AS LEIS AMBIENTAIS E O OBSTÁCULO DA CULTURA PREDOMINANTE: UM ENFOQUE SOBRE A INOPERÂNCIA DA POLÍTICA PÚBLICA DA COBRANÇA DO USO DA ÁGUA.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AS LEIS AMBIENTAIS E O OBSTÁCULO DA CULTURA PREDOMINANTE: UM ENFOQUE SOBRE A INOPERÂNCIA DA POLÍTICA PÚBLICA DA COBRANÇA DO USO DA ÁGUA."

Transcrição

1 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun AS LEIS AMBIENTAIS E O OBSTÁCULO DA CULTURA PREDOMINANTE: UM ENFOQUE SOBRE A INOPERÂNCIA DA POLÍTICA PÚBLICA DA COBRANÇA DO USO DA ÁGUA. The Environmental Norms and the Obstacle of the Predominant Culture: An Approach on the Innoperancy of the Public Policies on the Charging of the Use of Water. Gislaine Rocha Simões da Silva 208 RESUMO Este trabalho objetivou analisar os obstáculos que a falta de uma transformação cultural dentro da sociedade civil, e dos próprios governantes representa para que efetivamente as leis ambientais, em especial a Lei Nacional de Políticas Públicas de Recursos Hídricos (PNRH) alcance os objetivos para os quais foram criados. Enfoca a existência de regulamentações da política pública que instituiu o va- 208

2 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun lor econômico à água como forma de contenção, conscientização e sustentabilidade com efeito prático tímido, diante da ausência de implementações em todos os Estados federados, sucumbidos pela inércia interessada em manter a disseminação da cultura capitalista da acumulação, concebido no pensamento essencialmente antropológico e imediatista para sustentar uma falsa noção de qualidade de vida, cujo custo é a degradação da natureza. Demonstra a clara evolução do pensamento na questão ambiental trazida pelos símbolos disseminados pelo discurso a partir da ECO 92, mas contrapõe com a insuficiência de absorção pelos atores sociais da gravidade da situação, principalmente quando envolve as gerações futuras que o artigo 225 da Constituição Federal também pretende proteger. ABSTRACT This work had the objective to analyze the obstacles that the lack of a cultural transformation inside of the civil society, and the proper governors represent so that the environmental norms, in special the National Law of Public Policies of Hydric Resources (PNRH) reach the objectives for which they had been created. It focuses on the existence of regulations of the public policy that instituted the economic value to the water as a way of containment, awareness and sustainability with shy practical effect, in face of the absence of implementations in all the Federative States, lost for the inertia interested

3 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun in keeping the dissemination of the capitalist culture of accumulation, conceived in the essentially anthropologic and immediate thought to support a false notion of quality of life whose cost is the degradation of nature. It shows the clear evolution of the thought in the environmental question brought by the symbols spread for the speech from ECO 92, but it opposes down the insufficience of absorption for the social actors of gravity of the situation, mainly when it involves the future generations that the art. 225 of the Federal Constitution also intends to protect. PALAVRAS-CHAVE: leis ambientais; política nacional de recursos hídricos; água; valor econômico da água; cultura. KEY-WORDS: Environmental norms; national policy of Hydric Resources; water; economic value of the water; culture. 1 INTRODUÇÃO

4 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun O discurso ambiental que vem sendo propalado desde a ECO 92, ensejou a criação de diversas legislações que orientam, punem, previnem e regulam o uso dos recursos naturais. Os dispositivos legais são tidos como conquista, resultado de debates, críticas, movimentos. Há uma extensa regulamentação federal, estadual e municipal a respeito, resultados de incansáveis pesquisas interdisciplinares que buscam alcançar o desenvolvimento sustentável. A implementação de políticas públicas que envolvam, não somente as ações estatais, mas toda a coletividade surgiu como um arcabouço de soluções que preservariam o meio às gerações e atenderiam o artigo 225 da Constituição Federal de Entre as legislações federais ambientais foi publicada em 09 de janeiro de 1997 a Lei que regula as Políticas Nacionais de Recursos Hídricos, criando institutos inéditos com intuito de proporcionar medidas que conciliassem desenvolvimento econômico com equilíbrio ecológico. Considerando as variáveis que as águas representam dentro do contexto social e econômico, a escassez da água foi o ponto crucial para a elaboração destes institutos. Contudo, mesmo diante das medidas previstas na legislação, as mudanças nas ações humanas é que ainda não são perceptíveis. A existência de políticas públicas que envolvam a sociedade sequer são amplamente difundidas e praticamente desconhecidas por grande parcela dos

5 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun indivíduos. A transformação social é tímida e necessita uma mudança cultural para atingir os fins que o discurso da lei almeja. O presente trabalho, sem a pretensão de esgotar o assunto, pretende abordar o obstáculo que a falta de mudança cultural representa para a efetiva transformação social, que impede ou dificulta que atinjam seus fins, as políticas públicas de recursos hídricos, criadas pela Lei 9.433/97, em especial, quanto à cobrança pelo uso da água. As posições adotadas denotam uma realidade que cerceia a implementação dos institutos dentro de um contexto tomado pela ideologia capitalista, mecanicista que persiste acima de qualquer consciência ambiental, e vão além das preocupações com as futuras gerações e o mundo. Percebe-se a contraposição entre o imediatismo ao que o indivíduo acostumou-se priorizar e o dever de preservar e defender a sadia qualidade de vida. Como já mencionava Junges (2004) os homens vivem a insignificância da vida e o imediatismo do presente. É esta racionalidade que deve ser superada, não apenas pelos membros da sociedade civil, mas pelos próprios governantes. Como preleciona Souza (2006), até a promulgação da Constituição Federal de 1988, o Estado era considerado o dono da natureza, e pouco fez para preservá-la, pelo menos até então. O mesmo autor, inclusive, ressalta que muito fez para destruí-la, deixando o Estado de aplicar eficaz-

6 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun mente seu poder de polícia, agindo com descaso em relação ao meio ambiente, facilitando a geração das degradações ambientais. A partir da divulgação maciça dos efeitos da degradação ambiental, no aspecto formal muitas coisas mudaram. Mas a atuação prática dos atores sociais está ainda em lento processo de transformação, e a morosidade é um obstáculo que não acompanha o que a legislação ambiental, formalmente, pretende empreender. Neste artigo, busca-se apresentar esta incongruência. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 O fortalecimento do discurso ambiental Por muitas gerações não distantes da época atual, e na maior parte do mundo a água era tida como um recurso tão disponível como o ar. Não havia a preocupação quanto às regiões do mundo que esta acessibilidade era reduzida, tão pouco havia maior preocupação quanto à sua capacidade de renovação. Com a qualidade de inesgotável a sociedade a atribuía múltiplos usos, especialmente de ordem econômica.

7 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun A trajetória histórica da relação entre os cenários social e econômico, resultado da intensificação do mercantilismo pela descoberta de novas riquezas e novas trocas comerciais, culmina com o desenvolvimento da tecnologia que deu início à Revolução Industrial, trazendo as conseqüências ambientais que hoje a humanidade vivencia. Houve nesta trajetória a predominância do antropocentrismo, atribuído ao individualismo (ideal do Iluminismo), que prioriza o progresso material em detrimento da degradação e em favor da dominação da natureza. Este enfoque prevalece até o Século XX, quando o Estado organiza-se como promotor da qualidade de vida, intervindo na iniciativa privada para assegurar o interesse coletivo, incluindo aí, a preservação do meio ambiente. Neste vértice destaca-se a contenção do desgaste dos recursos naturais, em que a sociedade civil, em especial, as empresas inserem-se como atores sociais importantes na implementação de políticas ambientais que amenizem os efeitos de suas próprias ações degradantes, assim como para atender objetivos específicos internos ou exigências externas. A visibilidade dos efeitos do desgaste dos recursos naturais implicou na necessidade não somente de transformar a cultura, mas também de novas normas que visassem a contenção, através de políticas públicas, imputações de sanções e responsabilidades. Na visão de Berger e Luckrmann (1987), a continuidade da vida cotidiana somente é interrompida pelo aparecimento de um problema, quando isso acontece, a realidade da vida

8 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun cotidiana procura integrar o setor problemático dentro daquilo que já é nãoproblemático. A política e a legislação ambiental brasileira existem desde o período colonial, com previsões inicialmente de efeitos essencialmente econômicos, o que veio se modificando até a edição da Lei n /81, que inaugura uma visão holística dentro da normatização pátria. Sob a luz das normas ambientais advindas dessa nova linhagem postural, busca-se a descentralização da proteção e gestão dos bens ambientais, visando maior efetividade. Em relação aos recursos hídricos, criou-se a Lei 9.433/97, instituindo a Política Nacional de Recursos Hídricos, que entre todas as suas criações conferiu à água valor econômico, instituindo a cobrança pelo seu uso. Como bem dizia o poeta João Guimarães Rosa a água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba. Ainda que haja noção das conseqüências que o uso irrestrito da água poderia causar, somente quando são sentidos os efeitos nefastos é que se tomam providências de contenção e preservação. Pesquisas realizadas revelam dados quantitativos que demonstram um quadro alarmante quanto à disponibilidade dos recursos hídricos, conforme indica Machado (2005) quando informa que somente cerca 0,007% da água doce existente no planeta está disponível para o consumo, e 9% dos países concentram 60% dos recursos hídricos. No Brasil, cuja posição

9 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun é privilegiada, detém-se de 12 a 15% dos 0,0007% da água doce, mas a distribuição é totalmente desigual. Na Amazônia, concentra-se cerca de 7% da população e detém entre 70 a 80% dos recursos hídricos disponíveis no Brasil. Nesta concepção geográfica, fica claro a necessidade de limites em relação à utilização da água, seja para proporcionar a distribuição de investimentos às áreas menos favorecidas, seja para empreender uma consciência ecológica de contenção. Reconhecido os múltiplos usos da água, gerou-se a criação de normas específicas para a regulamentação de políticas de cunho financeiro e pedagógico. O atual tratamento dispensado aos recursos hídricos decorreu de uma conjuntura que não somente envolvia a questão ambiental, como econômica e social, empreendendo um embate complexo entre os mais variados setores que compõe a sociedade. Toda a questão ambiental envolve uma análise sistêmica. Tal característica pressupõe o levantamento de várias questões e suas relações que ultrapassam os limites da pesquisa focada simplesmente na questão geográfica e biológica. Que a água é vital para a manutenção dos seres vivos não é o único preceito que justifique as medidas restritivas de seu uso, que deve se equilibrar com outras áreas de desenvolvimento. Rodrigues (1990) em sua obra Campo Midiático enfatiza a força simbólica dos discursos que determinam as conveniências, que não somente devem ser freqüentes, intensas e aceleradas para não serem es-

10 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun quecidos, e, portanto, não perderem sua visibilidade simbólica, como também devem atingir maior variedade de dimensões alcançando a amplitude necessária para implantar estratégias funcionais em maior número de setores. O campo social em que se desenvolveram os estudos sobre a institucionalização das políticas públicas de recursos hídricos, representou exatamente o que este autor destacou. Debates tardios sobre a preservação do meio ambiente, degradados na excessiva demanda poluidora que não preocuparam a economia capitalista durante os muitos anos que se seguiram após a Revolução Industrial, somente ganharam força política e institucional a partir do momento que, constatado os efeitos degradantes da natureza, investiu-se na criação de comitês, grupos e associações formadas por entes governamentais ou particulares investidos de algum interesse, de legitimidade para a discussão dos meios de preservação. O discurso de movimentos sociais que defendiam a questão ecológica fortaleceu-se no campo social com manifesta intensidade que permitiu a reunião de líderes nacionais e internacionais cujos debates embasaram leis, normas e tratados que regem a questão ambiental com maior força política entre os entes. Como mencionara Melucci (2001), os movimentos sociais são um sinal. Não são apenas um produto da crise, os últimos efeitos de uma sociedade que morre, mas, ao contrário, trata-se da mensagem daquilo que está nascendo, indicando uma transformação profunda na lógica e nos processos que guiam as sociedades complexas.

11 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun As dimensões ou setores atingidos permitiram criar estratégias que envolvam toda a coletividade a participar do desenvolvimento de políticas públicas que preservem o meio ambiente. Dentro de uma sistemática que tentou incutir uma renovação da consciência que transformava a cultura. Como ensinou Melucci (2001) o agir coletivo que visa a solução de uma crise pressupõe uma necessidade história. O mundo exigia práticas que o permitissem sobreviver. O simbolismo que se verifica em campanhas e nas próprias normas pertinentes é de que a responsabilidade é de cada um e de todos, igualando os atos de indivíduos em sua vida cotidiana e de grandes indústrias. O que se questiona é a transferência desta responsabilidade aos particulares ser válida, verdadeiramente legítima e eficiente, uma vez que, em contrapartida, por exemplo, aos Estados não se cobra sequer maior agilidade em criar-se infra-estrutura para a redução em proporções possíveis do uso dos derivados do petróleo. Inegável que a força dos debates que instituíram o valor econômico da água tenha advindo da força discursiva e da amplitude que se atribuiu ao assunto, após os efeitos degradantes observados no mundo. Mas foi suficiente para transformar os paradigmas e injetar nos indivíduos, efetivamente, a consciência da importância da preservação do meio ambiente, não como um discurso oportuno, mas como uma necessidade proeminente?

12 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun Rodrigues (1990) quando trata da emergência da questão comunicacional e da nova racionalidade científica, aborda o desenvolvimento da tecnização das ciências humanas, criticando o imediatismo que evita um aprofundamento da problemática e mantém o interesse dominante, incutindo à comunidade necessidades que naturalmente não existem, como ocorreu com os debates que envolviam o meio ambiente. Admitiu-se por muitos anos a degradação do meio ambiente como meio de subsistir os meios tecnológicos para garantir as necessidades que se acredita à humanidade possuir. O interesse dominante põe em pauta interesse particular no campo social e o torna coletivo e público, como forma de estratégia de transferir funções e responsabilidades. No processo do conhecimento, a transição pressupõe um choque causado pelo deslocamento da atenção, como ensinam Berger e Luckmann (1987). A quebra de paradigmas onde se sustenta a prevalência do pensamento antropológico e transfere-se ao pensamento biocêntrico empreende significativo esforço para alterar a forma de pensar e agir. Neste aspecto, impossível ignorar o poder simbólico, estudado por Bourdier (1998), da divulgação positiva que invocava a preservação do meio ambiente, que invocava novas formas de agir dos homens, com informações detalhadas dos efeitos do aquecimento global, da poluição das águas, das queimadas florestais, das emissões de gás carbônicos. A própria Lei de Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997), foi a forma de política pública implantada para instituir a cobrança do uso deste bem público como

13 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun meio de combater o uso desmedido do recurso natural, cuja escassez até poucos anos parecia ser ilusório. Contudo, as implementações carecem de efetividade, porque sucumbidos pelo interesse econômico, tornam-se meras simbologias. A trajetória histórica da relação entre os cenários social e econômico, resultado da intensificação do mercantilismo pela descoberta de novas riquezas e novas trocas comerciais, culmina com o desenvolvimento da tecnologia que deu início à Revolução Industrial. Segundo Machado (2005), por mais de 60 anos, as políticas públicas de recursos hídricos foram dominadas pela supremacia da geração da energia e para impulsionar o desenvolvimento e a industrialização. A idéia dominante de crescimento nacional focava a atividade a fomentação do capital. Antecedeu uma trajetória de predominância do antropocentrismo, atribuído ao individualismo, que prioriza o progresso material em detrimento da degradação e em favor da dominação da natureza. Este enfoque é prevalecente até o século XX. A preocupação em relação aos recursos naturais, em especial, aos hídricos, teve início quando as conseqüências ambientais que hoje a humanidade vivencia começaram a se agravar, não obstante fosse previsível. Superada (nos discursos) a idéia do individualismo dos direitos fundamentais, hoje já se propõe um comunitarismo ambiental ou de uma comunidade com responsabilidade ambiental, que engendra a participação

14 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun ativa do cidadão na defesa e proteção do meio ambiente. Há uma tendência em distribuir atribuições, e neste aspecto não se pode deixar de ressaltar a imprescindibilidade de que o Estado ou as entidades públicas deixem de participar, até para fins de preservar o interesse de toda a coletividade. Os alertas sobre a iminente crise da disponibilidade da água, que contou com dados quantitativos importantes para análises qualitativas, inseriram-se nos debates somente a partir de 1990, especialmente em virtude da ECO 92, fortalecendo-se com a Agenda 21 adotada na Conferência do Meio Ambiente e Desenvolvimento. A própria ONU, na Assembléia Geral proclamou o período de 2005 a 2015 a Década Internacional para a Água: a água, fonte de vida, iniciada no dia 22 de março de 2005, fixando esta data consagrada como Dia Mundial da Água, segundo constata-se em Pompeu (2006). O Estado organiza-se como promotor da qualidade de vida, intervindo na iniciativa privada para assegurar o interesse coletivo, incluindo aí, a preservação do meio ambiente. No intuito de buscar medidas de contenção do desgaste dos recursos naturais, envolvendo vários atores sociais na participação, as próprias empresas foram investidas de atribuições como agente importante na implementação de políticas ambientais que amenizem os efeitos de suas próprias ações degradantes, assim como para atender objetivos específicos internos ou exigências externas.

15 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun Como ensina Souza (2003), para analisar a conjuntura é necessário identificar os ingredientes, os atores, os interesses em jogo. A implementação da Lei 9.433/97 que regula as Políticas Nacionais de Recursos Hídricos surgiu deste contexto que visa preservação do meio ambiente dentro de uma estrutura que permita o desenvolvimento sustentável objetivando equilibrar o desgaste ecológico com a atividade empresarial. Atualmente já há referências ao Estado Constitucional Ecológico, com base nas regulamentações sobre as formas de participação política expressa na democracia sustentada, que proporcionem desenvolvimento equilibrado com o desenvolvimento social e econômico, associado às idéias de justiça intergeracional ou direitos das futuras gerações como mencionam Ferreira e Leite (2004). A partir dos anos de 1980 com a redemocratização, e as idéias difundidas por todos os meios de comunicações das implicações ambientais, como bem ressalta Marcovitch (2006) o ambientalismo assumiu uma nova feição pública e ganhou prioridade nas políticas governamentais. Embora a questão tenha se fortalecido somente na década seguinte, ainda na década de 1980 criou-se o Ministério do Meio Ambiente e Secretarias nos altos escalões de governos estaduais e municipais. Mas o que se questiona acompanha a mesma dúvida de Marcovitch (2006): depois destas conquistas legais e formais que estágio se encon-

16 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun tra o país nessa questão, quando se avança na primeira década do Século XXI? Basta verificar que no plano formal, o Brasil tornou-se, um dos países mais conscientes do mundo. Mas isto foi suficiente, ou foi apenas um passo? 2.2 Da necessária transformação cultural dos atores obstáculo às medidas de proteção ambiental A Lei não somente identifica os atores sociais envolvidos nas políticas instituídas como cria outros, tais como o Comitê de Bacias Hidrográficas. Entendam-se atores, não somente todos os usuários das águas (identificados como aqueles que a retiram do seu estado natural diretamente de sua origem), a União, Estados e Municípios, mas também os órgãos que integram o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, em especial os Comitês de Bacia Hidrográfica, unidade administrativa criada pela Lei /97, que terá funções administrativas de gestão, planejamento, fiscalização e cobrança pelo uso da água. A Bacia passa a ser considerada unidade territorial de gestão.

17 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun Os comitês de Bacia Hidrográfica são compostos por membros dos mais variados setores, cujo discurso que o justifica é o de atender os interessados nos múltiplos usos da água. Machado (2005) questiona este gerenciamento colegiado que envolve atores com diferentes interesses e graus de poder. A gestão pública colegiada, integrada, descentralizada e participativa, permitiria não favorecer um ou outro interesse, mas interagir, permitindo ampla participação social (Poder Público, usuários, comunidades etc.), de forma descentralizada: Por outro lado, interesses políticos, econômicos e culturais impostas por uma parcela de atores que detém maior capacidade de dominação no seu uso e apropriação. Há a influência política e argumentativa que permite alguns participantes realizarem manobras, utilizarem astúcias, reorganizarem os meios para conduzir os recursos, resultando na barganha em argumentos de troca, para firmar pactos. Transformaria este espaço social em mais uma estratégia de finalidade econômica, afastando a preocupação preliminar quanto ao meio ambiente degradado. O envolvimento de vários indivíduos de diferentes representações pode implicar em um empurra-empurra de responsabilidades, motivo pelo qual Machado (2005) atenta para a necessidade de uma divisão eqüitativa de responsabilidade, envolvendo entes privados e públicos. Neste aspecto, destaca-se o comentário de Souza (2003) sobre relações de forças, quando afirma que as classes sociais, os grupos, os diferentes atores sociais estão em relação uns com os outros. Essas relações podem ser de con-

18 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun fronto, de coexistência, de cooperação e estarão sempre revelando uma relação de força, de domínio, igualdade ou subordinação. Para Freitas (2000), a perspectiva da Lei n /97é de que se considere a água como um bem inestimável, relevando-se como insumo indispensável para a produção, devendo ser tratada como recurso estratégico para o desenvolvimento econômico e como um bem cultural e social indispensável à sobrevivência e à qualidade de vida da população. Ao se adotar esta característica os mecanismos de preservação devem se estender a todos. E os envolvidos devem ter incutido uma noção moral ética clara dos princípios que a lei lhe impõe. A água como bem cultural pode ser explicada pelas determinações de Hall (1997) em suas reflexões sobre as revoluções culturais da contemporaneidade que induziram a entender como a cultura pode ser atualmente analisada sob a ascensão dos novos domínios, instituições e tecnologias associadas às indústrias culturais que transformaram as esferas tradicionais da economia, indústria, sociedade e da cultura em si: a cultura vista como uma força de mudança histórica global; a transformação cultural do cotidiano; a centralidade da cultura na formação das identidades pessoais e sociais. Vendo essa centralidade sob as dimensões epistemológicas, as ciências humanas e sociais concedem à cultura uma importância e um peso explicativo bem maior do que visto anteriormente.

19 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun A cobrança pelo uso de recursos hídricos tem como objetivos, de acordo com o artigo 2º da Lei Federal 9.433/97: reconhecer a água como bem econômico e fornecer ao usuário uma indicação de seu real valor, incentivar a racionalização do uso da água, e obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos recursos hídricos. Portanto, um dos objetivos da lei é realmente disseminar uma cultura de incentivo da racionalização, ou seja, uma transformação cultural. Uma revolução conceitual de peso está ocorrendo nas ciências humanas e sociais, colocando as questões culturais numa posição mais central, ao lado dos processos econômicos, das instituições sociais e da produção de bens, riquezas e serviços. A cultura passa então a ser vista como uma condição constitutiva da vida social, ao invés de uma variável dependente, provocando uma mudança de paradigma nas ciências sociais e na humanidade. Dá-se assim à cultura um papel constitutivo e determinado na compreensão e na análise de todas as instituições e relações sociais. Portanto, considerá-la um elemento fundamental para a eficácia de políticas públicas não é exagero. Nestes 11 anos desde a criação da Lei n /97, articulou-se muito, levantaram-se críticas na questão de políticas ambientais, mas, tal como sugere Soares (2003, p. 132) as políticas ambientais promovidas pelos governos federal, estadual e municipal, embora com abertura para a participação popular não têm força para interferir nas decisões macroeco-

20 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun nômicas do país, e isto acarreta a notória indiferença à legislação imposta quando não se volta aos interesses da classe dominante. Para a humanidade, a perspectiva da escassez da água é fator preocupante, assumindo papel relevante no plano dos fatores sociais, políticos, éticos, econômicos e culturais que fazem sobressair qualquer modificação efetuada pelo ser humano no ambiente natural com conseqüências que interferem de maneira negativa nos eventos da natureza. Uma das maiores preocupações atualmente é a de que vários países já sofrem a escassez de água e há previsões de que mais e mais países serão assolados pela seca, cabendo aos brasileiros, mediante este quadro, praticar uma administração eficaz para regulamentação e controle do uso da água. Um dos passos mais importantes nesse sentido foi realmente a aprovação da Lei no 9.433/1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, definindo uma série de diretrizes e instrumentos destinados a racionalizar e harmonizar os diversos usos da água, que entre outras medidas estabeleceu instrumentos de cobrança pelo uso da água. Embora haja críticas que mencionam a mercantilização do recurso natural, transformando a água em produto, é inegável que os objetivos dos ideais ecológicos não contenham vantagens ao meio ambiente e ao custo de sua conservação. Daí a importância em verificar como está sendo recepcionada esta lei pela sociedade brasileira.

21 Revista Jurídica das Faculdades Secal Ponta Grossa v. 1 n. 1. jan./jun Granziera (2001) já categorizou a água juridicamente como uma coisa ou um bem de valor material, valor este que impõe uma relação jurídica. A medida deste valor é localizada pela satisfação de sua necessidade. Decorre deste aspecto a probidade do direito em considerar a água como material suscetível de valor, impondo para sua utilização, restrições, seja de cunho administrativo, seja de natureza financeira, como é o caso da cobrança pelo uso dos recursos hídricos. A sociedade não está preparada a pagar pelo uso da água. E o mais grave, maior parcela não conhece sequer a própria situação. Esta reflexão foi despertada por um artigo editado em um jornal de Ponta Grossa, PR Diário dos Campos em data de 18 de março de 2007, com o título Você conhece a nossa água?. O autor deste artigo Paulo Barros é engenheiro agrônomo, diretor do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de Ponta Grossa, instiga a população pontagrossense a conhecer melhor o manancial de água da cidade de Ponta Grossa, iniciando com o paradoxo de que a maioria das pessoas tem bastante conhecimento sobre o Rio Nilo e o Rio Amazonas, mas não sabem que é o Rio Pitangui e o Rio Jutubá que fornecem a água para o consumo doméstico do Município. A crítica do artigo está em que é ilusório acreditar que a população preocupa-se com a preservação dos mananciais de água, se não os conhecem. Lembra o autor que até a década de 1970, estes rios eram saudáveis, necessitando apenas de um tratamento simples para tornarem-se potável, enquanto, hoje, há necessidade de um tratamento complexo e

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

A POLÍTICA AMBIENTAL NAS EMPRESAS

A POLÍTICA AMBIENTAL NAS EMPRESAS SEMANA AMBIENTAL NA BRASIMET 2006 CIDADANIA E EDUCAÇÃO PARA UM PLANETA MELHOR A POLÍTICA AMBIENTAL NAS EMPRESAS A atual conjuntura econômica e os novos cenários sócio-ambientais nacionais e internacionais

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

Sustentabilidade x Desperdício

Sustentabilidade x Desperdício Sustentabilidade x Desperdício Alunos: Antônio Fernandes Margarida Késsia Daniele de Brito Nilmara Oliveira Introdução O tema consciência ambiental tem estado em alta no Brasil. A falta d água em vários

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

01/12/2012 MEIO AMBIENTE E RESPONSABILIDADE SOCIAL. Guarantã do Norte/MT A SOCIEDADE ESTÁ EM TRANSFORMAÇÃO

01/12/2012 MEIO AMBIENTE E RESPONSABILIDADE SOCIAL. Guarantã do Norte/MT A SOCIEDADE ESTÁ EM TRANSFORMAÇÃO MEIO AMBIENTE E RESPONSABILIDADE SOCIAL Guarantã do Norte/MT A SOCIEDADE ESTÁ EM TRANSFORMAÇÃO TAREFAS ESTRUTURA PESSOAS AMBIENTE TECNOLOGIA ÊNFASE NAS TAREFAS Novos mercados e novos conhecimentos ÊNFASE

Leia mais

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 No passado, até porque os custos eram muito baixos, o financiamento da assistência hospitalar

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Exemplos de políticas de compra responsável para produtos florestais. Exemplo 1

Exemplos de políticas de compra responsável para produtos florestais. Exemplo 1 Exemplos de políticas de compra responsável para produtos florestais Exemplo 1 Política de compra responsável produtos florestais Esta organização tem compromisso com a compra responsável de produtos florestais.

Leia mais

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL MERCOSUL/CMC/DEC. N o 02/01 ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Resolução N o 38/95 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação

Leia mais

Gestão Participativa e os Comitês de Bacias

Gestão Participativa e os Comitês de Bacias Novembro de 2009. Gestão Participativa e os Comitês de Bacias Suraya Modaelli DAEE 1,2 bilhão de pessoas sem acesso a água potável no mundo 2 bilhões sem infra-estrutura de saneamento milhões de crianças

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL Danilo Coutinho da Silva Bacharel e Licenciado em Geografia - UFPB danilogeog@hotmail.com INTRODUÇÃO A Educação Ambiental (EA) deve

Leia mais

REQUERIMENTO (Do Sr. Vittorio Medioli)

REQUERIMENTO (Do Sr. Vittorio Medioli) 1 REQUERIMENTO (Do Sr. Vittorio Medioli) Requer o envio de Indicação ao Poder Executivo sugerindo à Agência Nacional de Águas que determine às empresas concessionárias deste serviço a divulgação em suas

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

GESTÃO AMBIENTAL. Profª: Cristiane M. Zanini

GESTÃO AMBIENTAL. Profª: Cristiane M. Zanini GESTÃO AMBIENTAL Profª: Cristiane M. Zanini Afinal, O que é Gestão Ambiental? A novíssima área de conhecimento e trabalho intitulada "Gestão Ambiental" vem causando muita confusão entre os especialistas

Leia mais

05 DE JUNHO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

05 DE JUNHO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE D I R E T O R I A D E S A Ú D E 05 DE JUNHO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE Em 05 de Junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente e nesse ano o foco está voltado para as Mudanças Climáticas com o tema

Leia mais

"Experiências Internacionais de Gestão de Recursos Hídricos: lições para a implementação da Lei sobre Cobrança pelo Uso da Água no Brasil".

Experiências Internacionais de Gestão de Recursos Hídricos: lições para a implementação da Lei sobre Cobrança pelo Uso da Água no Brasil. 1 "Experiências Internacionais de Gestão de Recursos Hídricos: lições para a implementação da Lei sobre Cobrança pelo Uso da Água no Brasil". Autora: Regina Cavini, mestranda do Curso de Desenvolvimento,

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

Produção e consumo sustentáveis

Produção e consumo sustentáveis Produção e consumo sustentáveis Fernanda Capdeville Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis DPCS Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental - SAIC 14 Plenária do Fórum Governamental

Leia mais

P.42 Programa de Educação Ambiental - PEA Capacitação professores Maio 2013 Módulo SUSTENTABILIDADE

P.42 Programa de Educação Ambiental - PEA Capacitação professores Maio 2013 Módulo SUSTENTABILIDADE P.42 Programa de Educação Ambiental - PEA Capacitação professores Maio 2013 Módulo SUSTENTABILIDADE Definições de sustentabilidade sustentar - suster 1. Impedir que caia; suportar; apoiar; resistir a;

Leia mais

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET AULA 05 ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET JAMES A. O BRIEN MÓDULO 01 Páginas 26 à 30 1 AULA 05 DESAFIOS GERENCIAIS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

ANÁLISE DO USO INDISCRIMINADO DOS RECURSOS NATURAIS NO TERRITÓRIO RIO METROPOLITANO: O PAPEL DO CONSUMISMO NESTE PROCESSO

ANÁLISE DO USO INDISCRIMINADO DOS RECURSOS NATURAIS NO TERRITÓRIO RIO METROPOLITANO: O PAPEL DO CONSUMISMO NESTE PROCESSO ANÁLISE DO USO INDISCRIMINADO DOS RECURSOS NATURAIS NO TERRITÓRIO RIO METROPOLITANO: O PAPEL DO CONSUMISMO NESTE PROCESSO Silvia A Guarnieri ORTIGOZA Magda Adelaide LOMBARDO Programa de Pós-Graduação em

Leia mais

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tendo se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992, reafirmando

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO Medidas estão sendo tomadas... Serão suficientes? Estaremos, nós, seres pensantes, usando nossa casa, com consciência? O Protocolo de Kioto é um acordo internacional, proposto

Leia mais

Política Ambiental das Empresas Eletrobras

Política Ambiental das Empresas Eletrobras Política Ambiental das Empresas Eletrobras Versão 2.0 16/05/2013 Sumário 1 Objetivo... 3 2 Princípios... 3 3 Diretrizes... 3 3.1 Diretrizes Gerais... 3 3.1.1 Articulação Interna... 3 3.1.2 Articulação

Leia mais

PROJETO RECICLAR PARA PRESERVAR

PROJETO RECICLAR PARA PRESERVAR PROJETO RECICLAR PARA PRESERVAR FABIA GRAVINA VIEIRA ROCHA Colégio e Faculdade Modelo do Paraná- Curitiba/PR fabiagravina@hotmail.com RESUMO Sensível à necessidade de reflexão sobre as relações dos seres

Leia mais

Governança Corporativa. A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial.

Governança Corporativa. A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial. Governança Corporativa A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial. A virtualização dos negócios tem impactado diretamente a condição de fazer negócio, conferindo

Leia mais

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação. ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum 1. O direito constitucional à educação é concretizado, primeiramente, com uma trajetória regular do estudante, isto é, acesso das crianças e jovens a

Leia mais

APRESENTAÇÃO. Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 SGA & ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL

APRESENTAÇÃO. Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 SGA & ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL APRESENTAÇÃO Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL Introdução SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - SGA Definição: Conjunto de ações sistematizadas que visam o atendimento

Leia mais

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES A valorização comercial dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios que, ou pela sua origem ou pelos seus modos particulares

Leia mais

Curso Agenda 21. Resumo da Agenda 21. Seção I - DIMENSÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS

Curso Agenda 21. Resumo da Agenda 21. Seção I - DIMENSÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS Resumo da Agenda 21 CAPÍTULO 1 - Preâmbulo Seção I - DIMENSÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS CAPÍTULO 2 - Cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento e políticas

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso Considerando que a informação arquivística, produzida, recebida, utilizada e conservada em sistemas informatizados,

Leia mais

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO O ESTADO VEIO TENDO, NO DECORRER DO SÉCULO XX, ACENTUADO PAPEL NO RELACIONAMENTO ENTRE DOMÍNIO JURÍDICO E O ECONÔMICO. HOJE, TAL RELAÇÃO JÁ SOFRERA PROFUNDAS

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA

VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA COM-VIDA Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola Criado a partir das deliberações da I Conferência

Leia mais

POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO

POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO Política de SEGURANÇA Política de SEGURANÇA A visão do Grupo Volvo é tornar-se líder

Leia mais

PAPEL DO GESTOR AMBIENTAL NA EMPRESA

PAPEL DO GESTOR AMBIENTAL NA EMPRESA PAPEL DO GESTOR AMBIENTAL NA EMPRESA Copyright Proibida Reprodução. NECESSIDADE EMERGENTE - Apresentam-se hoje, em países desenvolvidos e em desenvolvimento, as preocupações com a sustentabilidade empresarial

Leia mais

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Lei n o 9.795, de 27 de Abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso

Leia mais

MINISTÉRIO DAS CIDADES CONSELHO DAS CIDADES RESOLUÇÃO RECOMENDADA N 75, DE 02 DE JULHO DE 2009

MINISTÉRIO DAS CIDADES CONSELHO DAS CIDADES RESOLUÇÃO RECOMENDADA N 75, DE 02 DE JULHO DE 2009 DOU de 05/10/09 seção 01 nº 190 pág. 51 MINISTÉRIO DAS CIDADES CONSELHO DAS CIDADES RESOLUÇÃO RECOMENDADA N 75, DE 02 DE JULHO DE 2009 Estabelece orientações relativas à Política de Saneamento Básico e

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

"Água e os Desafios do. Setor Produtivo" EMPRESAS QUE DÃO ATENÇÃO AO VERDE DIFICILMENTE ENTRAM NO VERMELHO.

Água e os Desafios do. Setor Produtivo EMPRESAS QUE DÃO ATENÇÃO AO VERDE DIFICILMENTE ENTRAM NO VERMELHO. "Água e os Desafios do Setor Produtivo" EMPRESAS QUE DÃO ATENÇÃO AO VERDE DIFICILMENTE ENTRAM NO VERMELHO. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E O PAPEL DE CADA UM É o desenvolvimento que atende às necessidades

Leia mais

Visão & Valores. Código de Sustentabilidade Corporativa

Visão & Valores. Código de Sustentabilidade Corporativa Visão & Valores Código de Sustentabilidade Corporativa 1 Somos dedicados a promover a sustentabilidade e a responsabilidade social Nós reconhecemos a necessidade de harmonizar entre si os objetivos econômicos,

Leia mais

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1

Leia mais

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL 3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL Os fundamentos propostos para a nova organização social, a desconcentração e a cooperação, devem inspirar mecanismos e instrumentos que conduzam

Leia mais

Prefeitura Municipal de Jaboticabal

Prefeitura Municipal de Jaboticabal LEI Nº 4.715, DE 22 DE SETEMBRO DE 2015 Institui a Política Municipal de estímulo à produção e ao consumo sustentáveis. RAUL JOSÉ SILVA GIRIO, Prefeito Municipal de Jaboticabal, Estado de São Paulo, no

Leia mais

Conteúdo Específico do curso de Gestão Ambiental

Conteúdo Específico do curso de Gestão Ambiental Conteúdo Específico do curso de Gestão Ambiental 1.CURSOS COM ÊNFASE EM : Gestão Ambiental de Empresas 2. CONCEPÇÃO DOS CURSOS: O Brasil possui a maior reserva ecológica do planeta sendo o número um em

Leia mais

PROTEÇÃO DOS BENS AMBIENTAIS: PELA CRIAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (OME). Brasília, 20/04/2012 Sandra Cureau

PROTEÇÃO DOS BENS AMBIENTAIS: PELA CRIAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (OME). Brasília, 20/04/2012 Sandra Cureau XII CONGRESSO BRASILEIRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE MEIO AMBIENTE PROTEÇÃO DOS BENS AMBIENTAIS: PELA CRIAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (OME). Brasília, 20/04/2012 Sandra Cureau FUNDAMENTOS

Leia mais

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS Junho, 2006 Anglo American Brasil 1. Responsabilidade Social na Anglo American Brasil e objetivos deste Manual Já em 1917, o Sr. Ernest Oppenheimer, fundador

Leia mais

Código de Ética do IBCO

Código de Ética do IBCO Código de Ética do IBCO Qua, 14 de Novembro de 2007 21:00 O papel do consultor de organização, no desempenho de suas atividades, é o de assistir aos clientes na melhoria do seu desempenho, tanto nos aspectos

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local 1 Por: Evandro Prestes Guerreiro 1 A questão da Responsabilidade Social se tornou o ponto de partida para o estabelecimento

Leia mais

Os Princípios do IDFC para Promover um Desenvolvimento Sustentável 1

Os Princípios do IDFC para Promover um Desenvolvimento Sustentável 1 Os Princípios do IDFC para Promover um Desenvolvimento Sustentável 1 I. Histórico O Clube Internacional de Financiamento ao Desenvolvimento (IDFC) é um grupo de 19 instituições de financiamento ao desenvolvimento

Leia mais

Município D 8.902 545 6,12 Município E 231.977 3.544 1,53 Município F 93.655 1.280 1,37

Município D 8.902 545 6,12 Município E 231.977 3.544 1,53 Município F 93.655 1.280 1,37 01 - Os problemas ambientais estão na ordem do dia dos debates científicos, das agendas políticas, da mídia e das relações econômicas. Até muito recentemente, ao se falar de meio ambiente, as instituições

Leia mais

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do sumário Introdução 9 Educação e sustentabilidade 12 Afinal, o que é sustentabilidade? 13 Práticas educativas 28 Conexões culturais e saberes populares 36 Almanaque 39 Diálogos com o território 42 Conhecimentos

Leia mais

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas. 1. OBJETIVOS Estabelecer diretrizes que norteiem as ações das Empresas Eletrobras quanto à promoção do desenvolvimento sustentável, buscando equilibrar oportunidades de negócio com responsabilidade social,

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO LINHA DE PESQUISA: POLÍTICAS PÚBLICAS DE CULTURA JUSTIFICATIVA O campo de pesquisa em Políticas Públicas de

Leia mais

PROJETO PLANETA NA MENTE, CONSUMO CONSCIENTE!

PROJETO PLANETA NA MENTE, CONSUMO CONSCIENTE! PROJETO PLANETA NA MENTE, CONSUMO CONSCIENTE! ENFOQUE De acordo com o dia mundial sem compras, 27 de novembro de 2012, criamos o PLANETA NA MENTE, CONSUMO CONSCIENTE!. Trata-se de uma Campanha que tem

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

FACEMA SUSTENTÁVEL: Incorporação de educação ambiental na IES: Pedro Augusto da Silva Soares

FACEMA SUSTENTÁVEL: Incorporação de educação ambiental na IES: Pedro Augusto da Silva Soares FACEMA SUSTENTÁVEL: Incorporação de educação ambiental na IES: Pedro Augusto da Silva Soares Faculdade de ciências e tecnologia do maranhão-facema Caxias/MA pedroftb@hotmail.com.br/coor.educacaoambiental@facema.edu.br

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015 Altera a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, para incentivar a dessalinização da água do mar e das

Leia mais

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia.

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Luiz Felipe de Oliveira Pinheiro * RESUMO O presente mini-ensaio, apresenta os desvios que envolvem o conceito de micro e pequena empresa

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa 1 INTRODUÇÃO 1.1 Motivação e Justificativa A locomoção é um dos direitos básicos do cidadão. Cabe, portanto, ao poder público normalmente uma prefeitura e/ou um estado prover transporte de qualidade para

Leia mais

Atividade de Aprendizagem 1 Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Tema Conteúdos Usos / objetivos Voltadas para procedimentos e atitudes Competências

Atividade de Aprendizagem 1 Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Tema Conteúdos Usos / objetivos Voltadas para procedimentos e atitudes Competências Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Vida e ambiente / Terra e universo Tema Água e vida / ciclo hidrológico do planeta Conteúdos Águas subterrâneas Usos / objetivos Aprofundamento do estudo sobre as águas

Leia mais

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática A Abiquim e suas ações de mitigação das mudanças climáticas As empresas químicas associadas à Abiquim, que representam cerca

Leia mais

Resumo. O caminho da sustentabilidade

Resumo. O caminho da sustentabilidade Resumo O caminho da sustentabilidade Termos recorrentes em debates e pesquisas, na mídia e no mundo dos negócios da atualidade, como sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, responsabilidade empresarial

Leia mais

Eixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS

Eixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS 198 Eixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS Isailma da Silva Araújo; Luanna Nari Freitas de Lima; Juliana Ribeiro dos Reis; Robson

Leia mais

ilupas da informação e comunicação na área de Saúde entrevista

ilupas da informação e comunicação na área de Saúde entrevista ilupas Pesquisa Nacional identifica investimentos em tecnologias da informação e comunicação na área de Saúde Por Kelly de Souza O baixo grau de investimento em Tecnologias da Informação e Comunicação

Leia mais

Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas

Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas Boletim ABLimno 42(1), 14-19, 2016 Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas Ana Tiyomi Obara 1 e Mara Luciane Kovalski 2 1- Departamento de Biologia, Área de Ensino, Universidade Estadual

Leia mais

CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO

CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO Por que é importante dar preferência aos produtos orgânicos? Os sistemas de produção orgânica se baseiam em princípios da agroecologia e, portanto, buscam

Leia mais

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO FALANDO SOBRE NEXO EPIDEMIOLOGICO Um dos objetivos do CPNEWS é tratar de assuntos da área de Segurança e Medicina do Trabalho de forma simples de tal forma que seja possível a qualquer pessoa compreender

Leia mais

Resenha. Inovação: repensando as organizações (BAUTZER, Daise. São Paulo: Atlas, 2009.)

Resenha. Inovação: repensando as organizações (BAUTZER, Daise. São Paulo: Atlas, 2009.) Resenha Inovação: repensando as organizações (BAUTZER, Daise. São Paulo: Atlas, 2009.) Patrícia Morais da Silva 1 Superar as expectativas do mercado atendendo de forma satisfatória as demandas dos clientes

Leia mais

POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO

POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO Política da QUALIDADE A satisfação do cliente está na base das operações do Grupo Volvo. A Qualidade é um pré

Leia mais

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N o 2.602, DE 2010 Susta os efeitos do Decreto nº 7.154, de 9 de abril de 2010. Autora: Deputado SARNEY FILHO Relator:

Leia mais

Convenção de Condomínio para prédios verdes

Convenção de Condomínio para prédios verdes Convenção de Condomínio para prédios verdes Por Mariana Borges Altmayer A tendência mundial da sustentabilidade na construção civil tem levado cada vez mais as empresas deste mercado a desenvolver empreendimentos

Leia mais

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br Sumário Introdução... 3 Amostra... 4 Tamanho do cadastro de materiais... 5 NCM utilizadas... 6 Dúvidas quanto à classificação fiscal... 7 Como as empresas resolvem as dúvidas com os códigos de NCM... 8

Leia mais

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR.

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. 1 ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. Rute Regina Ferreira Machado de Morais Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG Este texto visa refletir sobre o papel

Leia mais

PECUÁRIA SUSTENTÁVEL: NOVO OU ANTIGO PARADIGMA DA PRODUÇÃO ANIMAL? Entrevista a Rodrigo Paniago 1 por Paulo Hellmeister Filho 2

PECUÁRIA SUSTENTÁVEL: NOVO OU ANTIGO PARADIGMA DA PRODUÇÃO ANIMAL? Entrevista a Rodrigo Paniago 1 por Paulo Hellmeister Filho 2 entrevistas PECUÁRIA SUSTENTÁVEL: NOVO OU ANTIGO PARADIGMA DA PRODUÇÃO ANIMAL? Entrevista a Rodrigo Paniago 1 por Paulo Hellmeister Filho 2 PERGUNTA (P.). O que é realmente a Pecuária Sustentável? RESPOSTA

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também

Leia mais

- Dezembro, 2010 - Organismos de Bacia Estado da arte, Brasil

- Dezembro, 2010 - Organismos de Bacia Estado da arte, Brasil - Dezembro, 2010 - Organismos de Bacia Estado da arte, Brasil ASPECTOS CONSTITUCIONAIS Organismos de bacia Histórico Constituição de 1988 estabeleceu, entre outros aspectos, que as águas são bens públicos,

Leia mais

ATUAÇÃO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS/ LÍNGUA PORTUGUESA NO IES 1

ATUAÇÃO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS/ LÍNGUA PORTUGUESA NO IES 1 ATUAÇÃO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS/ LÍNGUA PORTUGUESA NO IES 1 FILIETAZ, Marta R. Proença, martafilietaz@hotmail.com Face à emergência da obrigatoriedade legal da presença do intérprete

Leia mais

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 INDICE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 1. Objetivo...2 2. Aplicação...2 3. implementação...2 4. Referência...2 5. Conceitos...2 6. Políticas...3

Leia mais

Flávio Ahmed CAU-RJ 15.05.2014

Flávio Ahmed CAU-RJ 15.05.2014 Flávio Ahmed CAU-RJ 15.05.2014 O espaço urbano como bem ambiental. Aspectos ambientais do Estatuto da cidade garantia da qualidade de vida. Meio ambiente natural; Meio ambiente cultural; Meio ambiente

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES Janaína Schwarzrock jana_100ideia@hotmail.com Prof. Leonardo W. Sommariva RESUMO: Este artigo trata da importância da informação na hora da tomada de decisão,

Leia mais

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011 Pesquisa IBOPE Ambiental Setembro de 2011 Com quem falamos? Metodologia & Amostra Pesquisa quantitativa, com aplicação de questionário estruturado através de entrevistas telefônicas. Objetivo geral Identificar

Leia mais

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão A ISO 14001 EM SUA NOVA VERSÃO ESTÁ QUASE PRONTA Histórico ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA As normas da série ISO 14000 foram emitidas pela primeira vez

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ²

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² A Responsabilidade Social tem sido considerada, entre muitos autores, como tema de relevância crescente na formulação de estratégias empresarias

Leia mais