1988 -CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 06/12/2018 FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS
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- Maria Vitória Arantes
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1 FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS Elaboração: Edicarsia Milhoretto/Consórcio Público Vale do Teles Pires CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA CriaoSistemaÚnicodeSaúde-SUS. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 195, definiu que o financiamento da Seguridade Social saúde, previdência e assistência social seria proveniente do orçamento/impostos da União, Estados e Municípios. 30% dos recursos do Orçamento da Seguridade Social deveriam ser destinados ao SUS, mas não definiu as obrigações dos entes Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8080/90) Dispõesobreas condiçõesparaa promoção, proteçãoe recuperaçãoda saúde, a organizaçãoe o funcionamentodos serviçoscorrespondentese dá outrasprovidências. Art. 2o A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 3 1
2 Dos Princípios e Diretrizes I -universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II -integralidadede assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; IV -igualdadeda assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; Here comes your footer Page 4 LEI N 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 Dispõesobrea par cipaçãoda comunidadena gestão do SistemaÚnicode Saúde(SUS) e sobreas transferênciasintergovernamentaisde recursosfinanceirosnaáreada saúdee dá outrasprovidências. Normas de organização e descentralização do SUS X Financiamento do SUS Normas Financiamento NOB 01/1991 e NOB 01/1993 NOB 01/96 Municipalização/descentralização NOAS 2001/2002 PACTO PELA SAÚDE 2006 Consolidação do SUS DECRETO7.508 DE JUNHO DE 2011 Regulamenta a Lei 8080/90: Organização do SUS, Planejamento da Saúde, Assistência à Saúde (RENASE e RENAME) e a articulação interfederativa). Constituição % dos recursos do Orçamento da Seguridade Social deveriam ser destinados ao SUS, mas não definiu as obrigações dos entes e no decorrer dos anos foi desvinculando impostos/receitas que compunham este orçamento Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira(CPMF), cujos recursos, que seriam destinados à saúde, se somaram àqueles definidos na Constituição - até2007. EC 29/2000 estipulando a forma da inserção da União, dos Estados e dos Municípios no financiamento do SUS, estabelecendo percentuais de investimento para osentes, e fonte dos recursos/impostos/receitas... Portaria 2017/Blocosde Financiamento Alteradasem 2017 Lei141/2012- ATUAL Portaria 3992/2017- ATUAL 2
3 BLOCOS DE FINANCIAMENTO Blocos de Financiamento Portarias Atenção Básica Média e Alta Complexidade Vigilância em Saúde AssistênciaFarmacêutica Portaria 204/GM, de 29 de janeiro de 2007 regulamenta a transferência de recursos federais. Gestão do SUS Blocos de Financiamento Investimento Portaria Portaria 837/GM, de 23 de abril de 2009 Insere o Bloco de Investimento na Rede de Serviços da Saúde. LEI COMPLEMENTAR 141 DE 13 DE JANEIRO DE 2012 Regulamenta o 3 o do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo. ESTADOS - devem destinar, no mínimo, 12% da receita de impostos, nela compreendidas as transferências constitucionais; MUNICÍPIOS - devem destinar, no mínimo, 15% da receita de impostos, nela compreendidas as transferências constitucionais; UNIÃO deve destinaro valor apurado no ano anterior, corrigido pela variação do PIB nominal. Para a União houve mudanças: A instituição da EC nº 86/2015: Chegar a 15% RCL até 2020, e prevê mais recursos para emendas parlamentares. A aprovação da EC nº 95/2016, que congela o gasto público por 20 anos, baseados no valor de despesas de 2017 (corrigidas pela IPCA -Índice de Preços ao Consumidor Amplo) à medida que não limita os juros e outras despesas financeiras. SIOPS -* Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde - %R.Próprios em Saúde por Ano da UNIÃO ,70% ,77% 3
4 SIOPS -* Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde Indicadores Estaduais %R.Próprios em Saúde Lei 141/2012 por Ano segundo UF UF: Mato Grosso Período: Mínimo 12% de Recursos Próprios em Saúde UF Total Mato Grosso 12,60 13,01 14,12 12,50 13,08 SIOPS - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde Indicadores Municipais -%R.Próprios em Saúde-EC 29 por Ano segundo Municípios Municípios Média Cláudia 18,92 17,02 21,81 20,84 19, Feliz Natal 21,20 22,64 24,99 23,31 23, Ipiranga do Norte 18,78 22,03 26,30 24,50 22, Itanhangá 30,94 21,52 24,86 24,51 25, Nova Maringá 25,56 21,12 22,89 25,54 23, Nova Mutum 25,87 26,36 32,38 34,92 30, Nova Ubiratã 23,96 22,49 22,06 22,78 22, Santa Carmem 20,32 22,67 23,27 22,66 22, Santa Rita do Trivelato 24,14 24,53 23,21 25,56 24, Sinop 26,77 29,00 31,65 34,19 30, Sorriso 26,76 27,52 27,94 28,63 27, Tapurah 24,11 23,55 23,43 23,30 23, União do Sul 28,91 22,36 23,66 31,28 26, Vera 24,10 25,86 25,98 22,34 24, Lucas do Rio Verde 25,44 27,66 33,50 31,21 29,64 Portaria nº 3.992, de 28/12/2017 Portaria nº 3.992, de 28/12/2017 altera a Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS de 28/09/2017, que contemplava o conteúdo da Portaria nº 204/2007 (Blocos de Financiamento) acerca do financiamento e da transferência dos recursos federais para as ações e os serviços públicos de saúde. 4
5 Portaria de dezembro de 2017 A partir de janeiro de 2018 os recursos do Ministério da Saúde, destinados a despesas com ações e serviços públicos de saúde, a serem repassados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, serão organizados e transferidos na forma dos seguintes blocos de financiamento: Antigos Blocos Atenção Básica Média e Alta Complexidade Vigilância em Saúde AssistênciaFarmacêutica Gestão do SUS Novo Bloco Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde Investimento Antigo Bloco Novo Bloco Bloco de Investimento na Rede de Serviços Públicos de Saúde Bloco de Financiamento Grupos Programas de Trabalho (Função/Subfunção/Programa/Ação) Apoio à Manutenção de Unidades de Saúde PO Incremento Temporário do Piso da Atenção Básica U - Apoio à Manutenção dos Polos de Academia da Saúde A - Piso de Atenção Básica em Saúde Atenção Básica PO Piso de Atenção Básica Variável - PAB PO Agente Comunitário de Saúde PO Custeio de Atenção à Saúde Bucal PO Programa de Informatização das Unidade de Básicas de Saúde PO Piso de Atenção Básica Fixo - PAB Fixo PO Programa Nacional de Telessaúde Brasil Redes PO Programa de Requalificação de UBS Apoio à Manutenção de Unidades de Saúde PO Incremento Temporário do Limite Financeiro do MAC Atenção à Saúde da População para Procedimentos em Média e Alta Complexidade PO Atenção à Saúde da População para Procedimentos em Média e Alta Complexidade - Despesas Diversas PO SAMU I Bloco de Custeio das PO Fundo de Ações Estratégicas e Compensações - FAEC Vinculação Atenção de Média ATENÇÃO ESPECIALIZADA EM SAÚDE AUDITIVA Ações e Serviços Públicos e Alta CADEIRAS DE RODAS de Saúde Complexidade CENTRAL NACIONAL DE REGULAÇÃO DE ALTA COMPLEXIDADE Ambulatorial e Hospitalar CIRURGIAS ELETIVAS Orçamentária CIRURGIA BARIATRICA CIRURGIA CARDÍACA PEDIÁTRICA DOENÇAS RARAS NEFROLOGIA REDESIGNAÇÃO E ACOMPANHAMENTO TERAPIAS ESPECIALIZADAS EM ANGIOLOGIA TRANSPLANTES DE ORGÃOS, TECIDOS E CELULAS AE - Promoção da Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos na Atenção Básica em Saúde Assistência Farmacêutica Apoio Financeiro para Aquisição e Distribuição de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica AB - Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios para Execução de Ações de Vigilância Sanitária AL - Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios para a Vigilância em Saúde Vigilância em Saúde PO Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios para a Vigilância em Saúde - Despesas Diversas PO Assistência Financeira Complementar aos Estados, Distrito Federal e Municípios para Agentes de Combate às Endemias PO Incentivo Financeiro às Ações de Vigilância e Prevenção e Controle das DST/AIDS e Hepatites Virais RECURSO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Federal Estadual - Municipal: Portaria nº 1.555/GM/MS, de 30 de julho de 2013 alterada pela PORTARIA Nº 2.001, DE 3 DE AGOSTO DE 2017 Monitoramento do repasse do recurso Federal: Monitoramentodo repassedo recursofederal: web.fiplan.mt.gov.br/html/listaprocessos.php 15 5
6 FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA (Portarias e 1.555, de 30/07/2013) I- Componente Básico da Assistência Farmacêutica; II -Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica; e III Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. Anexos da RENAME 16 I - Componente Básico da Assistência Farmacêutica (Portaria 1.555, de 30 de julho de 2013 Pop. IBGE 2011) RESPONSABILIDADE DOS 03 ENTES FEDERADOS I -União: R$ 5,10 por habitante/ano, para financiar a aquisição dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME; II -Estados: R$ 2,36por habitante/ano, para financiar a aquisição dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME, incluindo os insumos para os usuários insulinodependentes da Portaria 2.583/GM/MS, de 10/10/2007; III -Municípios: R$2,36 por habitante/ano, para financiar a aquisição dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME, incluindo os insumos para os usuários insulinodependentes da Portaria nº 2.583/GM/MS/10/10/2007) Anexos -Ver Anexos I e IV da RENAME 2017 Pág. 16 e 57 PORTARIA Nº 2.001, DE 3 DE AGOSTO DE 2017 "A União repassará o valor de R$ 5,58 (cinco reais e cinquenta e oito centavos) por habitante/ano, para financiar a aquisição dos medicamentos e insumos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS." (NR) 17 Região Teles Pires Município/População POP Federal Estadual Município IBGE investiu CLÁUDIA FELIZ NATAL , , ,20 20,23 hab/ano IPIRANGA DO NORTE ITANHANGA LUCAS DO RIO VERDE ,060 33,29 hab/ano , ,18 Valor total liquidado , ,92 NOVA MUTUM NOVA UBIRATÃ , , ,54 SANTA CARMEM 21,62 hab/ano Recurso investido em Dados do SIOPS 2017 Santa Rita do Trivelato , , ,65 10,92 hab/ano SINOP ,370 25,52 hab/ano , , , , ,73 SORRISO TAPURAH UNIÃO DO SUL VERA , , , , ,15 40,90 hab/ano , hab/ano , ,97 6
7 Previsão ORÇAMENTÁRIA na LOA A Lei Orçamentária Anual, estima a receita e fixaa despesapública. A estimativada receitarepresentaa capacidade de financiamento das políticas públicas de todas as áreas de governo. Considere receitas da SMS os recursos federais, estaduais e municipais a serem alocados na saúde II - Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (Portarias e 1.555, de 30 de julho de 2013) Anexo II da RENAME Pág. 32 O financiamento do Componente Estratégico é de responsabilidade do Governo Federal: Controle de endemias: TB, MH, malária, leishmaniose, doença de chagas e outras; Programa DST/AIDS; Sangue e hemoderivados; Imunobiológicos. Portaria MS/GM 2982 de 26 de novembro de 2009 Programa de Controle do Tabagismo Ministério da Saúde responsável pela aquisição e distribuição dos medicamentos e insumos. II - Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (Portarias e 1.555, de 30 de julho de 2013) O MS elabora os protocolos de tratamento, o planejamento, a aquisição centralizada, a aquisição e a distribuição aos Estado dos medicamentos, produtos e insumos. É responsabilidade das Secretarias Estaduais de Saúde o armazenamento dos produtos e a distribuição às regionais ou municípios. 7
8 III Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Portarias de 30 de julho de 2013) Anexo III da RENAME Pág. 44 O financiamento do Componente Especializado depende do Grupo em que os medicamentos estão alocados: Medicamentos do Grupo 3, de responsabilidade dos municípios - financiados conforme regras do Componente Básico da Assistência Farmacêutica; Medicamentos do Grupo 2, financiados integralmente pelas Secretarias de SaúdedosEstados,observamodispostonoart.57,cujosvaloresnaTabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS. Medicamentos do Grupo 1, são financiados pelo Ministério da Saúde, sendo que, para o Grupo 1A, na forma de aquisição centralizada, e para o Grupo 1B, na forma de transferência de recursos financeiros. Farmácia Popular Portaria MS 111, de 28 de janeiro de 2016 Dispõe sobre o Programa Farmácia Popular do Brasil. Art. 2o O PFPB consiste na disponibilização de medicamentos e/ou correlatos à população, pelo Ministério da Saúde, através dos seguintes meios: I - a "Rede Própria", cons tuída por Farmácias Populares, em parceria com os Estados, Distrito Federal e Municípios; e II - o "Aqui Tem Farmácia Popular", cons tuído por meio de convênios com a rede privada de farmácias e drogarias. PORTARIA Nº 739, DE 27 DE MARÇO DE 2018 Altera a Portaria de Consolidação nº 5/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para atualizar os valores de referência dos medicamentos do Programa Aqui Tem Farmácia Popular para o tratamento de hipertensão arterial, diabetes mellitus e asma Outras portarias: Portaria MS271de27dedezembrode2013 SistemaNacionaldeGestão da Assistência Farmacêutica (HÓRUS) QUALIFAR-SUS PORTARIA Nº 1.214, DE 13 DE JUNHO DE 2012 Institui o Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (QUALIFAR- SUS). Ver portarias de repasse de recurso no Eixo Estrutura: Exemplo: PORTARIA Nº3.457,DE15DEDEZEMBRODE2017(VERA) PORTARIA No-270, DE 27 DE JANEIRO DE 2017 (Nova Ubiratã) PORTARIA Nº 942, DE 7 DE ABRIL DE 2017 (Nova Ubiratã) PORTARIA No , DE 1º DE SETEMBRO DE 2017(Nova Ubiratã) 8
9 Não basta ser BOM temos que fazer o BEM! Então bora lá: Atualizar a REMUME em equipe; Controle de estoque de medicamentos e insumos; Planejamento da aquisição de medicamentos Evitar PERDAS; Investir na construção/validação de protocolos clínicos/ terapêuticos; Investir em ações para o uso correto e adequado de medicamentos(ex: consulta farmacêutica); E... GESTÃO DO SUS UM GRANDE DESAFIO! 9
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