Haemophilus Corynebacterium. Mycobacterium
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- Ayrton Sequeira Rosa
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1 Haemophilus Corynebacterium Mycobacterium
2 Haemophilus spp. Bacilos Gram negativos pleomórficos oxidase positivos
3 Família Pasteurellaceae Principais espécies de importância clínica: H. influenzae H. parainfluenzae H. ducreyi
4 Características Amantes do sangue Bacilos Gram negativos pleomórficos (Cocobacilos) Oxidase positivo Anaeróbios facultativos Crescimento ótimo: 5 a 7% de CO º C 24 a 48 horas (H. ducreyi 7 dias) Requerimento nutricional fastidioso Formação de colônias satélites
5 Infecções em Humanos Menos complicadas Conjuntivite Sinusite Otite média Invasivas Pneumonia Meningite H. influenzae tipo b (2 meses a 3 anos de idade) Cancro mole ou cancróide H. ducreyi (úlceras perigenitais e perianais)
6 Fatores de Virulência Polissacarídeo capsular 6 sorotipos (a, b, c, d, e, f) Pili Aderência a células da mucosa humana Protease IgA1 Inativa IgA presente na orofaringe Produção de hemocinina Inibe crescimento bacteriano da flora normal
7 Coleta e Transporte Espécimes clínicos: Líquido cefalorraquidiano (líquor / LCR) Sangue Escarro Aspirado traqueal Lavado brônquico Amostras uretrais Swab de úlceras genitais Secreção ocular
8 Diagnóstico - Gram Bastonetes Gram negativos pequenos e pleomórficos (cocobacilos)
9 Diplococos Gram Positivos Streptococcus pneumoniae Cocobacilos Gram Negativos Pequenos Haemophilus influenzae
10 Diagnóstico - Prova da Oxidase Pesquisa presença da enzima Citocromo Oxidase Colocar bactéria em papel filtro Adicionar uma gota do reativo da oxidase Positivo Desenvolvimento de cor azul escuro ou roxo Negativo Positivo
11 Diagnóstico - Cultura Necessário fatores de crescimento presente em hemácias FATOR X Derivado da hemina (encontrado em quantidade no sangue) Substância termoestável Necessário para a síntese das enzimas respiratórias que contém ferro: citocromo oxidase, catalase, peroxidase FATOR V É a coenzima NAD (Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo) Substância termolábil Produzida pelo Staphylococcus aureus Satelitismo
12 Meios de Isolamento Primário Ágar sangue 5% de sangue Sangue de carneiro não recomendado (inativa fator V) Sangue de cavalo ou coelho Utilizar apenas se na presença de S. aureus Ágar chocolate 5% de sangue aquecido a 80º C Lisa as hemácias e libera o fator X Inativa a enzima do sangue de carneiro Pode inativar o fator V (termolábil) IsoVitaleX
13 Prova do Satelitismo Prova realizada em AS Produção de Fator V por bactérias (S. aureus) Prova de identificação presuntiva para o gênero Colônias pequenas ao redor das colônias de S. aureus
14 Prova do Satelitismo Placa 1 Ágar Sangue Placa 2 Ágar Muller Hinton Placa 1 Placa 2 Uso dos Fatores Situação 1 + (junto da estria) + V Situação 2 + (junto da estria) - X e V Situação 3 + (fora da estria) - X
15 Tiras de Papel Filtro Requerimento do Fator X Requerimento do Fator V x v x v Requerimento dos Fatores X e V x v
16 Características Diferenciais das Espécies de Haemophilus Requerimento de Fator X V Catalase H. influenzae H. parainfluenzae H. ducreyi + - -
17 Tratamento H. influenzae são susceptíveis in vitro Ampicilina Amoxacilina Cefaosporinas, tetraciclinas, aminoglicosídeos e sulfonamidas Algumas cepas produzem beta lactamase Resistência à ampicilina
18 Corynebacterium spp. Bacilos Gram positivos com extremidades arredondadas e arrumados como letras chinesas
19 Características Catalase positivo e são imóveis Bastonetes Gram positivos com extremidades arredondadas arrumados em letras chinesas Bastonetes pequenos Grânulos de acúmulo de substâncias A bactéria não é corada uniformemente no Gram Coloração Albert-Laybourn (coloração metacromática: corpo esverdeado e extremidades marrons) Várias espécies fazem parte da flora normal Principal espécie de importância médica: Corynebacterium diphtheriae
20 Difteria Doença infecto-contagiosa de curto período de incubação Faringite exsudativa envolvendo palato e úvula Membrana muco-purulenta que pode envolver laringe e traquéia Virulência provocada por exotoxina Toxina Diftérica Ação da infecção da bactéria por fago A toxina diftérica tem ação sistêmica, atingindo sistema cardíaco, respiratório e sistema nervoso central
21 Corynebacterium diphtheriae Coleta e transporte Material do trato respiratório Nasofaringe e orofaringe Coletar a amostra das bordas da pseudomembrana utilizando um Swab A bactéria pode ser preservada e transportada com segurança em meios de transporte até 24 horas
22 Diagnóstico Exame Direto Gram Coloração de Albert-Laybourn Fixar o esfregaço pelo calor Cobrir o esfregaço com corante de Albert-Laybourn - 3 minutos Lavar rapidamente com água corrente Cobrir o esfregaço com o Lugol - 2 minutos Lavar rapidamente com água corrente Secar à temperatura ambiente ou em estufa à 35 37ºC; Proceder a microscopia em objetiva de 100X
23 Diagnóstico - Cultura Semear o swab em toda a superfície dos seguintes meios AS Ágar Sangue Meio não seletivo Não permite diferenciar Corynebacterium spp. de outras espécies Crescimento sem hemólise Usado como diagnóstico de exclusão (beta hemolítico: S. pyogenes) ACT Ágar Chocolate Telurito de Potássio Meio seletivo de favorecimento para o Corynebacterium spp. Diferenciação de biotipos (gravis, intermedium e mitis) Loeffler Ágar com soro de cavalo coagulado Deixar o sawb depositado na parte inclinada Meio de enriquecimento 2 a 4 horas a 35º C Gram e Albert-Laybourn Subcultivo em ACT (18 a 24 horas a 35º C)
24 Diagnóstico Produção de Toxina ELEK Teste de imunodifusão Meio ágar protease peptona (meio transparente) Ao preparar o meio acrescenta-se um tira de papel filtro embebida com anticorpo antitoxina diftérica Amostra inoculada e incubada a 35º C hrs Resultado positivo: formação de linha de precipitação formando ângulo de 45º Incluir sempre controle positivo e negativo
25 Diagnóstico Produção de Toxina ELEK Papel Filtro embebido em Antitoxina Cepa produtora de toxina diftérica Cepa não produtora de toxina diftérica
26 Mycobacterium spp. Bacilos finos não corados pelo Gram, aeróbios, resistentes à ação de ácidos e bases
27 Mycobacterium Família Mycobacteriaceae Principais espécies Mycobacterium tuberculosis (BK - Bacilo de Koch) Mycobacterium bovis Mycobacterium leprae
28 Tuberculose É uma das doenças que mais mata no mundo Estimativa de que 1/3 da população esteja infectada A transmissão é feita através do ar, de pessoa para pessoa (espirro, tosse, risada, etc.) Afeta principalmente os pulmões, mas pode afetar outros órgãos
29 Diagnóstico - Cuidados Cuidado no manuseio de amostras no laboratório alto risco de contaminação principalmente por aerossóis Altamente recomendado uso de máscaras de barreira Quando se deseja fazer apenas baciloscopia, sem cultura, pode-se adicionar hipoclorito na amostra. O BK continua inviável, mas é visualizado na baciloscopia
30 Diagnóstico Espécimes clínicos: Escarro Swab de nasofaringe Sangue Líquor Lavado brônquico Lavado gástrico Material de biópsia Coleta do escarro: Colher de preferência no início da manhã Fazer higiene bucal e fazer 4 a 10 inspirações profundas
31 Diagnóstico Exame Direto Coloração de Ziehl Neelsen (Baciloscopia) Cobrir lâmina com Fucsina Fenicada Aquecer até emissão de vapores (3 a 4 vezes por 5 ) Lavar rapidamente em água corrente Descorar com álcool-ácido Lavar rapidamente com água corrente Cobrir a lâmina com Azul de metileno por Lavar rapidamente com água corrente e esperar secar
32 Diagnóstico Exame Direto Resultado semiquantitativo (percorrer 100 campos) Lâmina Resultado Reportado BK não visualizado Ausência de BAAR na amostra examinada 1 a 9 BK em 100 campos Positivo + 1 a 9 BK em 10 campos Positivo ++ 1 a 9 BK por campo Positivo +++ > 9 BK por campo Positivo ++++
33 Diagnóstico - Cultura Espécime clínico (escarro) contaminado com flora normal Método de PETROFF O escarro é misturado ao NaOH 1N e depois de dez minutos o material é centrifugado por 20 minutos. O sedimento é neutralizado com solução de HCl 1N com indicador. Só então a amostra é inoculada no meio de LJ. Método do Lauril Sulfato de Sódio Meio de cultura Lowenstein-Jensen (LJ) Meio em tubo à base de ovo coagulado Geralmente inocula em 2 tubos 35º C, por até 45 dias, leitura feita semanalmente Nas primeiras 24 horas deixar o tubo deitado e a tampa frouxa
34 Diagnóstico - Cultura Resultado de crescimento semiquantitativo Resultado Interpretação Ausência de colônias Não houve crescimento bacteriano depois de 45 dias (+) Crescimento de 1 a 20 colônias em cada tubo + Crescimento de 20 a 100 colônias em cada tubo ++ Crescimento de mais de 100 colônias em cada tubo
35 Diagnóstico - Cultura Característica da colônia: Tamanho médio a grande, semelhante a couve-flor, rugosa, bordas irregulares, coloração creme Fazer baciloscopia da colônia Identificação do M. tuberculosis Prova da Niacina e Redução de Nitrato a Nitrito POSITIVO
36 Diagnóstico Não Bacteriológico PPD (Derivado de Proteína Purificado) ou Teste de Mantoux Injeção intradérmica de tuberculina Não tem importância diagnóstica Resultado positivo indica que houve contato com o bacilo, mas não indica doença ativa Teste utilizado para fins de controle epidemiológico e profilaxia em contactantes de pacientes com tuberculose Reação Positiva Formação de endurecimento (infiltrado celular)
37 Diagnóstico Não Bacteriológico A leitura do resultado é feita de horas após aplicação do teste Possíveis resultado: 0 4 mm = Não reator Indivíduo não infectado pelo M. tuberculosis ou com hipersensibilidade reduzida. 5 9 mm = Reator fraco Indivíduo vacinado com BCG ou infectado por M. tuberculosis ou outras micobactérias. 10 mm = Reator forte indivíduo infectado pelo M. tuberculosis,(doente ou não) e indivíduos vacinados com BCG nos últimos dois anos.
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