ORGANIZAÇÃO SETORIAL COMO ELEMENTO FACILITADOR PARA ADOÇÃO DE POLITICAS PÚBLICAS
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- Júlio César Amorim de Miranda
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1 ORGANIZAÇÃO SETORIAL COMO ELEMENTO FACILITADOR PARA ADOÇÃO DE POLITICAS PÚBLICAS COMISSÃO DE AGRICULTURA E POLITICA RURAL CÂMARA DOS DEPUTADOS Palestrante:Luiz Custódio Cotta Martins 27/08/03 1
2 SUMÁRIO DA APRESENTAÇÃO ANTECEDENTES HISTORICOS E FATOS RELEVANTES DESREGULAMENTAÇÃO DO SETOR E A NECESSIDADE DE UNIÃO DOS PRODUTORES A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DO SETOR OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS PROBLEMAS E OBSTÁCULOS A SEREM SUPERADOS INICIATIVAS DE ORGANIZAÇÃO DO SETOR AÇÕES GOVERNAMENTAIS ESPERADAS CONCLUSÃO FINAL 2
3 ANTECEDENTES HISTÓRICOS E FATOS RELEVANTES 3
4 CULTURA CANAVIEIRA SURGE NO BRASIL- COLÔNIA 1516 D. MANUEL I AUTORIZA PRIMEIROS ENGENHOS. COM AS CAPITANIAS HERIDITÁRIAS, A CANA DE AÇÚCAR SE TORNOU PARTE DA PAISAGEM BRASILEIRA. FORAM OS ENGENHOS PERNAMBUCANOS OS RESPONSÁVEIS PELO DESBRAVAMENTO E INTEGRAÇÃO DE TODO O NORDESTE. O AÇÚCAR REINOU ATÉ O FINAL DO SÉCULO XVII, QUANDO A DESCOBERTA DAS MINAS GERAIS VEIO MUDAR A ESTRUTURA ECONÔMICA E SOCIAL DO PAIS. 4
5 1827 NOVEMBRO D. PEDRO I AUTORIZA ENGENHOS EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL CRIADO O IAA INSTITUTO DO AÇÚCAR E ÁLCOOL SURGE O PROÁLCOOL O MAIOR E MAIS BEM SUCEDIDO PROGRAMA DE BIOMASSA DO MUNDO O GRANDE SALTO DO SETOR O SETOR CANAVIEIRO FLORESCE E SE EXPANDE EM VARIAS REGIÕES, SE TRANSFORMADO NUM SEGMENTO DE IMPORTANTE SIGNIFICADO ESTRATÉGICO PARA A ECONOMIA DO PAÍS. 5
6 DESREGULAMENTAÇÃO DO SETOR E A NECESSIDADE DE UNIÃO E REORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES 6
7 COM A CRIAÇÃO DO IAA O SETOR É SUBMETIDO A FORTE INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL.TODA A COMERCIALIZAÇÃO EXTERNA DE AÇUCAR E FEITA PELO GOVERNO. A PRODUÇÃO E OS PREÇOS SÃO TOTALMENTE ADMINISTRADOS PELO IAA. ATRAVÉS DA CRIAÇÃO DO PROÁLCOOL EM 79 O GOVERNO INCENTIVA A INSTALAÇÃO DE DESTILARIAS E FOMENTA A PRODUÇÃO E O USO DO ÁLCOOL COMBUSTÍVEL.EM 1985 CERCA DE 95% DOS VEÍCULOS LEVES PRODUZIDOS SÃO MOVIDOS A ÁCOOL DISTRIBUIDO EM APROX.26MIL POSTOS DE NORTE A SUL DO PAÍS. A PARTIR DE 90 O PROÁLCOOL ENTRA EM DECLINIO E NA METADE DA DECADA COMEÇAM A CAIR OS INSTRUMENTOS DE INTERVENÇÃO COM A EXTINÇÃO DO IAA. EM MAIO DE 97 É LIBERADO O PREÇO DO ÁLCOOL ANIDRO E EM 99 OS DA CANA E DO HIDRATADO.VERIFICA-SE O FIM DOS PLANOS DE SAFRA E DAS COTAS DE COMERCIALIZAÇÃO. COM A DESREGULAMENTAÇÃO OCORRIDA, UMA FORTE TRANSFERÊNCIA DE RENDA DO SETOR PRODUTOR PARA O DISTRIBUIDOR É VERIFICADA(CERCA DE R$5,0BILHÕES). O PRODUTOR NÃO ESTAVA PREPARADO PARA A LIBERAÇÃO E FALTAVA UNIÃO E ORGANIZAÇÃO AO SETOR. 7
8 OS PREJUIZOS FORAM IMENSOS E CATALIZARAM AS PRIMEIRAS INICIATIVAS EM BUSCA DE MAIOR ARTICULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO ENTRE OS PRODUTORES DO SETOR. UM FORUM PERMANENTE DE LIDERANÇAS DO SETOR É CRIADO COM A FINALIDADE DE DISCUTIR OS PROBLEMAS E FORMATAR AS ESTRATÉGIAS E ACÕES A SEREM DESENVOLVIDAS. 8
9 A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DO SETOR 9
10 RESPONSÁVEL PELA GERAÇÃO DE MAIS DE UM MILHÃO DE EMPREGOS BAIXO CUSTO DIRETOS DE REDUZ EXODO RURAL E REGIONALIZA A ECONOMIA PROPICIA UMA ECONOMIA DE DIVISAS PELA REDUÇÃO DA IMPORTAÇÃO DE PETRÓLEO ÁLCOOL SUBSTITUE CERCA DE 190MIL BARRIS DE PETROLEO/DIA GERAÇÃO DE DIVISAS ATRAVÉS DE EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR E ÁLCOOL ÁLCOOL- COMBUSTÍVEL LIMPO E RENOVÁVEL CO-GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DA BIOMASSA DO BAGAÇO DA CANA GANHOS AMBIENTAIS CANA-DE-AÇÚCAR SEQUESTRA CARBONO( CO2) 10
11 OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS 11
12 EXPANSÃO DO MERCADO INTERNACIONAL DE AÇUCAR E ÁLCOOL COM A ELIMINAÇÃO DAS BARREIRAS TARIFÁRIAS EXISTENTES E QUEDA DOS ELEVADOS SUBSÍDIOS PRATICADOS. CONSOLIDAÇÃO DO MERCADO INTERNO DE ÁLCOOL PELA ELEVAÇÃO DA DEMANDA E CONSUMO NOS VEÍCULOS FLEX-FUEL MISTURA DO ÁLCOOL NO DIESEL E DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE BIODIESEL. ELIMINAÇÃO GRADATIVA EM TODOS OS PAISES DO MUNDO DO MTBE COMO ADITIVO DA GASOLINA, AMPLIANDO AS OPORTUNIDADES DE EXPORTAÇÃO DO ÁLCOOL. EXPANSÃO DO MERCADO PARA CERTIFICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO CARBONO SEQUESTRADO. 12
13 PROBLEMAS E OBSTÁCULOS A SEREM SUPERADOS 13
14 AUSÊNCIA DE UMA ENTIDADE NACIONAL COM LEGITIMIDADE PARA UNIR OS PRODUTORES DE TODAS AS REGIÕES DO BRASIL, ORGANIZAR AS AÇÕES VISANDO A DEFESA DOS INTERESSES DO SETOR E FACILITAR A INTERLOCUÇÃO COM O GOVERNO E O PARLAMENTO. NECESSIDADE DE FORMATAÇÃO DE UM PLANO ESTRATÉGICO PARA A AUTO GESTÃO DO SETOR,COM ÊNFASE NUM MELHOR PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO,BEM COMO O DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES INTEGRADAS. AUSÊNCIA DE RECURSOS E FINANCIAMENTOS QUE PERMITAM A ESTOCAGEM E FORMAÇÃO DOS ESTOQUES ESTRATÉGICOS. PARCERIA EFETIVA NA BUSCA E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MERCADOS PARA O AÇÚCAR E O ÁLCOOL. 14
15 PRINCIPAIS INICIATIVAS DE ORGANIZAÇÃO DO SETOR 15
16 A PRIMEIRA INICIATIVA CONCRETA DE ORGANIZAÇÃO SETORIAL FOI A CRIAÇÃO DA FEPLANA - FEDERAÇÃO NACIONAL DOS PLANTADORES DE CANA, NOS IDOS DE 1934, LOGO APÓS A INSTALAÇÃO DO IAA. CONGREGA MAIS DE PRODUTORES E SEMPRE FOI O BALUARTE NA DEFESA DOS INTERESSES DOS PRODUTORES DE CANA DO PAÍS.PARTICIPA DIRETAMENTE DE TODAS AS DISCUSSÕES VISANDO O ESTABELECIMENTO DE POLÍTICAS, FIXAÇÃO DOS PREÇOS E DESENVOLVIMENTO DE MECANISMOS PARA O DESENVOLVIMENTO E FINANCIAMENTO DA LAVOURA CANAVIEIRA. ENTIDADES DE CARACTER REGIONAL TAIS COMO A ORPLANA E A UNIDA PARTICIPAM DO SEU QUADRO DE ASSOCIADOS,BEM COMO TODAS AS ASSOCIAÇÕES ESTADUAIS DE PLANTADORES DE CANA.. NO TOCANTE A ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES DE AÇÚCAR SÃO CRIADOS OS SINDICATOS ESTADUAIS, QUASE QUE EM PARALELO COM A INSTALAÇÃO DO IAA(SINADAÇUCAR /MG FOI CRIADO EM 1943) 16
17 SOMENTE A PARTIR DE 80 COMEÇAM SER CRIADAS AS ENTIDADES DE DEFESA DOS PRODUTORES DO ÁLCOOL.AS MAIS SIGNIFICATIVAS E ATUANTES FORAM: AIAA-ASSOCIAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL, QUE CONGREGAVA PRODUTORES DE AÇUCAR E ÁLCOOL DE SP E A SOPRAL-SOCIEDADE DOS PRODUTORES DE ÁLCOOL, RESPONSAVEL INICIAMENTE PELA DEFESA DOS INTERESSES DE PRODUTORES AUTONOMOS DE ÁLCOOL DE SP E POSTERIORMENTE AGREGANDO ASSOCIADOS DE OUTROS ESTADOS. EM 97/98 A AIAA É TRANSFORMADA EM ÚNICA-UNIÃO DA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA DE SP ASSUMINDO A COORDENAÇÃO DAS AÇÕES DOS SINDICATOS DO AÇUCAR E DO ÁLCOOL E DE GRANDES GRUPOS PRODUTORES DE SP. LOGO A SEGUIR, VISANDO REPRESENTAR TODA A PRODUÇÃO DA REGIÃO C-S, EM 98 É FORMADA A CEPAAL-COLIGAÇÃO DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AÇÚCAR&ÁLCOOL, COM ASSOCIADOS DA SOBRAL,COPACESP, ADA, ALCOPAR, SINDICATOS DE MT, MS, GO, MG E ES. 17
18 EM 1997, ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DO SETOR PARA A ECONOMIA DO PAÍS E COMO INSTRUMENTO PARA A PRESERVAÇÃO E ELEVAÇÃO DO EMPREGO NO CAMPO, GERAÇÃO DE DIVISAS, MELHORIA DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS E PRESERVAÇÃO DO ACERVO TECNOLÓGIGO DO PAÍS, FOI CRIADA A FRENTE PARLAMENTAR DO SETOR SUCROALCOLEIRO, PRESIDIDA PELO EMINENTE DEP. HÉLIO ROSAS. NO ENFRENTAMENTO DA GRAVE CRISE VIVIDA PELO SETOR NA SAFRA 98/99 (PÓS LIBERAÇÃO DA COMERCILIZAÇÃO DO ÁLCOOL PELO GOVERNO), FORAM CRIADAS DUAS SOCIEDADES COM FINS ESPECÍFICOS:- BRASILÁLCOOL( FORMAÇÃO DE UM ESTOQUE DE ÁLCOOL PARA EXPORTAÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DO EXCESSO DE OFERTA) E A BOLSA BRASILEIRA DE ÁLCOOL(DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MERCADOS E COMERCIALIZAÇÃO DO EXCEDENTE DE ÁLCOOL ). 18
19 DESDE 1986/87 MINAS VEM LIDERANDO O MOVIMENTO EM PROL DA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS DE AÇUCAR E ÁLCOOL, VISANDO ORGANIZAR AS AÇÕES, FACILITAR AS NEGOCIAÇÕES E A INTERLOCUÇÃO COM O GOVERNO NA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS PARA O SETOR. INFELIZMENTE A ASSOCIAÇÃO NACIONAL NÃO É, AINDA, UMA REALIDADE.TODAVIA, O DIALOGO E AS AÇÕES CONJUNTAS ENTRE OS PRODUTORES DE TODOS OS ESTADOS TEM EVOLUIDO SUBSTANCIALMENTE. EM 2000 FOI CRIADO UM FORUM DE PRESIDENTES DE SINDICATOS(MAIS RECENTEMENTE FORUM DE LIDERANÇAS) COM REUNIÕES MENSAIS PARA DISCUSSÃO INTERNA E COM O GOVERNO DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS DO SETOR, MONITORAMENTO DAS SAFRAS E BUSCA DE SOLUÇÕES CONJUNTAS. LOGO NO INICIO DO ATUAL GOVERNO, POR INICIATIVA DO MAPA- MINISTÉRIO DE AGRICULTURA,PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,É CRIADA A CÂMARA SETORIAL DA CADEIA PRODUTIVA DO AÇUCAR E DO ÁLCOOL COM REPRESENTANTES DOS PRODUTORES SEGMENTOS DESSA IMPORTANTE CADEIA PRODUTIVA. E DEMAIS 19
20 AÇÕES GOVERNAMENTAIS ESPERADAS 20
21 AGILIZAÇÃO DOS ESTUDOS PARA INSERÇÃO DEFINITIVA DO ÁLCOOL NA MATRIZ ENERGÉTICA, COM DEFINIÇÃO DO PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO DA BIOMASSA NO MIX DE ENERGIA DO PAÍS; EXAMINAR O RETORNO DOS INCENTIVOS AOS VEÍCULOS A ÁLCOOL, COM FIXAÇÃO DE UM PERCENTUAL DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO, COMPATÍVEL COM A OFERTA DE ÁLCOOL PROJETADA; 21
22 ESTABELECER A DEMARRAGEM DEFINITIVA DO PROINFA NO TOCANTE À GERAÇÃO DE ENERGIA DO BAGAÇO; EXAMINAR A HOMOLOGAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO DA MISTURA DO ÁLCOOL NO DIESEL E CONTINUIDADE DOS ESTUDOS DO MIX OPTIMUM DE MISTURA DO ÁLCOOL NA GASOLINA; ESTIMULAR, ATRAVÉS DE PARCERIAS COM CENTROS TECNOLÓGICOS, OS PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO DA CÉLULA DE COMBUSTÍVEL; 22
23 ESTABELECER A DEMARRAGEM DEFINITIVA DO PROINFA NO TOCANTE À GERAÇÃO DE ENERGIA DO BAGAÇO; EXAMINAR A HOMOLOGAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO DA MISTURA DO ÁLCOOL NO DIESEL E CONTINUIDADE DOS ESTUDOS DO MIX OPTIMUM DE MISTURA DO ÁLCOOL NA GASOLINA; ESTIMULAR, ATRAVÉS DE PARCERIAS COM CENTROS TECNOLÓGICOS, OS PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO DA CÉLULA DE COMBUSTÍVEL; 23
24 CONCLUSÃO FINAL 24
25 SOMENTE ATRAVÉS DA UNIÃO DE ESFORÇOS E DE FORTE ORGANIZAÇÃO SETORIAL AS SOLUÇÕES DOS PROBLEMAS SERÃO ENCONTRADAS E VIABILIZADAS AS CONDIÇÕES PARA A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS ADEQUADAS AO ATIGIMENTO PLENO DOS OBJETIVOS PROPOSTOS VISANDO A CONSOLIDAÇÃO E O CRESCIMENTO DO NOSSO SETOR. 25
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