Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) no Estado do Rio de Janeiro: uma nova realidade Marianna Bernstein e Julia Fernandes Lopes
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- Célia Alcaide Almeida
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1 Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) no Estado do Rio de Janeiro: uma nova realidade Marianna Bernstein e Julia Fernandes Lopes Coordenação Acadêmica Rede CEJA-Fundação CECIERJ
2 ... a educação ao longo da vida implica repensar o conteúdo que reflita certos fatores como idade, igualdade entre os sexos, necessidades especiais, idioma, cultura e disparidades econômicas. (Declaração de Hamburgo, 1997)
3 O que são os CEJAs? São os Centros de Educação de Jovens e Adultos do Estado do Rio de Janeiro. Antigos Centros de Estudos Supletivos (CES) do Estado do Rio de Janeiro, autorizados pelos Parecer 201/78 do Conselho Estadual de Educação Atendem em regime de aproveitamento de estudos.
4 O que são os CEJAs? Adota um sistema semipresencial de ensino, isto é: Estudo através de módulos/fascículos didáticos das diferentes disciplinas que compõem o currículo. Atendimento individualizado e atemporal: os professores, em horários pré-determinados e organizados pelos gestores, atendem aos alunos de acordo com suas necessidades e dificuldades, além de promover orientação de estudos. O aluno, sob orientação, tem autonomia sobre a ordem de estudo das disciplinas para cumprimento do currículo. A presença do aluno é obrigatória apenas para realização das avaliações.
5 Do CES ao CEJA breve histórico Em 1976, foi criado o primeiro Centro de Estudos Supletivos (CES), na cidade de Niterói, RJ. Os CES não eram regulados ainda pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura do Estado (SEEC-RJ), já que os procedimentos pedagógicos se diferenciavam daqueles utilizados pelas escolas regulares.
6 Do CES ao CEJA breve histórico Organização do sistema de ensino nos Centros de Estudos Supletivos : a) atendimento individualizado ao aluno - a escola não se organizava a partir de turmas; b) estudo individualizado e a distância através de apostilas; c) ao terminar o estudo de cada apostila, o aluno era submetido a uma avaliação; d) o aluno poderia cursar uma disciplina de cada vez; e) frequência dos alunos diretamente ligada aos atendimentos individuais com os professores e no processo de avaliação formal.
7 Do CES ao CEJA breve histórico O principal problema nos procedimentos metodológicos e didáticos no sistema de ensino adotado pelos CES estava na variedade desses procedimentos: cada escola adotava um plano operacional, resultando em problemas no processo de certificação dos alunos. a composição curricular e os procedimentos de avaliação não eram uniformizados em todo o Estado, já que cada escola decidia que conteúdos deveriam ser trabalhados; era de responsabilidade de cada escola a elaboração do seu próprio conjunto de apostilas. Assim sendo, o material didático não era uniforme.
8 Do CES ao CEJA breve histórico Em 1991, o Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro, por meio do Parecer nº97, aprovou o Plano de Estrutura e Funcionamento dos Centros de Estudos Supletivos (CES)do Estado do Rio de Janeiro, definindo sua organização pedagógica e administrativa. Em fevereiro de 2011, a SEEDUC-RJ publicou a Resolução nº 4673/2011 que alterou a nomenclatura Centro de Estudos Supletivos (CES) para Centro de Estudos de Jovens e Adultos (CEJA).
9 Do CES ao CEJA breve histórico Diário oficial do Estado do Rio de Janeiro - Decreto nº de 12/11/ Transfere a gestão pedagógica do CEJA para a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro (SECTI), por intermédio da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (CECIERJ), permanecendo compartilhada entre as secretarias apenas a gestão administrativa.
10 Por que a Fundação CECIERJ? Responsável pela Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro por meio do Consórcio CEDERJ (UERJ, UFRJ, UFF, UENF, UNIRIO, UFRRJ, CEFET-RJ). Oferece também, dentre outros, cursos de formação continuada a distância para professores do Estado do Rio de Janeiro. Coordenou o processo de discussão e elaboração do Currículo Mínimo Regular e EJA do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a SEEDUC-RJ.
11 Por que a Fundação CECIERJ? Expertise no desenvolvimento e oferecimento de Educação a Distância de qualidade para nível superior e extensão. Possibilidade de adaptação da metodologia para a EJA semipresencial, contribuindo para a melhoria desta modalidade no âmbito de sua atuação no Estado do Rio de Janeiro.
12 Quem somos e onde estamos? 61 escolas em 51 municípios alunos (censo 2015) 90 diretores (gerais e adjuntos) 35 coordenadores pedagógicos
13 Quem é o aluno que procura o CEJA/RJ? Quase sempre é trabalhador e está submetido a um mercado de trabalho, inclusive informal; Apresenta alternância entre os diversos turnos, considerando trabalho, família, deslocamentos; Não possui uma organização de tempo diária que lhe permita uma rotina sistemática para os estudos.
14 Quem é o aluno que procura o CEJA/RJ? Aluno evadido da escola há muitos anos, com várias tentativas mal sucedidas no sistema escolar. Aluno da escola pública que não se adaptou ao ensino noturno regular. Estudantes que vivem em zona rural ou em áreas de difícil acesso.
15 O professor de EJA nos CEJAs O professor da EJA, nos CEJAs, reconhecia que havia um certo preconceito em torno de sua prática docente nessa modalidade, considerada uma escolarização " fácil, ligeira, superficial", por parte de professores que atendiam à rede regular de ensino. Na verdade, considerava-se que este professor não era capaz de de ensinar para uma turma e, por isso, estava limitado a fazer atendimento individualizado
16 Na verdade, o professor do CEJA : desenvolve o respeito pelas condições culturais do jovem e do adulto que teve sua escolarização formal comprometida por razões diversas; é responsável pelo diagnóstico das características históricas, sociais, econômicas dos alunos e da comunidade; estabelece uma relação de confiança, de comprometimento entre o saber erudito e o saber popular, considerando a diversidade cultural de seus alunos.
17 O aluno CEJA/RJ e o sistema semipresencial de ensino Considerando o perfil de aluno que busca o CEJA, a Fundação CECIERJ compreendeu que era preciso: manter um sistema de ensino atemporal utilizar uma metodologia de estudo por módulos/fascículos didáticos desenvolver procedimentos de avaliação pautada do desenvolvimento de competências e habilidades a partir de, no mínimo, uma avaliação formal, ao término dos estudos de cada fascículo. garantir ao aluno um estudo mais interativo e dinâmico através de recursos midiáticos e interacionais, a despeito de sua frequência presencial nas escolas. Propor diferentes estratégias de ensino e aprendizagem considerando os diversos perfis de alunos que buscam a Rede CEJA.
18 Estratégias da Fundação CECIERJ na Rede CEJA Discussão de uma matriz curricular própria para o público de EJA, considerando a realidade dos alunos do CEJA no Estado do Rio de Janeiro e o sistema semipresencial de ensino. Definição de um currículo mínimo que deve ser cumprido por todas as escolas CEJA.
19 Estratégias da Fundação CECIERJ na Rede CEJA Debates sobre procedimentos de avaliação comuns a todas as escolas, incluindo o número de provas por série e por disciplina, em consonância com a carga horária mínima obrigatória, para o cumprimento da matriz curricular, de modo a compor um sistema de avaliação autônomo para as escolas, garantindo o currículo de cada uma, segundo o perfil de seus alunos e do seu contexto sócio-cultural-econômico.
20 Estratégias da Fundação CECIERJ na Rede CEJA Discussão de procedimentos acadêmicos que permitissem um registro seguro dos dados dos alunos, matrícula, registro de notas e das ações pedagógicas desenvolvidas pelos professores nas escolas. Estudo e seleção de recursos e ferramentas tecnológicos, próprias da EaD e adequadas à realidade dos alunos de CEJA. J2
21 Slide 20 J2 Precisamos acabar de construir Julia; 04/09/2015
22 Estratégias da Fundação CECIERJ na Rede CEJA Formação continuada de professores e equipe administrativo-acadêmica das escolas, buscando garantir: Atualização às metodologias de educação a distância Domínio do uso da tecnologia na educação Reflexão sobre práticas pedagógicas e currículo Aprimoramento dos processos e estratégias de avaliação do aluno CEJA J3
23 Slide 21 J3 Precisamos acabar de construir Julia; 04/09/2015
24 Assim, como consequência, a Fundação CECIERJ promoveu, na Rede CEJA, as seguintes ações: a
25 Padronização do Material Didático Linguagem voltada para Educação a Distância. Recorte de conteúdo voltado para público EJA, com base no currículo mínimo do Estado do RJ. Pautado no desenvolvimento de Competências e Habilidades. Status da padronização: -Ensino médio implementado -Ensino fundamental II em fase de discussão, junto à Rede CEJA, do recorte curricular
26 Introdução do uso de tecnologias na educação Implementação de ambiente virtual de aprendizagem desenvolvido em plataforma Moodle CEJA Virtual Ambiente virtual customizado para público EJA Linguagem dialógica, adaptada ao estudo autônomo.
27 Visualização do material impresso em formato digital. Ambiente virtual de aprendizagem Possibilidade de acesso à versão digital do material didático
28 Tirar dúvidas com o professor pelo fórum Ambiente virtual de aprendizagem Acesso ao professor para dúvida d e orientação de estudos
29 Acessar recursos didáticos Ambiente virtual de aprendizagem Acesso a recursos didáticos multimídia
30 Ambiente virtual de aprendizagem Fazer atividades extras Acesso a atividades complementares
31 Implementação de Sistema de Controle Acadêmico online Acompanhamento da vida escolar do aluno Acompanhamento da gestão escolar
32 Organização da equipe administrativo- pedagógica gica na Fundação CECIERJ
33 Ações relativas à Gestão acadêmico-pedag pedagógica gica da Rede CEJA na Fundação CECIERJ Organização de: equipe de professores, oriundos das escolas CEJA, para compor uma Coordenação Pedagógica por Áreas de Conhecimento, que visitam as escolas, multiplicam as boas práticas e que respondem por algumas Formações Continuadas. equipe de professores especialistas em avaliação responsável por coordenar as discussões sobre os procedimentos de avaliação e pela composição de um sistema de avaliação.
34 Ações relativas à Gestão Acadêmico- pedagógica gica nas escolas Implementação de discussões entre gestores, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais e professores de uma mesmo escola e entre escolas, para garantir o compartilhamento de reflexões e práticas pedagógicas.
35 Ações relativas à Gestão Acadêmico- pedagógica gica nas escolas Proposição de uma discussão contínua das ações pedagógicas, através da elaboração de Planejamento Estratégico (anual), Planos de Ação (semestrais) e dos Conselhos de Avaliação Escolar (trimestrais). Formação continuada em utilização e edição da plataforma Moodle, Filosofia e Metodologia do Material didático, Currículo e práticas pedagógicas, uso de tecnologias educacionais, Elaboração de Itens de avaliação.
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37 Dinâmica de atendimento ao aluno CEJA
38 Considerações finais Com as estratégias e ações propostas, acreditamos ser possível: Construção de um processo de ensino aprendizagem mais adequado e próximo da realidade do aluno, considerando sua história de vida, seu desempenho escolar e suas condições sociais, econômicas, geográficas Corrigir distorções série/idade Aumentar a conclusão de alunos na Educação Básica Promover espaços de discussão, planejamento e avaliação no sistema de ensino Melhorar desempenho de docentes e gestores através de Formação Continuada já implementada na Rede.
39 Fundação CECIERJ Presidente: Prof. Carlos Bielschowsky Rede CEJA Coordenação Acadêmica Marianna Bernstein (21) Coordenação Pedagógica Prof. Julia Lopes (21)
40 Acessos de alunos à plataforma Moodle Fevereiro 2014 a junho de 2015.
41 Alunos concluintes 1º semestre 2014 x ,7%
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