Ata da V Reunião do Comitê Nacional de Biotecnologia (CNB)
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- Brenda Gabeira Peres
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1 Brasília, 27 de fevereiro de Ata da V Reunião do Comitê Nacional de Biotecnologia (CNB) O Sr. Francelino Grando, coordenador do CNB, iniciou a reunião apresentando a Sra. Maria Celeste Emerich (MMA) e o Sr. Eric Artur Bastos (Secretaria de Agricultura e Pesca) aos demais membros do Comitê. Pauta discutida: 1. Relatos das atividades dos GT s do Fórum de Competitividade de Biotecnologia e propostas de atividades para GT industrial Segundo o Sr. Ismar (MDIC), o GT industrial tem buscado definir prioridades em enzimas e biopolímeros. O Plano de Ação do grupo para 2008 consiste na identificação de demandas estruturantes que serão encaminhadas para a deliberação do Comitê. Sobre biopolímeros ficaram definidas as seguintes prioridades: alvos estratégicos a curto prazo: a) embalagens; b) indústria automobilística; c) materiais para construção; ou seja, biopolímeros para essas três áreas utilizando matérias primas renováveis. áreas de fronteira: biopolímeros aplicados na saúde humana, cosméticos e alimentos. Com relação às enzimas: alvos estratégicos de curto prazo: a) as enzimas principais e acessórias para a disponibilização de biomassas residuais; b) produção, por via enzimática, de xaropes C6 e C5, a partir de materiais linocelulósicos a serem utilizados na indústria química e biorrefinarias; c) desenvolvimento de projetos em escala ampliada, piloto e semi-comercial para hidrolises enzimáticas de biomassas, principalmente cana-de-açúcar; d) produção por via enzimática ou químico-enzimática de intermediários de síntese para as indústrias farmoquímica, defensivos agrícolas e biopolímeros; c) desenvolvimento de projetos em escala ampliada e piloto para os intermediários citados acima nas áreas de farmoquímica, defensivos agrícolas e biopolímeros.
2 As prioridades foram definidas pela academia e setor empresarial. O próximo passo consiste na identificação de empresas que estejam trabalhando ou que tenham interesse em trabalhar com estas prioridades. - GT de saúde humana Segundo a Sra. Adriana Diaféria (MS), o GT de saúde humana, formado pela academia e setor empresarial, tem focado nas questões estruturantes relativas às prioridades identificadas pela Política de Desenvolvimento da Biotecnologia (PDB). Nas últimas reuniões, o GT estruturou um plano de ações para O GT ainda não avançou na identificação de prioridades, mas já foram enumerados os atores chave e interlocutores junto à iniciativa privada e academia para iniciar as discussões em torno das prioridades relacionadas à saúde humana. O Ministério da Saúde encaminhará todos os documentos elaborados pelo GT para a Secretaria Executiva, para que os mesmo sejam disponibilizados no site do Comitê. - GT de agropecuária Segundo a Sra. Sandra Kuneida (MAPA), o GT de agropecuária ainda não está formalmente constituído. O MAPA realizou algumas consultas junto ao governo, academia, ONG s e setor privado para a constituição do grupo, que será formalizado por meio de portaria Ministerial. Paralelamente, o MAPA constituiu o grupo de Comunicação em Biotecnologia, o qual poderá ser expandido configurando-se em um Comitê Interministerial de Comunicação, buscando desmistificar a biotecnologia na agropecuária. A Sra. Sandra Kuneida também sugeriu que todos avaliassem o APL que trata de Acesso ao Patrimônio genético e encaminhassem sugestões à Casa Civil. - GT de Meio Ambiente A Sra. Maria Celeste (MMA) assumiu o Departamento de Patrimônio Genético no dia 7 de novembro e o MMA tem grande interesse em participar dos debates do CNB. Ela solicitou o apoio dos demais grupos para a constituição e definição do foco do GT de Meio Ambiente, pois as atividades do GT estão atrasadas devido às transições ocorridas em Comentários e discussões O Sr. Francelino Grando destacou a experiência da Sra. Maria Celeste e solicitou à Secretaria Executiva e ao Ismar que a apoiassem tanto em sua inserção no Comitê quanto nas atividades do GT de meio ambiente. A Sra. Zea (INPI) solicitou que fosse concedido um espaço, na próxima reunião do CNB, para que fossem expostas algumas questões sobre a constituição de Centros de Recursos Biológicos e a Rede Nacional dos Centros de Recursos Biológicos que está proposta no decreto. O MCT, o INMETRO e o INPI têm trabalhado com esta temática e seria interessante o apoio do CNB na constituição da referida rede. O Sr. Ismar comentou que o Ministro Miguel Jorge encaminhou um aviso ao Ministério da Defesa e ao Ministério da Aqüicultura e Pesca solicitando a nomeação dos
3 representantes destes ministérios no CNB. O MDIC está aguardando as respostas dos referidos ministérios para dar prosseguimento à alteração do decreto com a inclusão da temática da biotecnologia marinha. 2. Plano de Ação de C&T e reflexos para a implantação da Política de Desenvolvimento da Biotecnologia. O Sr. Luis Antônio Barreto relatou o lançamento do Plano de Ação do Governo de C&T, avalizado pelo Presidente da República. Neste plano, pretende-se aumentar o atual investimento em C&T, que equivale a aproximadamente 1% do PIB, para 1,5% até Neste sentido, em 2010, o MCT deverá executar cerca de 30 bilhões de reais. A expectativa é de que haja um investimento maior do setor privado da ordem de 0,6% do PIB. Espera-se também que 0,3% do PIB a ser investido em C&T seja proveniente dos Estados. O governo federal investirá o equivalente a 0,6% do PIB. Provavelmente esses números variaram um pouco em função das circunstâncias, mas a expectativa é de que haja uma diminuição da taxa de juros e um período de estabilidade. Assim, o setor privado estará mais motivado a investir em pesquisa. Neste caso, o Comitê tem a responsabilidade de definir um portfólio claro de projetos que aumentem a competitividade da biotecnologia brasileira. Sr. Barreto manifestou sua insatisfação com o desempenho do Comitê, pois não vê uma estratégia clara para a implantação da PDB. Além disto, não observa possibilidade de em dois ou três anos contribuir para o aumento da competitividade industrial da biotecnologia. Neste sentido, o Comitê deverá indicar as áreas em que se deve investir. O documento básico do Plano de Ações do MCT foi entregue à Secretaria Executiva. Neste documento, estão presentes as ações e o orçamento destinado para a biotecnologia. Para o Sr.Barreto, o Projeto Biotec MERCOSUL está andando muito devagar. No contexto desse projeto foram realizadas algumas reuniões em Buenos Aires e outras no Brasil, quando foram feitas as seguintes perguntas para o setor empresarial: - Vocês estão, hoje, em que posição quanto à competitividade mundial das empresas? - Em que posição vocês querem estar daqui a cinco anos? - Como a biotecnologia poderá contribuir para garantir a competitividade das empresas? Os miniworkshops visaram à identificação de gargalos e soluções para as cadeias produtivas de agricultura, de carne e de florestas. O Sr. Barreto ressaltou que este exercício de ir à industria e ouvir efetivamente é ponto chave para garantir a competitividade. Os resultados dos miniworkshops foram encaminhados por pela Secretaria Executiva. O Sr. Eloi Garcia (INMETRO) reforçou a necessidade de definir o foco de atuação para o Comitê. O Sr. Grando destacou a importância do PAC de C&T e solicitou que todos lessem o referido documento que está disponível no site do MCT. Segundo o Sr. Grando, o PAC de C&T é um norte e um caminho para que se alcance este norte.
4 O Comandante Serafim informou que no âmbito do projeto Biomar pretende-se realizar também alguns workshops visando à interação e cooperação com o setor empresarial sobre a temática da biotecnologia marinha. Para atrair o setor empresarial até a biotecnologia marinha, também foram reunidas todas as publicações realizadas nos Arquipélagos de São Pedro e de São Paulo, durante os últimos dez anos. Estes trabalhos estarão disponíveis nos workshops que a SECIRM pretende realizar em A idéia do workshop é também utilizar o conceito de plano setorial para os recursos do mar, que pudessem contemplar as cadeias produtivas e, ao mesmo tempo, fortalecer a competitividade industrial. Segundo Serafim, a SECIRM está criando um portal da inovação com um recorte marinho, onde as indústrias e a academia poderão lançar todas as suas informações. Isto facilitará a interação entre o setor empresarial e a academia. 3. Indicação dos nomes para formação do grupo de trabalho para elaboração de ações a serem inseridas no PPA. O Sr. Grando solicitou que interessados se manifestassem para constituir o grupo de orçamento para implantação da PDB. Assim, o grupo foi constituído pelos seguintes representantes: - José da Rocha Carvalheiros (FIOCRUZ) - Adriana Diaféria (MS) - Zea Duque (INPI) - Sandra Kuneida (MAPA) - Maria Celeste (MMA) - Maurílio Alves (MEC) - Jorge Guimarães (CAPES) - Aluísio Borém (MEC) 4. PAC de saúde humana e os impactos sobre a implantação da Política de Desenvolvimento da Biotecnologia. Em função das decisões no Congresso Nacional sobre a CPMF, a Sra. Adriana Diaféria solicitou que este ponto de pauta passasse para a próxima reunião, pois o PAC da saúde será revisado. Por outro lado, o PAC da Saúde poderá ser consultado no site do MS. Outros assuntos Sandra Kunieda solicitou à coordenação do Comitê uma reunião extraordinária para uma apresentação do APL sobre acesso ao Patrimônio Genético. Maria José Sampaio acredita que essa reunião não deveria ser somente para apresentação, mas sim para discussão, pois o comitê deverá ter peso para colocar em consulta pública o seu posicionamento. Francelino Grando solicitou uma reunião extraordinária para última semana de janeiro. Maria Celeste sugeriu que a reunião ocorresse na semana após o carnaval, porque na última semana de janeiro as pessoas chaves estariam num evento em Genebra.
5 Francelino Grando delegou a responsabilidade de realizar a reunião à Secretaria Executiva. Encaminhamentos - Reunião do grupo de orçamento - Reunião sobre o APL de acesso ao patrimônio genético.
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