Título: A IMPORTÂNCIA DA NORMATIZAÇÃO DO PROCESSO DE PRÉ- INCUBAÇÃO NA UTFPR CÂMPUS CURITIBA
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- Márcio Tavares Machado
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1 Título: A IMPORTÂNCIA DA NORMATIZAÇÃO DO PROCESSO DE PRÉ- INCUBAÇÃO NA UTFPR CÂMPUS CURITIBA Autor: Paulo Roberto Bueno Co-autores: Sebastião Dambroski; Haniel Kaiser Ribeiro Resumo estruturado Este artigo trata da busca de melhorias no processo de pré-incubação do Programa de Empreendedorismo e Inovação da UTFPR Câmpus Curitiba descrevendo os problemas de concorrência de projetos semelhantes, a falta de comprometimento dos integrantes dos projetos hospedados, a ausência de orientador técnico para acompanhar o desenvolvimento dos projetos e a dificuldade de interpretação dos itens avaliados no plano de negócios pela banca de seleção. Relata também a importância da Resolução no 12/11-COEMP na resolução dos problemas apresentados. Palavras-chave: Hotel Tecnológico, inovação, pré-incubação. Bueno, Paulo R. Ms. Informática, UTFPR Curitiba, Av. Sete de Setembro, pbueno@utpfpr.edu.br Ribeiro, Haniel K. Graduado em C. Contábeis, UTFPR Curitiba, Av. Sete de Setembro, hanielbr@gmail.com Dambroski, Sebastião, Especialista em IFPR - Curitiba
2 Title: The meaning of standardization in the preincubation process. The case study: UTFPR Campus Curitiba. Author: Paulo Roberto Bueno Co-authors: Sebastião Dambroski and Haniel Kaiser Ribeiro Structured Abstract This article deals with the search for improvements in the pre-incubation of UTFPR - Campus Curitiba describing the problems of competition from similar projects, the lack of commitment of the members of the hosted projects, the lack of technical advisor to monitor the development of projects and the difficulty interpretation of items valued in the business plan by the selection committee. Also reports the importance of Resolution 12/11-COEMP in solving the problems presented. Keywords: Hotel Technological, Innovation, Preincubation. Bueno, Paulo R. Ms. Computing, UTFPR Curitiba, Avenue Sete de Setembro, pbueno@utpfpr.edu.br Ribeiro, Haniel K. Graduate accounting sciences, UTFPR Curitiba, Aveneu Sete de Setembro, hanielbr@gmail.com Dambroski, Sebastião, Specialist in Strategic Management of Production, IFPR Curitiba, Street João Negrão, sebastiao.dambroski@ifpr.edu
3 Introdução Este artigo apresenta quatro problemas encontrados durante o processo de préincubação no Programa de Empreendedorismo e Inovação na UTFPR Câmpus Curitiba e as medidas adotadas para solvê-los. Mostra a importância da normatização do processo de préincubação na UTFPR-Câmpus Curitiba através da Resolução n o 12/11-COEMP. Está dividido em quatro partes: origem do programa e processo de seleção, mapeamento dos problemas e aperfeiçoamento do processo de seleção, principais definições da Resolução n o 12/11- COEMP e considerações finais. Origem do Programa e processo de seleção O Programa de Empreendedorismo e Inovação da UTFPR Câmpus Curitiba - PROEM, iniciou suas atividades no final da década de 1990, através da Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias em parceria com o Sebrae-Pr e apoio institucional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL-Pr). No seu início, as avaliações dos projetos candidatos ao sistema de pré-incubação no Hotel Tecnológico, eram feitas através de bancas de avaliação com consultores ad-hoc externos e visavam primordialmente os projetos que contivessem características voltadas á inovação, desconsiderando algumas vezes a viabilidade econômica e financeira do projeto. O Manual de Oslo (1997), no capítulo 3, item 2, traz a definição de inovação: Uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas. Este artigo mostra a inovação de processo no Hotel Tecnológico por meio da Resolução n o 12/11-COEMP que aprova as normas para seu funcionamento. Busca-se tornar a seleção mais qualificativa e disciplinar o processo, tornando-o homogêneo quanto a adoção de critérios válidos para o ambiente de pré-incubação. A Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) define pré-incubação como um conjunto de atividades que visa estimular o empreendedorismo e preparar no curto período (seis meses a um ano) os projetos que tenham potencial de negócios em empresa (FIATES e PIRES, 2002). A Resolução n o 12/11-COEMP estabelece o prazo de pré-incubação de até dois anos, o
4 que torna o PROEM uma referência nacional para o empreendedor desenvolver suas ideias inovadoras, amadurecer e lançar no mercado. Com esta nova Resolução o processo de seleção, admissão e permanência do projeto no processo de pré-incubação, no Hotel Tecnológico, está mais dinâmico, pois todas as situações elencadas como problema estão devidamente normatizadas. Mapeamento dos problemas e aperfeiçoamento do processo de seleção No decorrer das atividades do PROEM o processo de seleção foi aprimorado, através de discussões entre os atores envolvidos: coordenação, banca de avaliação, integrantes dos projetos hospedados e comunidade interna/externa. Coube a coordenação do programa implementar as mudanças necessárias levantadas por todos os envolvidos, sempre buscando atender aos quesitos de inovação, ineditismo e alcance social. Nesse interim, verificou-se quatro incongruências no processo: concorrência de projetos semelhantes, falta de comprometimento das equipes pré-incubadas, ausência de orientador técnico para acomphar os projetos e dificuldade de interpretação dos itens avaliados no plano de negócios pela banca de seleção. A primeira incongruência detectada e que trouxe preocupação para a coordenação do programa e também dos projetos hospedados, foi a presença de uma equipe concorrente no mesmo nicho de mercado. Esta situação sempre foi causa de difícil solução, pois há uma grande gama de oportunidades no mercado e diferentes propostas podem ser apresentadas para a mesma área de atuação, o que pode causar uma concorrência predatória na préincubação. A segunda incongruência detectada foi a falta de comprometimento das equipes préincubadas no desenvolvimento do plano de negócios, visto que muitas vezes os desenvolvedores do projeto não dedicavam o tempo mínimo necessário para que a ideia prosperasse. A terceira incongruência encontrada foi a ausência de um profissional com experiência técnica para acompanhar/orientar nas questões pertinentes a cada proposta de negócio visando auxiliar na consolidação do projeto durante sua permanência no Hotel Tecnológico. A quarta incongruência encontrada foi a dificuldade de interpretação dos itens avaliados no plano de negócios pela banca de seleção, o que trazia divergências nas notas dos avaliadores. Esse era um questionamento feito pelos proponentes e pela banca de avaliação junto à coordenação do programa.
5 Para sanar as incongruências aqui levantadas, foram adotadas as seguintes medidas pela coordenação do programa em conjunto com a Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias (Direc): - para evitar a concorrência entre projetos, ficou estabelecido no próprio edital a desclassificação de propostas concorrentes, sendo de responsabilidade da coordenação informar a existência de projetos similares aos proponentes; - visando melhorar o índice de comprometimento dos integrantes dos projetos hospedados, criou-se um termo de compromisso com a previsão de permanência mínima de 4 horas diárias (20 horas semanais) para o desenvolvimento das atividades pertinentes a execução do plano de negócios; - para resolver a falta de acompanamento técnico foi adotado um termo de compromisso, onde um professor orientador com vínculo empregatício na UTFPR, acompanha o desenvolvimento tecnológico do plano de negócios e auxilia na elaboração do estudo de viabilidade técnica (EVTE). Auxilia a equipe em questões técnicas, durante o processo de pré-incubação, fortalecendo a estruturação e consolidação da proposta. - No intuito de melhorar a avaliação pela banca de seleção, está sendo implementado desde 2012 um novo modelo de plano de negócios para o processo de pré-incubação visando simplificar o processo e uniformizar os critérios adotados. O levantamento destas questões e a necessidade de uma proposta de resolução destes problemas fez com que a coordenação solicitasse a aprovação de um regulamento para o Hotel Tecnológico, que abrangesse os doze câmpus, visando, além da solução dos conflitos interpretativos aqui elencados, uma adequação dos termos utilizados em cada ambiente de pré-incubação para o aperfeiçoamento do processo de seleção do Hotel Tecnológico na UTFPR. Esta solicitação culminou na aprovação pelo Conselho Universitário (Couni), das normas de funcionamento do Hotel Tecnológico (HT) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná através da Resolução n o 12/11-COEMP. Considerações finais Com a aprovação das normas para o funcionamento do Hotel Tecnológico da UTFPR foi possível simplificar o processo de seleção atendendo as quatro incongruências aqui levantadas: falta de comprometimento dos integrantes dos projetos pré-incubados; ausência de orientador técnico para acompanhar o desenvolvimento dos projetos e dificuldade de interpretação dos itens avaliados no plano de negócios pela banca de seleção.
6 A Resolução estabeleceu ao coordenador do Hotel Tecnológico a competência da elaboração de editais para seleção de candidatos ao ingresso no Hotel Tecnológico e apresentou modificações importantes para todo o processo de pré-incubação na UTFPR, pois permitiu adequar e normatizar situações tratadas de forma diferente em cada câmpus. Referências ARANHA, E.A., MORENO, R. Compreendendo valor, criando valor e entregando valor: um modelo de pré-incubação baseado em valor. Anais do XVIII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, Sergipe, FIATES, J.E.A.; PIRES,.S.O. Glossário dinâmico de termos na área de tecnópoles, parques tecnológicos e incubadoras de empresas. ANPROTEC; SEBRAE; Coordenação José Eduardo Azevedo Fiates e Sheila Oliveria Pires; Organização Adelaide Maria Coelho Baêta e Rosa Maria Neves da Silva.. Brasília, Manual de Oslo, 3 a ed., Pág. 23
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