Nutrição em Cuidados Paliativos Pediátrico
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- Liliana Benke
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1 Nutrição em Cuidados Paliativos Pediátrico
2 PRINCÍPIOS DO CUIDADO PALIATIVO o alívio do sofrimento, a compaixão pelo doente e seus familiares, o controle impecável dos sintomas e da dor, a busca pela autonomia e pela manutenção de uma vida ativa enquanto ela durar: ANCP,2012.
3 DEFINIÇÃO Cuidado Paliativo é a abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. OMS, 2002.
4 CUIDADO PALIATIVO Adapted from Lynn and Adamson, Modelo de cuidado em que os componentes do cuidado paliativo são oferecidos no momento do diagnóstico e que permanece até o desfecho, seja a cura ou a morte. Academia Americana de Pediatria, 2000
5 CUIDADO PALIATIVO A alimentação é ainda um dos poucos meios de expressão do paciente. Nela é expressada a vontade. A não alimentação pode significar restrição do prazer; negá-la pode ser manifestação da desistência, como forma de desistir da existência. (Garcia, 1992).
6 CUIDADO PALIATIVO ATO ALIMENTAR Muito mais que um processo de fornecer calorias e nutrientes aos indivíduos; está diretamente relacionados com os aspectos emocionais, socioculturais, religiosos e as experiências de vida. (Garcia, 1992).
7 CUIDADO PALIATIVO CONFLITO BEM ESTAR PRAZER ALIMENTAÇÃO = VITALIDADE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO (Garcia, 1992).
8 Cuidado Paliativo em PEDIATRIA A ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS A abordagem e o entrosamento são essenciais para os pacientes e seus familiares. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
9 Cuidado Paliativo em PEDIATRIA NUTRICIONISTA NA EQUIPE Identificar as necessidades nutricionais e de hidratação; Avaliar precocemente e intervir de modo preventivo; Auxiliar a equipe multiprofissional na tomada de decisão; Garantir a autonomia do paciente quanto à sua alimentação; Proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente
10 Cuidado Paliativo em PEDIATRIA Crianças não são adultos em miniatura. Necessidades diferentes. Doença crônica tem influência sobre o desenvolvimento da criança, físico e psicológico.
11 Cuidado Paliativo em PEDIATRIA Pontos a serem considerados: Maior variabilidade nas respostas às intervenções. Tempo de doença mais imprevisível. Cuidado Paliativo (ANCP), 2012
12 Cuidado Paliativo em PEDIATRIA NUTRIÇÃO PALIATIVA: possibilitar meios e vias de alimentação; Reduzir os efeitos adversos provocados pelos tratamentos; Ressignificar o alimento; Auxiliar no controle de sintomas; Manter a hidratação satisfatória; Preservar o peso e a composição corporal
13 Nutrição no Cuidado Paliativo Solicitações alimentares Simbologia do alimento Recordações agradáveis Cuidado Paliativo (ANCP), 2012
14 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Deve ser realizada? pode ser realizada Em quais pacientes? todos Quais Instrumentos utilizar? anamnese Nutricional antropometria ingestão alimentar avaliação laboratorial exame físico dados dietéticos e clínicos Diferentes instrumentos dependendo da fase da doença Frequência de AN? diariamente ou sempre que necessitar (respeitar desejo/momento) (Consenso Nacional de Nutrição oncológica INCA 2015)
15 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL QUALQUER INSTRUMENTO QUE POSSA GERAR DESCONFORTO FISICO OU EMOCIONAL NÃO DEVE SER UTILIZADO
16 NECESSIDADES NUTRICIONAIS Quais recomendações calóricas? DRI (2006); Holliday e Segar (1957). considerar aceitação e tolerância E protéicas? ASPEN (2006) para crianças e adolescentes considerar aceitação e tolerância E hídricas? Holliday e Segar (1957). considerar sintomas e tolerância (Consenso Nacional de Nutrição oncológica INCA 2015)
17 Nutrição no Cuidado Paliativo Intervenção nutricional deverá considerar: Prognóstico/Expectativa de vida Potencial de reversibilidade da desnutrição Risco X Benefício da Terapia Nutricional. Sofrimentos inerentes ao tratamento Situações em que um tratamento mais agressivo se constitui um tratamento fútil. Necessidades Nutricionais Satisfação dos desejos/bem estar Cuidado Paliativo (ANCP), 2012
18 Suporte Nutricional em Cuidado Paliativo Evolução da Doença Estágios iniciais (em tratamento): Restaurar ou manter o Estado Nutricional Evolução da doença: Ênfase na qualidade de vida e alívio de sintomas ANCP, 2012; Brasil,2009;2015.
19 TERAPIA NUTRICIONAL Quais objetivos? Melhora QV Prevenir ou minimizar déficits nutricionais Oferta fluidos, energia e nutrientes satisfatórios Alívio sintomas, conforto e bem-estar Quando indicar? Presença RN ou DEP(TNE /TNO) de acordo com vontade cuidador/familiar TNE/TNP= não são indicadas como medidas fúteis. Podem ser mantidas QUALIDADE DE VIDA (Consenso Nacional de Nutrição oncológica INCA 2015)
20 Suporte Nutricional em Cuidado Paliativo TERAPIA NUTRICIONAL Para profissionais que atuam em cuidados paliativos, há um verdadeiro dilema em relação ao emprego da dieta VO, enteral ou parenteral.
21 Suporte Nutricional em Cuidado Paliativo TOMADA DE DECISÃO condição clínica sintomas expectativa de vida estado nutricional condições e aceitação de alimentação VO estado psicológico integridade do trato gastrointestinal necessidade de serviços especiais para fornecimento da dieta.
22 TERAPIA NUTRICIONAL EM CUIDADOS PALIATIVOS TNE: TGI total ou parcialmente funcionante TNE via oral: ingestão alimentar for < 75% das recomendações em de 3 a 5 dias, sem expectativa de melhora da ingestão TNE via sonda: Impossibilidade de utilização da via oral, ingestão oral < 60% das recomendações, em de 3 a 5 dias consecutivos, sem expectativa de melhora da ingestão. TNP: impossibilidade total ou parcial de uso do TGI.
23 ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL Alivio dos sintomas Disfagia Náuseas / Vômitos Constipação Diarréia Suboclusão ou obstrução intestinal Anorexia
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25 CUIDADO NUTRICIONAL EM CUIDADOS PALIATIVOS
26 CUIDADO NUTRICIONAL EM CUIDADOS PALIATIVOS A DOR DE NÃO ALIMENTAR ANSIEDADE GRANDE DIFICULDADE DOR NÃO FISIOLÓGICA, MULTIFATORIAL, SUBJETIVA A decisão de manter ou suspender a alimentação e a hidratação deve ser discutida com a equipe multidisciplinar DIETA PARA SATISFAÇÃO
27 DICAS DA NUTRIÇÃO: permitir consumir alimentos de sua preferência e quando sentem vontade respeitar os desejos de não comer ou comer menos ou recusar a nutrição enteral ou parenteral dar tempo adequado para alimentação, respeitando o ritmo de cada criança oferecer alimentos em pequenas quantidades
28 DICAS DA NUTRIÇÃO: ouvir o paciente quanto à presença de sintomas. mudar a rotina alimentar, oferecer alimentos quando o paciente estiver menos fadigado, nauseado ou com menos dor. combinar métodos diferentes de alimentação dieta oral e enteral. dar preferência a alimentos mais atraentes. prestar atenção nos aspectos psicossociais que podem interferir na alimentação.
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