CASO DA COMPANHIA BARCELONA TRACTION LIGHT AND POWER LTDA (BÉLGICA v. ESPANHA) ( )

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1 CASO DA COMPANHIA BARCELONA TRACTION LIGHT AND POWER LTDA (BÉLGICA v. ESPANHA) ( ) (EXCEÇÕES PRELIMINARES) Sentença de 24 de julho de 1964 O Caso da Companhia Barcelona Traction Light and Power Ltda. (Bélgica v. Espanha) foi instituído através de uma demanda datada de 19 de junho de 1962, na qual o governo belga solicitou a reparação por danos causados a seus nacionais, acionistas da Companhia Canadense Barcelona Traction, danos estes cometidos por vários órgãos do Estado espanhol. O governo espanhol levantou quatro exceções preliminares. A Corte rejeitou a primeira exceção preliminar por 12 votos a 4 e a segunda por 10 votos a 6. Juntou a terceira exceção ao mérito por 9 votos a 7 e a quarta por 10 votos a 6. O Presidente Sir Percy Spender e os juízes Spiropoulos, Korestky e Jessup apensaram declarações à sentença. O Vice-Presidente Wellington Koo e os juízes Tanaka e Bustamante y Rivero apensaram opiniões individuais. Os juízes Morelli e o juiz ad hoc Armand-Ugon, apensaram opiniões dissidentes. Primeira exceção preliminar Em sua sentença, a Corte recordou que a Bélgica, em 23 de setembro de 1958, depositou uma demanda anterior contra a Espanha em relação aos mesmos fatos, e que a Espanha havia então levantado três exceções preliminares. Em 23 de março de 1961, a demandante, aproveitando-se do direito que lhe fora conferido pelo artigo 69, parágrafo 2º do Regulamento, informou à Corte que não iria continuar com o procedimento. Tendo sido recebida a notificação da demandada, notificação esta que não encontrou nenhuma objeção, a Corte removeu o caso de sua lista em 10 de abril de Em sua primeira exceção preliminar, a demandada contestou que esta desistência impossibilitava a demandante de apresentar o presente procedimento e enunciou cinco argumentos para sustentar sua tese. A Corte aceitou o primeiro argumento, segundo o qual a desistência é um ato puramente processual, cujo significado real deve ser procurado nas circunstâncias do caso específico. Por outro lado, a Corte foi incapaz de aceitar o segundo argumento principalmente porque uma desistência deve sempre ser considerada como significando uma renúncia a qualquer direito posterior de ação, a menos que o direito de intentar um novo processo esteja expressamente previsto. Como a notificação de desistência da demandante não continha nenhuma motivação e estava claramente limitada ao procedimento instituído pela primeira demanda, a Corte considerou que o ônus de estabelecer que a desistência visava algo mais do que o término daquele procedimento e era de responsabilidade da demandada. A demandada, como terceiro argumento, alegou que houve um entendimento entre as partes. Recordou que os representantes dos interesses privados belgas envolvidos haviam feito uma aproximação com vistas à abertura de negociações e que os representantes espanhóis haviam imposto, como condição prévia, a retirada definitiva da reivindicação. De acordo com a demandada, isto significava que a interrupção poria um fim a qualquer direito de ação posterior, mas a demandante asseverou que não pretendia nada além do que o término do procedimento corrente à época. A Corte foi incapaz de encontrar qualquer evidência de tal entendimento como foi alegado pela demandada. A Corte considerou que o problema havia sido deliberadamente evitado para que as negociações entre os dois países não fossem abaladas. Considerou ainda que a demandada não expressou qualquer condição quando indicou que não se oporia à interrupção.

2 O governo da demandada apresentou então um quarto argumento, tendo o caráter de um pedido de estoppel, em função da demandante ter, com sua conduta e independentemente da existência de qualquer entendimento, induzido a demandada a um erro acerca do alcance da desistência; senão, a demandada não teria consentido com a desistência e, portanto, não teria sofrido prejuízo. A Corte não considerou que o caráter enganoso das declarações belgas tivessem existido e não constatou o que a demandada perderia concordando em negociar com base em uma simples desistência do processo. Se não tivesse concordado com a interrupção, o processo prévio teria simplesmente continuado, apesar das negociações oferecerem uma possibilidade de solucionar definitivamente a disputa. Além disso, se as negociações não fossem bem sucedidas e o caso começasse outra vez, seria ainda possível apresentar as exceções preliminares que já haviam sido apresentadas. Certamente a demandante havia construído sua segunda demanda com o conhecimento prévio da provável natureza da resposta da demandada e teve isso em consideração mas, se o processo original continuasse, a demandante poderia, do mesmo modo, modificar suas conclusões. O argumento final era de uma ordem diferente. A demandada alegou que os procedimentos correntes eram contrários ao espírito do Tratado Hispano-Belga de Conciliação, Solução Judicial e Arbitragem de 19 de julho de 1927 que, de acordo com a demandante, conferia competência à Corte. Tendo já cumprido os estágios preliminares previstos no tratado quando do primeiro processo, o tratado não poderia ser invocado uma segunda vez para levar à Corte as mesmas queixas. A Corte entendeu que os estágios do tratado não poderiam ser considerados esgotados enquanto o direito de apresentar um novo processo existisse e enquanto o caso não tivesse sido julgado. Por estas razões, a Corte rejeitou a primeira exceção preliminar. Segunda exceção preliminar Para estabelecer a competência da Corte, a demandante invocou o efeito combinado do artigo 17 (4) do Tratado de 1927 entre a Bélgica e a Espanha, de acordo com o qual cada uma das partes poderia levar qualquer disputa de natureza jurídica à Corte Permanente de Justiça Internacional se os outros métodos de solução previstos no tratado falhassem, com o artigo 37 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, nos seguintes termos: "Quando um tratado ou convenção em vigor dispuser que um assunto seja submetido a uma jurisdição a ser instituída pela Liga das Nações ou à Corte Permanente de Justiça Internacional, tal assunto, no que diz respeito às partes neste Estatuto, será submetido à Corte Internacional de Justiça". A título principal, a demandada sustentou que embora o Tratado de 1927 pudesse ainda estar em vigor, o artigo 17 (4) havia sido revogado em abril de 1946, com a dissolução da Corte Permanente, à qual esse artigo se referia. A Corte atual não poderia ter substituído a antiga Corte em virtude desse artigo antes da dissolução, não sendo a Espanha então parte ao Estatuto. Conseqüentemente, o Tratado de 1927 acabou por não conter nenhuma cláusula jurisdicional válida até que a Espanha fosse admitida nas Nações Unidas e se tornasse, ipso facto, parte ao Estatuto (dezembro de 1955). Em outras palavras, o artigo 37 aplicava-se somente aos Estados que haviam se tornado signatários do Estatuto anteriormente à dissolução da Corte Permanente, e essa dissolução causou a extinção das cláusulas jurisdicionais que previam recurso à Corte Permanente, a menos que fossem transformadas pelo artigo 37 em cláusulas que determinassem o reenvio para a Corte atual. A Corte entendeu que esta linha de raciocínio havia sido primeiramente apresentada por um demandado após a decisão dada pela Corte em 26 de maio de 1959 no caso referente ao Incidente Aéreo de 27 de Julho de 1955 (Israel v. Bulgária). Mas esse caso relacionava-se com uma declaração unilateral de aceitação da jurisdição obrigatória da Corte Permanente, e não com um tratado. Assim, não se referia ao artigo 37 mas ao artigo 36, parágrafo 5º, do Estatuto. No que concerne ao artigo 37, a Corte recordou que em 1945 seus redatores pretendiam impedir o maior número possível de cláusulas jurisdicionais de se tornarem inaplicáveis em razão da proeminente dissolução da Corte Permanente. Era assim difícil supor que eles tenham deliberadamente visado que o evento

3 cujas conseqüências esse artigo tinha por finalidade remediar pudesse provocar a anulação das cláusulas jurisdicionais que desejavam salvaguardar. Somente três condições estavam realmente indicadas no artigo 37: que deveria haver um tratado em vigor, que este tratado deveria conter uma cláusula prevendo o envio de uma matéria à Corte Permanente e que a disputa deveria ocorrer entre Estados signatários do Estatuto. No presente caso, a conclusão deveria ser a de que o Tratado de 1927, estando em vigor e contendo uma cláusula prevendo o envio à Corte Permanente, e sendo os Estados em disputa partes no Estatuto, a matéria deveria ser encaminhada para a Corte Internacional Justiça, que seria o foro competente. Objetou-se que esta opinião conduzia a uma situação na qual a referida cláusula jurisdicional tornava-se inoperante e então, após um período de tempo, voltava a ser operante. Foi também questionado se naquelas circunstâncias a demandada verdadeiramente consentiu com a competência da Corte. A Corte observou que a noção dos direitos e obrigações suspensos mas não extintos era comum. Estados que assinaram o Estatuto após a dissolução da Corte Permanente deveriam saber que um dos resultados de sua admissão seria a reativação de determinadas cláusulas jurisdicionais em razão do artigo 37. A posição contrária mantida pela demandada criaria discriminação entre Estados conforme assinassem o Estatuto antes ou depois da dissolução da Corte Permanente. Considerando particularmente o artigo 17 (4), a Corte entendeu que este era parte integrante do Tratado de Seria difícil afirmar que a obrigação fundamental de se submeter à solução judicial prevista neste tratado dependia exclusivamente da existência de um tribunal designado. Se o tribunal deixasse de existir, a obrigação tornar-se-ia inoperante, mas continuaria substancialmente a existir e poderia ser tornada novamente aplicável se um novo tribunal fosse instituído pela operação automática de algum outro instrumento. O artigo 37 do Estatuto tinha precisamente esse efeito. Desta forma, deveria ser lido no tratado, ao invés de Corte Permanente de Justiça Internacional", "Corte Internacional de Justiça". A título subsidiário, a demandada argumentou que se o artigo 37 do Estatuto operava no sentido de reativar em dezembro de 1955 o artigo 17 (4) do Tratado, uma nova obrigação seria então criada entre as partes. Mesmo que a obrigação primitiva só se aplicasse às disputas levantadas após a data do Tratado, a nova obrigação só poderia se aplicar às disputas levantadas após dezembro de A disputa não estaria assim coberta, uma vez que era anterior a dezembro de Na opinião da Corte, quando a obrigação de se submeter à solução judicial se tornasse novamente aplicável ela somente poderia decidir com base no tratado que a previa e continuaria a relacionar-se com quaisquer disputas levantadas após a data do tratado. Por estas razões, a Corte rejeitou a segunda exceção preliminar tanto a título principal quanto a título subsidiário. Terceira e quarta exceções preliminares A terceira e a quarta exceções preliminares da demandada envolviam a questão de saber se a demanda era admissível. A demandante submeteu pedidos alternativos para que estas exceções, se não rejeitadas pela Corte, fossem juntadas ao mérito. Em sua terceira exceção preliminar, a demandada negou a capacidade legal da demandante para proteger os interesses belgas em nome dos quais havia submetido sua reivindicação. Os atos reclamados haviam ocorrido não em relação a qualquer pessoa física ou jurídica belga mas em relação à Companhia Barcelona Traction, uma entidade jurídica registrada no Canadá. O interesse belga relacionava-se a ações dessa companhia. A demandada argumentou que o direito internacional não reconhece, no que diz respeito a danos causado por um Estado a uma companhia estrangeira, qualquer proteção diplomática dos acionistas exercida por outro Estado que não o da Companhia. A demandante contestou esta opinião. A Corte considerou que a pergunta do jus standi de um governo para proteger os interesses dos acionistas levantava uma questão anterior de saber qual era a situação jurídica dos interesses do mercado acionista, como reconhecida pelo direito internacional. Por conseguinte, a demandante invocou necessariamente direitos que, a seu ver, lhe foram conferidos através de seus nacionais pelas regras do direito internacional referentes ao tratamento dos estrangeiros. Daí, o entendimento da Corte de que não haver jus

4 standi seria essencial para considerar que esses direitos não existiam e que a reivindicação era injustificada quanto ao mérito. A terceira exceção possuía certos aspectos que lhe conferiam um caráter preliminar, mas que envolvia um grande número de questões de fato e de direito misturadas em um grau tal que a Corte não poderia se pronunciar sobre a mesma de forma segura, no estágio atual, até estar de posse de todos os elementos que pudessem ser importantes para sua decisão. A análise do mérito colocaria, a Corte, assim, em uma posição melhor para decidir, tendo um conhecimento completo dos fatos. As considerações anteriores se aplicavam a fortiori à quarta exceção preliminar, na qual a demandada alegou que não foram completamente esgotados os recursos internos. Esta alegação estava de fato intrinsecamente relacionada com as acusações de negação de acesso à justiça que constituíam a parte principal do mérito do caso. Por estes motivos, a Corte juntou a terceira e a quarta exceções preliminares ao mérito.

5 (SEGUNDA FASE) Sentença de 5 de fevereiro de 1970 Em sua sentença na segunda fase do caso referente à Companhia Barcelona Traction Light and Power Ltda. (nova demanda de 1962) (Bélgica v.espanha), a Corte rejeitou a reivindicação da Bélgica por 15 votos a 1. A reivindicação, apresentada à Corte em 19 de junho de 1962, relacionava-se com o pedido de falência, na Espanha, da companhia Barcelona Traction, uma companhia constituída no Canadá. A finalidade do pedido da Bélgica era obter reparação pelos danos sofridos por seus nacionais, acionistas da companhia. O prejuízo teria advindo como resultado de atos contrários ao direito internacional cometidos em desfavor da companhia por órgãos do Estado espanhol. A Corte considerou que faltou à Bélgica jus standi para exercer a proteção diplomática dos acionistas de uma companhia canadense, no que se refere a medidas contra ela empreendidas na Espanha. Os juízes Petrén e Onyeama apensaram uma declaração comum à sentença; O juiz Lachs apensou uma declaração. O Presidente Bustamante y Rivero e os juízes Sir Gerald Fitzmaurice, Tanaka, Jessup, Morelli, Padilla Nervo, Gros e Ammoun apensaram opiniões individuais. O juiz ad hoc Riphagen apensou uma opinião dissidente. Histórico do caso (parágrafos 8 a 24 da sentença) A Companhia Barcelona Traction foi constituída em 1911 em Toronto (Canadá), onde se encontra a sua sede. Com a finalidade de criar e de desenvolver um sistema de produção e distribuição de energia elétrica na Catalunha (Espanha), esta companhia formou várias companhias subsidiárias, cujos escritórios foram registrados no Canadá e na Espanha. Em 1936, as companhias subsidiárias forneciam a maior parte das necessidades elétricas da Catalunha. De acordo com o governo belga, alguns anos após a Primeira Guerra Mundial, o capital financeiro da Barcelona Traction foi adquirido em grande parte por nacionais belgas, mas o governo espanhol argüiu que a nacionalidade belga dos acionistas não estava provada. A Barcelona Traction emitiu diversas séries de títulos. A maioria dos títulos foi emitida em Libras Esterlinas e o seu serviço foi assegurado graças às transferências feitas à Barcelona Traction pelas companhias subsidiárias operantes na Espanha. Em 1936, as transações dos títulos da Barcelona Traction foram suspensas em razão da Guerra Civil Espanhola. Após esta guerra, as autoridades espanholas de controle de câmbio recusaram-se a autorizar a transferência da moeda corrente estrangeira necessária para a reativação das transações dos títulos em Libras Esterlinas. Posteriormente, quando o governo belga se queixou desta recusa, o governo espanhol afirmou que as transferências não poderiam ser autorizadas a menos que se provasse que a moeda corrente estrangeira seria usada para reembolsar os débitos oriundos da importação do capital estrangeiro na Espanha e que isto não foi feito. Em 1948, três detentores espanhóis de títulos pagáveis em Libras da Barcelona Traction solicitaram à Corte de Reus (província de Tarragona) que esta fizesse uma declaração julgando a companhia falida, devido ao não pagamento dos títulos. Em 12 de fevereiro de 1948, um julgamento declarou a companhia falida, requisitando a apreensão dos recursos da Barcelona Traction e de duas de suas companhias subsidiárias. Por esta decisão, os principais gerentes das duas companhias foram demitidos e os diretores espanhóis advertidos. Pouco depois, estas medidas foram estendidas a duas outras companhias subsidiárias. Novas ações das companhias subsidiárias foram criadas, sendo vendidas em Assembléia Pública em 1952 a uma companhia recém-formada, Fuerzas Electricas de Cataluña S.A. (Fecsa), que adquiriu assim o controle completo do empreendimento na Espanha. O caso foi levado sem sucesso às Cortes espanholas por várias companhias e pessoas. De acordo com o governo espanhol, decisões foram tomadas no caso, 494 julgamentos proferidos por tribunais inferiores e mais 37 por tribunais superiores antes do caso chegar à Corte Internacional de Justiça. A Corte considerou que em 1948 a Barcelona Traction, que não havia recebido qualquer notificação judicial dos

6 processos de falência, e não estava representada perante a Corte de Reus, não apresentou quaisquer recursos às Cortes espanholas até 18 de junho e, assim, não se impôs contra a decisão de falência dentro do prazo, previsto na legislação espanhola, de oito dias contados a partir da data de publicação do julgamento. Entretanto, o governo belga argüiu que a notificação e a publicação não obedeceram relevantes exigências legais e, portanto, que o tempo limite de oito dias nunca começara a ser contado. Representações foram feitas ao governo espanhol pelos governos britânico, canadense, americano e belga entre 1948 e O governo canadense, por sua vez, interrompeu sua ação em Procedimentos perante a Corte e natureza da demanda (parágrafos 1 a 7 e 26 a 31 da sentença) O governo belga depositou um primeiro requerimento junto à Corte contra o governo espanhol em Em 1961, solicitou a interrupção do processo, em razão das negociações entre os representantes dos interesses privados envolvidos, e o caso foi removido da lista geral da Corte. Tendo as negociações falhado, o governo belga, em 19 de junho de 1962, submeteu à Corte uma nova demanda. Em 1963, o governo espanhol levantou quatro exceções preliminares a este memorial. Em sua sentença de 24 de julho de 1964, a Corte rejeitou a primeira e a segunda exceções e juntou a terceira e a quarta ao mérito. Nos procedimentos escritos e orais subseqüentes as partes forneceram material e informação abundantes. A Corte observou que a demora incomum do processo devia-se aos longos prazos requeridos pelas partes para a preparação de suas alegações escritas e a seus repetidos pedidos para prorrogação dos prazos estipulados. A Corte não entendeu que deveria recusar aqueles pedidos, mas permaneceu convencida de que era do interesse da autoridade da justiça internacional que os casos fossem decididos sem atrasos injustificados. A demanda submetida à Corte pelo governo belga foi apresentada em nome de pessoas físicas e jurídicas, nacionais belgas e acionistas da Barcelona Traction, uma companhia constituída no Canadá e ali sediada. O objeto da demanda era a reparação dos danos alegadamente causados a essas pessoas pela conduta, contrária ao direito internacional, de vários órgãos do Estado espanhol em desfavor dessa Companhia. A terceira exceção preliminar do governo espanhol, que havia sido juntada ao mérito, referia-se à incapacidade do governo belga para submeter qualquer reivindicação relativa aos erros cometidos contra uma companhia canadense, mesmo sendo os acionistas belgas. A quarta exceção preliminar, que também foi juntada ao mérito, relacionava-se ao fato de que não haviam sido esgotados recursos internos disponíveis na Espanha. O caso submetido à Corte englobou principalmente três Estados: Bélgica, Espanha e Canadá, e deste modo, foi necessário tratar de uma série de problemas decorrentes deste relacionamento triangular. Qualidade do governo belga para agir (parágrafos. 32 a 101 do julgamento) Primeiramente a Corte tratou da terceira exceção preliminar, que havia sido juntada ao mérito, onde se questionou se seria direito da Bélgica exercer a proteção diplomática dos acionistas belgas numa companhia constituída no Canadá, uma vez que as medidas reivindicadas não se referiam a qualquer nacional belga, mas à própria Companhia. A Corte observou que quando um Estado admite em seu território investimentos ou pessoas estrangeiras ele deve estender-lhes a proteção da lei e assumir obrigações relativas ao tratamento que lhes é conferido. Mas tais obrigações não são absolutas. Um Estado não pode apresentar uma reivindicação sobre o descumprimento de uma dessas obrigações sem antes estabelecer seu direito de fazê-lo. No campo da proteção diplomática, o direito internacional está em contínua evolução e é chamado a reconhecer instituições de direito interno. No direito interno, a noção de sociedade anônima funda-se em uma sólida distinção entre os direitos da Companhia e os direitos do acionista. Somente a Companhia, dotada de personalidade jurídica, pode atuar em relação a matérias de caráter corporativo. Um erro cometido contra a

7 companhia causa freqüentemente prejuízo a seus acionistas, mas isso não implica que ambos tenham a titularidade para reivindicar compensação. Sempre que os interesses de um acionista forem prejudicados por um ato cometido contra a Companhia, cabe a esta tomar as medidas apropriadas. Um ato infringindo somente os direitos da Companhia, não implica nenhuma responsabilidade dos acionistas mesmo que seus interesses sejam afetados. Para que a situação seja diferente, a queixa deve visar os direitos próprios do acionista enquanto tal (não sendo este o presente caso, uma vez que o governo belga tinha, ele próprio, admitido que não baseara sua reivindicação numa lesão aos direitos próprios dos acionistas). O direito internacional tem que se referir àquelas regras geralmente aceitas pelos sistemas de direito interno. Um dano aos interesses do acionista que resulte de uma lesão aos direitos da Companhia é insuficiente para constituir uma reivindicação. No caso de haver uma questão que envolva um ato ilegal cometido contra uma Companhia que representa capital estrangeiro, a regra geral do direito internacional autoriza apenas o Estado nacional da Companhia a exercer a proteção diplomática buscando a reparação. Nenhuma regra de direito internacional geral expressamente confere tal direito ao Estado nacional do acionista. A Corte considerou se não haveria, no caso, circunstâncias especiais às quais a regra geral não se aplicasse. Duas situações chamaram a sua atenção: a) a Companhia havia deixado de existir, b) o Estado nacional da Companhia tinha capacidade para agir. No que diz respeito à primeira eventualidade, a Corte observou que a Barcelona Traction perdeu todos os seus recursos na Espanha, mas estes foram alocados no Canadá. Por isso, não se poderia argüir que a Companhia havia deixado de existir ou que havia perdido sua capacidade para exercer atos corporativos. Quanto à segunda eventualidade, não se questionou que a Companhia havia sido constituída no Canadá e nem que sua sede estatutária ali se encontrava, e sua nacionalidade canadense é amplamente reconhecida. O governo canadense exerceu a proteção diplomática da Barcelona Traction por diversos anos. Se em um momento o governo canadense deixou de agir em nome da Barcelona Traction, de maneira alguma ele perdia sua qualidade para agir, e o governo espanhol não questionou este direito de proteção. Quaisquer que fossem as razões para a mudança de atitude do governo canadense, esse fato não poderia constituir uma justificativa para o exercício da proteção diplomática por um outro governo. Sustentou-se que um Estado poderia fazer uma reivindicação quando os investimentos de seus nacionais no exterior, os quais são parte dos recursos econômicos da nação, forem prejudicialmente afetados pela violação do direito do próprio Estado a que seus nacionais se beneficiem de um certo tratamento. Mas, nesse caso, tal direito somente poderia resultar de um tratado ou de um Acordo Especial. Entre Bélgica e Espanha não havia qualquer instrumento desse tipo em vigor. Também foi estabelecido que, por razões de eqüidade, um Estado deveria ser capaz, em determinados casos, de agir para proteção de seus nacionais acionistas em uma companhia vítima de uma violação do direito internacional. A Corte considerou que a adoção da teoria da proteção diplomática dos acionistas abriria a porta às reivindicações concorrentes por parte de diferentes Estados, o que poderia criar uma atmosfera de insegurança nas relações econômicas internacionais. Nas circunstâncias particulares do presente caso, nas quais somente o Estado nacional da Companhia poderia agir, a Corte entendeu que não deveria ser conferido ao governo belga o jus standi por questões de eqüidade. A decisão da Corte (parágrafos 102 e 103 da sentença) A Corte tomou conhecimento da grande quantidade de documentação e de outras evidências submetidas pelas partes e apreciou completamente a importância dos problemas jurídicos levantados pela alegação em que se baseava a reivindicação belga, dentre as quais se incluía o cerceamento de defesa da Companhia por parte de órgãos do Estado espanhol. Entretanto, a posse pelo governo belga de um direito de proteção era um pré-requisito para o exame de tais problemas. Uma vez que a qualidade deste governo para agir perante a Corte não foi demonstrada, não caberia a esta se pronunciar sobre qualquer outro aspecto do caso. Dessa forma, a Corte rejeitou a reivindicação do governo belga por 15 votos a 1, sendo 12 dos votos da maioria baseados nas razões acima elencadas.

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