percebeu, porque acabamos de estudar a alínea a, do art. 11, da LBPS. Às vezes as bancas, realmente, incluem nos textos a analisar certas palavrinhas cujo objetivo é confundir os candidatos. Mas não é esse o caso aqui. Deixo de transcrever o dispositivo legal porque isso já foi feito poucas páginas acima. c) Certa. Se já temos o gabarito, o resto fica mais fácil. Esse aqui é segurado obrigatório, presente na alínea c, do inciso I, do art. 11, da LBPS. É só voltar um pouquinho no texto desta aula para encontrar a transcrição da norma. d) Certa. Mais um segurado obrigatório, presente no art. 11, I, d, da LBPS, já transcrito logo acima. 17 de 138

18 e) Certa. Fechamos a questão com mais um segurado obrigatório, relacionado na alínea b, do mesmo art. 11, I. Nenhuma dúvida, certo? Então, segue o enterro! f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional; O legislador poderia muito bem ter juntado esta previsão com a da alínea c. Lembra dos 3 requisitos que listei ao explicar o c? Se não, é só voltar um pouquinho no texto para relembrar. No caso em análise, apenas o primeiro requisito se altera. Se (a) a empresa for estrangeira, mas a maioria do capital votante pertencer à empresa brasileira de capital nacional; (b) o trabalhador brasileiro ou estrangeiro for domiciliado no Brasil; e (c) contratado no Brasil, então, embora exerça suas atividades profissionais no exterior, estará coberto pelo RGPS, vertendo para o INSS suas contribuições previdenciárias. g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. Certamente você sabe que os servidores públicos federais possuem um regime próprio de previdência, instituído pelo art. 40 da Constituição. Esse regime próprio abrange os servidores titulares de cargo efetivo. A investidura no cargo depende, conforme prescreve o art. 37, II, da Constituição, de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego. Já os cargos em comissão são declarados de livre nomeação e exoneração. 18 de 138

19 A nomeação para um cargo em comissão não estabelece um vínculo efetivo com o ente federativo e, por esse motivo, não dá ao nomeado o direito de ingressar no Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos do respectivo ente. Para não deixar esse cidadão desprotegido, foi ele incluído no RGPS. Vale destacar que o RPS foi um tantinho mais claro quando abordou a mesma regra. Ele diz (art. 9º, I, i ) que é segurado obrigatório, como empregado, o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. O mais comum é que servidores públicos exerçam cargos em comissão; a estes não se aplica o RGPS. A palavrinha grifada serve, exatamente, para deixar isso bem claro. E são abrangidos por essa disposição, por expressa previsão legal (LBPS, art. 11, 5º), o ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações. h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluída pela Lei n , de 1997) j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei n , de 2004) Juntei essas 2 alíneas porque, como você pode perceber, são IDÊNTICAS. Bah, professor, não tinha notado. Que falha absurda do legislador, né? Mais ou menos, meu(minha) amigo(a), dessa vez não podemos jogar a culpa só nele. Não vou me aprofundar no assunto por ser irrelevante para nosso estudo. Apenas para não deixá-lo(a) inquieto(a) com esse aparente mico, esclareço que a alínea h foi incluída nesse artigo no ano de 1997, pela mesma lei que incluiu a alínea h no art. 12, inciso I, da Lei n /1991, com redação idêntica. 19 de 138

20 O STF, ao julgar o Recurso Extraordinário n /PR, declarou inconstitucional essa disposição da Lei n , com inegáveis reflexos na regra gêmea incluída na LBPS. Se quiser entender o porquê, pergunte por meio do fórum da aula, não vou encher a sua cabeça com isso. O fato é que em 1998 uma alteração constitucional tornou possível a inclusão dos agentes políticos no rol de segurados obrigatórios. Então, em 2004, quando foi inserida a alínea j, o entrave reconhecido pelo STF já não mais existia. Professor, por que ninguém nunca revogou a alínea h, se ela não vale? QUE ÓTIMA PERGUNTA, meu(minha) amigo(a), ótima e impossível de responder com certeza. Pode ter sido distração do legislador, ou então alguém maldoso que deliberadamente optou por deixar ali essa duplicidade, só para enlouquecer os concurseiros. Jamais saberemos a verdade. i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; Situação muito semelhante à regulada pela alínea d. E mais uma vez vemos o caráter residual do RGPS; primeiro deve-se ver se o trabalhador é coberto por outro regime de previdência. Caso não seja, então será considerado segurado empregado, integrante do RGPS. Aqui terminamos os segurados obrigatórios presentes nas Leis n (art. 12, I) e n (art. 11, I). 4. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 15ª REGIÃO/2013) É segurado obrigatório, no Regime Geral da Previdência Social, como empregado: a) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social. 20 de 138

21 b) aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos. c) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, excluídos quaisquer diretores. d) o servidor público ocupante de cargo em comissão, com vínculo efetivo com a União, autarquias e fundações públicas federais. e) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa. Letra a. Este é o estilo clássico de questões sobre a temática segurados. E como se preparar para garantir 100% de acertos em questões como esta? Simples: lendo várias vezes o conteúdo desta aula, e também resolvendo muitas questões para memorizar. Puxa, que chato, já começamos pelo gabarito. Mas não pense que isso é motivo para deixar de ler os comentários às demais assertivas, OK? Todo o conhecimento compartilhado deve ser aproveitado. A hipótese descrita na assertiva corresponde à literalidade dos incisos h e j, do inciso I, do art. 11, da LBPS. Não esqueça JAMAIS que quem está vinculado a regime próprio de previdência não pode ser segurado do RGPS. b) Errada. Aqui temos outra transcrição literal de um dispositivo da LBPS, do art. 11, inciso II, que conceitua o empregado DOMÉSTICO. c) Errada. O texto começa certinho, reproduzindo o art. 11, I, alínea a da LBPS. Mas no final dá uma escorregada feia. Veja só: 21 de 138

22 Art. 11. [...] I - como empregado: [...] a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; Ao excluir quaisquer diretores, a assertiva se torna errada. Sobre isso, penso ser importante repisar um alerta: DESCONFIEM de expressões como sempre, nunca, apenas, exclusivamente, em nenhuma hipótese, em qualquer hipótese, em qualquer caso e outras do tipo. É MUITO COMUM que um enunciado aparentemente certo se torne errado em razão delas. Mas nada de paranoia, OK? Não estou dizendo que questões com esses termos serão sempre erradas; o que estou sugerindo é que REDOBREM A ATENÇÃO ao encontrarem tais palavrinhas nos enunciados a analisar. d) Errada. O servidor público com vínculo efetivo com a União, autarquias e fundações públicas federais é integrante de regime próprio de previdência. Se ele é integrante de RPPS, ele não pode ser segurado do RGPS. Mas há, no art. 11, I, uma disposição parecida com a exposta na assertiva: Art. 11. [...] I - como empregado: [...] g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais Esse sim, embora trabalhe para a União, ou em uma Autarquia ou Fundação Pública Federal, exerce apenas cargo em comissão (cargo de confiança) sem vínculo efetivo. Ele não participa do RPPS. Portanto, é segurado obrigatório do RGPS como empregado. e) Errada. As pessoas descritas na assertiva são, de fato, segurados obrigatórios do RGPS, mas não como empregados: Art. 11. [...] V como contribuinte individual: [...] c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; 22 de 138

23 Retomando o fio da meada, quem me acompanha para ver as hipóteses criadas pelo Decreto? Ressalto que vou transcrever também os casos que já estudamos, presentes na LBPS, que no Decreto foram um pouco alterados (normalmente trazendo mais especificações para permitir o enquadramento). Nesses casos, vou apenas grifar o que se diferencia, OK? Dúvidas, como sempre, podem ser tiradas no fórum da aula. Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: I como empregado: [...] b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria; c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno; [...] g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no , de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local; h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei n , de 25 de setembro de 2008; O diploma legal citado nesta alínea h é a denominada lei do estágio. Bolsistas e estagiários que prestam serviços nos estritos termos estabelecidos nesta Lei são, com perdão da redundância, bolsistas e estagiários. Mas se o empregador desejar se valer dos bolsistas e estagiários como mão de obra barata o que é muito comum, diga-se de passagem, atribuindo-lhes tarefas sem qualquer relação com suas áreas de formação, resultará no enquadramento deles como empregados, por força dessa disposição do Decreto. Daí derivarão todas as obrigações correlatas (registro em CTPS, férias, FGTS, 13º, contribuições previdenciárias etc.). 23 de 138

24 i) [...] j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social; Essa previsão nada mais faz que destacar o que já defini como caráter residual do RGPS. Em princípio os Estados, o DF e os Municípios devem criar regimes próprios de previdência para seus servidores, em cumprimento à exigência do art. 40 da Constituição. Quando não o fazem, seus servidores integram o RGPS, como segurados empregados. Convenhamos que é inviável a municípios minúsculos (o Chuí, onde trabalho, tem pouco mais de 5 mil habitantes o número de servidores municipais é irrisório) criar regimes próprios de previdência. O sistema já nasceria condenado à falência, não é mesmo? l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal; Ao incluir essa disposição no Decreto, o legislador tinha a intenção de evitar o oportunismo de pessoas que, exercendo por curto período atividades essencialmente públicas, desejassem o reconhecimento do vínculo efetivo com a União. Os casos mais comuns de trabalho temporário por excepcional interesse público (regulados pela Lei n /1993) são o professor substituto e o recenseador. Estes, durante o período do contrato, terão registro em CTPS e integrarão o RGPS. m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público; Previsão desnecessária, pois trata somente de repetir uma disposição constitucional. Veja o que diz o art. 40, 13, da Constituição: 24 de 138

25 Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. Mas o que é um emprego público? É o exercício de função pública por meio de um contrato regido pela CLT. Simplificando, seria um empregado comum, que tem como patrão um ente público. Como exemplo, temos os empregados da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. A Caixa é uma empresa pública que tem o contrato de trabalho de seus funcionários regidos pela CLT. Todos os funcionários da CEF são, portanto, empregados públicos. Todos eles são, por conseguinte, segurados do RGPS. n) (Revogada pelo Decreto n , de 1999) o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei n , de 18 de novembro de 1994; e Até 1994, os serviços notariais e de registro (tabelionatos e cartórios em geral) eram atividades públicas exercidas por funcionários públicos. Com a Lei n alterou-se este conceito. O tabelião/registrador passou a ser considerado agente privado atuando por delegação do poder público. Como consequência, os funcionários por ele contratados também estariam sujeitos às mesmas regras aplicáveis aos demais trabalhadores da iniciativa privada, ou seja, a CLT. E quem trabalha sujeito à CLT integra, sem exceções, o RGPS. p) [...] r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei n , de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano. 25 de 138

26 FINALIZAMOS os segurados empregados. Transcrevo, para que nada fique pendente, o dispositivo legal que essa alínea r menciona: Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. 1º A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável. [...] Lembra quando conceituamos o empregado? Era necessário o exercício de atividade rural ou urbana em caráter não eventual. Eu arrisco dizer que o trabalho durante um ou no máximo dois meses em um período de um ano poderia ser considerado eventual. Alguém aí discorda? Por esta razão, poderia alguém sustentar que esse trabalhador temporário não seria empregado. Por isso, o Decreto tratou de registrar a regra que ora estamos estudando. Mesmo que possamos entender como eventual o exercício deste labor, o trabalhador rural temporário contratado nos termos do art. 14-A da Lei n será empregado. Ponto final. UFA! Até que enfim se foi o primeiro e mais extenso grupo de segurados obrigatórios. Antes de seguir adiante, retorne ao começo do tópico, releia cada item, anote suas dúvidas e me repasse, OK? Revise também a legislação correlata (art. 11, I da LBPS e art. 9º, I do Decreto). Por que tudo isso? Porque cai na prova. Simples assim. DUVIDA? Então veja (ESAF/ANALISTA TRIBUTÁRIO/RFB/2006) Não está previsto, em caso algum, como segurado-empregado obrigatório da Previdência Social do Brasil a) o trabalhador contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa constituída e funcionando em território nacional segundo as leis brasileiras com salário estipulado em moeda estrangeira. 26 de 138

27 b) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou em agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País. c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, com maioria de capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no Brasil. d) o estrangeiro que presta serviços no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira, ainda que sem residência permanente no Brasil, e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou da repartição consular. e) o menor aprendiz, com idade de quatorze a dezoito anos, ainda que sujeito à formação técnico-profissional metódica, sob a orientação de entidade qualificada, nos termos da lei. Letra d. Aqui está o nosso gabarito. veja o que diz o art. 9º, I, e, do RPS: Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: I como empregado: [...] e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; A hipótese descrita na assertiva inclui no conceito de empregado as situações que são expressamente excluídas pela legislação. Por isso, esta é, sem sombra de dúvida, a alternativa errada. 27 de 138

28 a) Certa. Este é um segurado empregado. Aliás, é integrante da definição mais básica de tal categoria de segurados, presente na alínea a, do inciso I, do art. 11, da LBPS, ou no art. 9º, I, a, do RPS. Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: I como empregado: a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; Esse dispositivo fala alguma coisa quanto à moeda utilizada para pagamento? Não. E por que não? Simplesmente porque tal característica não tem relevância nenhuma para a caracterização dos segurados. Havendo prestação de serviço remunerado (em qualquer moeda) e sob subordinação, temos um segurado empregado. Simples assim. O que a banca fez foi roubar um dispositivo das Instruções Normativas relacionadas à área previdenciária (IN 77 do INSS; IN 971, da RFB) e usar na prova. Veja (por curiosidade porque as IN não estão no Edital) o que diz a IN 77: Art. 8º É segurado na categoria de empregado, conforme o inciso I do art. 9º do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n , de 6 de maio de 1999: [...] IX o contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa constituída e funcionando no território nacional, segundo as leis brasileiras, ainda que com salário estipulado em moeda estrangeira, salvo se amparado pela Previdência Social do país de origem, observado o disposto nos acordos internacionais porventura existentes; b) Certa. Este é um segurado empregado, conforme art. 9º, I, c, do RPS. c) Certa. Mais um segurado empregado, conforme art. 9º, I, d, do RPS. e) Certa. Esta é a alternativa mais complexa da questão, sem sombra de dúvida. Mas o erro da letra d é tão gritante que a complexidade deste item não chega a atrapalhar os candidatos. 28 de 138

29 Veremos, ainda nesta aula, que o aprendiz pode se filiar a partir dos 14 anos. Esta é a ÚNICA exceção ao limite mínimo de 16 anos. Mas daí a saber que o aprendiz se enquadraria como empregado há uma distância razoável. Por isso, veja o que diz a CLT (que também não está no Edital, não precisamos estudar) acerca do contrato de aprendizagem: Art Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor de dezoito anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação. 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fundamental, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. Quais são as únicas categorias de segurado com atividade registrada na CTPS? Empregado e empregado doméstico. As regras do contrato de aprendizagem, acima transcritas, concluímos que não se referem, em hipótese alguma, a empregados domésticos. Logicamente, o aprendiz só pode ser EMPREGADO. A essa mesma conclusão chegaram a RFB e o INSS, quando incluíram em suas instruções normativas (art. 8º, II, da IN 77; art. 6º, II, da IN 971) que se enquadra como empregado o aprendiz, maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a pessoa com deficiência, à qual não se aplica o limite máximo de idade, conforme disposto no art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n , de 1º de maio de 1943, com a redação dada pela Lei n , de 23 de setembro de Tudo entendido? 29 de 138

30 Agora, conseguiu perceber por que eu destaquei tanto a necessidade de DECORE- BA? Há outra maneira de responder a essa questão? Agora vamos em frente, meu(minha) amigo(a), porque o tempo é curto e a matéria é LONGA Empregado Doméstico Depois de um estudo trabalhoso do segurado empregado, chegamos a uma classe bem mais simples. O doméstico não tem aquelas duzentas subdivisões. O conceito legal contém apenas uma descrição. Conheça, meu(minha) amigo(a), o art. 11, inciso II, da LBPS: Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: [...] II como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos; É um conceito simples, mas abrange diversos requisitos. Vou destacá-los aqui para você: serviço de natureza contínua preciso explicar? É necessário que o trabalho seja habitual, rotineiro, frequente. Uma faxineira contratada esporadicamente não é empregada doméstica; um jardineiro que corte a grama uma vez por mês, idem; E a diarista, professor? Puxa vida, que perguntinha danada! Nesse assunto a coisa complica bastante. Nosso primeiro impulso é, sem dúvida, excluir a diarista do conceito de empregada 30 de 138

31 doméstica. Mas o judiciário (sempre ele) firmou o entendimento de que o serviço de diarista, prestado com habitualidade a partir de três dias por semana configura vínculo de emprego. Nessa hipótese teríamos, sim, uma empregada doméstica. Então a regra é: diarista até 2 dias por semana NÃO É doméstica; a partir de 3 dias, É DOMÉSTICA. trabalho no âmbito residencial infelizmente no Brasil as leis precisam, muitas vezes, dizer o óbvio. Como o doméstico, até pouco tempo atrás, não tinha regras fixadas quanto à jornada de trabalho, horas extras, adicional noturno e tudo o mais, seria um prato cheio para a malandragem contratar empregados domésticos para auxiliar em seus mercadinhos, lanchonetes. Por isso, a Lei veio dizer que o empregado doméstico é o que trabalha obviamente na residência; atividade sem fins lucrativos reforça e complementa o que eu disse logo acima. O trabalho deve se dar na residência do empregador e em atividade sem fins lucrativos. Se o empregador tem um delivery de lanches em sua residência, o empregado que lhe auxilia nesta atividade não é doméstico; para ser doméstico, deve exercer atividade sem fins lucrativos. Entendido? Como nem tudo pode ser tão simples assim, a Lei Complementar 150, que (finalmente) regulamentou a famosa PEC das Domésticas, trouxe em seu art. 1º uma definição um tantinho mais detalhada dessa figura. Como de bolsa de mulher, bumbum de nenê e cabeça de examinador de concurso nunca se sabe o que pode vir, considero prudente apresentar a você o texto do artigo: Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. 31 de 138

32 Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito)anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de Vemos que no art. 1º estão presentes os requisitos de praxe (serviço contínuo, sem finalidade lucrativa, no âmbito residencial de pessoa ou família). O legislador complementar acrescentou, para maior clareza, a necessidade de subordinação (é necessário que exista uma relação patrão/empregado; a simples prestação de favor, espontânea, não configura o vínculo doméstico) e onerosidade (uma contraprestação pelos serviços prestados). Se um casal divide as tarefas domésticas, por exemplo, não há como enquadrar o marido ou a esposa como empregado doméstico do cônjuge. Este é o conceito novo, da LC n. 150, mas permanecem plenamente vigentes os dispositivos da LBPS, LOCSS ou RPS, que definem esta categoria de segurados. Se uma questão de prova trouxer a literalidade de algum destes atos normativos, estará correta, mesmo omitindo os novos requisitos (subordinação e onerosidade). Preenchidos todos estes requisitos, podem ser empregados domésticos os cozinheiros, motoristas, jardineiros, faxineiras, caseiros (CESPE/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/INSS/2016) Com base no disposto no Decreto n /1999, que aprovou o regulamento da previdência social, julgue os itens subsecutivos. 32 de 138

33 Aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos, é considerado contribuinte individual, segurado obrigatório da previdência social. Errado. A banca afirma que a figura descrita no enunciado é um contribuinte individual. Mas observe no texto em análise a presença de algumas palavrinhas que são chave para a resolução da questão: âmbito residencial; ausência de finalidade lucrativa; serviço de natureza contínua (o serviço no âmbito residencial, de natureza não contínua, caracteriza a DIARISTA, esta, sim, enquadrada como Contribuinte Individual). A figura descrita no enunciado se enquadra onde? Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: [...] II como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos; Tudo entendido? 2.3. Contribuinte Individual Seguindo nossa análise do art. 11, da LBPS, temos o contribuinte individual. É o segurado que antigamente conhecíamos por trabalhador autônomo. Prepare-se porque aqui vem outra lista grandinha de segurados. Novamente vamos estudar primeiramente as hipóteses da LBPS; a seguir, complementamos com as disposições do Decreto, OK? 33 de 138

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