ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Ofício MEPCT/RJ 092/2012 Rio de Janeiro, 06 de dezembro de 2012.

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1 MECANISMO ESTADUAL PARA PREVENÇÃO E COMBATE À TORTURA Ofício MEPCT/RJ 092/2012 Rio de Janeiro, 06 de dezembro de Do: Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio de Janeiro Para: Exma. Sra. Coordenadora do Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio de Janeiro Exma. Sra. Coordenadora, O Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio de Janeiro (MEPCT/RJ) vem, pelo presente, encaminhar relatório elaborado em virtude de visitas às unidades de saúde da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária em conformidade com o inciso IV do Art.8º da Lei 5.778/10. Por oportuno, informamos que exemplares do referido relatório serão igualmente apresentadas: ao Exmo. Sr. Cel. César Rubens Monteiro de Carvalho Secretário de Estado de Administração Penitenciária; Exmo. Sr. Sérgio Côrtes Secretário de Estado de Saúde; Ilmo. Sr. Moisés Sub-Secretário Adjunto de Saúde Penitenciária; Exma Anabelle Macedo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Tutela Coletiva do MP/RJ; Coordenação Nacional da Política de Saúde Penitenciária do Ministério da Saúde; Comitê Nacional para Prevenção à Tortura; Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; Subcomitê para Prevenção da Tortura das Nações Unidas. Aproveitamos o ensejo para renovar protestos de elevada estima e consideração, colocando-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários. Atenciosamente, 1

2 RELATÓRIO DE VISITA ÀS UNIDADES DE SAÚDE DA SEAP/RJ O presente relatório está dividido nos seguintes itens: I - Apresentação; II Do Relatório; III Política de Saúde para População Prisional; IV Das Visitas; V Considerações Gerais; VI Recomendações. I APRESENTAÇÃO. O Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio de Janeiro (MEPCT/RJ) é um órgão criado pela Lei Estadual Nº de 30 de junho de 2010, vinculado à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que tem como objetivo planejar, realizar e conduzir visitas periódicas e regulares a espaços de privação de liberdade, qualquer que seja a forma ou fundamento de detenção, aprisionamento, contenção ou colocação em estabelecimento público ou privado de controle, vigilância, internação, abrigo ou tratamento, para verificar as condições em que se encontram submetidas as pessoas privadas de liberdade, com intuito de prevenir a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos e degradantes. Segundo o Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura, os Mecanismos também têm como atribuição recomendar medidas para a adequação dos espaços de privação de liberdade aos parâmetros internacionais e nacionais e acompanhar as medidas implementadas para atender às recomendações. Como prevenção da tortura e de outros tratamentos ou penais cruéis, desumanos e degradantes entende-se desde a análise de instrumentos internacionais de proteção até o exame das condições materiais de detenção, considerando políticas públicas, orçamentos, regulações, orientações escritas e conceitos teóricos que explicam os atos e omissões que impedem a aplicação de princípios universais em condições locais. 1 Para tanto, o 1 Protocolo Facultativo à Convenção da ONU contra a Tortura: manual de implementação. (p.73). San José, Costa Rica: Associação para Prevenção à Tortura e Instituto Interamericano de Direitos Humanos,

3 propósito fundamental do mandato preventivo é o de identificação do risco de tortura 2 e, a partir da ação proativa de monitoramento de centros de privação de liberdade, prevenir que as violações aconteçam. O enfoque preventivo do MEPCT/RJ se baseia na premissa de um diálogo cooperativo com as autoridades competentes para coibição da tortura e outros tratamentos degradantes e cruéis à pessoa privada de sua liberdade. Desta forma, como expressa o inciso II, do art. 2º da lei que o institui, busca-se a articulação, em regime de colaboração, entre as esferas de governo e de poder, principalmente, entre os órgãos responsáveis pela segurança pública, pela custódia de pessoas privadas de liberdade, por locais de longa permanência e pela proteção de direitos humanos (Lei 5778/2010). O Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio de Janeiro (MEPCT/RJ) resulta do processo de estabelecimento, pelo Estado Brasileiro, das diretrizes contidas no Protocolo Facultativo à Convenção contra Tortura e Outros Tratamentos ou Penais Cruéis, Desumanos ou Degradantes da Organização das Nações Unidas, ratificado pelo país no ano de O referido Protocolo decorre do acúmulo estabelecido na Conferência Mundial de Direitos Humanos da ONU realizada em 1993 na qual se declarou firmemente que os esforços para erradicar a tortura deveriam primeira e principalmente concentrar-se na prevenção, designando para tanto, o estabelecimento de um sistema preventivo de visitas regulares a centros de detenção. Além disso, a construção de Mecanismos Preventivos de monitoramento dos locais de privação de liberdade integra as prerrogativas do Plano de Ações de Integradas para a Prevenção e o Combate à Tortura no Brasil, de 2006, bem como o Plano Nacional de Direitos Humanos 3 da Secretaria de Direitos Humanos. Neste sentido, o Estado do Rio de Janeiro coloca-se em posição de pioneirismo na Federação, salientando o compromisso com a implementação do Plano de Ações Integradas para a Prevenção e Combate à Tortura no Brasil, com a defesa dos direitos humanos e a consolidação dos princípios democráticos. 2 Declaração do Subcomitê de Prevenção à Tortura da ONU ao apresentar o segundo relatório anual do SPT ao Comitê contra a Tortura. Vide Committeeagainst Torture meetswithsubcommitteeonpreventionof Torture, Comunicado de imprensa de 2 de maio de 2009, disponível em: 5A?OpenDocument 3

4 O Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio de Janeiro (MEPCT/RJ) deu início às suas atividades em julho de 2011 após a nomeação de seus membros pelo presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, conforme atribuição do inciso II do 5º parágrafo da Lei 5778/10. Cabe registrar que embora a nomeação dos membros do MEPCT/RJ tenha ocorrido no mês de junho de 2010, o órgão ainda não dispõe de uma infra-estrutura operacional mínima para execução de suas atividades. Neste momento, os membros do Mecanismo se situam, provisoriamente, em uma sala gentilmente cedida pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Rio de Janeiro (OAB/RJ) e não possuem veículo para efetuar deslocamentos. II. DO RELATÓRIO. O relatório ora apresentado tem o intuito de diagnosticar as políticas de saúde existentes no âmbito do sistema prisional no Rio de Janeiro e as condições observadas para o tratamento de pessoas privadas de liberdade deste estado. Sua finalidade é a de prevenir e combater as condições de tortura através de recomendações que estabeleçam harmonia com os padrões nacionais e internacionais de cuidados em saúde. Como prevenção da tortura e de outros tratamentos ou penais cruéis, desumanos e degradantes entende-se desde a análise de instrumentos internacionais de proteção até o exame das condições materiais de detenção, considerando políticas públicas, orçamentos, regulações, orientações escritas e conceitos teóricos que explicam os atos e omissões que impedem a aplicação de princípios universais em condições locais. 3 Para tanto, o propósito fundamental do mandato preventivo é o de identificação do risco de tortura 4 e, a partir da ação proativa de monitoramento, buscar prevenir que as violações aconteçam. 3 Protocolo Facultativo à Convenção da ONU contra a Tortura: manual de implementação. (p.73). San José, Costa Rica: Associação para Prevenção à Tortura e Instituto Interamericano de Direitos Humanos, Declaração do Subcomitê de Prevenção à Tortura da ONU ao apresentar o segundo relatório anual do SPT ao Comitê contra a Tortura. Vide Committeeagainst Torture meetswithsubcommitteeonpreventionof 4

5 No que se refere às pessoas reclusas, o direito a saúde deve ser prioritário. Segundo Bent Sorensen 5, um nível de atenção à saúde inadequado pode se transformar rapidamente em tratamento desumano, cruel e degradante, enquanto uma boa assistência à saúde tem impacto positivo tanto na vida do preso como na do corpo funcional 6 das unidades de privação de liberdade. III INTRODUÇÃO: POLÍTICAS DE SAÚDE PARA POPULAÇÃO PRISIONAL. III.1) Sistema Único de Saúde e Saúde Prisional. No Brasil, um importante marco histórico na definição da concepção de saúde/doença deu-se na VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986, que reforçou no país o movimento de Reforma Sanitária. Nela, define-se a saúde, em seu sentido mais abrangente, como resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar dificuldades nos níveis de vida (1986,VIII Conferência Nacional de Saúde 7 ). Também neste ano de 1986 é realizada em Ottawa (no Canadá), a I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, que considera como condições necessárias para a existência de saúde: paz, educação, habitação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e eqüidade. Neste aspecto, as concepções atuais demarcam que a saúde não está ligada exclusivamente às manifestações físicas nos corpos Torture, Comunicado de imprensa de 2 de maio de 2009, disponível em: 5B40051FA5A?OpenDocument 5 Perito integrante do Comitê Europeu para Prevenção à Tortura. 6 Saúde e Direitos Humanos nas Prisões, organizadora Tânia Kolker, Rio de Janeiro, Publicação do Ministério da Justiça. 7 Relatório da 8a Conferencia Nacional de Saúde. Disponível em: Página acessada 05 de Janeiro de

6 dos indivíduos, mas também às relações sociais, sendo, portanto, um reflexo da interação com suas vidas. A saúde não se mede exclusivamente pela ausência de doenças, reforçando a idéia de que a saúde é um direito humano fundamental para qual a prevenção e a atenção primária a saúde passaria a ter papel basilar. No que diz respeito à saúde mental, amplo movimento pela reforma psiquiátrica 8 desaguou, em 2001, na aprovação da Lei , colocando em xeque a lógica tutelar, asilar e manicomial. A saúde da população privada de liberdade foi objeto, em particular, da Portaria Interministerial nº 1777/GM em 9 de setembro de 2003, quando os Ministros de Estado da Saúde e da Justiça, no uso de suas atribuições, consideraram: a importância da definição e implementação de ações e serviços, consoantes com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde SUS, que viabilizem uma atenção integral à saúde da população compreendida pelo Sistema Penitenciário Nacional (...); a estimativa de que, em decorrência de fatores de risco a que está exposta grande parte dessa população, ocorra um número significativo de casos de DST/Aids, tuberculose, pneumonias, dermatoses, transtornos mentais, hepatites, traumas, diarréias infecciosas, além de outros problemas prevalentes na população adulta brasileira, tais como hipertensão arterial e diabetes mellitus; a necessidade de ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças nos presídios; a importância da realização de estudos de abrangência nacional que revelem o perfil epidemiológico da população presidiária brasileira; a heterogeneidade, entre as unidades federadas, da assistência à saúde prestada às pessoas presas, e as recomendações da Comissão Interministerial, criada pela Portaria Interministerial MS/MJ N.º 2035, de 8 de novembro de 2001, com a atribuição de formular propostas destinadas a viabilizar a atenção integral à saúde dessa população 9. A partir desta portaria resolve-se aprovar o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário e estabelecer que as Secretarias de Estado da Saúde e da Justiça ou Administração Penitenciaria deverão formular os Planos Operativos Estaduais. No Rio de Janeiro, o Plano Estadual de Saúde Penitenciária encontra-se em um impasse desde que o 8 Nos aprofundaremos nesse tema mais abaixo, no item III.3: Reforma Psiquiátrica e Medidas de Segurança. 9 Disponível em: 6

7 repasse financeiro dos anos não teve suas contas prestadas. No seminário organizado pelo Fórum de Saúde do Sistema Prisional Rumos da saúde no sistema penitenciário do rio de janeiro: para onde vamos?, realizado em Setembro de 2012, a representante do Ministério Público apresentou iniciativas tomadas para investigar a utilização do Fundo Estadual de Saúde destinado ao Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário (PNSSP), pelos gestores da SEAP e da SES. Já o representante do Ministério da Saúde apresentou o mapeamento dos estados brasileiros nos quais o plano está em funcionamento e os que ainda faltam ser efetivados, bem como a proposta do Ministério da Saúde de transformar o Plano em uma Política Nacional pautada nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Recentemente, em 11 de abril de 2012, o Departamento Penitenciário (DEPEN) divulgou a criação do Grupo de Trabalho Interministerial de Saúde no Sistema Prisional, que visa transformar o Plano em Política Nacional de Saúde no Sistema Prisional. O Grupo de Trabalho decorre desta parceria entre os Ministérios da Saúde e Justiça e, segundo divulgado por estes: serão desenvolvidas também ações de prevenção, promoção e tratamento nas áreas de saúde bucal, saúde da mulher, doenças sexualmente transmissíveis, HIV/Aids e hepatites virais, saúde mental, controle da tuberculose, hipertensão e diabetes, hanseníase, imunizações, coletas de exames laboratoriais e utilizando a assistência farmacêutica básica, com foco na atenção integral. 10 A adequação da saúde prisional aos parâmetros do SUS e das reformas sanitária e psiquiátrica constitui-se, ainda, numa necessidade premente. Se por um lado avançou-se muito no que diz respeito ao marco regulatório e nas diretrizes nacionais de atendimento, no que tange ao atendimento em saúde no sistema prisional há ainda uma carência notável na implantação do SUS nas unidades prisionais, e nas relações interinstitucionais e intergestores. Apesar do direito à saúde estar garantido no ordenamento jurídico internacional e nacional, a distância entre a doutrina legal e a prática é explícita. 10 Governo elabora Política Nacional de Saúde no Sistema Prisional, Portal Brasil, publicado em 11 de abril de Disponível em: 7

8 III.1.a) Sistema Único de Saúde e Saúde Prisional no Rio de Janeiro O ano de 2012 foi marcado, no rio de janeiro, por embates no que diz respeito ao tema da saúde nas prisões. Se é fato que o sistema de saúde prisional deste Estado tenha sido sempre uma referência no âmbito nacional e um exemplo de boas práticas tendo sido o primeiro a ter convênio com o SUS ainda na década de 1990 um desmonte das condições de trabalho e atendimento vem assolando, aceleradamente, as condições de prestação deste serviço. Além disso, a iminência de privatização da gestão e contratação de servidores via Organizações Sociais (OSs) também se fez presente, e foi pautada nos debates públicos sobre o tema no ano de Há mais de 10 anos sem reajustes salariais e sem novas contratações, os profissionais de saúde da SEAP assistiram, nos últimos anos, à quase duplicação do efetivo carcerário e à deterioração de sua condição de trabalho. Tal fato foi objeto de uma audiência pública na ALERJ realizada em Abril de 2012, aonde foi anunciada a precarização derradeira do atendimento em saúde no sistema frente ao ingresso de mais 5 mil presos no sistema prisional oriundos do fechamento das carceragens, fato que consolidou a situação de superlotação na maior parte das unidades da SEAP Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. A ausência de plano de cargos e salários para os profissionais da área de saúde, a carência de profissionais, a falta de condições estruturais de atendimento e as condições insalubres das unidades prisionais calharam num quadro de grave expansão da tuberculose e da AIDS nos presídios: A vulnerabilidade dessas pessoas pode ser explicada pelas condições insalubres das prisões, a assistência inadequada, o contexto de violência e a falta de conscientização dos detentos e dos agentes de saúde...o índice de casos da tuberculose nos presídios é 36 vezes maior que o da média da população e um dos principais motivos para isso seria a redução no número de médicos nos presídios em 8

9 2005, o Sanatório Penal tinha 11 profissionais para o atendimento dos presos e, este ano, conta com apenas dois 11. Em apresentação 12 de dados na audiência pública demonstrou-se que, enquanto em 1995 haviam 20 unidades prisionais com entorno de internos, no ano de 2011 já eram 41 unidades com quase internos e, em 2012, mais de presos custodiados no rio de janeiro. Eram sete os hospitais penitenciários: três hospitais psiquiátricos, um hospital geral, um para tuberculose, um para AIDS e mais um para doentes crônicos. O ponto de apoio era o Hospital Central, que ficava no Complexo Frei Caneca (no centro da cidade do rio de janeiro) e tinha várias especialidades com alta taxa de resolutividade. O Hospital Central foi fechado quando foi desativado o Complexo Frei Caneca e transferido para Bangu sem chegar, sequer, a ter centro cirúrgico. O mesmo foi fechado pelo Ministério Público em meados de 2008/2009. O Hospital Penal de Niterói também possuía tratamento especializado para pacientes com HIV e AIDS e altas taxas de cura de várias patologias. Este hospital foi fechado em 2008 pelo Ministério Público por falta de profissionais médicos. Os demais hospitais são os hospitais psiquiátricos (Heitor Carrilho, Roberto de Medeiros e Henrique Roxo), Sanatório Penal e Hamilton Augustinho que teve a implementação, desde agosto de 2011, de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em seu anexo. Esta Unidade de Pronto Atendimento passou a ser ponto de referência para atendimento das emergências. No entanto, além de não ter centro cirúrgico, a UPA se encontra muito distante das unidades que não fazem parte do Complexo Penitenciário de Bangu. 11 Fala da Doutora ALEXANDRA SANCHEZ responsável (à época) pelo Programa de Controle da Tuberculose da SEAP e assessora técnica do Fundo Global Tuberculose Brasil, em audiência pública na ALERJ no dia 17/04/ Baseado na fala da Dra. Lúcia Lutz, médica do sistema desde 1994 e presidente da Associação dos Servidores das Áreas de Saúde e Assistência Penitenciária, na audiência pública realizada na ALERJ no dia 17/04/

10 Em maio de 2012 eram 709 servidores efetivos/concursados; 119 servidores cedidos da área de saúde; e 151 servidores contratados/temporários, lotados nos hospitais e nos ambulatórios do sistema penitenciário. Em sua apresentação, a presidente da ASSAP atribuiu dois motivos principais para evasão que ocorreu entre os nossos profissionais de saúde, em especial os médicos: aposentadorias e exoneração esta última por salários e/ou condições de trabalho. O salário dos médicos, que em 1995 estava entorno de dez salários mínimos, atualmente está próximo de três salários mínimos e, além disso, a equipe de saúde não tem para onde encaminhar um doente. Nota-se o desencadear de um efeito dominó: a redução dos técnicos junto com a superpopulação carcerária cria uma grande dificuldade para atingir metas, levando a uma ainda maior evasão de profissionais. A conseqüência da falta de profissionais de saúde e de equipe técnica são várias: falta de atendimento nas unidades, diminuição da eficácia de vários programas, fechamento de hospitais, redução de número de internação necessária, diminuição das taxas de detecção de doença, e, conseqüentemente, maior dificuldade no tratamento. Tal dificuldade aponta para um clima de tensão nas unidades, fator que facilita, ainda mais, a criação de condições para o crime de tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes na medida em que se trata de um crime de oportunidade. Ressaltou-se, ainda, na audiência, a não consolidação da meta 11 do Plano Diretor do Sistema Penitenciário (DEPEN), já que esta indica a necessidade de Criação e instituição de carreiras próprias de agentes penitenciários, técnicos de pessoal administrativo, bem como a elaboração e implantação de um plano de carreira. A primeira etapa da implantação dessa meta dar-se-ia entre dezembro de 2007 e fevereiro de 2008, quando deveria ter sido elaborado um anteprojeto de lei criando um plano de carreiras para todos os servidores da SEAP a ser submetido ao Governador do Estado e à Assembléia Legislativa. Essa etapa foi feita parcialmente posto que, em dezembro de 2008, foi aprovado um plano de carreiras e salários apenas para os inspetores penitenciários, ficando a área técnica de saúde e o pessoal administrativo num plano à parte, que está sendo elaborado desde o final de Esse plano se encontra na Secretaria de 10

11 Planejamento, desde março de Na atualização do Plano Diretor do Sistema Penitenciário 13, indica-se, sobre a meta 11: A aprovação do plano apenas para os inspetores penitenciários criou uma dualidade nos salários entre os técnicos. Um profissional que ingressar na carreira de inspetor penitenciário, com nível de ensino médio, terá um vencimento inicial de três mil e duzentos reais. Enquanto isso, técnicos de nível superior que trabalham na Secretaria de Administração Penitenciária de 15 anos a 18 anos, tem (em março de 2012) um vencimento de reais, que, contando os triênios chegaria a um total de dois mil reais. Por outro lado, os profissionais médicos da UPA de Bangu, são contratados pela FIOTEC e tem outro tipo de vencimento. Isso gera, além de uma grande variação de salários, uma variedade de contratos de trabalho e a possibilidade de competição entre os próprios servidores. Além disso, o quadro de funcionários contratados temporariamente não 13 Disponível em: EB9BF0F41E93%7D&Team=&params=itemID=%7B2AC5EC2A-C783-4C72-9B14-65BE75D88371%7D;&UIPartUID=%7B2868BA3C-1C BE11-A26F70F4CB26%7D 11

12 cria vínculos tão fortes com seu ambiente de trabalho tal qual é possível observar-se no que diz respeito aos funcionários de carreira. No que diz respeito a tal temática, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, na resolução 08 de 2002, recomenda a rejeição de qualquer proposta tendente à privatização do sistema penitenciário. Neste parágrafo único ainda ressalta-se: Os serviços técnicos relacionados ao acompanhamento e à avaliação da individualização da execução penal, assim compreendidos os relativos à assistência jurídica; médica, psicológica e social, por se inserirem em atividades administrativas destinadas a instruir decisões judiciais, sob nenhuma hipótese ou pretexto deverão ser realizadas por empresas privadas, de forma direta ou delegada, uma vez que compõem requisitos da avaliação do mérito dos condenados. (CNPCP, Resolução 08 de 09 de dezembro de 2002). No entanto, aponta-se a tendência, no Rio de Janeiro, da gestão e contratação de servidores através de Organizações Sociais. Tal fato foi explicitado em reunião do Fórum de Saúde do Sistema Prisional em 26 de novembro de 2012, aonde foi anunciada a contratação de novos servidores temporários, já via OS, para todo o Complexo Penitenciário de Gericinó em O Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura já alertou os motivos de sua preocupação frente a esse fato em todos os seus relatórios e reuniões públicas. No item Considerações Gerais deste relatório, voltaremos a debater esse assunto. III.3) Reforma Psiquiátrica e Medidas de Segurança No que diz respeito à reforma psiquiátrica, a diretriz de desinternação e tratamento em liberdade é cabalmente ferida se levarmos em conta a realidade dos manicômios judiciários. Uma rápida análise dos tratados internacionais que versam sobre a medida de tratamento a partir do internamento, permite concluir que os princípios da excepcionalidade, brevidade e incompletude institucional da internação nortearam a visão contemporânea dos legisladores em todo o mundo e permitiram a adoção, pela Assembléia Geral da ONU, em 1991, dos Princípios para a Proteção das Pessoas Acometidas de 12

13 Transtorno Mental e para a Melhoria da Assistência a Saúde Mental, além de leis nacionais que reorientaram a atenção à saúde mental no âmbito de Estados Nacionais. Entre tais princípios, cabe destacar o item um (1) e quatro (4) do princípio nove (9), que versa sobre o tratamento, indicando que: Todo usuário terá direito a ser tratado no ambiente menos restritivo possível, com o tratamento menos restritivo ou invasivo, apropriado às suas necessidades de saúde e à necessidade de proteger a segurança física dos outros ; e O tratamento de cada usuário deverá estar direcionado no sentido de preservar e aumentar a autonomia pessoal. Dez anos após a promulgação dos Princípios, a Organização Mundial da Saúde lança o relatório Saúde Mental: Nova Concepção, Nova Esperança, coadunando com já reconhecidas críticas ao modelo manicomial mundo afora 14. Neste documento a Organização Mundial de Saúde afirmava: O malogro dos manicômios é evidenciado por repetidos casos de maus-tratos aos pacientes, isolamento geográfico e profissional das instituições e do seu pessoal, insuficiência dos procedimentos para notificação e prestação de contas, má administração e gestão ineficiente, má aplicação dos recursos financeiros, falta de treinamento do pessoal e procedimentos inadequados de inspeção e controle de qualidade. A promulgação do SUS pela Constituição Federal de 1988 e sua regulamentação pelas Leis Orgânicas da Saúde n.º 8080/90 e nº 8.142/90, tornam obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, de forma universal. No ano de 1989, é dada entrada no Projeto de Lei que propõe a regulamentação dos direitos da pessoa portadora de sofrimento mental e a extinção progressiva dos manicômios no país, marcando o inicio desta luta no campo legislativo e normativo. O marco legal da Reforma Psiquiátrica seria aprovado, no entanto, no dia 6 de Abril de 2001, a partir da aprovação da Lei , que Dispõe sobre a 14 Em 1973 o Serviço Hospitalar de Trieste, na Itália, dirigido por Franco Basaglia, foi considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como referência mundial para reformulação da assistência à saúde mental. Em seguida, a Lei 180 de 1978 estabeleceu a abolição dos manicômios na Itália. Basaglia se tornaria um dos grandes expoentes intelectuais da reforma psiquiátrica. 13

14 proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. No bojo desta discussão internacional e nacional, enfrentar-se-ia a mudança de paradigma do cuidado, indicando que os serviços de base comunitária poderiam favorecer intervenções precoces e combater o estigma associado aos usuários dos serviços de saúde mental; por conseguinte, os grandes hospitais psiquiátricos, de tipo carcerário, deveriam ser substituídos por serviços que organizassem o cuidado com base na comunidade. Ainda assim, seria necessário um processo bem coordenado de desinstitucionalização fundamentado em três componentes essenciais: prevenção das admissões impróprias em hospitais psiquiátricos, mediante o fornecimento de serviços comunitários; regresso à comunidade dos doentes institucionalizados à longo prazo que tenham passado por uma preparação adequada; estabelecimento e manutenção de sistemas de apoio comunitário para doentes não institucionalizados. É nesse período que a Reforma Psiquiátrica se consolida como política oficial do Ministério da Saúde. A Política Nacional de Saúde Mental tem por objetivo qualificar, expandir e fortalecer a rede extra-hospitalar formada por uma rede de serviços e equipamentos variados tais como: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III), e o Programa de Volta para Casa, que oferece bolsas para egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos. No ordenamento jurídico brasileiro, as pessoas com transtornos mentais que cometem crimes são consideradas inimputáveis, ou seja, isentas de pena, pois, consideradas como incapazes não teriam a compreensão do caráter ilícito do fato cometido e autodeterminação para executá-lo. Sendo assim, são submetidas à medida de segurança, espécie de tratamento compulsório, cuja principal conseqüência foi a segregação por longo período, através da internação em hospitais de custódia. No caso das medidas são considerados pacientes de longa permanência exclusivamente aqueles com 14

15 oito anos de internação ou mais, contrastando com o critério utilizado em hospitais psiquiátrico sob a gestão direta da saúde, onde a mesma está estabelecida aos 06 meses. Se a inimputabilidade deveria implicar na não condenação do réu, na prática ele sofrerá uma dupla condenação: a interseção entre louco e infrator. Afinal, a legislação vigente pode imputá-los apenas dois tipos de medidas: ambulatorial que é raramente prescrita e de internação em manicômio judiciário, que não se suspende enquanto não for considerada cessada a periculosidade mediante pericia médica. No Rio de Janeiro, em reconhecimento ao fato de que a legislação dava margem para internações abusivas, iniciou-se o Programa de Reinserção Social Assistida nos anos 90. De certo, sua existência foi fundamental e ocasionou avanços concretos, como, por exemplo, o cessar do critério de avaliação da periculosidade e o condicionamento da desinternação à remissão da sintomatologia e ao apoio sócio-familiar. Importantes diagnósticos foram concretizados como estudos sobre o perfil clínico, jurídico e socioeconômico dos pacientes e visitas experimentais às famílias, todos desembocando nos Estudos para formulação de um programa de desinstitucionalização e reinserção social assistida dos Pacientes Internados em Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico do Rio de Janeiro pela SEAP, coordenado por Tânia Kolker e Márcia L. Carvalho. Como resultado, elaborou-se um conjunto de propostas para reestruturação do modelo de atenção em saúde mental da SEAP pela Coordenação de Gestão em Saúde Penitenciária, que se propunha ao desafio de adequação das medidas de segurança à lei 10216, como sugere a resolução do CNPCP número 05 de Nela, ficam propostas diretrizes que apontam para adequação do tratamento de portadores de transtornos mentais inimputáveis à finalidade permanente de reinserção social do paciente em seu meio (art. 4º, 1 da Lei nº /01), tendo como princípios norteadores o respeito aos direitos humanos, a desospitalização e a superação do modelo tutelar. Nas visitas realizadas pelo MEPTC aos Hospitais de Custódias e Tratamento foi possível perceber que diversos itens dessa resolução vêm servindo de norte para 15

16 readequação desses serviços, fato que debateremos com maior propriedade no item das Considerações Gerais desse relatório. IV. DAS VISITAS IV.1) Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Henrique Roxo Data da Fiscalização: 19 de Setembro de Endereço: Rua Professor Heitor Carrilho, sem número. Telefone de contato: e O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Henrique Roxo é um estabelecimento inscrito no CNES 15 sob o número (Anexo 1), com última atualização em 07 de outubro de Trata-se de um hospital de custódia para pessoas privadas de liberdade que cumprem medida de segurança, seja para tratamento em transtornos psiquiátricos, seja para o tratamento de uso de álcool e outras drogas. No momento da visita a clínica abrigava 127 pacientes, tendo capacidade para 140. IV.1.a. Recepção e Conversa com a Direção da Unidade A equipe de inspeção foi recepcionada pelo diretor da unidade, o psiquiatra José Augusto Viegas Martins, que acompanhou toda a inspeção. Também se fez presente o subdiretor Gerson Vieira e o chefe de segurança Marcio Felipe Pomo Siqueira, além da chefe de clínica Dra Teresa Cristina. O diretor da unidade assumiu o cargo em maio de Na conversa o diretor da unidade explicitou que o Henrique Roxo é o único hospital que recebe pacientes em medidas de segurança do sexo masculino, já que o hospital Heitor Carrilho é atualmente basicamente um abrigo de pessoas que já cumpriram suas medidas e 15 Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Saúde, 16

17 estão em processo de desinstitucionalização. Segundo ele, o Hospital Roberto de Medeiros recebe pessoas em acautelamento provisório e atendimento ambulatorial para mulheres e homens e as emergências psiquiátricas são todas atendidas pela UPA do Complexo de Gericinó, mesmo aquelas oriundas de Niterói, Japeri e locais equidistantes da Capital como Evaristo de Moraes e Ary Franco. O Henrique Roxo é referência para o tratamento ambulatorial de Niterói e algumas outras unidades do interior. Segundo informações do diretor sua equipe divide-se em áreas geográficas distintas para acompanhar e realizar um projeto individualizado dos pacientes. Este projeto se dá desde o momento que ingressam no Henrique Roxo até o momento em que estão em extinção de medida e desinstitucionalização. A equipe rosa, azul e prata são responsáveis pela região Metropolitana 1, 2 e 3, enquanto a equipe verde responsabiliza-se pelas demais regiões do estado baixada litorânea, centro-sul fluminense, médio paraíba, noroeste fluminense, região serrana e b. da Ilha Grande. Mais informações sobre a forma como está organizado o trabalho da equipe serão dadas no item Equipe Técnica. O diretor destacou alguns aspectos de mudança no perfil dos ingressos no hospital. Segundo nota-se, há uma predominância maior de pacientes oriundos do Roberto de Medeiros que tinham como perfil o uso abusivo de álcool e outras drogas, que se distingue dos pacientes com transtornos mentais. Atribui a mudança do perfil à reorganização recentemente realizada pela SEAP, mas também ao processo de adequação dos manicômios judiciários aos preceitos da reforma psiquiátrica. Segundo o diretor, há um projeto de que as pericias sejam também em breve realizadas no Henrique Roxo, aguardando-se a apenas o envio de verbas para que seja viabilizada essa logística. Ainda segundo ele, alguns internos já perderam suas pericias por terem que ficar cumprindo a pauta do carro do SOE, o que fortalece ainda mais o desejo de que ao menos a equipe de pericia já possa se deslocar para o Henrique Roxo para cumprir a pauta dos internos dessa unidade. Outro aspecto destacado pelo diretor foram os projetos que são oferecidos no hospital, como o Projeto Vida, que trabalha com a perspectiva da redução de danos e o NA 17

18 Narcóticos Anônimos que voltou a fazer atividades no HCTHR na semana em que o MEPCT realizou visita à unidade. Além disso, há um projeto de geração de renda que é custeado com a verba arrecadada na cantina que esta sob responsabilidade da terapia ocupacional da unidade. Com essa renda já foi possível investir em equipamentos, materiais para atividades, ventiladores dentre outros. IV.1. b. Dos Espaços Físicos O Henrique Roxo é composto por uma longa área administrativa em um prédio próprio, que fica interligado por um corredor com o espaço de custodia dos internos. A área administrativa é bem conservada e equipada. No seu segundo andar há um grande auditório com capacidade para em torno de 200 pessoas, muito bem estruturado. Ao passar por esse corredor, uma grade dá acesso a outro corredor que se subdivide em duas partes ao lado esquerdo acessa-se a enfermaria de contenção e de observação, a farmácia da unidade e a entrada para Galeria A onde se encontram 04 celas, as enfermarias individuais também em número de 04; ao lado direito encontra-se o espaço em que os funcionários realizam suas refeições, a sala da equipe técnica da terapia ocupacional e a sala de aula. A equipe visitou a sala de observação aonde se encontravam dois internos. Na farmácia a equipe do MEPCT encontrou um remédio fora de validade, fato que causou estarrecimento do diretor e sua equipe. Segundo os mesmos, isso não ocorre com frequência e fazia muito tempo que não esbarravam com esse problema. As grades da galeria A ficam abertas durante o dia quase todo de 9h às 19h o que merece elogio. As enfermarias individuais alojam presos de outras unidades em cuidado ambulatorial e alguns presos que não podem ficar no convívio coletivo. No andar de cima estão as galerias onde se encontra a maioria dos presos. As celas são grandes, no entanto, as galerias mostravam carecer de limpeza. As grades também se encontram abertas durante todo o dia, fato que, diferente da rotina de observada em outros espaços, favorece que a unidade tenha um clima tranquilo e uma rotina de maior acesso dos internos a seus direitos. 18

19 IV.1.c. Entrevista com os internos. Segundo entrevista com os internos, são cinco as refeições diárias oferecidas na unidade. O banho de sol ocorre diariamente de 8h30 às 10h50 e as visitas dos familiares ocorrem nas quintas e domingos, das 14h às 16h. Em geral os produtos de higiene são levados pelas famílias, mas também são fornecidos pelo hospital de vez em quando. Embora os faxinas façam a limpeza uma vez por dia nos dormitórios, eles acreditam que podia ser mais limpo. A água das torneiras e chuveiro fica disponível durante todo o tempo e as instalações sanitárias pareceram limpas, e são um tipo de boi mais alto, o que era considerado por todos menos pior que o boi. Entre as queixas os internos reclamaram de não ter parlatório; de serem agredidos verbalmente, além de queixas sobre a dificuldade de serem atendidos pela defensoria. Outros queixaram-se das agressões no transporte do SOE e do tempo que ficam acompanhando o carro até que consigam chegar no seu destino. Exemplificou-se que algumas vezes saem do HR às 7h e só retornam na madrugada. Além disso, como já é sabido, o veículo do SOE sempre transporta mais pessoas que a sua capacidade, em condições degradantes e desumanas. Alguns internos também queixaram-se do procedimento de revista com os familiares, que é vexatória. Outros registraram que a tranca é desumana e que um dos pacientes já ficou até 11 dias na tranca. Na cozinha tem um dos plantões em que uma senhora que não sabiam o nome que joga a comida nos pratos e acrescentaram que nestes plantões eles muitas vezes sentem dor de barriga. Segundo informações do diretor, a alimentação é feita pela empresa Home Bread 16. Alguns também questionaram o fato de sofrimento mental estarem no mesmo convívio que os dependentes químicos, pois os problemas são diferentes e por muitas vezes aqueles que têm dependência perdem a paciência com os demais. 16 Todos as Unidades de Saúde da SEAP são abastecidas por essa mesma empresa. Disponível em: 19

20 IV.1.d. Roupa, Colchões e Roupa de Cama Segundo informações da direção, os uniformes são distribuídos de forma gradual para que cada um tenha 3 camisas, 2 calças e 1 bermuda. Todos os internos dormiam com colchão e em comarcas com roupa de cama. A lavagem das mesmas é feita na lavanderia da própria unidade. IV.1.e. Das Atividades Além das atividades terapêuticas, ocupacionais e do banho de sol, os internos dispõem de sala de televisão, ping pong e sinuca. São no total de 30 os internos que participam do projeto de geração de renda. Há uma pequena sala que comporta mais ou menos 30 pessoas aonde são oferecidas aulas do programa Brasil Alfabetizado. Segundo o diretor da unidade o pátio de esportes é pouco utilizado, pois há poucos agentes para fazer plantão. Ele afirmou que a Coordenação de Segurança de Niterói e Interior da SEAP está selecionando 03 presos de regime semiaberto para ajudá-los nas questões da unidade e que, assim que isso ocorrer, pretende utilizar o pátio para outras atividades. IV.1.f. Do Corpo Técnico A equipe do MEPCT pôde conversar com uma miniequipe técnica que se encontrava de plantão na unidade. Essas equipes são compostas por um terapeuta ocupacional, um técnico de enfermagem, um psicólogo, um assistente social e um psiquiatra. As miniequipes se reúnem semanalmente, enquanto o conjunto das miniequipes, direção e agentes se encontram quinzenalmente para discussão técnica. Mensalmente a defensora pública participa da reunião geral. Segundo relataram as profissionais Sandra Regina da Conceição Picolli, Margareth Joan Bastos e Tânia Maria Regina Fernandes, o trabalho das miniequipes é o de 20

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