Interferência do controle da ferrugem asiática na produção da soja (Glycinemax(L.) Merr)
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1 Interferência do controle da ferrugem asiática na produção da soja (Glycinemax(L.) Merr) Janailson Pereira de Figueredo 1, Jaqueline Salla 2, Juliana Pereira da Silva 2, Ricardo de Sousa Nascimento 1, Francisca Joseanny Maia e Oliveira 3 1 Universidade Federal da Paraíba (Rodovia PB Km 12 - Caixa Postal 66 CEP: Areia, PB); 2 Faculdade da Amazônia FAMA (Rua 743, nº 2043, Cristo Rei, CEP , Vilhena, RO); 3 Faculdade Evolução do Alto Oeste Potigua (Rua José Paulina do Rêgo, 45 Piso 2, CEP: Pau dos Ferros Rio Grande do Norte); janailsondfigueredo@hotmail.com; telefone: (83) RESUMO: A rápida expansão da cultura da soja, nas últimas três décadas, permitiu que a maioria dos patógenos e doenças fossem disseminadas a todas as regiões produtoras, através de semente, principal veículo de disseminação, controle inadequado de doenças e em novas áreas de cultivo. Objetivou-se com esse trabalho avaliar o desempenho de diferentes controles da ferrugem asiática em relação à produtividade da soja. O experimento foi desenvolvido em Comodoro-MT. Analisouse três parcelas ambas medindo 25 hectares com a variedade de soja P98C81, na 1ª amostra e p/ha na 2ª amostra, e p/ha na 3ª onde testamos dois tipos de tratamentos químicos de doenças e uma das amostras não foram feitas aplicações. Os dados foram submetidos a análise de variância, as medias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, através do programa estatístico Sisvar versão 5.3 (2010). As variáveis analisadas foram: ganho de produção comparando a produção final de acordo com o controle de doenças. Constatou-se que a área de controle recomendada demonstrou um controle eficiente da ferrugem asiática, o controle convencional apresentou uma taxa de incidência de 23% e a área sem controle apresentou uma incidência de 90% o que comprometeu a produção. Palavras-chave: Doença, Cultura, Plantio, Químicos Interference control of asian rust on soybean (Glycine max (L.) Merr) ABSTRACT: The rapid expansion of soybean cultivation in the last three decades, has allowed most pathogens and diseases were disseminated to all producing regions, through seed, the main vehicle for dissemination, inadequate disease control and in new areas of cultivation. The objective of this study was to evaluate the performance of different controls of the rust in relation to soybean yield. The experiment was conducted in Comodoro-MT. We analyzed three plots measuring 25 acres with both the soybean variety P98C81 in the 1st sample and 117,600 p / ha in the 2nd sample, and p / ha in the 3rd where we test two types of chemical treatments of diseases and one of the samples were not apps made. Data were subjected to analysis of variance, the averages compared by Tukey test at 5% probability via Sisvar statistical software version 5.3 (2010). The variables analyzed were: increased production by comparing the final production under the control of diseases. It was found that the area of recommended control demonstrated an efficient control of the rust, the conventional control showed an incidence rate of 23% and the area without control showed an incidence of 90% which severely affected production.
2 Keywords: Disease, Culture, plantation, chemical INTRODUÇÃO A soja (Glycine max (L.) Merrill) cultivada hoje e mundo afora, é muito diferente dos ancestrais que lhe deram origem: espécies de plantas rasteiras foram desenvolvidas na costa leste da Ásia, ao longo do Rio Amarelo, na China, cruzamento entre duas espécies de soja selvagem, que foram domesticadas e melhoradas na antiga China (EMBRAPA SOJA, 2004). A estatura da planta é altamente dependente das condições ambientais e do genótipo da variedade. No Brasil, variedades comerciais normalmente apresentam altura média de 60 a 120 cm. O número de flores produzidas é maior do que o que a planta pode converter efetivamente em vagens (BORÉM, 2000). A ferrugem da soja ocorre naturalmente em diversas leguminosas desde Porto Rico, no Caribe, ao sul do Estado do Paraná (Ponta Grossa) e a Phakopsora pachyrhizi Sydow e P. Sydow, causadora da ferrugem "asiática", presente na maioria dos países que cultivam a soja (EMBRAPA, 2004). MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi desenvolvido na Fazenda Nova Prata Gleba Rio Mutum, Padronal, Comodoro - MT. Região de clima tropical Continental alternadamente Úmido e Seco, temperatura média anual de 26 C, registrando máxima de 36 C e mínima de 5ºC, altitude de 600 m. Delineamento experimental de três parcelas ambas medindo 25 hectares com a variedade de soja P98C81, o plantio foi realizado no dia 29\10\2011. Para as aplicações usamos os seguintes compostos: 1ª Amostra: Tratamento de sementes 100 ml/ha de Piraclostrobina, Tiofanato Metilico e Fipronil; 2ª amostra: Tratamento de Sementes 100 ml/ha de Fipronil; e 100 ml/ha de Carboxina e Tiran; 3ª de Fungicida 300 ml/ha de Picoxistrobina; 4ª de Fungicida 200 ml/ha de Azoxistrobina e 500 ml/ha de Flutriafol 23. As variáveis analisadas foram quanto ao ganho de produção comparando a produção final de acordo com o controle de doenças. Após a colheita as parcelas foram pesadas e calculadas a quantidade de sacos para determinar qual controle obteve uma produção significativa.
3 Os dados foram submetidos a análise de variância, sendo as medias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, através do programa estatístico Sisvar versão 5.3 (2010). RESULTADO E DISCUSSÃO Em relação aos parâmetros avaliados quanto a produtividade da soja quando manejada com controle da ferrugem asiática, a altura da planta, vagens com 1 e 2 grãos, não diferiu estatisticamente entre os controles da doença. Mas ficou evidente que o controle recomendado para a doença mostrou-se superior em relação aos demais, com médias de 71,40cm; 5,80un e 42,20un respectivamente. Já para quantidade de vagens de 2 grãos, houve diferença entre o controle recomendado e os demais, com média de 41,20un. Para número de vagens por planta, o controle recomendado apresentou diferença significativa entre o manejo sem controle fitossanitário, com média de 89,90un para 72,40un, respectivamente. Segundo Godoy e Canteri (2004) os princípios ativos tebuconazole, difenoconazole, azoxystrobin e pyraclostrobin + epoxiconazole reduziram a infecção quando 25aplicados na ausência de sintomas, durante o período de incubação da ferrugem. No entanto, nenhum dos produtos avaliados impediu o desenvolvimento da doença, atuando de forma erradicante. Todos os produtos reduziram a severidade da doença e a viabilidade dos uredósporos.
4 A aplicação de fungicidas com o objetivo de manutenção do potencial produtivo na cultura da soja pode ser considerada tanto do ponto de vista da eficácia de controle como dos efeitos fisiológicos que produz e a que corresponde, e cuja resposta mostra-se quantitativamente regulada, implicando em ação diferenciada na produtividade de diferentes cultivares, seja em função da variação entre locais ou entre diferentes safras (BALARDIN et al, 2011). CONCLUSÃO Quanto à produção final a área de controle recomendado obteve uma maior produção final e a de área sem controle ficou com a menor produção de sacas\ha. Uma das principais preocupações do produtor de soja, com relação à sanidade da cultura, é a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. A doença pode causar perdas de até 90% na produtividade se não for manejada de forma adequada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALARDIN, R. Proteção adicional: Saiba como fungicidas do grupo das estrubilurinas aplicadas em tratamento de sementes e na parte aérea agem na fisiologia das plantas e interferem positivamente na produtividade. Revista Cultivar. Ed. Especial nº 152, BORÉM, Aluízio. Os Riscos Do Escape Gênico Da Soja No Brasil. Disponivel em: Acesso em 27\09\2012 GODOY, C.V.; Canteri, M.G. Efeitos protetor, curativo e erradicante de fungicidas no controle da ferrugem da soja causada por Phakopsora pachyrhizi, em casa de vegetação. Fitopatologia Brasileira, v.29, n.1, EMBRAPA SOJA. Tecnologias de Produção de Soja Região Central do Brasil, Disponível em:
5 Lancamento-Soja-Marca-Pioneer-No-Sul-Do-Brasil.pdf Acesso em: 09\10\2012.
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