INQUÉRITO DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS TRABALHADORES. (Dez 99 - Jan 00)

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1 INQUÉRITO DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS TRABALHADORES (Dez 99 - Jan 00)

2 Inquérito de Avaliação das Condições de Trabalho dos Trabalhadores Índice Nota de apresentação I - Metodologia Notas explicativas Plano de amostragem II - Conceitos III - Síntese das principais conclusões IV - Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho Vínculo Distribuição dos géneros no trabalho Formação Autonomia Mobilidade laboral Posto de trabalho Tempo de trabalho Regimes de horário Horários de trabalho semanal Horas extraordinárias e trabalho ao fim de semana Trabalho a tempo parcial Ausências ao trabalho Condições físicas de trabalho e exposição a riscos Movimentos ou posturas fatigantes Exposição a ruídos Exposição a outros factores de risco Lesões profissionais Segurança, higiene e saúde no trabalho Serviços de medicina, de higiene e saúde no trabalho

3 Inquérito de Avaliação das Condições de Trabalho dos Trabalhadores Outros meios de prevenção de riscos laborais Formação em higiene e saúde no trabalho Condições sociais de trabalho V - Sinais Convencionais VI - Quadros de Apuramentos Quadro 1 - Distribuição dos trabalhadores não permanentes segundo o género e antiguidade nas funções, por sector de actividade económica Quadro 2 - Distribuição dos trabalhadores segundo o género, por sector de actividade económica Quadro 3 - Distribuição dos trabalhadores com funções inadequadas à formação académica e profissional segundo o género, por sector de actividade económica Quadro 4 - Distribuição dos trabalhadores com funções inadequadas à formação académica e profissional segundo o género, por categoria profissional Quadro 5 - Distribuição dos trabalhadores segundo a frequência de acções de formação, por sector de actividade económica.(resposta múltipla) Quadro 6 - Distribuição dos trabalhadores segundo a frequência de acções de formação, por categoria profissional. (resposta múltipla) Quadro 7 - Distribuição dos trabalhadores sem autonomia no trabalho segundo o género, por sector de actividade económica Quadro 8 - Distribuição dos trabalhadores sem autonomia no trabalho segundo o género, por categoria profissional Quadro 9 - Distribuição dos trabalhadores com flexibilidade horária segundo o género, por sector de actividade económica Quadro 10 - Distribuição dos trabalhadores com flexibilidade horária segundo o género, por categoria profissional Quadro 11 - Distribuição dos trabalhadores segundo a mobilidade laboral e o género, por sector de actividade económica Quadro 12 - Distribuição dos trabalhadores segundo a mobilidade laboral e o género, por categoria profissional Quadro 13 - Distribuição dos trabalhadores segundo determinadas características do posto de trabalho, por sector de actividade económica (resposta múltipla)

4 Inquérito de Avaliação das Condições de Trabalho dos Trabalhadores Quadro 14 - Distribuição dos trabalhadores segundo determinadas características do posto de trabalho, por categoria profissional (resposta múltipla) Quadro 15 - Distribuição dos trabalhadores segundo determinadas características do posto de trabalho, por género (resposta múltipla) Quadro 16 - Distribuição dos trabalhadores segundo os regimes de horário, por sector de actividade económica Quadro 17 - Distribuição dos trabalhadores segundo os regimes de horário, por categoria profissional Quadro 18 - Distribuição dos trabalhadores segundo os escalões de horário semanal, por sector de actividade económica Quadro 19 - Distribuição dos trabalhadores segundo os escalões de horário semanal, por categoria profissional Quadro 20 - Distribuição dos trabalhadores segundo a realização de horas extraordinárias e de trabalho ao fim de semana, por género e sector de actividade económica Quadro 21 - Distribuição dos trabalhadores segundo a realização de horas extraordinárias e de trabalho ao fim de semana, por género e categoria profissional Quadro 22 - Distribuição dos trabalhadores a tempo parcial segundo o género por sector de actividade económica Quadro 23 - Distribuição dos trabalhadores a tempo parcial segundo o género por categoria profissional Quadro 24 - Distribuição dos trabalhadores segundo as condições de trabalho, por tipo de vínculo e situação na profissão (resposta múltipla) Quadro 25 - Distribuição dos trabalhadores segundo as condições de trabalho, por sector de actividade económica (resposta múltipla) Quadro 26 - Distribuição dos trabalhadores segundo as condições de trabalho, por escalão de dimensão do estabelecimento (resposta múltipla) Quadro 27 - Distribuição dos trabalhadores segundo as condições de trabalho, por região (resposta múltipla) Quadro 28 - Distribuição dos trabalhadores segundo as condições de trabalho, por categoria profissional (resposta múltipla) Quadro 29 - Distribuição dos trabalhadores segundo as condições de trabalho, por nível de escolaridade (resposta múltipla)

5 Inquérito de Avaliação das Condições de Trabalho dos Trabalhadores Quadro 30 - Distribuição dos trabalhadores segundo as condições de trabalho, por género (resposta múltipla) Quadro 31 - Distribuição dos trabalhadores segundo as condições de trabalho, por escalão etário (resposta múltipla) Quadro 32 - Distribuição dos trabalhadores segundo as condições de trabalho, por escalão de horário semanal (resposta múltipla) Quadro 33 - Distribuição dos trabalhadores segundo as lesões profissionais que provocaram ausências superiores a 3 dias, por sector de actividade económica Quadro 34 - Distribuição dos trabalhadores segundo as lesões profissionais que provocaram ausências superiores a 3 dias, por categoria profissional Quadro 35 - Distribuição dos trabalhadores segundo as lesões profissionais que provocaram ausências superiores a 3 dias, por região Quadro 36 - Distribuição dos trabalhadores segundo os serviços e equipamento de saúde, higiene e segurança existentes no local de trabalho, por escalão de dimensão do estabelecimento Quadro 37 - Distribuição dos trabalhadores segundo os serviços e equipamento de saúde, higiene e segurança existentes no local de trabalho, por sector de actividade económica Quadro 38 - Distribuição dos trabalhadores segundo os serviços e equipamento de saúde, higiene e segurança existentes no local de trabalho, por região Quadro 39 - Distribuição dos trabalhadores segundo a frequência do curso de higiene e saúde no trabalho e o género, por sector de actividade económica Quadro 40 - Distribuição dos trabalhadores segundo a frequência do curso de higiene e saúde no trabalho e o género, por categoria profissional Quadro 41 - Distribuição dos trabalhadores segundo a frequência do curso de higiene e saúde no trabalho e o género, por escalão de dimensão do estabelecimento Quadro 42 - Distribuição dos trabalhadores segundo a frequência do curso de higiene e saúde no trabalho e o género, por região Quadro 43 - Distribuição dos trabalhadores segundo a duração do trajecto casa-emprego, por região Quadro 44 - Distribuição dos trabalhadores segundo a distância percorrida no trajecto casaemprego, por região Quadro 45 - Distribuição dos trabalhadores segundo o meio de transporte utilizado no trajecto casa-emprego, por região

6 Inquérito de Avaliação das Condições de Trabalho dos Trabalhadores Quadro 46 - Distribuição dos trabalhadores segundo os serviços e benefícios sociais proporcionados pelo respectivo estabelecimento, por escalão de dimensão do mesmo Anexo I: Instrumento de notação

7 Nota de apresentação Nota de apresentação O presente relatório resulta do Inquérito de Avaliação das Condições de Trabalho dos Trabalhadores que o Departamento de Estatística do Trabalho, Emprego e Formação Profissional (DETEFP), do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, realizou entre Dezembro de 1999 e Janeiro de 2000, com os seguintes objectivos principais: Caracterizar as condições laborais susceptíveis de influenciar o estado de saúde e de segurança do trabalhador; Identificar os sectores de actividade, ocupações profissionais e outros grupos mais vulneráveis a situações de risco; Conhecer os serviços e equipamentos de protecção e de prevenção contra riscos profissionais disponíveis no local de trabalho. Desde a década de 80 que se assiste a uma progressiva importância atribuída à monitorização da saúde e segurança do trabalhador no seu local de trabalho a par de uma maior sensibilização, por parte das entidades responsáveis, para a necessidade de implementação de medidas mais eficazes de prevenção de riscos profissionais que contribuam não só para minimizar os elevados encargos económico-sociais deles decorrentes, como para promover o bem estar e qualidade de vida do trabalhador, condições estas essenciais quer à melhoria da sua produtividade quer ao reforço da sua competitividade. À medida que a integração social, no seio da comunidade europeia, se desenvolve e o número de iniciativas ligadas ao ambiente de trabalho aumenta, maior é a premência de dados mais abrangentes e homogéneos sobre as condições de trabalho, no espaço comunitário. Deste modo, a importância central atribuída a questões desta natureza pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), aliada à necessidade de suprir carências de informação homogénea no espaço europeu, motivaram o lançamento, por parte da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, de vários inquéritos, o último dos quais no ano 2000, que abordam aspectos diversificados das condições laborais nos diferentes Estados-Membros da União Europeia, designadamente a organização do trabalho (duração, ritmos, níveis de exigência, tipo de tarefas), a exposição a agentes de risco, os principais problemas de saúde ocupacional, o emprego precário, o trabalho feminino, as relações sociais no local de trabalho, entre outros. A nível nacional, as fontes de informação anual de que dispomos para a avaliação das condições de saúde e segurança no trabalho, são as estatísticas dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais cuja eficácia preventiva é limitada na medida em que se baseiam na constatação e quantificação 9

8 Nota de apresentação ulterior das lesões ocorridas, não explicando os factores de ordem laboral que estiveram na sua origem. Neste contexto, urge dar seguimento a estudos, iniciados na década de 80, resultantes de inquéritos dirigidos ao mundo do trabalho na perspectiva da prevenção e detecção precoce de riscos laborais podendo estes inquéritos ser conduzidos segundo duas ópticas, a da empresa e a do trabalhador. Entre 1992 e 1993, no âmbito do ano europeu da saúde, higiene e segurança no trabalho, o DETEFP levou a cabo o inquérito de avaliação das condições de trabalho, na óptica da empresa, tendo-se dado primazia a questões relacionadas com os riscos laborais e as estruturas preventivas existentes nas empresas. Contudo, as crescentes necessidades de informação no domínio das condições de trabalho, justificaram a inclusão, neste último inquérito (Dez.99-Jan.00), de dados suplementares, de âmbito mais alargado, associados a aspectos da realidade laboral não cobertos anteriormente, tais como as condições ergonómicas do exercício da actividade, informação mais detalhada do posto de trabalho, grau de autonomia do trabalhador, nível de absentismo e mobilidade no trabalho, entre outros elementos adicionais recolhidos, desta vez, por entrevista directa junto do trabalhador. O conteúdo da presente publicação estrutura-se em 6 partes, nomeadamente: metodologia do inquérito; definição de conceitos; análise de resultados; sinais convencionais; quadros de apuramento e um exemplar do instrumento de notação. A análise de resultados é composta por sete tópicos, antecedidos por uma síntese das principais conclusões a qual proporciona uma perspectiva global das questões mais relevantes referidas no relatório. O tópico 1, aborda as principais características do trabalhador discriminadas por sexo, idade, nível de habilitações, dimensão do estabelecimento, região, sector de actividade e categoria profissional. O tópico 2, fornece informação relativa ao tempo que os trabalhadores dedicam ao trabalho, nomeadamente os horários e regimes de horário de trabalho, horas extraordinárias, trabalho ao fim de semana, trabalho a tempo parcial e ausências ao trabalho. O tópico 3, é uma das partes centrais do relatório donde constam os dados mais relevantes sobre as condições de saúde e segurança do trabalhador no local de trabalho, discriminados por sexo, idade dimensão da empresa, horário e regime de horário, região, categoria profissional e sector de actividade. 10

9 Nota de apresentação O tópico 4, centra-se nos acidentes e doenças profissionais decorrentes da actividade laboral desenvolvida pelo trabalhador ao longo da vida. Outra parte importante do relatório é o tópico 5 que inclui uma avaliação não só dos serviços de saúde, higiene e segurança no trabalho, como do equipamento de prevenção de riscos profissionais disponíveis nos locais de trabalho. O tópico 6, analisa as condições sociais do trabalhador, nomeadamente no que diz respeito ao tempo despendido no trajecto casa-emprego, distância percorrida no mesmo trajecto, principal meio de transporte utilizado e benefícios sociais usufruídos. Resta, por último, agradecer aos fornecedores de informação assim como a todos aqueles que, de algum modo, contribuíram para a elaboração da presente publicação. Quaisquer sugestões que visem melhorar este trabalho, em edições futuras, serão bem acolhidas pelo DETEFP. Departamento de Estatística do Trabalho, Emprego e Formação Profissional, Abril de

10 I - Metodologia I - Metodologia 1 - Notas explicativas Objectivos principais: - Caracterizar os factores laborais que influenciam a saúde e segurança dos trabalhadores; - Identificar os principais factores de risco a que os trabalhadores estão expostos, bem como as respectivas actividades, profissões e outros grupos de trabalhadores mais vulneráveis a riscos profissionais; - Conhecer as estruturas preventivas existentes. Período de referência: Entre Dezembro de 1999 e Janeiro de Dimensão da amostra: 5000 trabalhadores tendo sido inquiridos 4252 indivíduos. Unidade de inquirição: trabalhador de um estabelecimento pertencente a uma actividade económica abrangida no inquérito. Forma de recolha dos dados: entrevista directa ao trabalhador. Âmbito sectorial: todas as actividades excepto as correspondentes às secções L, P e Q e e da CAE-Rev2. Âmbito geográfico: Continente. 2. Plano de amostragem Para a constituição da amostra, recorreu-se à Amostragem em Duas Etapas, sendo a primeira etapa referente à selecção dos estabelecimentos e a segunda relativa à selecção dos trabalhadores nos estabelecimentos seleccionados. Para a selecção dos estabelecimentos utilizou-se a estratificação, pelo que se procedeu à decomposição do universo dos estabelecimentos em estratos e à extracção de uma amostra aleatória separadamente em cada estrato.a base de amostragem foi determinada a partir do ficheiro de estabelecimentos dos Quadros de Pessoal de A população é constituída por estabelecimentos, de todas as actividades económicas, com excepção dos sectores de actividade correspondentes às secções: L, P e Q e e da CAE-Rev2. As unidades estatísticas foram estratificadas por CAE Rev.2 ao nível de secção e subsecção e escalão de dimensão definido a partir do critério, número de pessoas ao serviço no estabelecimento. 13

11 I - Metodologia Definiu-se à priori que a dimensão da amostra de estabelecimentos fosse aproximadamente entre 1000 e 5000 trabalhadores. A repartição da amostra de estabelecimentos foi feita segundo a Repartição Óptima de Neyman. Em cada estrato, a selecção dos estabelecimentos foi feita de acordo com o método de selecção sistemático. A sua distribuição é apresentada no quadro seguinte: Em cada estabelecimento, o número de trabalhadores seleccionados foi proporcional ao número de pessoas ao serviço. Inquérito à Avaliação das Condições de Trabalho no Local de Trabalho Continente - Universo/ Amostra A B C DA DB DC DD DE DF DG DH DI DJ DK DL DM DN E F G50 G51 G52 H I60/63 I64 J65 J66 J67 K70 K71 K72 K73 K74 M N O Total Escalão de Dimensão do Estabelecimento Total ou + UNIV AMOS UNIV AMOS UNIV AMOS UNIV AMOS UNIV AMOS UNIV AMOS UNIV AMOS UNIV AMOS

12 II - Conceitos II - Conceitos Absentismo - Ausências do trabalhador durante o período normal de trabalho a que está obrigado independentemente das suas causas e de se converterem ou não em faltas justificadas. Acidente de trabalho - acidente que se verifica no local e no período de trabalho do qual resulte directa ou indirectamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença conducentes à morte ou redução da capacidade de trabalho ou de ganho. Acidente de trajecto - acidente que ocorre no trajecto habitualmente efectuado pelo trabalhador, qualquer que seja a direcção na qual se desloca entre o seu local de trabalho ou de formação profissional ligada à sua actividade económica, e: - a sua residência habitual ou ocasional; - o local onde toma normalmente as suas refeições; - o local onde recebe normalmente o seu salário; do qual resulta a morte ou lesões corporais. Doença profissional - doença resultante directamente do desempenho da actividade profissional do trabalhador e que está contemplada no Decreto Regulamentar nº120/80, de 8 de Maio. Empresa/Estabelecimento - corresponde a uma empresa ou parte de uma empresa situada num local tipograficamente identificado. Nesse local, ou a partir dele, exerce-se uma ou várias actividades económicas. Equipamentos de protecção - meios de protecção postos à disposição do trabalhador, pela entidade patronal, durante o desempenho da sua actividade profissional, no sentido de evitar ou minimizar os acidentes de trabalho ou as doenças profissionais. Estes equipamentos poderão ser de protecção colectiva (por exemplo: redes protectoras, sistema de alarme contra incêndios, aparelhos de purificação do ar ) ou individual. Formação profissional - cursos que visam a aquisição de conhecimentos e aptidões exigidas para o exercício de funções próprias de uma profissão ou grupo de profissões em qualquer actividade económica. Horas extraordinárias - horas efectuadas fora do período normal de trabalho e que são remuneradas a taxas majoradas. As horas extraordinárias são contadas em função das horas efectivamente trabalhadas 15

13 II - Conceitos e não em função das somas por elas pagas. Exclui o tempo de trabalho para além do período normal prestado por trabalhadores com isenção de horário em dia normal de trabalho e o trabalho prestado para compensar suspensões de actividade de duração não superior a 48 horas seguidas ou interpoladas por um dia de descanso ou feriado, quando haja acordo entre a entidade empregadora e os trabalhadores. Horário normal flexível - é definido apenas com limites para o início e o termo da prestação de trabalho, fixando o período de permanência obrigatória para o conjunto dos trabalhadores abrangidos quer exista ou não a possibilidade de disposição por estes do número de horas a prestar em cada dia. Horário normal rígido - é definido sem a possibilidade de alteração, em geral em termos idênticos, para todos os trabalhadores do estabelecimento, com horas de entrada e de saída fixa. Horário nocturno - horário em que os trabalhadores desempenham a maior parte das suas funções no período da noite, ou seja, entre as vinte horas de um dia e as sete do dia seguinte. Horário por turnos - a prestação de trabalho resulta de um horário laboral do estabelecimento superior ao período normal de trabalho nele estabelecido e realiza-se mediante uma sucessão de equipas. Níveis de escolaridade: Inferior ao básico - Compreende os níveis de ensino inferiores ao 9º ano de escolaridade assim como a não frequência escolar; Básico - corresponde ao 9º ano de escolaridade completo; Secundário - corresponde ao 12º ano de escolaridade completo; Superior não universitário - curso concluído num estabelecimento de ensino superior que confere o grau de bacharel e a licenciatura em ensino; Superior universitário - curso concluído numa universidade que confere os graus de licenciado, de mestre e de doutor. Posto de trabalho - local ou locais onde são exercidas as tarefas destinadas à concretização de um objectivo pré-determinado, com aptidões, exigências e responsabilidades específicas e inseridas numa unidade organizacional que, em determinado momento, não podem ser exercidas por mais de uma pessoa. 16

14 II - Conceitos Profissão - ofício ou modalidade de trabalho, remunerado ou não, a que corresponde um determinado título ou designação profissional, constituído por um conjunto de tarefas que concorrem para a mesma finalidade e que pressupõem conhecimentos semelhantes. Serviços de medicina do trabalho - serviços que não se restringem ao domínio da vigilância médica (exames médicos de avaliação da saúde), estendendo-se ao controle dos elementos físicos e mentais que possam afectar a saúde (Convenção nº 155/81 da OIT). Serviços de higiene e segurança no trabalho - integram um conjunto de metodologias adequadas à prevenção de acidentes de trabalho e de doenças profissionais tendo como principal campo de acção o reconhecimento e controlo quer dos riscos associados ao local de trabalho e ao processo produtivo quer dos agentes físicos, químicos e biológicos presente na actividade laboral. Trabalhador com contrato permanente - Indivíduo ligado à empresa/ estabelecimento por um contrato de trabalho sem termo ou de duração indeterminada. Trabalhador não permanente - Indivíduo que exerce a sua profissão sob o regime de contrato a termo ou sem contrato permanente. Trabalhador por conta própria - Indivíduo que exerce uma actividade independente, isolado ou com um ou vários associados, obtendo uma remuneração que está directamente dependente dos lucros (realizados ou potenciais) provenientes de bens ou serviços produzidos e que, habitualmente não contrata trabalhador(es) por conta de outrem para com ele trabalhar(em). Os associados podem ser, ou não, membros do agregado familiar. Trabalho a tempo parcial - trabalho de duração inferior à duração normal de trabalho em vigor na empresa/estabelecimento para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profissão. 17

15 III Síntese das principais conclusões III - Síntese das principais conclusões Resumem-se, de seguida, as principais conclusões subjacentes aos resultados do inquérito de avaliação das condições de trabalho cujo período de referência é de Dezembro de1999 a Janeiro de Vínculo permanente ao posto de trabalho constitui a característica dominante do mercado de trabalho nacional embora o vínculo temporário (contratos a prazo e outros de natureza precária) represente o principal meio de acesso ao mercado de trabalho, tendo em conta o seu peso maioritário nos recém-recrutados; As mulheres trabalhadoras predominam nas faixas etárias até aos 34 anos. Exercem fundamentalmente duas profissões, as do "pessoal administrativo e similares" e "pessoal dos serviços e vendedores" e trabalham, dominantemente, no "Comércio" (20.4%), "Têxteis, Vestuário e Calçado" (19.1%) e nos "Serviços Colectivos" (10.7%); De acordo com as respostas obtidas, exercem funções não compatíveis com a formação, quer académica quer profissional, 19.6% da globalidade dos trabalhadores, sendo relevante o seu peso em sectores como os da "Agricultura e Pesca" (46.1%) e "Têxteis, Vestuário e Calçado" (33.3%); Da população inquirida, 28.7% frequentou, pelo menos uma vez na sua vida profissional, cursos da iniciativa da entidade patronal tendo sido beneficiados, sobretudo, os trabalhadores permanentes (33.4%), do sexo masculino (31.7%), licenciados (53.9%) e das profissões mais qualificadas; A falta de autonomia na gestão do tempo de trabalho, caracteriza-se pelo peso significativo de trabalhadores que não usufruem da flexibilidade horária (66.0%), que não podem escolher os momentos dos intervalos extra-refeição (27.4%) nem o período de gozo das suas férias anuais (21.9%); A mobilidade da força laboral, nos 5 anos anteriores ao período de referência, abrangeu 24% dos entrevistados, a maior parte dos quais com idade inferior a 35 anos, com estudos de nível secundário ou acima, empregues em empresas de pequena e média dimensão e no sector dos serviços; O contacto com o público (43.6%) e a utilização do equipamento informático (38.9%), são os dois tipos de trabalho mais frequentes junto dos trabalhadores inquiridos; 18

16 III Síntese das principais conclusões Trabalham 40 horas por semana 60.2% dos trabalhadores, sendo maior a percentagem dos que realizam mais de 40 horas semanais (22.2%) do que os que realizam menos (17.6%). Realizam habitualmente horas extraordinárias e trabalho ao fim de semana, respectivamente 33.6% e 29.1% dos inquiridos; Nos três meses anteriores ao período de referência, o nível de absentismo atingiu 21.6% por motivos relacionados com a doença (47.2%), a prestação de cuidados a pessoas dependentes (19.6%) e as condições de trabalho (1.8%), entre outros; As condições físicas e ambientais do trabalho menos favoráveis referidas com maior frequência são: - Permanecer muito tempo de pé (44.5% dos trabalhadores), - Respirar produtos tóxicos ou nocivos à saúde (23.8%), - Ter, por muito tempo, posições penosas ou fatigantes (20.5%), - Efectuar deslocações a pé frequentes ou de longa duração (18.9%), - Executar tarefas repetitivas e monótonas de curta duração (18.9%); Os riscos profissionais mais comuns relacionam-se, predominantemente, com a segurança física, nomeadamente os de ferimentos em máquinas (21.1%), com materiais de trabalho (17.4%) e de ser atingido pela queda ou projecção de materiais (11.7%); A exposição permanente ao ruído afecta 10.7% da globalidade dos trabalhadores; Sofreram acidentes de trabalho, pelo menos uma vez na sua vida profissional, 19.4% dos trabalhadores, por motivos relacionados com a distracção, as insuficientes condições de segurança e por falha técnica; A maior parte das empresas prestam ao seu pessoal, serviços de medicina (64.6%) e de segurança e higiene no trabalho (68.4%), dispondo igualmente, nas actividades onde tal se justifica, de equipamento de protecção colectiva (84.9%) e individual (67.5%); Frequentaram cursos sobre Higiene e Saúde no Trabalho, 9.7% dos respondentes, sobressaindo, a nível regional, o Algarve com o mais elevado nível de frequência (24.0%) e, no extremo oposto, o Alentejo (3.0%). 19

17 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho - Vínculo IV - Análise de resultados 1. Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho 1.1 Vínculo Embora o vínculo permanente seja a característica dominante no mercado de trabalho nacional, o vínculo precário (contratos a prazo e trabalho temporário), constitui o principal meio de acesso ao emprego, conforme se depreende pelo seu peso de 58.3% no conjunto de trabalhadores por conta de outrem ocupados há menos de 1 ano, com relevância para as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte onde labora a maior parte dos trabalhadores não permanentes. Trabalhadores com menos de 1 ano em funções segundo o vínculo e regiões. (%) Lisboa e V.Tejo Norte Centro Alentejo Algarve Total Permanentes Não permanentes Total Referem-se, de seguida, as principais características do trabalhador não permanente. Predomina: - Nos sectores de actividade do Comércio (24.7%), Construção (13.2%) e dos Serviços Colectivos (11.2%), estando os recém contratados mais representados nos sectores de "Hotelaria e Restauração" e de "Informática e Serviços às Empresas"; - Nas profissões relacionadas com as do pessoal administrativo e similares (25.4%), pessoal dos serviços e vendedores (18.6%) e dos operários, artífices e trabalhadores similares (14.4%); Constituem a maioria, trabalhadores de idade inferior a 35 anos (79.3%), com o nível de escolaridade até ao secundário (84.8%) e do sexo feminino (56.1%), sendo o peso destes mais significativo entre os contratados há menos de 1 ano (60.2%); Não se notam discrepâncias muito acentuadas quanto à sua distribuição pelos diferentes escalões de dimensão das empresas, pese embora o nível de concentração mais elevado (22.1%) nas empresas com 5 a 9 pessoas ao serviço. 20

18 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho - Vínculo Caracterização dos trabalhadores não permanentes Variáveis (%) Total 100,0 1.Sexo Feminino 56,1 Masculino 43,9 2.Escalões etários Menos de 25 anos 35, anos 43, anos 13, anos 4,9 55 e mais anos 2,5 3.Habilitações Inferior ao básico 34,1 Básico (9º ano) 20,9 Secundário 29,8 Superior não universitário 5,1 Superior universitário 10,1 4.Escalões de dimensão 1-4 pessoas 8,9 5-9 pessoas 22, pessoas 13, pessoas 17, pessoas 10, pessoas 13,4 250 ou mais pessoas 14,3 5. Profissões (CNP1) Dirigentes de empresas 1,7 Esp. das prof.intelectuais e científicas 6,2 Téc. e profissionais de nível intermédio 12,2 Pessoal adm. e similares 25,4 Pessoal dos serviços e vendedores 18,6 Agricultores e trab. qualificados da agr. e pesca 0,1 Operários, artífices e trab.similares 14,4 Operários de instalações fixas, máq. e montadores 8,4 Trab. não qualificados 12,9 21

19 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho - Géneros 1.2 Distribuição dos géneros no trabalho Não obstante, em termos globais, a participação dos homens no mercado de trabalho ser maioritária, convém realçar que as mulheres predominam nos Distribuição dos géneros por profissão grupos etários até aos 34 anos (52.4%), justificandose este facto pela Esp.das prof.intelect uais e Dirigentes de empresas 22.1 científicas 45.9 tendência, revelada nos Técnicos e prof. de nível 66.0 intermédio 34.0 últimos anos, de Operários, artífices e trab crescimento mais intenso similares 31.6 Pessoal dos serviços e 36.4 do emprego feminino face vendedores 63.6 ao masculino Homens Pessoal administrativo e similares 63.8 M ulheres (%) Metade da população feminina empregada exerce fundamentalmente duas profissões, a do "pessoal administrativo e similares" (35.6%), e do "pessoal dos serviços e vendedores" (14.7%), nos sectores do "Comércio" (20.4%), "Têxteis, Vestuário e Calçado" (19.1%) e nos "Serviços Colectivos" (10.7%). A distribuição do emprego masculino entre as profissões e sectores de actividade apresenta-se, ao invés, mais equilibrada. As categorias profissionais onde os homens se concentram mais são as dos "Operários, artífices e trabalhadores similares" (25.9%), "Pessoal administrativo e similares" (17.5%) e dos "Técnicos e profissionais de nível intermédio" (12.9%). Os sectores de actividade com níveis de concentração maiores de trabalhadores do sexo masculino são o "Comércio" (20.2%) e a "Construção" (15.7%). De referir ainda que à medida que se sobe no nível de competências profissionais maior é o desequilíbrio na partilha de responsabilidades entre os dois sexos, com particular destaque para os cargos cimeiros das empresas, conforme ilustra o gráfico acima. 22

20 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho - Géneros Distribuição dos géneros no trabalho (%) Variáveis Homens Mulheres Total 100,0 100,0 1.Escalões etários Menos de 25 anos 10,2 14, anos 30,6 37, anos 28,0 30, anos 21,7 13,5 55 e mais anos 9,5 3,9 2.Habilitações Inferior ao básico 51,1 40,0 Básico (9º ano) 19,7 23,7 Secundário 16,9 23,4 Superior não universitário 4,1 5,6 Superior universitário 8,2 7,3 3. Profissões (CNP1) Dirigentes de empresas 12,7 4,2 Esp. das prof.intelectuais e científicas 5,8 5,7 Téc. e profissionais de nível intermédio 12,9 7,7 Pessoal adm. e similares 17,5 35,6 Pessoal dos serviços e vendedores 7,3 14,7 Agricultores e trab. qualificados da agr. e pesca 1,0 0,6 Operários, artífices e trab.similares 25,9 13,8 Operários de instalações fixas, máq. e montadores 11,3 8,1 Trab. não qualificados 5,7 9,8 1.3 Formação Adequação das funções com a formação académica ou profissional Perante esta questão, a maior parte dos trabalhadores respondeu positivamente quer no que respeita às habilitações escolares (52.6%), quer relativamente às suas qualificações profissionais (61.4%). A percentagem de respostas negativas no tocante aos dois tipos de qualificação em apreço atingiu 19.6% sendo o seu peso significativo em certos sectores tradicionais da economia como o da "Agricultura e Pesca" (46.1%), "Têxteis Vestuário e Calçado" (33.3%), "Produção de Minerais não Metálicos" (31.8%) e o de "Produção de Madeira, Cortiça e Mobiliário" (29.4%). 23

21 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho - Formação A inadequação das funções com a formação quer académica quer profissional, sendo maior nas empresas de pequena dimensão, assume proporções mais elevadas entre os trabalhadores não permanentes (23.1%), não qualificados (35.0%), da região Norte (27.2%), com menos de 25 anos (29.1%) e 55 ou mais anos (21.2%). Inadequação das funções com as qualificações por categoria profissional Dirigent es de empresas 21.2 Operários, artífices e trab. similares Op. instalações fixas, máquinas e t rab.mont agem Agricultores e trab.da ag.e pesca 62.1 Trabalhadores não qualif icados (%) O facto de 66.6% de trabalhadores, na situação em análise, terem o nível de habilitações inferior ao 9º ano de escolaridade, implica que as categorias ocupacionais com níveis de inadequação maiores sejam as menos qualificadas, excepto o grupo profissional de "Dirigentes de Empresas" em que a taxa de inadequação atingiu 21.2%, com relevância para os "Dirigentes de Pequenas Empresas" (24.6%), a maior parte dos quais localizados nas regiões do Norte e Centro. 24

22 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho - Formação Inadequação das funções com as qualificações (%) Variáveis Total 100,0 19,6 1. Sexo Feminino 48,1 20,3 Masculino 51,9 18,9 2. Escalões etários Menos de 25 anos 18,2 29, anos 33,3 19, anos 24,5 16, anos 16,5 18,1 55 e mais anos 7,5 21,2 3. Vínculo Permanente 82,4 18,3 Não Permanente 17,6 23,1 4.Habilitações Inferior ao básico 66,6 28,4 Básico (9º ano) 16,2 14,7 Secundário 11,9 11,7 Superior não universitário 3,0 12,2 Superior universitário 2,2 5,6 5. Escalões de dimensão 1-4 pessoas 19,1 25,2 5-9 pessoas 14,8 21, pessoas 13,3 19, pessoas 16,6 18, pessoas 11,1 18, pessoas 12,8 18,6 250 ou mais pessoas 12,2 15,7 6. Regiões Norte 54,9 27,2 Centro 16,6 24,9 LVT 25,2 12,1 Alentejo 2,8 15,2 Algarve 0,5 3,3 25

23 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho - Formação Acções de formação profissional da iniciativa da entidade patronal Os resultados revelam que 42.5% da totalidade dos trabalhadores participaram em acções de formação, ao longo da sua actividade profissional. Destes, 67.2%, ou seja 28.7% da população inquirida, frequentou cursos promovidos pela entidade patronal sendo o nível de participação mais elevado em sectores como o das "Actividades Financeiras" (89.9%), "Correios e Telecomunicações"(77.2%), "Electricidade, Gás e Água" (85.0%) e o dos "Transportes" (49.7%). A nível regional, destacam-se Lisboa e V. do Tejo assim como o Centro onde 36.0% e 32.9% dos trabalhadores respectivamente, frequentaram acções de formação profissional da iniciativa do empregador. Mais favorecidos foram claramente os trabalhadores permanentes (33.4%), do sexo masculino (31.7%), com o nível de escolaridade superior universitário (53.9%) e das profissões mais qualificadas, nomeadamente dos "técnicos e profissionais de nível intermédio" (53.6%) e dos "especialistas das profissões intelectuais e científicas" (53.3%). Destaca-se o facto do vínculo permanente ao posto de trabalho ser um factor determinante na frequência de acções de formação da iniciativa da entidade patronal já que, de entre os recrutados há menos de 1 ano, foram mais beneficiados os trabalhadores permanentes (33.2%) que os precários (13.1%). Verifica-se ainda que a percentagem de trabalhadores participantes em acções de formação promovidas pelo empregador, aumenta com a dimensão das empresas atingindo o seu nível máximo % - nas empresas com 250 ou mais pessoas. 26

24 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho - Formação Acções de formação promovidas pelo empregador (%) Variáveis Total 100,0 28,7 1. Sexo Feminino 40,8 25,2 Masculino 59,2 31,7 2. Escalões etários Menos de 25 anos 3,3 7, anos 31,6 26, anos 37,1 36, anos 22,6 36,3 55 e mais anos 5,4 22,5 3. Vínculo Permanente 92,5 33,4 Menos de 1 ano 6,2 33,2 Não Permanente 7,5 16,0 Menos de 1 ano 3,4 13,1 4.Habilitações Inferior ao básico 29,9 18,6 Básico (9º ano) 22,4 29,9 Secundário 26,6 38,3 Superior não universitário 6,4 38,5 Superior universitário 14,7 53,9 5. Escalões de dimensão 1-4 pessoas 7,0 13,6 5-9 pessoas 5,9 12, pessoas 7,3 15, pessoas 16,1 25, pessoas 16,1 39, pessoas 20,2 42,9 250 ou mais pessoas 27,4 51,7 6. Regiões Norte 28,3 20,6 Centro 14,9 32,9 LVT 51,1 36,0 Alentejo 2,9 22,7 Algarve 2,8 26,1 27

25 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho - Autonomia 1.4 Autonomia A autonomia na gestão do tempo de trabalho encontra-se limitada pelas proporções significativas de trabalhadores que não só não dispõem de horário flexível (66.0%) como não podem escolher os seus momentos de pausa extra-refeição (19.4%) bem como o período de gozo das suas férias (21.9%). A falta de autonomia quer na escolha dos momentos de pausa quer na marcação do período de férias, afecta mais as mulheres trabalhadoras, ocupadas em grande parte nos "Têxteis, Vestuário e Calçado", os mais jovens e os que estão ao serviço de empresas de média e grande dimensão (de 50 ou mais pessoas) localizadas nas regiões do Norte e Centro. Por profissão, de acordo com a informação disponível, os menos autónomos na escolha dos momentos dos intervalos diários e do período de gozo das férias, são os "operadores de máquinas, instalações fixas e trabalhadores da montagem", os "operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias transformadoras" bem como os trabalhadores não qualificados. Relativamente à autonomia no cumprimento dos horários de entrada e saída do trabalho, os dados mostram que gozam de flexibilidade horária 26.9% dos trabalhadores, sendo esta percentagem maior nos homens (33.5%) que nas mulheres (19.4%), nas idades de 55 anos ou mais (40%) e entre os trabalhadores licenciados (64.9%). Em resultado disso, a flexibilidade é maior nas profissões mais qualificadas, nomeadamente nas profissões intelectuais e científicas (72.5%) e dos dirigentes de empresas (69.6%). Por actividade, os trabalhadores ocupados nos sectores da Electricidade, Gás e Água (55.6%) e da Agricultura e Pesca (45.3%) são os que gozam de maior flexibilidade horária em contraste com os que se encontram no sector dos Têxteis, Vestuário e Calçado que são dos que trabalham com maior rigidez horária (79.8%). Pode-se, deste modo, concluir que desfrutam de maior grau de autonomia na entrada e saída do seu posto de trabalho, os trabalhadores do sexo masculino, com 55 anos ou mais, com o grau de escolaridade superior universitário e colocados nos quadros superiores ou em cargos de direcção das empresas. 28

26 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho - Autonomia Autonomia no trabalho (%) Variáveis Trabalhadores sem autonomia Na escolha dos momentos de pausa Na escolha do período de férias Trabalhadores com flexibilidade horária Total 100,0 19,4 100,0 21,9 100,0 26,9 1.Sexo Feminino 55,9 23,3 54,5 25,8 33,3 19,4 Masculino 44,2 16,0 45,5 18,6 66,7 33,5 2.Escalões etários menos de 25 anos 15,8 25,1 14,6 26,2 7,1 15, anos 36,2 20,8 36,1 23,4 31,8 25, anos 27,4 18,2 28,8 21,6 30,3 27, anos 15,1 16,3 15,5 19,0 20,6 31,0 55 e mais anos 5,5 15,4 5,1 16,1 10,3 40,0 3.Vínculo Permanente 85,0 21,0 84,9 22,6 85,6 21,8 Não Permanente 15,0 21,8 15,1 23,7 14,4 21,7 4.Habilitações Inferior ao básico 72,2 30,5 65,8 31,4 32,9 19,3 Básico (9º ano) 14,0 12,6 17,8 18,1 16,9 21,1 Secundário 10,7 10,4 12,4 13,6 23,4 31,6 Superior não universitário 1,2 5,0 1,7 7,6 8,0 44,8 Superior universitário 1,8 4,5 2,4 6,7 18,8 64,9 5.Escalões de dimensão 1-4 pessoas 0,8 1,0 8,0 11,8 24,5 44,5 5-9 pessoas 9,6 13,5 8,3 13,2 15,3 29, pessoas 8,9 13,0 11,1 18,2 12,5 25, pessoas 24,9 27,1 17,4 21,5 14,1 21, pessoas 20,7 34,7 16,4 31,2 8,9 20, pessoas 19,9 28,6 20,9 34,0 10,6 21,1 250 ou mais pessoas 15,3 19,5 17,9 25,8 14,2 25,1 6. Regiões Norte 52,7 25,9 61,0 33,9 27,8 19,0 Centro 17,3 25,8 16,0 26,9 14,9 30,8 LVT 22,2 10,6 18,3 9,8 49,4 32,7 Alentejo 5,3 28,0 2,7 16,3 4,3 31,9 Algarve 2,5 15,4 2,1 14,5 3,5 30,4 29

27 IV Análise de resultados Caracterização do trabalhador e do posto de trabalho Mobilidade laboral Mobilidade laboral Mudanças de emprego Relativamente a este indicador, em parte revelador do grau de satisfação no emprego, assinala-se que, nos 5 anos anteriores a 1999, 24% dos trabalhadores mudaram de emprego e 7% tentaram fazê-lo, apontando estes dois grupos como motivos principais, a oportunidade de auferir melhor remuneração (38.9%), a realização profissional (27.2%), a estabilidade no emprego (23.8%) e a cessação do contrato de trabalho (15.8%). Do cruzamento dos motivos de mudança com o grau de escolaridade e idades dos trabalhadores abrangidos, depreende-se que os mais preocupados com a melhor remuneração e estabilidade no emprego são os indivíduos detentores do grau secundário de habilitação escolar, de idade inferior a 35 anos. Os jovens licenciados, por sua vez, referiram com maior frequência a realização profissional (24.0%) e também a melhor remuneração (15.0%) como dois factores primordiais na decisão de trocar de emprego. A rotação no trabalho, nos últimos 5 anos, afectando sobretudo os trabalhadores de vínculo precário (68.2%), foi, em termos relativos, maior no Algarve dado que abrangeu 34.5% dos que se encontram nessa região. No entanto, destaca-se a proporção de 24.8% dos que mudaram de emprego na região de Lisboa e Vale do Tejo atendendo ao seu peso relevante (42.1%) no conjunto de trabalhadores em apreço. A mobilidade no emprego verifica-se com maior frequência entre os trabalhadores mais jovens, com estudos de nível secundário (30.9%) e superior universitário (30.3%) ou não (29.0%), atingindo níveis mais significativos entre os trabalhadores não qualificados (30.5%), pessoal dos serviços e vendedores (34.0%) e os técnicos e profissionais de nível intermédio (26.8%). Apresentaram, igualmente, taxas de mobilidade mais elevadas os trabalhadores presentemente nos sectores de destino, "Actividades Imobiliárias "(43.6%), "Informática, I&D e Serviços às Empresas" (38.6%), "Hotelaria e Restauração" (32.2%) e "Serviços Colectivos" (30.4%). 30

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