AS INICIATIVAS EMPREENDEDORAS DEPARTAMENTAIS DA UNIJUÍ E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL REGIONAL:

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ ALINE GRACIELE DA COSTA LEITE AS INICIATIVAS EMPREENDEDORAS DEPARTAMENTAIS DA UNIJUÍ E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL REGIONAL: Uma análise situacional da instituição a partir dos parâmetros de Universidade Empreendedora. Ijuí - RS 2012

2 2 ALINE GRACIELE DA COSTA LEITE AS INICIATIVAS EMPREENDEDORAS DEPARTAMENTAIS DA UNIJUÍ E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL REGIONAL: Uma análise situacional da instituição a partir dos parâmetros de Universidade Empreendedora. Trabalho de Conclusão de Curso TCC, apresentado ao Curso de Graduação em Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Remi Antonio Dama Ijuí RS 2012

3 3 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus, princípio de tudo, fonte de força, luz e motivo para a existência e possibilidade de realização de toda caminhada e transposição de etapas. À minha família, base e alicerce, principal motivo para que todo o esforço e dedicação tenham sentido. Em especial, à minha mãe, pelo apoio em todos os momentos e sob qualquer circunstância, pelas demonstrações de carinho e confiança em todas as minhas escolhas e atitudes, pela motivação e incentivo para que não desistisse perante as dificuldades, o que me fez sempre buscar os resultados empenhando toda a minha capacidade. Ao meu namorado, Diogo, por toda a compreensão e paciência durante esse período, por me ouvir, compreender e respeitar os meus anseios, angústias e necessidades e também por estar sempre disposto a me ajudar em tudo que fosse preciso. Mas principalmente, pela presença constante e por todo o carinho demonstrado, através das palavras de apoio e incentivo e do amor dedicado acima de todas as circunstâncias. Aos amigos, que sempre presentes foram compreensivos às ausências, aos momentos de reclusão, aos desabafos e demonstrações de apreensão e angústia, permanecendo ao meu lado. Os amigos são a família que Deus nos permitiu escolher e aos meus amigos, muito obrigada por me permitirem fazer parte de suas vidas e por andarem ao meu lado em todos os momentos. Às minhas colegas de trabalho, em especial à Jomara de Azambuja, pelo coleguismo, amizade, pelo apoio, pela oportunidade e confiança em mim depositada. À Unijuí, pelo espaço cedido e pela colaboração para a realização do estudo. Em especial ao Magnífico Reitor, Dr. Martinho Luís Kelm e aos demais professores, chefes de departamento e funcionários que se colocaram a disposição para auxiliar no que fosse preciso e disponibilizar as informações necessárias para a realização deste trabalho. Aos professores do Curso de Administração, agradeço aos ensinamentos e auxílio. Ao professor orientador deste estudo, Remi Antonio Dama, muito obrigada pelo acompanhamento, pela confiança em mim depositada, acreditando sempre em meu potencial e pela motivação para a realização deste trabalho, além da contribuição para o desenvolvimento de meu perfil profissional.

4 4 Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por omitir! Augusto Cury

5 5 RESUMO O estudo que resultou no presente Trabalho de Conclusão de Curso teve como principal objetivo identificar as ações e iniciativas empreendedoras promovidas pelos departamentos da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí (Campus Ijuí) e analisar a importância dessas iniciativas para a capacitação profissional dos acadêmicos, para o desempenho institucional e para o processo de fortalecimento das relações entre a Universidade e a Sociedade, bem como avaliar as contribuições dessas iniciativas e da universidade para o desenvolvimento econômico e social regional. Para tanto, foi realizada uma análise da situação atual da instituição a fim de traçar um paralelo entre as características institucionais e os parâmetros do modelo de Universidade Empreendedora. O estudo pode ser classificado como uma pesquisa de campo e estudo de caso de caráter exploratório e explicativo, utilizando-se de pesquisa bibliográfica e documental para enriquecimento e aprofundamento ao processo da coleta de dados, que ocorreu basicamente através da realização de entrevistas junto aos chefes dos departamentos e ao Magnífico Reitor da Unijuí. A análise dos dados foi qualitativa, realizada à luz da teoria pesquisada e permitiu avaliar a situação da universidade e propor ações de melhoria e adaptação estrutural para qualificar o desempenho da mesma. O estudo demonstrou que existe um grande número de iniciativas departamentais de caráter empreendedor, porém não há clareza desse caráter por parte de alguns departamentos e pessoas. Também se pode concluir que há certa resistência ou incompreensão acerca dos temas relativos ao empreendedorismo no âmbito interno da universidade. Pode-se afirmar que a Unijuí possui atributos e tem promovido ações e iniciativas que a engajam, mesmo que em caráter inicial, ao modelo de Universidade Empreendedora, assim como pode ser considerada como um dos principais atores sociais no processo de desenvolvimento econômico e social regional, mas ainda há que se avançar no sentido de internalizar e externalizar essa mentalidade e cultura empreendedora. Palavras chave: Empreendedorismo. Inovação. Desenvolvimento econômico e social regional. Universidade Empreendedora.

6 6 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS...9 LISTA DE QUADROS INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Apresentação e Delimitação do Tema e Questão de Estudo Definição de Objetivos Objetivo Geral Objetivos Específicos Justificativa REFERENCIAL TEÓRICO Evolução histórica das teorias do Empreendedorismo e sua abordagem no âmbito de Instituições de Ensino Superior O Empreendedorismo no Brasil O Empreendedorismo nas Instituições de Ensino Superior brasileiras Ser Empreendedor: conceitos e definições O que é Empreendedorismo: conceitos Empreendedorismo corporativo e intra-empreendedorismo O Ser Empreendedor: características de um perfil empreendedor Inovação e criatividade: bases de sustentação ao Empreendedorismo Criatividade Inovação Educação Empreendedora Universidade Empreendedora Origem e evolução das universidades: como surgiu o conceito de universidade empreendedora Conceitos, definições e premissas de Universidade Empreendedora O papel do Empreendedorismo na aproximação entre Universidade e Sociedade: a Universidade Empreendedora como resposta O desenvolvimento econômico e social nos níveis local e regional a partir do empreendedorismo e da inovação METODOLOGIA Classificação do estudo... 48

7 7 3.2 Universo, amostra e sujeitos da pesquisa Coleta de dados Análise e interpretação dos dados ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Histórico e caracterização da FIDENE e da Unijuí A estrutura departamental da Unijuí Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC...) Departamento de Ciências da Vida (DCVida) Departamento de Ciências Exatas e Engenharias (DCEEng) Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais (DCJS) Departamento de Humanidades e Educação (DHE) Departamento de Ciências Agrárias (DEAg) Iniciativas departamentais aproximando Universidade e Sociedade: ações de caráter empreendedor e de prestação de serviços à comunidade e às empresas O caráter empreendedor das iniciativas departamentais da Unijuí A importância das ações e iniciativas para o público empresarial e para a comunidade: o papel da Unijuí no fortalecimento da interação Universidade-Sociedade Os egressos da Unijuí inseridos na Sociedade: a jornada acadêmica e o papel da graduação e das iniciativas departamentais para a formação de uma mentalidade empreendedora, para a qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho Educação Continuada: ações e iniciativas da Unijuí para a manutenção de vínculos com os alunos egressos O Empreendedorismo e a Inovação na Unijuí: a visão institucional sobre o tema O que é empreender e como o empreendedorismo é abordado e estimulado dentro da Unijuí O incentivo à inovação e à criatividade dentro da instituição A Unijuí e suas interações com empresas e governo: uma análise a partir do modelo de Tripla Hélice de interação UEG O papel da Unijuí na contribuição para o desenvolvimento econômico e social local e regional A Unijuí do presente e do futuro A Unijuí sob os parâmetros de Universidade Empreendedora Propostas de ações e adaptações estruturais de melhoria

8 8 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS

9 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Fatores Necessários à Inovação Figura 2 Modelo Estático de relação UEG Figura 3 Modelo Laissez-Faire de relação UEG Figura 4 Modelo Tripla Hélice de relação UEG Figura 5 A estrutura universitária da Unijuí: esquema representativo com foco aos seus departamentos e iniciativas empreendedoras LISTA DE QUADROS Quadro 1 Desenvolvimento da teoria do empreendedorismo e do termo empreendedor Quadro 2 Características da Universidade de Pesquisa e da Universidade Empreendedora 36 Quadro 3 - Características da Universidade de Pesquisa e da Universidade Empreendedora: características presentes na Unijuí

10 10 INTRODUÇÃO O termo empreender significa realizar, fazer ou executar. O empreendedorismo é essencial para a geração de riquezas, promovendo o crescimento econômico e melhorando as condições de vida da população. Para ser empreendedor, é preciso saber aproveitar oportunidades, inovar, planejar, arriscar, acreditar na idéia e ser persistente para transformá-la em realidade. Essa atitude se aplica em qualquer área, seja um novo negócio, seja um novo processo ou um novo produto ou serviço ou mesmo um novo método. O cenário atual cada vez mais evidencia a necessidade por profissionais capazes de se adaptarem facilmente às mudanças avassaladoras oriundas da globalização. Cada vez mais se torna diferencial competitivo um capital humano com características pró-ativas e revolucionárias. Assim, as Instituições de Ensino Superior passam a desenvolver um papel decisivo no que tange à educação voltada para suprir as carências desse mercado tão exigente, formando profissionais qualificados e também promovendo ações que contribuam para o desenvolvimento do cenário em que estão inseridas. Nesse sentido, o presente estudo tem a finalidade de identificar ações empreendedoras promovidas pelos Departamentos da Unijuí- Campus Unijuí e avaliar a importância dessas ações para o aperfeiçoamento profissional dos acadêmicos, para o desenvolvimento institucional e seu papel contributivo para o crescimento empresarial local e para a comunidade em geral. Para tanto, foi realizado um estudo de caso dentro do âmbito institucional, especialmente voltado à estrutura departamental da Unijuí, a fim de realizar uma aproximação teórico-empírica através da análise de uma situação concreta. Para dar conta desta abordagem e facilitar o entendimento do conteúdo, este trabalho está estruturado em quatro capítulos em função do conteúdo abordado. O primeiro capítulo refere-se à contextualização do estudo, que contém a apresentação e delimitação do tema e questão de estudo, além dos objetivos geral e específicos e a justificativa para o estudo realizado. O segundo capítulo compreende um referencial teórico que serviu de base de sustentação ao estudo realizado, trazendo teorias, conceitos e definições de um contexto científico sobre empreendedorismo e intra-empreendedorismo, perfil empreendedor, criatividade e inovação como bases de sustentação ao empreendedorismo, além de assuntos

11 11 inerentes ao empreendedorismo no âmbito de Instituições de Ensino Superior. Após essas definições iniciais, são apresentadas definições e considerações do estado da arte sobre o foco principal do estudo, evidenciando a Educação Empreendedora e o conceito inovador de Universidade Empreendedora, bem como sua importância no fortalecimento das interações entre sociedade, empresas e a universidade e para o desenvolvimento econômico e social local e regional. No terceiro capítulo é apresentada a metodologia utilizada para a realização da pesquisa, através da classificação do estudo, identificação do Universo, da amostra e dos sujeitos da pesquisa, além da descrição dos processos de coleta e análise dos dados. O quarto capítulo consiste na apresentação e análise dos dados coletados com a pesquisa, onde foi feito um diagnóstico sobre o contexto e a estrutura da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Unijuí Campus Ijuí, enfatizando as iniciativas empreendedoras dos departamentos, resultando em uma análise qualitativa sobre a importância dessas iniciativas para o fortalecimento das interações entre a universidade, a sociedade e as empresas e para o desenvolvimento econômico e social local e da região, sendo que esta análise esteve baseada no conceito e premissas do modelo de Universidade Empreendedora. Após a apresentação do diagnóstico e análise dos dados à luz da teoria, tornou-se possível e cabível a realização de proposições estratégicas visando à melhoria do desempenho institucional através de ações e adaptações estruturais. Em última análise, são apresentadas as considerações finais através de um relato conclusivo sobre o estudo realizado. Por fim, constam os anexos, onde são colocados a mostra os questionários aplicados para a obtenção dos dados.

12 12 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO A contextualização pretende situar o leitor quanto aos elementos norteadores de estudo, através da delimitação e apresentação do tema e formulação da questão de estudo, apresentação dos objetivos do estudo e a justificativa para a realização do trabalho. 1.1 Apresentação e Delimitação do Tema e Questão de Estudo A escolha de um tema se dá a partir de uma série de percepções por parte do pesquisador. No momento da tomada de consciência sobre o que se irá pesquisar, torna-se necessário a identificação do problema ou lacuna a ser preenchida com o estudo a ser realizado. Um problema "é uma questão não resolvida, é algo para o qual se vai buscar resposta, via pesquisa" (VERGARA, 1997, p. 21). Ao mesmo tempo em que surge o interesse por uma área de estudo manifesta-se o desejo e a necessidade de explorar as lacunas percebidas, que neste caso recai sobre o Empreendedorismo, os métodos de educação sobre o tema e o incentivo ao exercício de empreender no âmbito das Universidades, além de compreender as contribuições das iniciativas empreendedoras no âmbito acadêmico para o desenvolvimento regional. Os métodos de abordagem e educação sobre Empreendedorismo em Instituições de Ensino Superior vêm sendo discutidos e aprimorados ao longo dos anos na medida em que vem ganhando notoriedade a importância do desenvolvimento de um perfil profissional com características pró-ativas e revolucionárias no âmbito empresarial. Cada vez mais vem sendo enfatizado o ideal de um perfil profissional adaptável e flexível às mudanças contínuas de um cenário competitivo e globalizado. Os conceitos populares de Empreendedorismo muitas vezes se limitam à criação de novos empreendimentos e, com o passar dos tempos, isto vem sendo objeto de estudo e tema de seminários e congressos visando à mudança desse paradigma e a conscientização de que empreender vai muito além de simplesmente abrir um novo negócio. Emerge o conceito de Educação Empreendedora como uma alternativa parte de um processo de aprendizagem que estimule as habilidades e atitudes de um perfil empreendedor que possa ser aplicado e adaptável aos mais diversos segmentos do mercado, seja enquanto empreendedor como idealizador de um novo negócio ou enquanto empreendedor corporativo.

13 13 É neste cenário que a Universidade passa a ser vista como um centro de incentivo ao empreendedorismo através de iniciativas estimulantes ao exercício de empreender como forma de promover a capacitação profissional dos acadêmicos, melhorar o desempenho institucional e ainda garantir o desenvolvimento local e regional empresarial gerando benefícios a toda a comunidade. Dessa forma, conhecer e compreender a forma como o Empreendedorismo se faz presente nas iniciativas promovidas pelos cursos de graduação e departamentos da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) se torna fundamental para uma aproximação teórico-empírica que alicerce uma análise sobre o papel da Educação Empreendedora como peça chave de um processo de qualificação profissional e da Universidade como promotora de desenvolvimento. A partir destas considerações, este estudo apresenta-se embasado na seguinte questão: Quais são as ações/iniciativas de caráter empreendedor desenvolvidas pelos departamentos da Unijuí Campus Ijuí que contribuem para a capacitação profissional dos acadêmicos e para o desempenho institucional como promotor de desenvolvimento econômico e social regional? 1.2 Definição de Objetivos Para Vergara (1997, p.25) "se o problema é uma questão a investigar, objetivo é um resultado a alcançar". Sendo assim, a seguir são apresentados os objetivos do presente estudo Objetivo Geral Identificar as ações e iniciativas empreendedoras dos cursos de graduação e departamentos da Unijuí Campus Ijuí em prol do desenvolvimento interno institucional e da capacitação profissional dos acadêmicos e as relações e contribuições da universidade para o desenvolvimento econômico e social da comunidade externa.

14 Objetivos Específicos - Descrever a atual estrutura departamental da Unijuí, evidenciando as iniciativas empreendedoras promovidas pelos cursos de graduação pertencentes a esses departamentos; - Diagnosticar e analisar a importância das iniciativas empreendedoras dos departamentos da Unijuí para o público empresarial e para a comunidade em geral evidenciando o papel da Unijuí no processo de fortalecimento da interação entre Universidade e Sociedade; - Verificar a existência de ações promovidas pelos departamentos e universidade a fim de estabelecer e fortalecer um vínculo com os alunos egressos; - Diagnosticar a realidade institucional a partir de uma análise do modelo de Tripla Hélice de relação Universidade-Empresa-Governo, com vistas ao incentivo ao empreendedorismo e à inovação como promotores do desenvolvimento econômico e social local e regional; - Propor ações de melhoria e adaptação estrutural para a adequação da instituição ao parâmetro de Universidade Empreendedora. 1.3 Justificativa Sendo o Brasil um país emergente inserido em uma realidade de acirrada concorrência em um conturbado mercado afetado pelos avanços e mudanças oriundos do processo de globalização, empreender torna-se a melhor ferramenta de garantia de desenvolvimento econômico e social. Nesse sentido, evidencia-se também o papel da educação voltada ao Empreendedorismo e a importância da Universidade nesse processo de aprendizagem e (r)evolução. Assim, considerando a realidade atual e o modo como o Empreendedorismo vem ganhando espaço nos círculos de discussão quanto aos métodos de abordagem e iniciativas de promoção do mesmo nas Instituições de Ensino Superior, destaca-se a importância do referido tema para a comunidade acadêmica e para a sociedade.

15 15 Por se tratar de um tema com foco específico para o âmbito acadêmico, este estudo torna-se relevante por trazer consigo uma possibilidade de melhoria no desempenho institucional e, consequentemente, um melhor posicionamento perante a sociedade através de uma significativa contribuição para o desenvolvimento econômico e social, fortalecendo a relação de interação entre a Universidade e a comunidade. Devido ao fato de constituir-se em uma pesquisa realizada no próprio meio acadêmico se torna justificada a viabilidade da realização do estudo. Não obstante cabe destacar a percepção pela necessidade de tal estudo justificada pela própria experiência acadêmica no curso de Administração da Unijuí, visando a contribuição do estudo como peça fundamental para a capacitação profissional. Considera-se um estudo de caráter original e de grande capacidade exploratória, representando um desafio para a formação acadêmica e desenvolvimento do perfil profissional, através de uma aproximação teórico-empírica na busca por uma descrição e análise de uma experiência concreta. A realização deste trabalho contribuiu também de forma expressiva para o crescimento pessoal e para o desenvolvimento do perfil profissional da autora. O estudo permitiu a produção de novos conhecimentos, bem como agregou qualidade aos conhecimentos já existentes e, a partir desses conhecimentos, se permite o aperfeiçoamento e desenvolvimento de habilidades e atitudes que, certamente, constituem-se fatores diferenciais para a formação do perfil profissional da acadêmica enquanto futura administradora.

16 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste momento é apresentada a fundamentação teórica que deu sustentação ao estudo desenvolvido, através de conceitos e definições que devem situar o leitor em um contexto científico possibilitando uma melhor compreensão dos assuntos discutidos. O capítulo aborda temas relativos ao Empreendedorismo em diversos cenários, variáveis impactantes ao processo de empreender, além de aspectos importantes referentes à abordagem do Empreendedorismo em âmbito acadêmico, Educação Empreendedora e definição e pressupostos de Universidade Empreendedora. 2.1 Evolução histórica das teorias do Empreendedorismo e sua abordagem no âmbito de Instituições de Ensino Superior A palavra empreendedor (entrepreneur) teve origem na França entre os Séculos XVII e XVIII e designava pessoas ousadas, capazes de assumir riscos e desenvolver algo novo estimulando o progresso econômico. Com o passar dos tempos, desde que o termo empreendedor passou a ser evidenciado, diferentes pontos de vista ocasionaram em um desenvolvimento da teoria do empreendedorismo. Tomando por base a definição original do termo entrepreneur como aquele que está entre ou intermediário, pode-se referenciar como exemplo inicial de intermediário Marco Polo, que assinava contratos com pessoas de recursos para vender mercadorias tentando estabelecer rotas comerciais para o Extremo Oriente, assumindo o papel do que chamamos hoje de capitalista de risco. Posteriormente, já na Idade Média, O termo empreendedor foi usado para descrever tanto um participante quanto um administrador de grandes projetos de produção. [...] Um típico empreendedor da Idade Média era o clérigo a pessoa encarregada de obras arquitetônicas, como castelos e fortificações, prédios públicos, abadias e catedrais (HISRICH e PETERS, 2004, p. 27). Contudo, foi entre os séculos XVII e XVIII que o termo empreendedorismo passou a ser designado àqueles que eram capazes de assumir riscos, diferenciando-se definitivamente o capitalista e o empreendedor.

17 17 Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor aquele que assumia riscos, do capitalista aquele que fornecia o capital (DORNELAS, 2005, p. 30). Já entre os séculos XIX e XX, frequentemente empreendedores eram confundidos com gerentes ou administradores, algo observado até os dias de hoje. Conforme Dornelas (2005, p.30) todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter o sucesso, no entanto, nem todo administrador é um empreendedor. O empreendedor tem algo mais, algumas características e atitudes que o diferenciam do administrador tradicional. Partindo da idéia de que o empreendedor é aquele que tem algo mais passa a ser incorporada a noção de empreendedor como inovador, um indivíduo que desenvolve algo único (HISRICH & PETERS, 2004, p. 28). Quadro 1 - Desenvolvimento da teoria do empreendedorismo e do termo empreendedor Origina-se do francês: significa aquele que está entre ou estar entre. Idade Média: Século XVII: participante e pessoa encarregada de projetos de produção em grande escala. pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuízo) em um contrato de valor fixo com o governo. 1725: Richard Cantillon pessoa que assume riscos é diferente da que fornece capital. 1803: Jean Baptiste Say lucros do empreendedor separado dos lucros do capital. 1876: 1934: Francis Walker distingui entre os que forneciam fundos e recebiam juros e aqueles que obtinham lucro com habilidades administrativas. Joseph Shumpeter o empreendedor é um inovador e desenvolve tecnologia que ainda não foi testada. 1961: David McClelland o empreendedor é alguém dinâmico que corre riscos moderados. 1964: Peter Drucker o empreendedor maximiza oportunidades. 1975: 1980: Albert Shapero o empreendedor toma iniciativa, organiza alguns mecanismos sociais e econômicos, e aceita riscos de fracasso. Karl Vésper o empreendedor é visto de modo diferente por economistas, psicólogos, negociantes e políticos. Gofford Pinchot o intra-empreendedor é um empreendedor que atua dentro de uma 1983: organização já estabelecida. Robert Hisrich o empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e 1985: sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes recompensas da satisfação econômica e pessoal. Fonte: Hisrich apud. Hisrich e Peters, 2004, p. 27. Todavia, mesmo com o desenvolvimento das teorias sobre empreendedorismo e das significativas contribuições dos teóricos nos diferentes espaços de tempo, ainda existem paradigmas a serem quebrados. A utilização do termo empreendedor ainda pode ser percebida

18 18 de uma forma confusa ou distorcida e, por isso, ainda vem sendo discutida ano a ano em todo o mundo, especialmente em países emergentes, propensos ao empreendedorismo como alternativa de alcance de mercado, como é o caso do Brasil O Empreendedorismo no Brasil O empreendedorismo no Brasil teve origem na década de 1920, com o surgimento de uma economia industrial e de proteção perante a concorrência internacional. Os governos de Getúlio Vargas, de incentivo a iniciativa privada, e de Juscelino Kubitschek, marcado pela instalação de grandes indústrias e a construção de Brasília, contribuíram significativamente para um processo de expansão econômica e de visibilidade no cenário empresarial (MOREIRA et al., ). Com a expansão industrial no Brasil surge na década de 80 na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, a disciplina Novos Negócios sendo uma das pioneiras no ensino de empreendedorismo. Quatro anos depois, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi inserida no curso de Ciência da Computação, com o nome de Criação de Novas Empresas. Até o final da década, eram poucas as universidades que ministravam esta matéria nos cursos de pós-graduação (MOREIRA et al., 2010). Porém, foi na década de 1990 que o empreendedorismo passou a tomar forma no Brasil com a criação de entidades como o Sebrae e Softex (DORNELAS, 2005). Iniciativas de apoio ao empreendedorismo por essas instituições impulsionaram o desenvolvimento de disciplinas relacionadas ao tema nas universidades. A partir de então, professores brasileiros passaram a desenvolver metodologias de abordagem adotadas por diversas universidades em todo o país, onde se destacam Fernando Dolabela e José Carlos Assis Dornelas. 1 MOREIRA, V. L. F.; GASPAR, T. L; SANTOS, L.A.; POLO, P. R. são autores do texto Correndo atrás para o sucesso, produzido em decorrência de trabalho de pesquisa desenvolvido pelos alunos do 5º semestre do curso de Turismo, na área de Administração Geral, da Unifac Botucatu, sob orientação do Prof. Eduardo Ayres Delamonica. Eduardo Ayres Delamonica é o responsável pela disponibilização do artigo em sua página virtual pessoal (blog), disponível em < 1.html>.

19 19 Dentre as pesquisas realizadas sobre empreendedorismo, o GEM (Global Entrepreneurship Monitor) tem apontado o Brasil como um país de grande potencial empreendedor, dando destaque a um público de mais de 15 milhões de empreendedores, sendo o país que possui o segundo maior número de empreendedores do mundo, pesquisa realizada em mais de 34 países no ano de 2004 (MOREIRA et al., 2010). Porém, assim como aponta Dornelas (2005), não basta ocupar uma posição de destaque no ranking do GEM, é preciso orientar a atividade empreendedora para o aproveitamento de oportunidades e não apenas para sanar uma necessidade. Atividades empreendedoras de sucesso são oriundas indiscutivelmente de oportunidades bem aproveitadas e, dessa forma, a expectativa é de que para os próximos anos cada vez mais empreendedores focados em oportunidades surjam, promovendo o desenvolvimento do país (DORNELAS, 2005, p. 29) O Empreendedorismo nas Instituições de Ensino Superior brasileiras Apesar da difusão do empreendedorismo nos últimos anos, ainda existem desafios a serem vencidos. A presença de uma herança colonial representa um desafio de superação de paradigmas para a educação formal brasileira voltada ao empreendedorismo (GUERRA; GRAZZIOTIN In LOPES, 2010). Guerra e Grazziotin (2010) acreditam que as IES tendem a basear-se em modelos pedagógicos internacionais devido à herança colonial. As IES brasileiras, fruto de uma cultura colonial, vão apenas reproduzir os modelos pedagógicos, ou seja, as concepções acadêmicas parecem ser constantemente guiadas por paradigmas oriundos de concepções educacionais importadas. É importante frisar que mesmo apresentando currículos e programas que contemplem temas emergentes, o alicerce conceitual a episteme- que conduz os pressupostos de análise ainda está baseado na perspectiva funcionalista norte-americana, presente desde os anos 1920 (GUERRA; GRAZZIOTIN In LOPES, 2010, p. 71). Complementando afirmam que é nesse contexto que as IES no Brasil estão situadas. Herdeiras diretas do funcionalismo americano incentivam, cada vez mais, uma racionalidade útil ao modelo neoliberal globalizado. Tudo está voltado para a inserção da empresa em mercados locais e globais e, do mesmo modo, para inserção do estudante como uma das peças que fazem parte da engrenagem (GUERRA; GRAZZIOTIN In LOPES, 2010, p. 72).

20 20 Em contrapartida, Guerra e Grazziotin (2010) ressaltam a quebra do paradigma histórico de associação do empreendedorismo aos administradores e gerentes e enfatizam o papel da educação empreendedora nas universidades para a formação dos alunos. O tema empreendedorismo já não está apenas restrito ao universo dos cursos de administração de empresa. [...] Nota-se, assim, que outras disciplinas começam a compreender que a educação empreendedora desempenha um papel relevante na formação educacional do profissional da pós-modernidade, principalmente em cursos de áreas mais relacionadas às novas tecnologias. Crê-se que, por causa das rápidas alterações ocorridas no mercado de trabalho que atingem todos os segmentos- e do aumento de percepção da importância dos pequenos negócios no cenário globalizado, cada vez mais cursos percebem a urgência de incluir o tema empreendedorismo na formação de seus alunos (GUERRA; GRAZZIOTIN In LOPES, 2010, p. 81). Consideram também a importância de tratar o empreendedorismo de forma sinérgica, de modo que a universidade assuma a responsabilidade de capacitar o acadêmico para enfrentar os desafios impostos pela sociedade e mercado de trabalho. A universidade, ao se dispor a apostar no empreendedorismo, deve fazê-lo de forma aliada, harmonizada e transversal. O assunto não é para ser discutido apenas em uma disciplina isolada e muito menos entre as quatro paredes da sala de aula. Ele deve ser vivenciado com intensidade por todos, em todas as direções. O professor deve levar para a sala de aula o tema de forma integrada às outras disciplinas, à instituição e à comunidade. Cabe a todos os professores a responsabilidade de fazer com que os alunos sejam estimulados a pensar e agir com uma mentalidade empreendedora. A sala de aula, cada vez mais, tem de se transformar em laboratório de conhecimento. O assunto empreendedorismo deve ser tratado em todos os cursos e em todos os níveis. A dinâmica ambiental em que as organizações estão inseridas não permite mais que os empreendedores individuais administrem da mesma forma que faziam no passado. As IES devem criar condições para que o aluno possa se desenvolver e incorporar as habilidades necessárias do complexo e disputado mundo de negócios em que vivemos (GUERRA; GRAZZIOTIN In LOPES, 2010, p. 83). Levando em consideração a evolução histórica das teorias do empreendedorismo e sua abordagem em IES, bem como a responsabilidade das mesmas em estimular os acadêmicos a pensar e agir de acordo com os ideais empreendedores, se torna necessário ter uma clareza sobre o que é de fato empreender e o que é preciso conhecer ou de que forma é preciso agir para tal. Nesse sentido, algumas definições devem ser apresentadas a seguir. 2.2 Ser Empreendedor: conceitos e definições A seguir são trabalhados alguns conceitos sobre empreendedorismo, intraempreendedorismo e o indivíduo empreendedor.

21 O que é Empreendedorismo: conceitos Para Dornelas (2005, p. 39) empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de idéias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso. Neste caso, o termo empreendedorismo está voltado principalmente à criação de novos negócios. Porém, empreender não se limita apenas a isso. Para Ronstadt (1984), o empreendedorismo é o processo dinâmico de criar mais riqueza. A riqueza é criada por indivíduos que assumem os principais riscos em termos de patrimônio, tempo e/ou comprometimento com a carreira ou que provêem valor para algum produto ou serviço. O produto ou serviço pode ou não ser novo ou único, mas o valor deve de algum modo ser infundido pelo empreendedor ao receber e localizar as habilidades e os recursos necessários (RONSTADT, 1984, p. 28 apud HISRICH e PETERS, 2004, p. 29). Assim, empreender é criar algo novo, algo diferente, mudar ou transformar valores (DRUCKER, 2011), seja um novo negócio, um novo produto, serviço ou um novo processo. Entretanto, apesar das diferentes definições, em quase todas as definições de empreendedorismo, há um consenso de que estamos falando de uma espécie de comportamento que inclui: (1) tomar iniciativa, (2) organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a fim de transformar recursos e situações para proveito prático, (3) aceitar o risco ou o fracasso (SHAPERO, 1975, p. 187 apud HISRICH e PETERS, 2004, p. 29). Dessa forma, o empreendedorismo deve ser encarado como um processo, que se inicia com o despertar de um ser inovador que percebe uma oportunidade e toma iniciativa para transformá-la em realidade, assumindo os riscos dessa atitude e dedicando-se a fim de gerar valor para si e para a sociedade Empreendedorismo corporativo e intra-empreendedorismo Assim como o empreendedorismo não se resume à criação de novos negócios, é possível aplicar o empreendedorismo dentro de uma empresa preexistente. A esse processo dá-se o nome de intra-empreendedorismo ou empreendedorismo corporativo. Reflexo da

22 22 evolução das teorias do empreendedorismo, diferenças entre os domínios empreendedor e administrativo tem contribuído para um maior interesse no intra-empreendedorismo (HISRICH e PETERS, 2004, p. 58). As empresas existentes têm os recursos financeiros, as habilidades gerenciais e muitas vezes os sistemas de marketing e distribuição para comercializar inovações com sucesso. Contudo, também com freqüência a estrutura burocrática, a ênfase nos lucros a curto prazo e uma estrutura altamente organizada inibem a criatividade e impedem que se desenvolvam novos produtos e negócios. As corporações que reconhecem esses fatores inibidores e a necessidade de criatividade e inovação tentam estabelecer um espírito intra-empreendedor em suas organizações (HISRICH e PETERS, 2004, p ). Para Dornelas (2003) Empreendedorismo coorporativo é o processo pelo qual um indivíduo ou um grupo de indivíduos, associados a uma organização existente, criam uma nova organização ou instigam a renovação ou inovação dentro da organização existente (DORNELAS, 2003, p. 38). Hashimoto (2010) considera que o empreendedorismo organizacional (ou corporativo) ocorre quando a empresa se adapta a um ambiente de constante mutação por meio da construção de estruturas e cultura organizacional que apóiam e desenvolvem o empreendedorismo e a inovação internamente, estimulando o funcionário a se comportar como dono do negócio (HASHIMOTO, 2010, p. 13). Segundo o autor, as empresas que conseguem alinhar os objetivos organizacionais e as aspirações pessoais de seus funcionários tendem a sobreviver e possuem grandes chances de crescer. De um modo geral, qualquer funcionário que por iniciativa própria promove alguma mudança dentro ou fora do seu escopo de trabalho, para o qual ele não é originalmente pago, pode, a rigor, ser considerado um empreendedor corporativo (HASHIMOTO, 2010, p ). Como foi inicialmente mencionado, empreender não se limita a criar novos negócios ou produtos, mas sim, engloba qualquer atitude que promova mudança ou melhorias que caracterizem geração de valor, podendo o empreendedorismo interno ser promovido em qualquer setor ou área de atuação dentro de uma empresa (HASHIMOTO, 2010). De acordo com Hisrich e Peters (2004) o aumento no intra-empreendedorismo é ocasionado por um aumento nas pressões sociais, culturais e empresariais. Dessa forma a resistência à flexibilidade, ao crescimento e à diversificação pode, em parte, ser superada pelo

23 23 desenvolvimento de um espírito de empreendedorismo na organização existente, chamado de intra-empreendedorismo (HISRICH e PETERS, 2004, p. 59). Pinchot e Pellman (2004) definem os intra-empreendedores como aqueles que transformam ideias em realidades dentro de uma empresa. O intraempreendedor pode ser ou não a pessoa que apresenta primeiro uma ideia. Os intraempreendedores arregaçam as mangas e fazem o que é preciso ser feito. Eles solicitam a ajuda de outros. Independente de estarem trabalhando com uma ideia própria ou criando a partir da ideia de outra pessoa, eles são os sonhadores que agem (PINCHOT e PELLMAN, 2004, p. 34). Os autores falam sobre o segredo para o sucesso dos intra-empreendedores evidenciando suas características mais marcantes, afirmando que intra-empreendedores bem sucedidos costumam pensar em seus empreendimentos e sonhar com eles a maior parte do tempo. Suas melhores ideias costumam surgir enquanto dirigem o carro ou tomam banho. Eles sonham acordados com formas de transformar ideias em realidade e visualizam maneiras de lidar com obstáculos em potencial. Eles simulam possíveis erros usando a imaginação, reduzindo, assim, o risco de realmente cometer tais erros. Ao imaginarem opções, eles descobrem oportunidades ocultas. Tal pensamento é uma obsessão e um fator-chave para o sucesso intra-empreendedor (PINCHOT e PELLMAN, 2004, p. 39). O intra-empreendedor é qualquer pessoa dentro da organização que utiliza seu talento para criar e conduzir projetos de caráter empreendedor na organização (HASHIMOTO, 2010, p. 22), sendo que suas características pessoais se sobressaem à cultura organizacional. Ou seja, independentemente do clima ou cultura organizacional favorecer ou não o surgimento do indivíduo intra-empreendedor, suas habilidades e atitudes podem ser observadas em suas realizações organizacionais, geralmente de grande valor agregado. Dessa forma, a prática do empreendedorismo ou do intra-empreendedorismo pode ser vista como consequência da aplicação de habilidades e atitudes de um indivíduo com um perfil ou espírito empreendedor, com características específicas, assunto abordado a seguir O Ser Empreendedor: características de um perfil empreendedor Explorando teorias sobre o empreendedorismo e o processo de empreender, muito se fala sobre o espírito empreendedor e sobre conhecimentos, habilidades e atitudes inerentes ao

24 24 perfil do indivíduo empreendedor. No entanto, não existe um perfil absoluto, tampouco se limitam as características desejáveis para um indivíduo empreendedor ou intra-empreendedor. São muitas as definições de empreendedor que se organizam, sobretudo, em torno de duas principais correntes: os economistas, que associam empreendedorismo a inovação; e os comportamentalistas, que ressaltam aspectos relacionados à atitude, como criatividade e intuição. Entre os economistas, as principais contribuições foram dadas por Cantillon (1755), Jean-Baptiste Say (1803) e Schumpeter (1934). Este foi um dos primeiros autores a relacionar com clareza os dois termos inovação e empreendedorismo- e conceber o empreendedor como alguém que, com sua atividade empresarial, altera mercados, destruindo a ordem estabelecida e criando uma nova, diferente da anterior. Em paralelo aos estudos dos economistas, há o grupo dos comportamentalistas, que se dedicam a identificar traços de personalidade e aspectos cognitivos dos empreendedores. Muitos são os autores, na atualidade, que estudam o tema sob esse ponto de vista comportamentalista. Não se chegou a um consenso preciso entre as duas correntes em torno de uma definição única de empreendedorismo. Também não se chegou a um consenso satisfatório sobre suas características. No entanto, os estudiosos concordam que o empreendedor é uma pessoa que empenha toda sua energia na inovação e no crescimento, manifestando de diversas maneiras: criando sua empresa, desenvolvendo alguma coisa nova em uma empresa preexistente ou, ainda, dedicando suas atividades ao empreendedorismo social (GUERRA; GRAZZIOTIN In LOPES, 2010, p ). Para Drucker (2011, p. 36) o empreendedor vê a mudança como norma e como sendo sadia e, assim, ele define o empreendedor como aquele que sempre está buscando a mudança, reage a ela, e a explora como sendo uma oportunidade (DRUCKER, 2011, p. 36). Já Degen (1989, p. 10) afirma que ser empreendedor significa ter, acima de tudo, a necessidade de realizar coisas novas, pôr em prática ideias próprias, característica de personalidade e comportamento que nem sempre é fácil de se encontrar. Neste sentido, Dornelas (2005, p ) aponta algumas características dos empreendedores de sucesso: - São visionários; - Sabem tomar decisões; - São indivíduos que fazem a diferença; - Sabem explorar ao máximo as oportunidades; - São determinados e dinâmicos; - São dedicados; - São otimistas e apaixonados pelo que fazem; - São independentes e constroem o próprio destino; - Ficam ricos;

25 25 - São líderes e formadores de equipes; - São bem relacionados (networking); - São organizados; - Planejam; - Possuem conhecimento; - Assumem riscos calculados; - Criam valor para a sociedade. Para Hashimoto (2010), não existe pessoa que possua todas essas características, mas pessoas que possuam as características mais apropriadas para um determinado contexto. Dessa forma qualquer pessoa é um empreendedor em potencial, assim como qualquer pessoa pode passar sua vida inteira sem demonstrar suas características empreendedoras (HASHIMOTO, 2010, p. 7) e isso vai depender do contexto no qual ela estiver inserida e o modo como seu perfil será estimulado, além da identificação e associação de suas habilidades e atitudes a esse perfil empreendedor pelas outras pessoas. Assim, se torna impossível criar um modelo de indivíduo empreendedor, uma vez que muitas características são natas e outras adquiridas durante a vida, por meio de técnicas ou aprendizagem. 2.3 Inovação e criatividade: bases de sustentação ao Empreendedorismo Nesta seção são apresentadas definições sobre criatividade e inovação, reconhecendo tais como condições ou alicerces para a sustentação e desenvolvimento do processo empreendedor Criatividade Alencar (1996, p. 15) define criatividade como o processo que resulta na emergência de um novo produto (bem ou serviço), aceito como útil, satisfatório e/ou de valor por um número significativo de pessoas em algum ponto no tempo, sendo que este produto não necessita ser tangível, podendo apresentar-se de diversas formas, como uma ideia ou uma solução para um problema, por exemplo.

26 26 Conforme Siqueira 2 (2007) Numa perspectiva bastante abrangente, a criatividade pode ser definida como o processo mental de geração de novas ideias por indivíduos ou grupos. Uma nova ideia pode ser um novo produto, uma nova peça de arte, um novo método ou a solução de um problema. Esta definição tem uma implicação importante, pois, como processo, a criatividade pode ser estudada, compreendida e aperfeiçoada. Guerra e Grazziotin (2010) utilizam-se da abordagem de Mintzberg (2006) para evidenciar a necessidade de criatividade para o desenvolvimento do espírito empreendedor, além de ressaltar a relevância do papel educacional para o desenvolvimento dessa criatividade: A mentalidade empreendedora exige criatividade, o que depende, antes de tudo, de uma educação que liberte. Mintzberg chama a atenção para o sentido que a educação deve comportar na formação de uma mentalidade criativa: Educação significa mãos livres, do contrário não será educação. Tem que fornecer algo diferente idéias conceituais que são literalmente irrealistas e impraticáveis, pelo menos parecem ser assim quando vistas de modo convencional. As pessoas aprendem quando afastam suas descrenças e passam a aceitar idéias desafiadoras que podem remodelar o seu pensamento. Educação é isso (Mintzberg, 2006, p.232). Nota-se, então que a educação passa a estar comprometida com as inovações, com os novos arranjos que a dinâmica do mundo pós-moderno impõe. Mintzberg ainda alerta que uma mentalidade criativa se alcança por meio do equilíbrio entre a arte, a prática e a ciência, de forma que se faça coexistir a organização e a estruturação científicas com os processos de imaginação artística. É por intermédio desse diálogo entre a ordem científica e a liberdade criativa da arte que se buscarão novas perspectivas adequadas a uma educação empreendedora (GUERRA; GRAZZIOTIN In LOPES, 2010, p ). Afirmam ainda que vê-se que como educadoras de milhões de jovens, as IES tem enorme responsabilidade de semear uma mentalidade criativa. Criatividade e empreendedorismo mantêm uma interface íntima. A criatividade é condição necessária para a formação de uma mentalidade empreendedora. Não há atitude empreendedora que não tenha nascido do ato criativo. Criar e ordenar novos arranjos com base em um repertório cultural é um exercício intelectual essencial à atividade empreendedora. É decisivo que a universidade forneça esse repertório cultural rico o suficiente para sustentar as novas possibilidades que surgem no ato criativo. A cultura empreendedora possibilita uma formação que contempla a criatividade e abre caminho para novas e mais corajosas soluções. (GUERRA e GRAZZIOTIN In LOPES, 2010, p ) 2 Jairo Siqueira é engenheiro, com mais de 30 anos de vivência empresarial em cargos executivos na USIMINAS, Vale, Sul América Seguros, Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear IBQN e como consultor em gestão estratégica, gestão da qualidade e inovação de processos empresariais. A partir de seu interesse e conhecimento adquirido, desenvolveu o conceito Criatividade Aplicada. Os conceitos deste autor apontados neste trabalho foram extraídos de sua página virtual, disponível em <

27 27 Siqueira (2007) aponta que criatividade é pensar coisas novas, inovação é fazer coisas novas e valiosas. A partir dessa consideração, percebe-se a aproximação dos termos criatividade e inovação, como também evidencia Alencar (1996). Observa-se que criatividade e inovação são domínios muito próximos. Ambos os conceitos estão intimamente relacionados e têm sido usados, às vezes, como sinônimos. A criatividade, entretanto, pode ser considerada como o componente conceptual da inovação, ao passo que a inovação englobaria a concretização e aplicação das novas idéias. Por essa razão, o termo inovação tem sido utilizado no nível das organizações e o termo criatividade no nível do indivíduo ou grupos de indivíduos (ALENCAR, 1996, p. 14). Nesse sentido, evidencia-se a necessidade de compreender a criatividade como impulsionadora para a inovação, uma vez que os conceitos de ambas são intimamente interligados, porém não são sinônimos. Para tanto, a seguir são apresentados alguns conceitos acerca de inovação Inovação Siqueira (2007) define inovação como a implementação de um novo ou significativamente melhorado produto (bem ou serviço), processo de trabalho, ou prática de relacionamento entre pessoas, grupos ou organizações. Os conceitos de produto, processo e prática são totalmente genéricos, se aplicando a todos os campos da atividade humana, como indústria, comércio, governo, medicina, engenharia, artes, entretenimento, etc. O termo implementação implica em ação: só há inovação quando a nova idéia é julgada valiosa e colocada em prática. Siqueira (2007) afirma ainda que nem sempre a inovação é o resultado da criação de algo totalmente novo mas, com muita freqüência, é o resultado da combinação original de coisas já existentes. Simantob e Lippi (2003, p. 2) definem inovar como ter uma idéia que seus concorrentes ainda não tiveram e implantá-la com sucesso. A inovação faz parte da estratégia das empresas: seu foco é o desempenho econômico e a criação de valor. Os autores reproduzem algumas definições de autores consagrados, como Peter Drucker que conceitua Inovação é o ato de atribuir novas capacidades aos recursos (pessoas e processos) existentes na empresa para gerar riqueza e Gary Hamel que considera que Inovação é um processo

28 28 estratégico de reinvenção contínua do próprio negócio e da criação de novos conceitos de negócios. Para Alencar (1996) inovar significa introduzir novidade, concebendo-se a inovação organizacional como o processo de introduzir, adotar e implementar uma nova idéia (processo, bem ou serviço) em uma organização em resposta a um problema percebido, transformando uma nova idéia em algo concreto.(alencar, 1996, p ) A autora, que considera as ideias criativas como fontes ou origem da inovação, lembra que apenas idéia criativa não se torna suficiente para que a inovação constitua-se em uma realidade. Neste sentido, o processo de inovação muitas vezes constitui-se em um grande desafio, capaz de gerar grandes benefícios a partir de sua aplicação. Figura 1 Fatores necessários à inovação. Recursos Materiais Conhecimento Idéia criativa Motivação Inovação Vantagem competitiva e/ou outros benefícios Fonte: Alencar, 1996, p. 16. Nesta mesma ideia, considerando a criatividade como fonte, porém não única, da inovação, Pinchot e Pellman (2004) afirmam que inovação é mais do que criatividade. Trata-se de criar e divulgar a utilização de um novo produto, serviço, processo ou sistema, desde a concepção de uma ideia até sua implementação e exploração bem-sucedidas. Ter boas ideias não é o ponto mais difícil no processo de inovação. O verdadeiro desafio é transformar essas ideias em realidades rentáveis, tarefa que exige que empregados se comportem como empreendedores (PINCHOT e PELLMAN, 2004, p. 19).

29 29 Para Peter Drucker (2011, p. 67), inovação é trabalho organizado, sistemático e racional. Mas é inteiramente perceptível e conceitual, e explica que tudo que for observado, visto e aprendido deve ser submetido a uma análise, esta que não deve ser pautada exclusivamente na intuição, ou seja, naquilo que é esperado pelo indivíduo inovador, e sim, deve ser encarada como uma oportunidade, como opção de mudança e de criação de valor para a sociedade, alicerçada na realidade de um todo e não apenas em sua própria visão de realidade. A própria evolução histórica do empreendedorismo remete à inovação como uma das premissas para o processo empreendedor. Drucker (2011) afirma que a inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o meio pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço diferente. Ela pode bem ser apresentada como uma disciplina, ser apreendida e ser praticada. Os empreendedores precisam buscar, com propósito deliberado, as fontes de inovação, as mudanças e seus sintomas que indicam oportunidades para que uma inovação tenha êxito. E os empreendedores precisam conhecer e por em prática os princípios da inovação bem sucedida (DRUCKER, 2011, p. 25). Conforme Pinchot e Pellman (2004) os fundamentos de uma inovação eficaz são (1) fornecer uma visão focalizada que oriente a energia intra-empreendedora das empresas e (2) permitir que os intra-empreendedores conquistem essa visão. A capacidade de focalizar e liberar o espírito intra-empreendedorista, mesmo que apenas em parte de uma empresa, pode resultar em uma maré de inovações (PINCHOT e PELLMAN, 2004, p. 30). Desta forma, cabe aos programas de incentivo ao empreendedorismo estimular também a inovação. A educação empreendedora possui papel decisivo nesse processo de estímulo à criatividade e à inovação e, desta forma, as IES tornam-se responsáveis por encorajar e promover o desenvolvimento dessa mentalidade empreendedora em seus acadêmicos. 2.4 Educação Empreendedora Alencar (1996) reflete sobre o papel das escolas considerando que as mesmas não vem desenvolvendo o talento criativo tampouco tem estimulado nos alunos características como persistência, autoconfiança, independência, disposição para aprender a partir dos próprios erros importantes para se lidar de maneira mais eficaz com novos problemas...desenvolver a capacidade de pensar de uma maneira

30 30 criativa e inovadora não tem sido uma preocupação da escola (ALENCAR, 1996, p. 6) As escolas mantêm-se pautadas basicamente nos moldes centrados na reprodução e memorização de conteúdos, ainda que aos poucos paradigmas venham sendo quebrados e novas técnicas e métodos de ensino e educação venham sendo introduzidos nas escolas. Desta forma, o papel de educadora estimulante de atitudes criativas e inovadoras, concentra-se na universidade de uma forma mais evidente. A autora também pondera sobre as expectativas acerca dos novos rumos da educação. O que o futuro espera da educação tem sido objeto de análise e reflexão por parte de educadores dos mais diversos continentes. Estes destacam a necessidade de uma maior abertura na educação para o desenvolvimento de um leque amplo de competências e de se concentrar esforços no sentido de uma preparação dos indivíduos para que sejam capazes de resolver problemas que hoje não temos como prever. Tem sido sublinhado que os cidadãos do futuro necessitam ser solucionadores efetivos de problemas, pessoas capazes de lidar com o inesperado e desconhecido e de estarem dispostas a buscar permanentemente novas soluções. Tal proposta exige uma mudança de atitude e de pensamento a respeito da função da educação na sociedade, paralelamente a novas metodologias e abordagens de ensino (ALENCAR, 1996, p. 8). Já considerando este novo contexto educacional, Rosemary Lopes (2010) afirma que o conceito de Educação Empreendedora abrange todos os níveis educacionais, incluindo tanto a concepção mais ampla segundo a qual o ensino promove o desenvolvimento de atitudes e habilidades que não são diretamente relacionadas à criação de novos negócios, quanto uma concepção mais restrita e que focaliza a criação de um negócio (LOPES, 2010, p. 26). Complementa dizendo que o objetivo geral permanece o de se desenvolver a especialidade/perícia do empreendedor (LOPES, 2010, p ) e que ensino e aprendizagem de empreendedorismo envolvem o desenvolvimento de conhecimento, habilidades, atitudes e qualidades pessoais apropriadas à idade e ao desenvolvimento dos alunos (LOPES, 2010, p. 27). Drucker (2011) considera que o espírito empreendedor é, portanto, uma característica distinta, seja de um indivíduo, ou de uma instituição...contudo, qualquer indivíduo que tenha à frente uma decisão a tomar pode aprender a ser um empreendedor e se comportar empreendedorialmente. O empreendimento é um comportamento, e não um traço de personalidade. E suas bases são o conceito e a teoria, e não a intuição (DRUCKER, 2011, p ). Dessa forma, destaca-se a importância da busca pelo conhecimento e teorias, ou seja, enfatiza-se a o papel da educação para o sucesso das práticas empreendedoras. Ainda para

31 31 Drucker (2011, p. 34) toda prática se baseia na teoria, mesmo que o próprio praticante não se dê conta disso. Lopes (2010, p. 24 e 25) apropria-se das considerações de Rabbior (1990) em Guimarães (2002) definindo os objetivos da educação empreendedora: - conscientizar a respeito do empreendedorismo e da carreira empreendedora lançando sementes para o futuro. - influenciar/desenvolver atitudes, habilidades e comportamentos empreendedores. - desenvolver qualidades pessoais relacionadas às competências necessárias para o mundo moderno: criatividade, assumir riscos e assumir responsabilidade. - incentivar e desenvolver empreendedores. - estimular a criação de negócios/novas iniciativas. Apoiar o desenvolvimento destas. - gerar empregos. - desenvolver conhecimentos, técnicas e habilidades focados no mundo dos negócios e necessários para a criação de uma empresa. - auxiliar empreendedores e empresas através de conhecimento e ferramentas, a melhorar sua competitividade. De acordo com Souza (2001, apud Ferreira e Mattos, 2003, p. 3) desenvolver o perfil empreendedor é capacitar o aluno para que crie, conduza e implemente o processo de elaborar novos planos de vida. Ferreira e Mattos adaptam a colocação de Filion (1999) dizendo que não se pode ensinar empreendedorismo como se ensina outras matérias. É possível conceber programas e cursos como sistemas de aprendizado adaptados à lógica desse campo de estudo. A abordagem deve levar o aluno a definir, estruturar contextos e compreender várias etapas de sua evolução. Um programa de empreendedorismo deve concentrar-se mais no desenvolvimento do conceito de si (autoconhecimento) e na aquisição de know-how do que na simples transmissão de conhecimento (FERREIRA e MATOS, 2003, p. 3). Já Guerra e Grazziotin (2010) explicitam sua opinião acerca da educação empreendedora e do papel da universidade nessa educação ao afirmar que não se cria um empreendedor apenas numa sala de aula, mas é possível criar, em uma universidade crítica e criativa, profissionais com uma mentalidade empreendedora (GUERRA e GRAZZIOTIN In LOPES, 2010, p. 68). Seguem afirmando que a universidade deve tomar para si o encargo de tecer uma rede de saberes interrelacionados capazes de proporcionar ao aluno a busca da realização das utopias que

32 32 levam a quebrar velhos paradigmas e destruir mitos que possam impedir o desenvolvimento de uma sociedade cidadã. De acordo com Mintzberg (2006), ao empreender o homem modifica a realidade para obter a auto-realização e oferecer valores para a coletividade (GUERRA e GRAZZIOTIN In LOPES, 2010, p. 68). As autoras também ressaltam que uma educação empreendedora requer uma estrutura acadêmico-pedagógica que forneça um repertório de leituras capaz de abrir os caminhos para que novas idéias possam ser articuladas. Esse tipo de proposta pedagógica é indispensável para o contexto no qual o empreendedorismo deve ser semeado no dia-a-dia das universidades (GUERRA e GRAZZIOTIN In LOPES, 2010, p. 79). Portanto, fica evidenciada a importância na qualificação dos métodos de ensino e educação nas universidades, com o propósito de estimular a formação e o desenvolvimento de perfis profissionais capazes de revolucionar a estrutura mercadológica, com ênfase à Educação Empreendedora para a capacitação e estímulo aos profissionais empreendedores, com características tão valorizadas e desejadas, além de necessárias para o desenvolvimento da sociedade. 2.5 Universidade Empreendedora Depois de destacar a importância de uma educação voltada para o empreendedorismo, principalmente no âmbito das universidades, emerge a necessidade de uma universidade voltada para esse ideal e é assim que surge o conceito de universidade empreendedora, abordado nesta seção Origem e evolução das universidades: como surgiu o conceito de universidade empreendedora As universidades tiveram origem na Idade Média, criadas com o propósito de preservar e transmitir conhecimento. Dessa forma, a função básica da universidade concentrava-se no ensino, em preparar tecnicamente seus acadêmicos para a obtenção de empregos. No entanto, a partir do século XIX as universidades passaram a desenvolver uma nova função para além do ensino, introduzindo a pesquisa como função legítima da universidade, fazendo com que as duas atividades fossem realizadas paralelamente. Assim

33 33 emergiu o conceito de universidade de pesquisa, passando a incluir o conhecimento científico e tecnológico em seu currículo, o que acabou por estimular e concretizar a busca por financiamentos externos à universidade para o desenvolvimento de suas pesquisas. Para Etzkowitz (2004, apud Guaranys, 2010) essa introdução da pesquisa como função da universidade pode ser considerada a primeira revolução acadêmica. Porém, os temas de ensino e pesquisa eram definidos através de sua inserção nas disciplinas, e não visando soluções para os problemas práticos ou necessidades da indústria e da sociedade (GUARANYS In LOPES, 2010, p. 94). O fortalecimento das interações entre a universidade e o meio externo a ela, passou a ser evidenciado no século passado, em meados de 1970, quando emergiu o conceito de universidade moderna que se diferencia da anterior por ter uma visão de servir à comunidade. Esse novo modelo passou a ser mais voltado para a solução de problemas sociais, econômicos, industriais, dentre outros, através da aplicação de conhecimento gerado pelo ensino e pesquisa, além da inclusão da extensão universitária, passando a desenvolver uma abordagem mercadológica para a universidade. As atividades de pesquisa e extensão passaram a ser financiadas por contratos, estreitando as relações entre universidade e indústrias (GUARANYS In LOPES, 2010). Tanto a universidade clássica quanto a universidade moderna compõe o modelo de universidade de pesquisa e para Audy (2009, p. 151) esta primeira revolução ainda apresenta suas conseqüências e desafios, envolvendo tensões entre as atividades de pesquisa e de ensino em muitas universidades. Por esse motivo esta primeira revolução ainda pode ser considerada em processo de desenvolvimento, ainda que na segunda metade do século XX tenha tido início uma segunda revolução acadêmica. Para Etzkowitz (apud Audy In Audy e Morosin, 2009; apud Guaranys In Lopes, 2010) essa segunda revolução acadêmica consiste na inclusão de uma nova missão nas universidades, a de desenvolvimento econômico e social, complementando as missões de ensino, pesquisa e extensão. Guaranys (2010) pondera que nas sociedades intensivas em conhecimento, essa missão transforma a universidade em centros de educação continuada, assim como em centros de serviços científicos na forma de transferência de tecnologia para o setor produtivo. Também são consideradas elementos importantes nas estratégias de desenvolvimento regional (GUARANYS In LOPES, 2010, p. 95).

34 34 Etzkowitz (apud Guaranys, 2010) aponta que a inclusão dessa terceira missão de desenvolvimento econômico e social torna a universidade empreendedora. Para ele a habilidade da universidade de transformar conhecimento em atividade econômica é premissa da universidade empreendedora (Etkowitz, apud Guaranys In Lopes, 2010, p. 95) e é este conceito de universidade empreendedora que é apresentado a seguir e que norteia a reflexão realizada no decorrer deste trabalho Conceitos, definições e premissas de Universidade Empreendedora A Universidade Empreendedora caracteriza-se por possuir capacidade de gerar uma direção estratégica a seguir, formulando objetivos acadêmicos claros e transformando o conhecimento gerado na Universidade em um valor econômico e social (Etzkowitz, 2003, apud Audy In Audy e Morosini, 2009, p. 151). Para Eztkowitz, a universidade é um ambiente favorável e propício para inovação, onde há concentração de conhecimento e de capital intelectual, sendo os estudantes uma fonte potencial de empreendedores. Audy (2009) cita as concepções de Clark (2003) definindo a Universidade Empreendedora como uma instituição ativa que faz mudanças na sua estrutura e no modo de reagir às demandas internas e externas. Burton Clark considera que o termo Universidade Empreendedora destaca com mais ênfase e clareza a necessidade de ações e de uma visão que leve às mudanças na postura das instituições (AUDY In AUDY E MOROSINI, 2009, p. 151). À medida que essa necessidade de mudanças se torna evidenciada, uma série de aspectos se tornam condições necessárias para tornar uma universidade empreendedora. Para Röpke (1998, apud Guaranys In Lopes, 2010), são três os aspectos necessários e, segundo ele, suficientes para essa transformação: 1. A universidade, como uma organização, se torna empreendedora. 2. Os membros da universidade corpo docente, discente e funcionários se tornam, de alguma maneira, empreendedores. 3. A interação entre a universidade e o meio ambiente, a ligação estrutural entre universidade e região, seguem padrões empreendedores.

35 35 Na mesma linha de pensamento, Clark (apud Guaranys In Lopes, 2010) aponta alguns caminhos capazes de conduzir uma universidade à transformação em universidade empreendedora: 1. Reforçar o núcleo gerencial 2. Incrementar o desenvolvimento das unidades periféricas à estrutura tradicional: escritórios de transferência de tecnologia e de consultoria, educação continuada e unidades transdisciplinares. 3. Ter uma base de financiamento diversificada. 4. Ter departamentos acadêmicos tradicionais engajados no empreendedorismo. 5. Internalizar a cultura empreendedora. Guaranys (2010, p.96) também evidencia a definição de Etzkowitz para universidade empreendedora, como sendo a combinação entre a missão de desenvolvimento econômico e social com ensino e pesquisa, apresentando alguns elementos-chave para este modelo: A organização do grupo de pesquisa. A criação de uma base de pesquisa com potencial comercial. O desenvolvimento de mecanismos organizacionais para levar a pesquisa para fora da universidade como propriedade intelectual protegida. A capacidade de organizar empresas dentro da universidade. A integração de elementos da academia e da empresa em novos formatos, como os centros de pesquisa universidade-indústria. A atuação no desenvolvimento econômico e social regional. Reforçando o conceito de universidade empreendedora através da definição das três missões inerentes ao modelo, sendo elas o ensino, a pesquisa e o desenvolvimento econômico e social, Guaranys (2010) explica que o ensino e a pesquisa tem foco na transferência de conhecimento, sobretudo em tecnologia, para o setor produtivo, através da geração de empresas e da elevação do nível tecnológico das empresas existentes, atuando no desenvolvimento socioeconômico regional (GUARANYS In LOPES, 2010, p ). Os estudos de Guaranys sobre Universidade Empreendedora foram tema de sua tese de doutorado, onde ela apresenta as características dos modelos de universidades, apontando o modelo de Universidade Empreendedora como ideal de interação entre universidade, empresa e sociedade. Essas características são apresentadas no quadro a seguir:

36 36 Quadro 2 Características da Universidade de Pesquisa e da Universidade Empreendedora. Universidade de Pesquisa Objetivos: ensino, pesquisa e extensão Forma RH para a academia e para as empresas no mercado Formação especializada Pesquisa fundamental, aplicada e tecnológica, além de protótipos, processos ou serviços para atender à demanda de empresas Produtos esperados: RH qualificado para mercados empresarial e acadêmico Formação empreendedora através de algumas disciplinas eletivas Graduação de alunos Incubadora de empresas: unidade complementar opcional Pré-incubação: atividade opcional relacionada à incubadora de empresas Parque tecnológico: unidade complementar opcional Núcleo de Propriedade Intelectual: unidade complementar opcional Empresa Júnior e organizações profissionais com alunos orientados por professores: opcionais Universidade Empreendedora Idem + desenvolvimento econômico Idem + para gerar as empresas egressas Idem + áreas relacionadas à gestão empresarial Idem + para geração de empresas e transferência de tecnologia para empresas existentes Produtos esperados: idem + geração de empresas e geração de empresas egressas dos grupos Formação empreendedora articulada e abrangente, oferecida como uma segunda área de competência Idem + Graduação de empresas Incubadora de empresas: unidade complementar obrigatória Pré-incubação: atividade regular dos laboratórios de pesquisa e da incubadora de empresas Parque tecnológico: unidade complementar obrigatória, articulada com a incubadora de empresas e com os grupos de pesquisa e laboratórios Núcleo de Propriedade Intelectual: unidade complementar obrigatória, articulada com os grupos de pesquisa e laboratórios, com a incubadora de empresas e com o parque tecnológico Empresa Júnior e organizações profissionais com alunos orientados por professores: obrigatórias Unidades periféricas com o objetivo de apoiar a transferência de conhecimento (tecnologia): opcionais Ações de apoio a empreendimentos sociais em comunidades: opcionais Planejamento focado em metas acadêmicas Origem diversificada de recursos (próprios, públicos e privados): ênfase nos dois primeiros Dirigentes e gerentes são escolhidos pela competência Dirigentes e docentes participam de atividades de produção científica e tecnológica Unidades periféricas com o objetivo de apoiar a transferência de conhecimento (tecnologia): obrigatórias tanto abrangentes quanto as setoriais Ações de disseminação da cultura empreendedora e apoio a empreendimentos sociais e econômicos em comunidades: obrigatórias Planejamento estratégico focado em metas acadêmicas, econômicas e sociais Origem diversificada de recursos (próprios, públicos e privados): ênfase nos dois últimos Dirigentes e gerentes são escolhidos pela competência e perfil empreendedor Dirigentes e docentes participam de atividades de produção científica e tecnológica, assim como participam ativamente de atividades em sua região, comunidades, cidades e setores da economia, liderando-as Fonte: GUARANYS, Lúcia Radler dos. Universidade Empreendedora: Conceito em evolução, universidade em transformação. In: LOPES, Rose Mary A. Educação Empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Rio de Janeiro: Elsevier; São Paulo: Sebrae, 2010, p

37 37 Na visão de Portal e Duhá (2005) Universidade empreendedora é a que recria a si mesma, transforma-se continuamente em resposta às mudanças internas e externas do mundo dos negócios; é a que tem autonomia e poder para agir, ancorada no respaldo de sua competência; É a que apresenta um alto desempenho, tem extraordinária responsabilidade social e está disposta a se comprometer com o crescimento físico, emocional, mental e espiritual de seus integrantes e entorno, buscando equilibrá-los (PORTAL e DUHÁ In ENRICONE e GRILLO, 2005, p. 157). Os autores complementam dizendo que a Universidade Empreendedora adota um estilo de gestão pautado no envolvimento de seus integrantes, além de possuir clareza de identidade, o que a diferencia de suas similares, e tem desejo de sucesso, agindo com perseverança frente aos desafios e dificuldades que lhe são apresentados. Afirmam também que é a que tem adaptabilidade, flexibilidade e criatividade frente às demandas, às imprevisibilidades, resultando em lucratividade e produtividade. Distingue-se pelo apoio dado aos seus integrantes (sinergia) e pela preocupação com o bem coletivo, o que implica valores espirituais: confiança, honestidade, integridade, solidariedade, compaixão e ética (PORTAL e DUHÁ In ENRICONE e GRILLO, 2005, p. 157). Assim, a partir da tomada de conhecimento dos propósitos da Universidade Empreendedora torna-se possível perceber a importância desse processo de adaptação dos conceitos clássicos de universidade ao modelo de universidade moderna em atendimento às exigências cada vez mais evidentes do mercado e da sociedade como um todo. A missão da universidade empreendedora e as ações propostas pela mesma surgem como promotoras de uma aproximação entre universidade, empresas e sociedade como um todo, interação capaz de garantir o propósito de desenvolvimento econômico e social de todas as partes envolvidas. Essa relação de interação é abordada a seguir O papel do Empreendedorismo na aproximação entre Universidade e Sociedade: a Universidade Empreendedora como resposta No contexto atual de mundo globalizado em constante mudança, a necessidade de transformações no ambiente acadêmico também se torna evidenciada. Audy (2009, p.148) relata que o ambiente interno das universidades tem recebido sinais do ambiente externo que apontam para o surgimento de novas e cada vez maiores demandas e isso se torna uma pressão por essa renovação da Universidade.

38 38 À medida que a sociedade vai se tornando mais baseada no conhecimento, as empresas vão mudando suas características e o mercado de trabalho vai se tornando mais intensivo em conhecimento, gerando demandas por um novo tipo de profissional. Ao mesmo tempo a sociedade passa a esperar mais das Universidades em termos de contribuições ao processo de desenvolvimento econômico e social. Os problemas se tornam mais complexos e o ambiente mais incerto. Neste contexto, as demandas da sociedade crescem constantemente e a capacidade de responder a estas demandas desequilibra-se. Neste sentido, o conceito de Universidade Empreendedora emerge como uma resposta às novas demandas da sociedade (AUDY In AUDY e MOROSINI, 2009, p. 148). Para atender a essas demandas torna-se indispensável investir em novos métodos, em inovação. Neste contexto de Sociedade do Conhecimento, as Universidades por si só são um ambiente de inovação, em especial a Universidade Empreendedora. Entretanto, para concretizar sua nova missão de atuar como vetor do processo de desenvolvimento econômico, social e cultural da sociedade, as Universidades devem criar ambientes de inovação que estimulem e viabilizem esta atuação (AUDY, 2009, p. 152). Na mesma linha de pensamento, Novo e Melo (2004) em seu artigo sobre Universidade Empreendedora citam os estudos de Brito Filho (1999) sobre a importância de uma maior aproximação entre universidade e sociedade, considerando o empreendedorismo como um elo para sedimentar essa relação. O autor acredita que uma universidade que pretende assumir um perfil empreendedor deve incluir em sua estrutura um setor interativo atuando como um núcleo de empreendedorismo, com propósitos e configuração de atuação prática a partir da criação de um ambiente empresarial dentro da universidade. Tal ambiente teria suas ações integradas ao ensino e à pesquisa, fazendo com que a interação com o setor produtivo decorresse de forma espontânea. Portal e Duhá (2005) também falam sobre a importância em abordar e disseminar a cultura do Empreendedorismo na Universidade e a justificam considerando a Universidade como forte formadora de opinião e multiplicadora do saber; capaz de propagar e consolidar conhecimentos e disseminar a Cultura Empreendedora que sinaliza para valores empreendedores, priorizando a geração e distribuição de riquezas, a inovação, a cidadania, a ética, a liberdade em todos os níveis educacionais e, acima de tudo, o respeito ao homem e ao ambiente (PORTAL e DUHÁ In ENRICONE e GRILLO, 2005, p. 155). Acrescentam também outros aspectos cabíveis à Universidade, como tornar-se campo de estímulo à Pesquisa na área do Empreendedorismo, desafiando a integração entre pesquisadores e empreendedores com a criação de incubadoras, parques tecnológicos e científicos. Ser estimuladora da necessidade de maior integração com a

39 39 comunidade e local para contribuir com o progresso da Sociedade e das pessoas para que se sintam felizes e realizadas (PORTAL e DUHÁ In ENRICONE e GRILLO, 2005, p. 155). Encerram esta reflexão ousando em definir a universidade empreendedora como o grande desafio para o desenvolvimento e a sobrevivência das Instituições de Ensino Superior rumo a um desenvolvimento sustentável (PORTAL e DUHÁ, 2005, p. 155). Em um momento de intensa exigência por mudanças impostas pelo mercado em conseqüência do processo de globalização, as universidades passam a assumir um papel de agentes dessa mudança em resposta às demandas e necessidades da sociedade e do mercado empresarial como um todo. A universidade representa a melhor alternativa na busca por qualificação e formação de recursos humanos e capital intelectual que atuem diretamente como agentes de desenvolvimento econômico e social. Dessa forma cabe também à universidade o papel de promover o estreitamento das relações com as empresas, a fim de promover um crescimento e desenvolvimento de ambas as partes e, consequentemente, da sociedade em geral. Contudo, para que a universidade possa desempenhar efetivamente esse papel é necessário que as empresas tenham o interesse em crescer e desenvolver-se através dessa parceria com a universidade investindo assim em capacitação tecnológica, inovação e qualificação dos recursos humanos. E para que essa parceria entre universidade e empresas gere melhores e efetivos resultados para a sociedade como um todo, torna-se necessário o estabelecimento de uma estreita relação também com o poder público como incentivador e financiador desse processo de desenvolvimento. Esta relação entre universidade, empresa e governo é apresentada sequencialmente através de modelos de interação Modelos de interação Universidade Empresa Governo: o Modelo de Tripla Hélice como incentivo à inovação e ao empreendedorismo Audy (In Audy e Morosini, 2006, p ) relata as evoluções dos sistemas de inovação e das relações entre Universidade, empresa e governo (UEG) propostas por Etzkowitz e Leydesdorff (2000) apresentadas através de variações nos arranjos institucionais. Inicialmente a relação UEG, representada pelo modelo estático apresentado na Figura 2, era

40 40 caracterizada pelo governo se envolvendo e dirigindo as relações entre as empresas e universidade, exercendo um papel de controle. Figura 2 Modelo Estático de relação UEG Fonte: adaptado de Audy (2006, p. 57) Posteriormente, o modelo laissez-faire, representado pela figura 3, ilustra uma relação UEG onde há uma clara diferenciação entre as esferas institucionais e separação entre os atores, evidenciando o estabelecimento de uma relação baseada na independência entre as partes. Figura 3 Modelo Laissez-Faire de relação UEG Fonte: adaptado de Audy (2006, p. 58) Renovando ideais e conceitos, o modelo da tripla hélice, ilustrado pela figura 4, apresenta uma infra-estrutura onde o conhecimento se sobrepõe à ação dos atores através de uma intersecção que estabelece condições de desenvolvimento de uma relação realmente

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