Mortalidade por agressão e uso de drogas ilícitas em Belo Horizonte, 2002 a 2006
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- Carmem Maria Clara da Rocha Sousa
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1 Mortalidade por agressão e uso de drogas ilícitas em Belo Horizonte, 2002 a 2006 Silva FCD*, Silva VA*, Silva ML**, Barbosa RF*, Drumond EF** *Estagiários e ** Técnicos da GEEPI/SMSA/PBH
2 O número de homicídios é considerado o melhor indicador internacional para dimensionar a violência em uma população. Os homicídios são a terceira causa de morte no Brasil (2005) jovens e adultos jovens Magnitude e transcendência social
3 Pesquisas nacionais apontam para a associação entre uso de drogas ilícitas e criminalidade. Os homicídios associam-se às drogas ilícitas por várias razões. Entre elas, estão o efeito destas substâncias no comportamento dos usuários e, principalmente, por serem estas drogas comercializadas ilegalmente (tráfico).
4 Taxas de mortalidade por homicídio nas capitais da Região Sudeste, Fonte: SIM/MS
5 Homicídios representam a terceira causa de morte definida em Belo Horizonte (BH), trazendo importantes repercussões na saúde. Desde 2002 a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA/PBH), faz busca ativa padronizada das informações sobre todas as mortes não naturais ocorridas em BH no Instituto Médico Legal (IML).
6 A rotina de investigação de óbitos por causas externas no IML realizada em BH inclui: a busca de informações sobre as circunstâncias da morte (boletins de ocorrência e relatórios médicos principalmente) e os resultados de exames toxicológicos (ET), quando realizados.
7 Após a investigação, as informações são codificadas (CID 10) e incluídas no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), possibilitando análises de mortalidade por causas externas e dos resultados dos exames toxicológicos. Os ET para drogas ilícitas mais frequentemente realizados são para maconha e cocaína.
8 Objetivo: descrever características dos homicídios ocorridos em BH e os resultados dos exames toxicológicos para drogas ilícitas a partir do SIM.
9 Metodologia: Estudo tranversal, descritivo Fontes: SIMBH e IBGE (contagem populacional) Período de análise: 2002 a 2006 Causas básicas selecionadas: X93 a X95 (por arma de fogo); X85 a X92 e X96 a Y09 (agressões pelos demais meios) Códigos de ET positivo: F11,R78.1, T40.0 (opiáceos); F12,R78.8,T40.7 (maconha); F14, R78.2, T40.5 (cocaína); F16, F19, R78.8, T40.9 (outros)
10 Variáveis de análise: ano do óbito sexo idade escolaridade raça tipo de homicídio (arma de fogo e demais) e ET positivo.
11 Resultados: ET positivo ET negativo razão de taxa 06/02 4,8 1,2 faixa etária 20 e 39 anos 15 e 29 anos (74%) (66%) razão baixa/alta escolaridade 3,5 2,5 razão negros/brancos 3,5 3,2 razão arma de fogo/ demais 1,35 1,35 total de homicídios Fonte:SIM/SMSA/PBH/MS
12 Resultados: para o número total de homicídios, observou-se redução da razão homem/mulher de 68 para 16 (2002/2006). a proporção de homicídios com ET positivo variou de 9% em 2002 a 34% em 2006.
13 Conclusões: em Belo Horizonte a taxa de mortalidade por homicídios, principalmente por armas de fogo, foi crescente no período analisado. o encontro de ET positivo para drogas ilícitas (maconha e cocaína, principalmente) também aumentou no período.
14 Conclusões: os homicídios em mulheres (ET negativo e ET positivo) apresentaram expressivo. os homens na faixa etária de 20 a 39 anos, com baixa escolaridade (< 8 anos de estudo) e que sofreram agressão por arma de fogo foram os que responderam pelo maior número de homicídios ET positivo.
15 a busca ativa padronizada de informações no IML e a sua incorporação ao SIM melhora a qualidade da informação sobre mortalidade por causas externas. por meio de informações qualificadas criam-se possibilidades de análise das relações entre o uso de drogas ilícitas e mortes por causas externas, como os homicídios.
16 criam-se, também, para os gestores e profissionais da área da saúde, além de toda a sociedade, possibilidades de conhecimento e de enfrentamento destes dois graves problemas de saúde publica em nosso país.
17 Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte Gerência de Epidemiologia e Informação (31) (31) eliane_drumond@yahoo.com.br nucleoep@pbh.gov.br
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