O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE E SEU REGIME DE VERDADE: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

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1 O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE E SEU REGIME DE VERDADE: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL The sexuality dispositive and its regime of truth: reflections on the harassment sexual law José Domingos RESUMO: Partindo das ideias apresentadas por Michel Foucault no primeiro volume de sua História da sexualidade, este artigo trata da constituição histórica dos sujeitos em relação aos discursos que tematizam a sexualidade e interrogam o sexo no contexto contemporâneo. Na primeira parte do texto abordamos a produção do dispositivo da sexualidade enquanto processo de captura de corpos e práticas sexuais pelos saberes e poderes. Num segundo momento, analisamos seus desdobramentos na atualidade e lançamos um olhar a questões do nosso presente. Neste ponto, pensamos a emergência no contexto brasileiro da lei que torna crime atos de importunação sexual (Lei /18), para observar seu funcionamento enquanto prática discursiva produtora de novos objetos e subjetividades no campo da sexualidade no presente de nossa história. PALAVRAS-CHAVE: Dispositivo da sexualidade; Regime de verdade; Lei da importunação sexual. ABSTRACT: Based on the ideas presented by Michel Foucault in the first volume of his History of Sexuality, this article deals with the historical constitution of the subjects in relation to discourses that thematize sexuality and question sex in the contemporary context. In the first part of the text we discuss the production of the dispositive of sexuality as a process of capture of bodies and sexual practices by the knowledge and powers. In a second moment, we analyze its effects in the present time and we take a look at the questions of our present. At this point, we appoint to the emergence in the Brazilian context of the law that makes acts of sexual importunation (Law / 18) a crime to observe its functioning as a discursive practice producing new objects and subjectivities in the field of sexuality in the present of our history. KEYWORDS: Dispositive of sexuality; Regime of truth; Sexual harassment law

2 104 O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE E SEU REGIME DE VERDADE: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL Constituindo o dispositivo Em seu livro História de Sexualidade vol.1 (2007), Michel Foucault questionou o pensamento naturalizado que fazemos da sexualidade como dado da natureza cuja verdade inerente pode ser decifrada pelas ciências médicas e psicológicas. A fim de caracterizar seu caráter artificioso como instância de regulação de corpos, comportamentos e produção de subjetividades, ele esquadrinhou elementos históricos de nossa relação com o sexo, chegando ao que denominou de dispositivo da sexualidade (FOUCAULT, 2007, p. 100): uma rede de saberes e poderes que se apropriam do corpo em sua materialidade viva e, assim, o investem de significação e inteligibilidade. Apoiado nesta ideia, Foucault pôde mostrar que a sexualidade atravessou os séculos XIX e XX como um crucial elemento organizador e definidor da verdade mais íntima dos sujeitos, isto é, como foco aberto e privilegiado para uma série de exames e investigações capazes de produzir inúmeros efeitos de normalização e patologização sobre a vida de indivíduos e populações. O efeito de tal prática é perceptível em conceitos e noções ligados ao sexo: estes foram emoldurados em regimes de saber que viriam determinar, até no presente, todo o pensamento de nossa cultura sobre o sujeito e sua relação com a experiência da sexualidade Para pensar a ideia de dispositivo da sexualidade (2007) e seu funcionamento na análise dos discursos do nosso presente, compreendendo sua constituição, formulação e circulação, faz-se necessário observar que a noção de dispositivo torna-se produtiva para Foucault no momento em que seu método e objeto de análise foram mudando a ênfase do aspecto arqueológico para o genealógico e dos saberes para os poderes, respectivamente. Nessa mudança de perspectiva, o dispositivo passa a ser o objeto mesmo da descrição genealógica. No interior desse dispositivo, permeada por técnicas de saber e mecanismos discursivos, a sexualidade se constituiu como domínio a conhecer, foi a partir das relações de poder que a instituíram como objeto possível (id. ibid. p ). Quando expõe sobre a função metodológica do dispositivo, Foucault (2001) o define como um conjunto decididamente heterogêneo que engloba discursos, instituições, organizações arquitetônicas, decisões regulamentares, leis, medidas administrativas, enunciados científicos, proposições filosóficas, morais, filantrópicas (p.138). Neste sentido, o dispositivo vai além dos limites das práticas discursivas

3 DOMINGOS 105 estudadas na Arqueologia: em suma, o dito e o não dito são os elementos do dispositivo (idem). Na heterogeneidade de seus constituintes, o dispositivo faz funcionar um diversificado jogo de relações estratégicas no contexto de uma demanda histórica específica. Segundo Foucault (2001), se nós, sujeitos na/da história pertencemos a dispositivos e neles agimos, nossa ação, entendida como prática, neste caso se dá em conformidade com os regimes enunciativos possibilitados pelas questões trazidas à tona por determinado dispositivo. Nessa perspectiva, é possível recorrermos à noção de dispositivo de M. Foucault a fim de compreender como os mais diversos objetos discursivos têm sua existência instalada nas rupturas da história, no limiar de uma atualidade em que assentam-se as regras que permitem enunciar discursos sobre diferentes modos de existência dos sujeitos contemporâneos: pelo gênero, a etnia, o desejo, a orientação sexual etc. Para compreendermos como se relacionam estas questões a determinado regime de verdade é preciso proceder à descrição do dispositivo no qual elas se enredam: o dispositivo da sexualidade. Portanto, façamos uma breve arqueologia da formação do dispositivo da sexualidade conforme as proposições foucaultianas. O dispositivo da sexualidade Procurando entender a emergência histórica da subordinação do prazer sexual à questão da verdade, Foucault vai propor a formação, na sociedade moderna ocidental, de um dispositivo cuja estratégia primeira era pôr a falar a sexualidade. De saída, o filósofo opõe-se à ideia de que um puritanismo vitoriano teria imposto a nossa sexualidade um profundo silêncio: uma moral burguesa em conjunto com o aparato de produção capitalista seria responsável pela implantação de uma intensa repressão sexual. Para Foucault, antes, esta hipótese repressiva da sexualidade seria um efeito do funcionamento do dispositivo que ela integra. Em outros termos, a defesa de uma sexualidade reprimida resulta da rede discursiva que une poder-saber-prazer acerca da sexualidade humana que se monta nas sociedades ocidentais a partir do século XVII. Ainda com o autor citado, pensar as relações entre poder e sexo de acordo com um padrão negativo (proibição, silenciamento etc.) é uma interpretação reducionista do tipo de relação que aí se desenvolve, uma vez que este modelo estaria se integrando ao regime de política sexual que denuncia. Isto é, as técnicas de poder que organizam a vontade de saber no dispositivo da sexualidade incluem, com efeito, práticas de negação,

4 106 O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE E SEU REGIME DE VERDADE: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL rechaço, silenciamento, mas, por outro lado, produzem efeitos de estímulo e incitação ao discurso sobre o sexo. Reconhecê-las apenas em seu caráter repressivo é fazer funcionar uma das estratégias de poder desse dispositivo: o enunciado da opressão e a forma da pregação referem-se mutuamente; reforçam-se reciprocamente (FOUCAULT, 2007, p.14). Desse modo, a interdição não pode ser tomada como elemento fundamental para compreender a história do que foi dito sobre a sexualidade a partir da Idade Moderna. Enquanto mecanismo de poder, o próprio ato de afirmar que o sexo é silenciado já garante, ao próprio discurso acerca da liberação sexual, um estado político emancipatório e transgressor. Com efeito, como nos mostra Foucault em A vontade de saber (2007), desde o fim do século XVI, vimos surgir uma série difusa de instâncias de produção discursiva que, urdidas por diferentes dispositivos de saber e poder, ocuparam-se sistematicamente com a colocação do sexo em discurso. Dessa forma, um dispositivo da sexualidade vai sendo tecido em práticas discursivas ligadas a saberes como a moral, a religião, a ciência, a política, a economia que, também como estruturas difusoras de poder, contribuem para o controle, a normatização e o estabelecimento de verdades sobre o corpo e os prazeres. Ao estabelecer os valores morais que devem ser praticados pelos indivíduos, este dispositivo os afeta na relação com seu corpo e seus prazeres, de modo que o mesmo será determinante na constituição das subjetividades. A propósito do sexo, o advento da Modernidade trouxe uma verdadeira explosão discursiva [1], Foucault (op.cit.) afirma, e logo destaca que nas culturas ocidentais ela muito rapidamente ganhou um status de cientificidade. Considerando o extenso catálogo de especialistas e terapeutas que, na atualidade, se ocupam em nos manter livres de qualquer infortúnio relativo à nossa vida sexual, com seus guias práticos do que fazer, e não fazer, na cama, seus programas vespertinos ou matinais na televisão, o discurso científico sempre esteve a serviço do funcionamento do dispositivo da sexualidade. E bem antes disso: na Psicanálise do século XX, que fora precedida pela Psiquiatria no século anterior, por sua vez, desenvolvida a partir da Psicologia do século XVIII, ou antes, com os fundamentos da Teologia moral no século XVII. Todo esse percurso histórico dos discursos sobre o sexo com seus efeitos múltiplos de deslocamento, de modificação, de reorientação, de intensificação serviu para desenvolver um campo extenso de saber: uma ciência da sexualidade. Este saber que se desenvolve em torno da sexualidade remonta dos exames de consciência e das práticas de confissão da pastoral cristã. Mas desde lá, seu compromisso

5 DOMINGOS 107 já era com a obtenção de uma verdade subjetiva em que o sexo era tido como um núcleo problemático do sujeito. Desde a introdução da confissão religiosa, as técnicas de discursivização do sexo têm-se metamorfoseado no interior de instituições, que favorecem ao seu escrutínio cada vez maior. A propósito, podemos constatar com A vontade de saber (FOUCAULT, 2007) que a partir do século XVIII, as formas de incitação do sexo ao discurso tenham se revestido de uma roupagem política, econômica e técnica, comportando-se menos como uma teoria moral da sexualidade (ainda que o fossem) que como racionalidade analítica, classificatória, administrativa, investigadora dos fenômenos sexuais e afins. Do mesmo modo que na pastoral cristã, na scientia sexualis (idem), é reservado ao sexo o lugar do mistério, do elemento perigoso que constitui o ser humano. Como tal, daquele se solicita a confissão, desde seus movimentos e impulsos mais íntimos e obscuros. Por este fio condutor, em que sexo e verdade se encontram, Michel Foucault irá conduzir o projeto de uma História da sexualidade. Do ponto que aqui nos interessa, destacamos a aliança entre verdade, poder e sexo, em que este último, ao se tornar discursivo; ser interrogado, posto à escuta, torna-se suporte para um processo classificatório de tipificação e ordenamento da sexualidade: com base em desejos e práticas sexuais, a scientia sexualis mapeará uma diversidade de tipos e espécies humanos. Pensando estas formas históricas de enunciação do sexo a partir de nosso objeto de análise, podemos acrescentar que no presente um dos principais vetores dessa ciência da sexualidade é o poder jurídico. No Brasil, este início de século tem se caraterizado por uma série de decisões legais que reposicionaram sujeitos e práticas no âmbito da sexualidade. Posições discursivas naturalizadas e lugares históricos foram se reconfigurando a partir determinações jurídicas cujo efeito tem produzido novos discursos e subjetividades no interior das relações sexuais. Voltando ao conceito de dispositivo, ao tratar das transformações provocadas pela explosão discursiva dos séculos XVIII e XIX em torno da sexualidade, Foucault (2007) observa que multiplicaram-se as condenações judiciárias das perversões menores, anexou-se a irregularidade sexual à doença mental (p.43). As etapas do desenvolvimento sexual foram, então, minuciosamente definidas, da velhice à infância, e particularmente nesta, caracterizando todos os desvios possíveis. E prossegue: organizaram-se controles pedagógicos e tratamentos médicos, em torno das mínimas fantasias, os moralistas e, também e sobretudo, os médicos, trouxeram à baila todo o

6 108 O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE E SEU REGIME DE VERDADE: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL vocabulário enfático da abominação (id. ibid.). Por conseguinte, a prática da ciência será determinante no modo como o poder e o sexo se relacionam. Podemos observar, entre outras coisas, que essa mudança de enunciador, essa alternância da voz autorizada a falar a respeito da sexualidade, em geral, e da homossexualidade, em particular, acontece no fluxo de um movimento estratégico da scientia sexualis, já no século XIX, no dispositivo da sexualidade. Assim, vemos deslocar aquela vontade de saber centrada no casal monogâmico, núcleo legítimo da estrutura familiar sobre o qual recaiam os códigos civis e religiosos, em direção à sexualidade das crianças, dos loucos, dos sodomitas, dos criminosos, dos anormais, sobre todos aqueles desviantes das práticas legitimamente heterossexuais que, até então, tinham passado despercebidos ou indiferentes aos efeitos dos códigos sociais. Nesse sentido, Ríos (2007) afirma que nesse momento houve uma separação entre aquilo que corresponde à legalidade (moral ou jurídica) do matrimônio daquilo que é da ordem dos desejos sexuais desviantes: De los libertinos se derivaría la población de los perversos, sobre los cuales pesa cierta condena moral y jurídica que se irá suavizando a favor del control médico y psiquiátrico (p ). Dessa forma, enquanto objeto do interesse médico-psiquiátrico, a implantação dos diversos tipos perversos (o homossexual, o fetichista, o exibicionista, o zoófilo) seria produto das intervenções de um tipo de poder a ciência da sexualidade sobre os corpos e seus variáveis modos de prazer. A propósito disso, a análise de Foucault sustenta, diferentemente da lógica freudiana, que a modernidade não impôs uma moral sexual repressiva e conservadora pela via da restrição do universo sexual, ainda que uma das ações do capitalismo tenha sido de ajustar o corpo a uma sexualidade genital e reprodutiva apta para o trabalho (RÍOS, 2007): a fusão do dispositivo da sexualidade com a scientia sexualis, não se efetiva pelo princípio da repressão, antes, as sexualidades se multiplicaram como mil flores perversas e anômalas durante o século XIX e boa parte de século XX. Posto isso, nos propomos aqui a pensar com Foucault que o dispositivo da sexualidade não atua fundamentalmente através de funções proibitivas, senão, agindo em linhas de penetração, pontos de intensificação das sexualidades e fazendo ver uma diversificação dos prazeres numa rede de mecanismos entrecruzados. Queremos pensar como tornou-se possível emergir no domínio discursivo diferentes estratégias e mecanismos de produção e regulação da sexualidade, ou seja, que tantos focos de

7 DOMINGOS 109 poderes e saberes tenham se empenhado, como nunca antes, em articular variáveis formas de conduta a uma verdade sobre o sexo. Desse modo, é importante que estabeleçamos relações entre o caráter menos coercitivo que produtivo do dispositivo da sexualidade e a medicalização das práticas sexuais. Esta última desloca o sexo do campo da moral e da transgressão para assentálo numa ordem científica moderna que se ocupará de suas patologias. Assim, para o efetivo tratamento, ou mesmo o diagnóstico dessas perturbações, fez-se necessário, pois, em um primeiro momento, a confissão sexual daquele sujeito que traz consigo a anormalidade. É possível afirmar que no contexto histórico de emergência do objeto de nossa análise, qual seja, o campo do direito penal bem como da política legislativa brasileira e suas deliberações, o exercício auto confessional, de que trata Foucault, é, em si, menos relevante que a ação de denúncia. A ação do outro ganha primazia no processo de identificar e caracterizar o transgressor. Neste caso, não mais portador de uma patologia, mas autor de um delito penal. Apesar dessas descontinuidades no interior do dispositivo da sexualidade que separam o sujeito confidente e patologizado do agora infrator judicializado, permanecemos com a compreensão de que em ambos os casos os desejos e interesses dos indivíduos serão regulados através de intervenções em seu meio. Inscrita na ordem de uma biopolítica (FOUCAULT, 2008a), a ação do indivíduo é motivada por seu desejo ou interesse pessoal, no entanto, tais desejos e interesses são modelados, estimulados, modificados, dominados, a partir de certas intervenções no meio. E hoje, como antes, o dispositivo da sexualidade faz funcionar saberes que estabelecem e problematizam o sexo, e os desejos sexuais como a verdade do indivíduo, de sociedades, de grupos, saberes que justificam e sustentam as intervenções do poder. Operam como mecanismos de poder que, por meio de leis, de disciplinas e de gestão do meio (mecanismos normatizadores), legitimam certos saberes e práticas sobre os corpos e os prazeres. A lei de importunação sexual no regime de verdade do dispositivo Tendo em vista a problemática que lançamos a partir de nosso objeto, qual seja, refletir como o poder jurídico-legislativo [2] brasileiro no contexto atual se relaciona com esta ideia de dispositivo da sexualidade ao mesmo tempo que opera na produção de novas práticas e subjetividades no interior deste dispositivo, passemos, pois, à análise discursiva do corpus.

8 110 O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE E SEU REGIME DE VERDADE: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL Nossa materialidade é a lei federal /18, sancionada em setembro de 2018 e denominada de Lei de importunação sexual. De acordo com o texto, a prática de ato libidinoso, na presença de alguém e sem a sua anuência, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro será punida com um a cinco anos de prisão. Até então, pouco conhecida, a resolução se popularizou na mídia com o advento do carnaval, quando enunciados como Carnaval 2019 será o primeiro com a lei de importunação sexual ocuparam bastante espaço nos noticiários. Bastante frequentes no período do Carnaval, as campanhas de conscientização contra a prática do assédio sexual este ano se materializaram em dizeres como Não é não, ou Depois do não tudo é assédio. Nossa proposta fundamental não é de uma análise enunciativa dos discursos constituídos sobre a referida lei. Antes, pretendemos mostrar como a ação de criminalizar condutas sexuais por uma instância dos poderes do Estado reafirma o funcionamento de uma rede heterogênea e complexa de gerenciamento da sexualidade que produz continuamente posições discursivas legítimas e ilegítimas para os sujeitos a partir da forma como estes se relacionam com o sexo. Não obstante isto, trataremos a emergência desta lei enquanto acontecimento de ordem discursiva, portanto histórica. Nesse sentido, consideramos um elemento que se inscreve para além da conjuntura jurídico-legislativa em que nos é dado a ver. É exato seu caráter de acontecimento discursivo que o faz ultrapassar o campo das enunciações, e mesmo das proposições penais de um Estado democrático de direito, que a priori o caracterizam. Interessa-nos a Lei de importunação sexual em sua historicidade, visto que os efeitos de sentido são produzidos na relação entre sujeitos, tempo e lugar instâncias também históricas e, por isso, contingentes. Logo, para analisar seu papel na constituição dos sujeito e práticas é preciso passar pela interpretação da produção de sentidos tendo em vista as transformações na história e as condições de possibilidade para sua irrupção, exatamente neste momento e não em outro (FOUCAULT, 2008b). Dessa forma, é necessário compreender a aprovação de uma lei específica sobre o assédio na rua considerando uma cadeia de acontecimentos que tem reposicionado o lugar da mulher na história recente da sociedade brasileira. Trata-se, portanto, de evidenciar o trabalho discursivo de mecanismos e instâncias na constituição de um regime de verdade (FOUCAULT, 2006) em torno de práticas e condutas sexuais. Assim, pensando numa perspectiva cronológica, observamos a Lei Maria da Penha - Lei 11340/06. Aprovada em 2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, objetivando proteger a mulher desse tipo de violência. A

9 DOMINGOS 111 lei não define penas, mas informar sobre como as mulheres devem ser tratadas para que não sofram novas agressões ou, em casos mais extremos, sejam mortas. Oferece medidas protetivas para manter o agressor longe. No contexto de uma sociedade que historicamente se instituiu mantendo práticas machistas e de violência contra a mulher, o advento da Lei Maria da Penha funcionou como instrumento para socialmente se repensar e discutir o lugar da mulher no âmbito das relações domésticas. Na esteira disso, outra legislação veio fortalecer a proteção da mulher contra violência física: a lei do feminicídio. Aprovada em 2015, a lei /15 alterou o código penal para incluir mais uma modalidade de homicídio qualificado, o feminicídio: quando o crime for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Em conjunto, estas deliberações legislativas têm sido fundamentais em nossa atualidade enquanto medidas que visam a proteção do sujeito mulher no contexto social em geral e, de modo específico, no relacionamento individual com seus parceiros. Todavia, como contingências históricas, cujo alcance está circunscrito a dadas circunstâncias e espaços, estes dispositivos legais não impedem que outras formas de violência e abusos continuem a ser exercidos contra as mulheres. São regulares na dispersão das mídias, notícias sobre agressões, assédios, constrangimentos contra mulheres em espaços coletivos como transportes públicos. É necessário reportar-se a esta conjuntura histórica para poder relacionar esta rede de acontecimentos e práticas com a emergência da Lei de importunação sexual. Assim, estamos pensando com Michel Foucault (2008b) que é através da dispersão de acontecimentos que se caracteriza e se define um tipo de discurso. O que possibilita a existência de dado discurso são as diversas descontinuidades que irrompem na história. Nessa direção, com a lei da importunação sexual passam a ser crimes atos como passar a mão no corpo de alguém ou roubar um beijo. Beijo à força ou qualquer outro ato consumado mediante violência ou grave ameaça, impedindo a vítima de se defender, de acordo com a mesma lei, configura crime de estupro. Como Foucault nos indica, o dispositivo faz funcionar, a partir de sua heterogênea constituição, um diversificado jogo de relações estratégicas no contexto de uma demanda histórica específica. Em se tratando do nosso objeto, a demanda específica aponta para a proteção feminina do assédio sexual em público, todavia, decorre daí um deslocamento nos lugares sócio-históricos dos sujeitos: à mulher é garantido o direito a não importunação de caráter sexual. Antes, apenas pressuposto conforme princípios de

10 112 O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE E SEU REGIME DE VERDADE: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL moralidade. Quanto ao sujeito importunador, este se inscreve agora em novo regime de verdade: do lugar do indivíduo libidinoso, cuja prática historicamente fora reprovável, mas impune, ele tornou-se um criminoso, um tipo cujo comportamento sexual deve ser penalizado. Além dessas transformações nos lugares sócio-históricos dos sujeitos, os efeitos da lei em análise se estendem para a questão do direito às liberdades individuais atrelado ao problema da cidadania. As mudanças de percepção em torno da sexualidade têm implicado grandes transformações no reconhecimento dos limites da cidadania, pois apontam uma nova dinâmica política de setores da sociedade, que reivindicam necessidade de liberdade e cuja agenda política sinaliza algumas especificidades, por exemplo, o direito da mulher de ir e vir nos espaços públicos sem que sua identidade de gênero se configure em um elemento de vulnerabilidade. É importante que observemos também o modo como os sujeitos atuam em defesa da própria liberdade dentro de determinado sistema de práticas, que jogo estratégico eles empreendem no espaço do embate discursivo. É nessa tensão discursiva no interior do dispositivo da sexualidade que possibilita a transmutação de práticas discursiva ligadas à relação dos sujeitos com o sexo. Figura 01 Campanha contra a violência à mulher Fonte: Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

11 DOMINGOS 113 O enunciado da figura 01 é parte do material da campanha do governo federal de combate à violência sexual contra mulheres no carnaval, período em que historicamente são registrados mais casos de abusos dessa natureza. A produção e circulação do cartaz em espaço institucional do Estado atua como um dos mecanismos que acolhem dados discursos no regime de verdade do dispositivo. É perceptível a retomada de sentidos presentes no texto da lei de importunação sexual na materialidade discursiva da campanha. Inicialmente, o texto principal da peça, Meu corpo não é sua fantasia remete à lei negando uma associação, culturalmente suposta, do corpo da mulher como objeto de fantasia. Este efeito de sentido é intensificado pelo movimento que a figura feminina do cartaz faz com o braço, detendo a prática do suposto importunador de forma séria e firme. Ainda que fantasiada como foliã de carnaval, a postura da personagem na cena enunciativa é de rechaço à prática, comum nesse período de festa, de assédio às mulheres. É preciso atentar para o funcionamento do dispositivo da sexualidade em interseção com um biopoder: este último, a partir das normatizações promulgadas no texto da Lei, passa a incidir sobre o corpo produzindo novas verdades sobre o mesmo. Assim como o documento legal, o texto da publicidade (fig. 01) chancelam um novo corpo feminino, que ainda que esteja exposto, não deve ser violado, tocado, por fim, importunado por outrem. Temos em um só tempo uma medida protetiva da liberdade individual da mulher, um exercício de respeito à dignidade humana, como também um controle dos corpos pelo Estado através da regulação das práticas ligadas à sexualidade. Deriva também desse jogo enunciativo linguístico-visual um efeito de sentido importante mencionar: o lugar discursivo ocupado pela mulher na campanha, qual seja, o sujeito consciente do direito que lhe assiste: a mulher que se apropriou das garantias legais para reivindicar respeito e liberdade no uso do próprio corpo e da sexualidade. Nesse sentido, tem destaque na imagem o número da central de atendimento à mulher. Aqui, um mecanismo da engrenagem do próprio dispositivo que legitima um novo direito da mulher, ao passo que delimita contornos à prática sexual do sujeito que importuna por meio da ação da denúncia. Insistimos na ideia de que a sexualidade pode ser algo que não só é produzido, mas também regulado e administrado por um conjunto heterogêneo de diversos elementos, como leis, instâncias, discursos. E somamos a isto nosso entendimento de que mesmo enquanto política de regulação das práticas e desejos sexuais, mecanismos como

12 114 O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE E SEU REGIME DE VERDADE: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL a lei ora analisada têm uma função histórica irrepreensível, qual seja, a de ser um operador dentro dos marcos civilizatórios do Estado democrático de direito moderno. Assim, pelo exercício de controle dos prazeres e práticas passa a manutenção da liberdade individual e cidadã. Era precisamente disso que tratava Foucault (2008, p. 29) ao sentenciar que entre o Estado e o indivíduo, o sexo tornou se objeto de disputa, e disputa pública. Nesse entendimento, é por se inserir em um dispositivo e estar relacionada a instituições que possibilitam que discursos sejam produzidos e circulem, além de lhes conferir certa visibilidade, que a lei [de importunação sexual] é uma prática discursiva. Como tal, é agenciada por outras instâncias de poder e saber. Desse modo, derivando da campanha do governo federal para o carnaval (fig. 01), bem como da própria lei, outros enunciados foram produzidos por ocasião do Carnaval de Figura 02 Campanha carnaval sem assédio Fonte: Na figura 02, veiculada na página da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba, retomamos o discurso presente na campanha (fig. 01) de combate ao assédio sexual no carnaval. Como na primeira imagem da série enunciativa, observamos a construção de uma subjetividade sobre a mulher: esta é levada a assumir um posicionamento, conduzir a própria sexualidade a um discurso de liberdade com o

13 DOMINGOS 115 próprio prazer sexual. Essa apropriação do corpo é uma das facetas do processo de subjetivação que caracteriza o dispositivo: os indivíduos assumem novas posiçõessujeito que trazem em si novas práticas. Neste caso, a mulher que não se sente obrigada a beijar qualquer um na festa, e não se intimida em enuncia isso. Podemos acrescentar que, uma vez que o dispositivo só funciona na confluência de costumes, palavras, saberes, normas, leis, instituições (VEYNE, 2008, p. 21), o trabalho discursivo desses elementos está embasado em relações de poder e contribui para que novas relações se estabeleçam. Para tanto, o dispositivo possui a capacidade de se transformar, deixando ver aquilo que de novidade o marca. No caso do dispositivo da sexualidade, Foucault (2008a) nos mostrava que o mesmo não tem por função interditar acesso aos prazeres e sim, de estimular os corpos, fazer proliferar socialmente o discurso ligado ao sexo. O efeito dessa intensificação é a criação de mecanismos e a anexação de práticas heterogêneas, cuja finalidade é penetrar nos corpos de maneira cada vez mais detalhada e controlar as populações de modo cada vez mais global. Considerando isso e pensando no que um dispositivo produz de novidade, podemos afirmar que no contexto presente, o dispositivo da sexualidade funciona em um duplo, e simultâneo, movimento de proliferação de discurso e de interdição de práticas. Neste último caso, a proibição de condutas ligadas ao sexo como passar a mão no corpo ou beijar alguém sem consentimento atuam na fabricação de subjetividades calcadas na demarcação de regras e normas. Nessa prática disciplinar, desejos e prazeres sexuais tão evidentes, por exemplo, no contexto das festas de carnaval se revestem de novas significações. Por essa nova inteligibilidade do que é lícito ou não na condução do seu corpo em relação ao do outro, o comportamento sexual, ou a denúncia deste, é investido de um caráter político. Vemos assim, a ação de um biopoder que perpassa o dispositivo da sexualidade onde uma gestão governamental das populações é marcada pela inserção da política no âmbito mais íntimo dos indivíduos. É o princípio da governança dos sujeitos, tão fundamental à engrenagem do dispositivo. Nessa perspectiva, Foucault (2006) nos adverte que a governabilidade deve ser compreendida como o encontro entre as técnicas de dominação exercidas sobre os outros e as técnicas de si. E assim podemos verificar no funcionamento do objeto de nossa análise: uma vez que seus corpos e prazeres são enquadrados pela ação do Estado, os sujeitos, passam a se auto conduzir, fazendo um exercício de gestão dos próprios desejo e da sexualidade: é imperioso, pelas determinações da lei, que o sujeito faça um trabalho de controle sobre si no sentido de

14 116 O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE E SEU REGIME DE VERDADE: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL absorver outra inteligibilidade das práticas ligadas à sexualidade contemporânea, discernindo assédio de paquera, violência de flerte. Últimas considerações A partir da formulação foucaultiana sobre dispositivo da sexualidade, empreendemos um exercício de reflexão, aproximando as ideias que tecem o referido conceito com a emergência, em nosso presente histórico, da lei da importunação sexual. Entendemos que como instrumento jurídico-legislativo, a referida lei tem um alcance sócio-histórico e desse modo se insere no dispositivo da sexualidade. Desse ponto, os efeitos do funcionamento da lei começam a perpassar os sujeitos e seus corpos, na forma de um exercício, por vezes sutil, de controle da população. Para tanto, são criadas estratégias (produção de reportagens, campanhas de esclarecimento, serviços de suporte à mulher, punições etc.) que reinscrevem os sujeitos os importunadores sexuais e suas potenciais vítimas em um conjunto de novas práticas ligadas à sua sexualidade. Dá-se a ver, então, a construção de novas subjetividades assentadas no trabalho contínuo de vigiar a conduta sexual do outro ao mesmo tempo em que se demarca os limites de acesso ao próprio corpo. Isso do ponto de vista do sujeito mulher que passa a ser delineado discursivamente no interior do dispositivo da sexualidade pela lei da importunação sexual. De modo coexistente, nesse regime de verdade sobre as condutas sexuais, o sujeito sobre o qual recai a aplicabilidade dessa lei é igualmente capturado pelos mecanismos do dispositivo, nesse caso, na forma mais explícita de ação. Por seu turno, com vista a não ser alcançado pela ação repressiva do Estado, que pela própria formulação textual da lei trata a todos como potenciais assediadores, o indivíduo alvo penal da lei é levado a se auto-regular, fazendo a gestão do seu desejo. Cabe a ele, antes de qualquer instância de saber-poder, o controle sobre o seu prazer: vigiar a própria conduta sexual como forma de um cuidado de si. Considerando uma premissa fundamental do funcionamento do dispositivo, qual seja, a ideia de que o Estado legisla sobre os corpos dos sujeitos, mas também sobre seus prazeres e desejos, podemos pensar, assim, a produção discursiva que fala e faz falar do sujeito e sua relação com a sexualidade hoje, as práticas e modos distintos de se constituir social e historicamente frente aos mecanismos instâncias que instauram regimes de verdade sobre nossas condutas sexuais como vias de funcionamento do que

15 DOMINGOS 117 M. Foucault considerou como dispositivo da sexualidade. Refletir sobre os modos como lidamos com as problemáticas ligadas ao sexo contemporaneamente nos evidencia a produtividade do conceito de dispositivo da sexualidade enquanto elemento teórico, bem como para pensarmos acerca de quem somos hoje. Notas de rodapé [1] É importante frisar que, de acordo com M. Foucault, paralelo a essa incitação discursiva existia, de fato, uma série de mecanismos de restrição dos discursos do sexo: uma depuração do vocabulário autorizado, um policiamento dos enunciados com base nas novas regras da decência. Um controle das enunciações definia quando e onde não falar dele; em que situações e entre quais atores da vida social sua menção era permitida. [2] Preferimos a forma composta do termo por entendermos que ainda que a lei federal /18 nasça de uma de uma deliberação no âmbito do Legislativo, ela se constitui como um dispositivo do exercício do poder jurídico. Referências AMOSSY, R. O ethos na intersecção das disciplinas: retórica, pragmática, sociologia dos BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei Nº , de 24 de setembro de Acesso em: 18.htm. Acesso em: mar BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei Nº , de 24 de setembro Disponível em: htm. Acesso em: mar BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei Nº , de 7 de agosto de Disponível em: Acesso em: mar CARNAVAL 2019 será o primeiro com lei de importunação sexual. Correio braziliense.06, mar Disponível em: Acesso em mar DELEUZE, Gilles. O que é um dispositivo? In: Michel Foucault, Filósofo. Tradução de Wanderson Flor do Nascimento Barcelona: Gedisa, 1990, p FOUCAULT, Michel. Sobre a história da sexualidade. In: MACHADO, Roberto (org.). Microfísica do Poder. 16ª Ed. Rio de Janeiro: Graal, 2001.

16 118 O DISPOSITIVO DA SEXUALIDADE E SEU REGIME DE VERDADE: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos V: ética, sexualidade, política. MOTTA, Manuel Barros da (org.). Tradução de Eliza Monteiro, Inês A. D. Barbosa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: a vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica: Curso dado no College de France ( ). Tradução: Eduardo Brandão. 7ª ed. São Paulo: Martins fontes, 2008a. FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber. 7ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008b. RÍOS, Rubén H. Michel Foucault y La condición gay. Madrid: Campo de Ideas, VEYNE, Paul. Foucault, o pensamento, a pessoa. Tradução de Luís Lima. Lisboa: Edições texto e grafia Ltda, Recebido em 08/02/2019 Aceito em 11/03/2019.

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