Desdobramentos da política de saúde mental: a realidade do Centro de Atenção Psicossocial a Álcool e outras Drogas - Campina Grande PB

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1 Desdobramentos da política de saúde mental: a realidade do Centro de Atenção Psicossocial a Álcool e outras Drogas - Campina Grande PB 1 Ana Aluska da Silva Almeida 2 analuskacg@hotmail.com Jackellyne Andreza França de Oliveira 3 jackellyne1@hotmail.com Modalidade de Trabalho: Resultados de investigação. Eixo Temático: O Trabalho Social e as manifestações da questão social. Palabras - Chaves: Drogas, Saúde Mental, Políticas Públicas, Questão Social, Exclusão Social. Introdução O processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil inicia-se mediante a eclosão dos Movimentos Sociais, do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), juntamente com os trabalhadores do Movimento Sanitário, associações de familiares, entre outros, buscando alcançar mudanças nos modelos de atenção e gestão das práticas de saúde, defendendo a saúde coletiva, a integração da rede de atendimento à saúde psiquiátrica, a equidade na oferta de serviços, a reinserção social e familiar dos pacientes e acima de tudo a superação da violência asilar, a qual os pacientes das clínicas psiquiátricas eram submetidos. A Reforma Psiquiátrica brasileira inicia sua luta antimanicomial inspirada na experiência italiana de desinstitucionalização em psiquiatria apresentando uma forte crítica ao manicômio. Trata-se de um processo de questionamento e revisão dos vários conceitos e dispositivos jurídicos e legais, que vão desde a legislação referente à organização dos serviços até às legislações profissionais, mas principalmente dos conceitos e instrumentos referente aos direitos civis e políticos dos usuários, tanto nos serviços como na sociedade como um todo, numa nova abordagem democrática e participativa que tem como princípios a inclusão, a solidariedade e a cidadania 1 Ponencia presentada en el XIX Seminario Latinoamericano de Escuelas de Trabajo Social. El Trabajo Social en la coyuntura latinoamericana: desafíos para su formación, articulación y acción profesional. Universidad Católica Santiago de Guayaquil. Guayaquil, Ecuador. 4-8 de octubre Estudante do 5 ano do Curso de Serviço Social pela Universidade Estadual da Paraíba UEPB. Nordeste do Brasil. Resumo apresentado no XIX Seminario Latinoamericano de Escuelas de Trabajo Social. El Trabajo Social en la coyuntura latinoamericana: desafíos para su formación, articulación y acción profesional. Universidad Católica Santiago de Guayaquil. Guayaquil, Ecuador. 4-8 de octubre Estudante do 2 ano do Curso de Comunicação Social pela Universidade Estadual da Paraíba UEPB. Nordeste do Brasil. Resumo apresentado no XIX Seminario Latinoamericano de Escuelas de Trabajo Social. El Trabajo Social en la coyuntura latinoamericana: desafíos para su formación, articulación y acción profesional. Universidad Católica Santiago de Guayaquil. Guayaquil, Ecuador. 4-8 de octubre

2 A partir da regulamentação da lei de Paulo Delgado Lei nº de 6 de abril de 2001, onde dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental: É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais. (art.3) A Saúde Pública Brasileira, até meados da década de 1970 ventilava transformações na compreensão do doente mental, entretanto eram incipientes as ações de atenção específica e especializada para tratar de transtornos mentais associados ao consumo de álcool e outras drogas. Em 2002, marcada pelo aumento considerável do uso de drogas entre a população, fez-se necessário um planejamento abrangente, capaz de compreender dentro da atenção em saúde, à problemática crescente do consumo de drogas, fazendo surgir um modelo de atenção integral a usuários de álcool e outras drogas, o CAPS ad. Os CAPS ad fazem parte da ampliação da rede de funcionamento da política pública de saúde mental, é um serviço gratuito, segundo as diretrizes da política, deve estar habilitado para atender jovens, adultos e idosos de ambos os sexos, tendo como objetivo primordial, oferecer atendimento integral a pacientes que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, utilizando às estratégias de redução de danos nas ações de prevenção e promoção à saúde, buscando reinserir o usuário no convívio social e comunitário. A implantação da reforma psiquiátrica no Brasil e seus rebatimentos na Cidade de Campina Grande - pb O processo de reforma psiquiátrica no Brasil surgiu nos anos 70, com o objetivo de promover mudanças no modelo assistencial psiquiátrico da época, substituindo-o por modelos de assistência baseados principalmente na destituição, como forma de contribuir para uma intervenção mais humanizada e eficaz nos casos de transtornos mentais. A violência nos manicômios e a exclusão já eram pautas de discussões que reinvidicava os direitos do doente mental. Os principais questionamentos estavam 2

3 relacionados à natureza do modelo privatista e à sua incapacidade de oferecer um tratamento que atendesse às necessidades dos usuários. Neste período se iniciavam também as denúncias de maus tratos, falta de higiene, superlotação, péssima qualidade dos serviços oferecidos e falta de assistência médica nos hospitais psiquiátricos. No Hospício D. Pedro II os doentes eram vítimas das camisas de força, dos jejuns impostos, das cacetadas, maus tratos e até de assassinato. (RESENDE 2000). A Reforma Psiquiátrica é um processo político e social complexo, que envolve diferentes atores, instituições e forças de diferentes origens, e que incidem em diversos campos, nas esferas governamentais, nas universidades, nos serviços de saúde, nos conselhos profissionais, nas associações de pessoas com transtornos mentais, nos movimentos sociais, e no campo do imaginário social e da opinião pública, segundo o Ministério da Saúde é compreendida como: um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcada por impasses, tensões, conflitos e desafios. Na década de 70, o Brasil passava por um processo de redemocratização, os anos seguintes foram marcados por grandes avanços nas mobilizações e articulação dos movimentos sociais e, dentro deste contexto, surge o Movimento de Trabalhadores de Saúde Mental (MTSM) em 1978, com diversas propostas de reestruturação da assistência questionando o modelo de Atenção Psiquiátrica no país. Em 1986, foi o começo de grandes transformações na área da saúde mental, iniciou-se um processo de intervenção no Hospital psiquiátrico, casa de Saúde Anchieta, localizada em Santos SP, espelho para as demais implantações aos serviços substitutivos dos manicômios, surgindo neste ano o primeiro centro de atenção psicossocial (CAPS) no Brasil. O desmonte dos manicômios dividiu-se em dois grandes momentos: o primeiro refere-se às práticas coletivas ocorridas no interior dos hospitais e a segunda, os efeitos de abertura que essas ações produziram. A desconstrução da nova ordem para uma real possibilidade de instituição mais livre, mais humana, exigia que introduzissem uma nova ordem. Em outras palavras, era importante que se estabelecesse um novo padrão de relacionamento entre todas as pessoas, incluindo funcionários, técnicos e equipe dirigente. Estabeleceu como estratégia um processo intenso de grupalização, mediante reuniões, assembléias 3

4 etc. [...] todo período inicial foi marcado por intenso clima de reativação da subjetividade, de todos que participavam do processo, inclusive os próprios técnicos (TYKANORI, 1997, p.68). Em 1987, o Ministério da Saúde convocou a 1ª Conferencia Nacional de Saúde Mental que estruturou a partir de três temas básicos: economia, sociedade e Estado e seus impactos sobre a saúde mental; reforma sanitária e reorganização da assistência à saúde e seus direitos, deveres e legislação do doente mental. O MTSM se une aos movimentos sociais através da bandeira Por uma Sociedade Sem Manicômios o movimento teve grande repercussão no país e nesse mesmo congresso surge ainda á idéia de instituir o Dia Nacional da Luta Antimanicomial (18 de Maio). A consolidação da política de saúde mental no Brasil acontece após 12 anos em tramitação no congresso Federal, com a sanção da Lei , em 6 de abril de 2001, que regula as internações psiquiátricas e promove mudanças no modelo assistencial aos pacientes portadores de sofrimento mental, destacando-se o processo de despolitização, a ser implementado através da criação de serviços ambulatoriais, como os hospitais-dia ou hospitais-noite, os lares protegidos e os CAPS. Um dos méritos da Lei é a explícita definição dos direitos das pessoas com transtornos mentais: proíbe a internação em instituições com características asilares (hospícios e manicômios, por exemplo); determina a necessidade de autorização médica para internação; exige a notificação compulsória do Ministério Público, no prazo de 72 horas, em caso de internamento contra a vontade expressa do paciente; diagnóstico e terapia passam a depender de autorização do paciente ou de seu responsável legal. Neste mesmo contexto, a partir da implantação do Sistema Único de Saúde SUS, no Brasil, consolidado na Constituição Federal de 1988, passa a garantir que todo cidadão brasileiro terá acesso ao atendimento público de saúde. A saúde é direito de todos e dever do Estado. Assegurado mediante políticas sociais e econômicas que visam à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e 4

5 serviços para sua promoção e proteção. (capitulo II, seção II, da Constituição Federal de 1988, art.16). Dentro dos princípios do SUS, começou a viabilizar o processo de reestruturação dos serviços de saúde mental, adotando os chamados modelos alternativos e substitutivos ao modelo hospitalocêntrico, propondo aos Portadores de Transtornos Mentais (PTM) um reconhecimento da sua cidadania e resgate de sua dignidade. Art. 2º único - São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: I ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; II ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; III ser protegida contra qualquer abuso ou exploração. (BRASIL, 2001 a., art. 2º, único) Diante do histórico excludente, a política de saúde mental busca a superação do modelo hospitalocêntrico e a inclusão do portador de sofrimento psicossocial, implantando gradativamente modelos substitutivos como: Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS); Residências Terapêuticas; Saúde Mental na rede Básica de Saúde; Programa de volta pra casa; Hospital - dia; Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPS AD, CAPSi (Intervenção precoce), todos pautados nas propostas de um novo modelo de atenção a saúde dos cidadãos brasileiros, adaptadas às condições locais de cada município. De acordo com DELGADO (2007), dentre os modelos substitutivos, podemos destacar: Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS): possui como linhas de trabalho a desconstrução do manicômio. A proposta do NAPS¹, fundamentada na característica de atendimento à crise, é de manter-se funcionando 24horas por dia, durante todos os dias da semana; Residências Terapêuticas: estas são alternativas de moradia para um grande número de pessoas que foram internadas há vários anos em hospitais psiquiátricos, ficando distante de seus familiares a ponto de não terem mais nenhum vinculo familiar. Nestes espaços os usuários reaprendem a administrarem suas vidas e convivem em grupo dentro da sociedade; 5

6 Programa de Volta pra Casa: o objetivo é contribuir efetivamente para o processo de inserção social das pessoas com longa história de internações em hospitais psiquiátricos. O usuário recebe um auxílio-reabilitação no valor de R$ Hospital-dia²: é um serviço que funcionam todos os dias da semana, acolhendo no turno diurno os pacientes que precisarem de auxilio. Apresenta como características o livre acesso, onde a adesão dos usuários é permitida e sem restrição de tempo ou de horários. Os Centros de Atenção Psicossocial CAPS atendem a diferentes tipos de transtorno mental de acordo com faixas etárias distintas, área de abrangência e horário de funcionamento diferenciado: É função dos CAPS prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando assim as internações em hospitais psiquiátricos; promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações intersetoriais; regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação e dar suporte à atenção à saúde mental na rede básica. (Ministério da Saúde, p.11). CAPS I: Serviços de Atenção Psicossocial os quais atendem municípios com uma população maior que e menor que habitantes. Este serviço funciona das 08:00h às 18:00 horas durante os cinco dias úteis da semana. CAPS II: atende aos usuários advindos de municípios com população entre e habitantes. O horário de funcionamento é o mesmo do CAPS I, no entanto pode funcionar até as 21:00h, através da implantação de um terceiro turno e acréscimo de uma equipe técnica conforme a gestão; CAPS III: abrange os municípios com população maior que habitantes, com uma equipe multiprofissional de no mínimo 16 profissionais, funcionando 24horas/dia, inclusive finais de semana e feriados; CAPSad: é o um serviço especializado que atende pessoas com problemas decorrentes do uso ou abuso de álcool e outras drogas, seu funcionamento é de segunda a sexta, nos turnos manhã e tarde; 6

7 CAPSi: Centro de Atenção Psicossocial (intervenção precoce) atendem a crianças e adolescentes com transtornos mentais; ¹NAPS: Atualmente os NAPS estão sendo substituídos pelo CAPS III. ²Hospital dia: Atualmente estão sendo substituídos pelos CAPS. A Paraíba destaca-se entre as importantes experiências de desistitucionalização e reorganização no modelo de atenção a saúde mental. Em 2005 no município de Campina Grande - PB, o Ministério da Saúde detectou as péssimas instalações e a precariedade do atendimento e iniciou a intervenção do Hospital Psiquiátrico João Ribeiro, o resultado da intervenção foi o fechamento do referido hospital com seu descredenciamento do SUS e criação da unidade regulação em saúde mental - URSM. O Município de Campina Grande, no Estado da Paraíba, era responsável, até no inicio de 2004, por grande parte da demanda de saúde mental da região, através de dois Hospitais Psiquiátricos: o Hospital João Ribeiro e o Hospital Doutor Maia. Ao serem avaliados negativamente pelo (Programa de Avaliação dos Serviços Hospitalares (PNAH/Psiquiatria) iniciou-se no dia 18 de abril de 2005 o processo de intervenção do Hospital João Ribeiro, por este não oferecer condições de funcionamento, resultando no processo de desinstitucionalização dos 176 pacientes do referido hospital e descredenciamento do serviço da rede SUS. (Mello, Epidemiologia da saúde mental no Brasil, 2007 p.53). O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas é um serviço oferecido pela secretaria Municipal de Saúde, sem custo nenhum para o usuário, atende a jovens e adultos de ambos os gêneros, com transtornos mentais decorrentes do uso de substâncias psicoativas contidas no álcool e nas drogas (BRASIL, 2004). Os CAPS AD têm como principal estratégia de tratamento para o consumo de álcool e outras drogas, a política de redução dos danos (RD), que é uma tática da saúde pública que busca controlar possíveis conseqüências adversas ao consumo de psicoativos - lícitos ou ilícitos, sem necessariamente interromper esse uso e buscando inclusão social e efetivação da cidadania para usuários de drogas (BRASIL, 20004). 7

8 Avaliando resultados A exclusão social das pessoas com algum sofrimento psíquico no acesso à cidadania e condições de subsistência são explicitadas a partir da elaboração do perfil dos usuários da saúde mental do CAPS ad. Este serviço atende a aproximadamente 530 usuários de drogas lícitas e/ou ilícitas, com algum sofrimento decorrente do uso, abuso, dependência das drogas. A partir da experiência de estágio no CAPS ad, elaboramos o perfil sócioeconômico para poder ter uma apuração de informações que se aproximasse o máximo da realidade do CAPS AD, avaliamos os dados de 50% dos usuários ativos no tratamento, entre os meses de Janeiro a Junho de 2008, o CAPS AD durante este período teve um total de 108 usuários cadastrados no serviço. De acordo com a análise dos dados coletados a partir dos prontuários do serviço, observamos que 82% dos usuarios do serviço são do sexo masculino e 18% do sexo feminino, identificamos que 42% tem idade acima de 40 anos, 27% tem idade entre 26 a 36 anos de idade, 16% entre 33 a 39 anos, 14% com 19 a 25 anos e apenas 3% com 13 a 18 anos de idade.vale ressaltar que de acordo com fontes do IBGE, no ano de 2008 a Cidade de Campina Grande PB, contava com um população de habitantes. Dos usuarios avaliados, 45% não concluiu o ensino fundamental, demostrando assim mas um ponto de dificuldade a ser encontrado pelos usúarios deste serviço. Em algumas situações podemos indentificar que essa evasão escolar esta atrelada ao distúrbio de comportamento que o uso de algumas substâncias causam, denxando o sujeito exposto a situações acentuadas de vulnerabilidade. A dificuldade enfrentada pelos usuários de drogas em acompanhar os níveis educacionais em virtude das poucas condições sócio-econômicas inviabiliza a organização para lutarem em defesa dos seus interesses. A educação deveria estar voltada para a humanização e democratização no acesso, alternativa de mobilidade social e instrumento de conscientização. Percebemos que 48% dos usuários são solteiros, 34% estão divorciados e que apenas 5% mantêm relações estaveis, No que se refere a situação profissional, notamos que apenas 14% estão no mercado formal do trabalho e que 68% encontram-se desempregados ou vinculados ao mercado informal. Entre os usuários entrevistados 66% sobrevivem com até R$ 465,00 (referente a um salario minino estipulado pelo governo federal no ano de 2008), 31% tem renda que varia de 2 a 3 salários minimos e que apenas 1% recebe de 4 a 5 salários minimos. 45% 8

9 já passaram por outros tipos de tratamentos, incluindo de centros de reabilitação, grupo de auto-ajuda e hospitais psiquiatricos. 85% dos entrevistados apresenta dependecia ao álcool. Identificamos que 63% dos usuarios afirmaram se aproximar das drogas sem reflexão nenhuma sobre os efeitos que elas poderiam causar na sua vida, 75% chegam ao tratamento pela primeira vez acompanhado de um familiar, 65% dos usuarios entrevistados acreditam que vão conseguir deixar as drogas com a sua inserção no tratamento. O tratamento no CAPS AD tem como objetivo oferecer atenção à Saúde Mental dos usuários, em uma perspectiva de práticas voltadas para minimizar as conseqüências globais da dependência que desencadeia apos o uso e abuso de álcool e drogas. Vale-se destacar que a medida que o individuo faz uso freqüente de álcool/drogas, possivelmente estabelece em seu organismo e no seu sistema nervoso central o que aqui denominamos como dependência, alavanca modificadora de atitudes comportamentais. As implicações psicológicas, sociais, econômicas e políticas do uso das drogas não são normalmente consideradas na compreensão global do problema, causando uma distorcia percepção da realidade do uso de álcool e outras drogas, que acaba por propagar uma cultura que associa o uso das drogas à criminalidade, e essa condicionada percepção tem rebatimentos extremamente negativos, desconstruindo a percepção da dependência a ser tratada como caso amplo e que deve buscar alternativas de tratamento dentro do conjunto de instituições socialmente construídas e devidamente preparadas para conduzir casos como das drogas. 9

10 Bibliografía BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília DF, BRASIL, República Federativa. Lei nº Brasília: BRASIL, República Federativa. Ministério da Saúde. Portaria nº 336/GM. Brasília: CAMPINA GRANDE, Prefeitura Municipal de. Secretaria Municipal de Saúde. Material informativo do CAPS AD. Campina Grande: DELGADO, P.G. et.al. Álcool e Redução de Danos: construção de uma política intersetorial efetiva. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Álcool e Redução de Danos: uma abordagem inovadora para países em transição. Brasília: Ministério da Saúde LEI N o , DE 6 DE ABRIL DE Ministério da Saúde. Portaria GM 336. de 19 de fevereiro de SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Comissão Organizadora da III Conferência Nacional de Saúde Mental. Relatório Final da III Conferência Nacional de Saúde Mental. Brasília, 11 a 15 de dezembro de Brasília: Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, Prefeitura Municipal de Campina Grande. Centro de Atenção Psicossocial: Caps adpanfleto. TYKANORI, Roberto. Em busca da Cidadania. In Florianita Campos e Cláudia M. Henriques (orgs) Contra a maré a beira mar. A experiência do SUS em Santos. São Paulo: Pagina Aberta, p VASCONCELOS, Eduardo Mourão. (org). Saúde mental e serviço social: o desafio da subjetividade e da interdisciplinaridade. 2ed. São Paulo: Cortez,

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