Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista Prof. Francisco Caldeira Cabral Instituto Superior de Agronomia
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- Ana Zaira Oliveira Salgado
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1 Vegetação A actuação na vegetação será diferenciada, à semelhança de outras situações, entre a actuação ao nível das linhas (troços) e das pontuações. A actuação nas pontuações deverá ser por sua vez hierarquizada conforme critérios de importância. Em Projecto de Execução dever-se-á produzir cartografia que permita a hidrossementeira de árvores e arbustos. Estas plantas técnicas deverão ser, por troços, às escalas consideradas adequadas, sendo aprofundados para as pontuações a escalas que podem chegar à 1:200. As sementeiras deverão igualmente seguir as escalas de detalhe das plantações. A necessidade do aprofundamento de elementos de vegetação arbórea e arbustiva deverá ser efectuado através de planos de plantação, por módulos, ou em casos específicos, através de planos de plantação de árvores e arbustos específicos a escalas de detalhe. Dever-se-á produzir um estudo que envolva a visibilidade dos utilizadores na ciclovia, tendo em conta as Tipologias do Espaço Agrário e Natural, conforme indicadas na Planta de Diagnóstico. A vegetação proposta nos troços deverá então permitir a manutenção das potencialidades de vistas, confrontando a plantação de exemplares de grande porte com a Tipologia de Espaço Fechado (mata, etc) e assumindo os alinhamentos de vegetação existentes representados na Planta de Levantamento. Vegetação nos troços Nos troços, e para além as plantações de árvores que se façam em pontuações ou alinhamentos importantes, prevê-se a implementação de hidrossementeiras 1 em que integra vegetação herbácea, arbustiva e mesmo arbórea. No entanto, a vegetação preconizada para os troços depende das condições ecológicas de cada troço. A definição do cada troço para intervir deverá ser aferida em Projecto de Execução. 1 Método de sementeira mecânica, utilizada frequentemente em estradas, através de um camião cisterna onde uma mistura de sementes é projectada e fixada através de um ligante. A mistura contém nutrientes, permitindo a germinação das espécies.
2 Assim, para os troços ou sub-troços que se desenvolvam a menos de 600 metros de altitude a vegetação proposta poderá integrar o seguinte elenco florístico: Quadro Proposta preliminar de vegetação a integrar em troços que se desenvolvam a menos de 600 metros de altitude Andar herbáceo - arbustivo Andar arbóreo Espécie Nome vulgar Espécie Nome vulgar Calluna vulgaris Arbutus unedo Medronheiro Chamaespartium tridentatum Carquejas Acer campestre Bordo comum Cytisus sp. Castanea sativa Castanheiro Erica sp. Cedrus atlantica Cedro Genista sp. Cupressus lusitanica Cedro do Buçaco Halimium sp. Sargaços Pinus pinaster Pinheiro bravo Lavandula sp. Rosmaninhos pyrenaica Carvalho negral Ulex sp. Tojos robur Carvalho roble; suber Sobreiro
3 Para os troços ou subtroços que se desenvolvam a mais de 600 de altitude a vegetação proposta poderá integrar o seguinte elenco florístico: Quadro Proposta preliminar de vegetação a integrar em troços que se desenvolvam a mais de 600 metros de altitude Andar herbáceo - arbustivo Andar arbóreo Espécie Nome vulgar Espécie Nome vulgar Chamaespartium tridentatum Carquejas Betula celtiberica Bétula; Vidoeiro Cytissus sp. Castanea sativa Castanheiro Erica sp. Cedrus atlantica Cedro Genista sp. Pinus sylvestris Pinheiro silvestre Halimium sp. Sargaços pyrenaica Carvalhonegral Ulex sp. Tojos
4 Vegetação nas Pontuações No que respeita à vegetação a introduzir nas pontuações, a intensidade de plantações e as espécies a utilizar deverão ser distintas conforme o nível de actuação preconizado. Assim, são apresentados os diferentes níveis de actuação, compatibilizados em função dos aspectos referidos anteriormente e posteriormente exaustivamente definidos. Assim, e para as pontuações de nível 1 preconiza-se a plantação de árvores das seguintes espécies: - Acer campestre; Acer monspessulanum, Acer negundo; - Betula celtiberica; Betula pubescens; - Cedrus atlantica; - Cupressus lusitanica; - Fagus sylvatica - pyrenaica; robur - Castanea sativa; Regra: Dever-se-ão plantar, no máximo, três das espécies apresentadas em cada pontuação de nível 1. Para as pontuações de nível 2 as espécies propostas são: - Acer campestre; Acer monspessulanum, Acer negundo; - Betula celtiberica; Betula pubescens; - Cedrus atlantica; - pyrenaica; robur; - Castanea sativa. Regra: Dever-se-ão plantar, no máximo, duas das espécies apresentadas nas pontuações de nível 2. Para as pontuações de nível 3 propõem-se as seguintes espécies: - pyrenaica; robur; - Pinus pinaster; Pinus sylvestris.
5 Regra: Dever-se-á plantar uma das espécies apresentadas junto às pontuações de nível 3. Quanto ao nível 4 propõe-se o seguinte elenco: - Acer campestre; - Betula celtiberica; - pyrenaica; robur; - Pinus pinaster; Pinus sylvestris. Regra: Dever-se-á plantar uma das espécies apresentadas junto às pontuações de nível 4. Os esquemas de plantação-tipo apresentados para as pontuações são indicações metodológicas de base para o aprofundamento absolutamente necessário em projecto de execução. Conforme o grau de exigência da situação, deverão ser efectuados planos de plantação de árvores e arbustos e planos de sementeiras que variam entre as escalas 1:200 e 1:500.
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